O município e o planejamento espacial de áreas rurais

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Os caminhos da gestão da saúde em MS
Advertisements

SEMINÁRIO DE CAPACITAÇÃO REGIONAL
LEMA: CIDADE PARA TODOS E TODAS
Zoneamento Ecológico Econômico no Estado do Amapá:
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Governo Federal Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica A Resignificação do Ensino Agrícola Rio do Sul - SC 11 e 12 de.
PARTICIPAÇÃO POPULAR E PODER PÚBLICO.
ordenamento do território e urbanismo
DIRETRIZES PARA O FOMENTO FLORESTAL
PLANEJAMENTO TERRITORIAL PARTICIPATIVO
Câmara Municipal de Belo Horizonte
Histórico ª CNDPI - "Construindo a Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa - Renadi" DELIBERAÇÃO 8: Garantir, a cada ano, a realização.
Projeto “Articulação para a geração e transferência de tecnologia, produtos e serviços, de base ecológica, para o desenvolvimento endógeno do Território.
“Propostas de Projetos para os Territórios Rurais de Sergipe”
DIRETORIA DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO E DESCENTRALIZAÇÃO DA SAÚDE
IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO 7.508/11
REPENSANDO AS CIES NA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO 1ª REUNIÃO EM 06/06/2011 CIES?
Avaliação da situação de saúde
GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
CIDADES MÉDIAS SOBARZO, O. As cidades médias e a urbanização contemporânea. Cidades, Presidente Prudente, v. 5, n. 8, p. 277 – 292, SPOSITO, M.E.B.
Joaquina Araújo Amorim Coordenadora Estadual
Conferência das Cidades Mato Grosso
POLÍTICA E SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS LEI FEDERAL Nº 9.433, DE 8 DE JANEIRO DE 1997 "Institui a Política Nacional de Recursos.
Lei Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
Por Wilson Loureiro Instituto Ambiental do Paraná
CLC 6 FORMADORA: Serafina Lains FORMANDO: Paulo Almeida ADMINISTRAÇÃO
- População: cerca de 5 milhões de famílias / 25 milhões de pessoas;
Agenda 21 Local segundo as estatísticas da MUNIC
Sistema Estadual de Meio Ambiente
Conferência das Cidades Mato Grosso
Marcelo Viana Estevão de Moraes Secretário de Gestão Maio de 2008
SERVIÇOS AMBIENTAIS DAS TERRAS INDÍGENAS – MEIOS DE COMPENSAÇÃO
Cidadania Indicadores da.
Programa de Educação Ambiental da Bahia
Doutoranda Karina T. Bernardo Prof. Dr. Victor Eduardo Lima Ranieri 06/08/2013.
Lei Complementar nº 111/2011 Institui o novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável da Cidade do Rio de Janeiro. Plano Diretor é o instrumento.
Programação de Ações de Vigilância da Saúde/PAVS
Curso de Vigilância Sanitária e Saúde Ambiental - Proposta -
OFICINA PREPARATÓRIA PARA 5ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DAS CIDADES    Quem muda a cidade somos nós: Reforma Urbana já!
Política Pública Ambiental Brasileira
Capítulo 24 – As cidades e a urbanização brasileira
LEI 9985/2000 SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA SNUC Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da.
Desenvolvimento Rural : um novo quadro de oportunidades
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
COSEMS/MT E O PACTO RESPONSÁVEL
Estatuto da Cidade: dimensões; Planos Diretores Municipais
REGIMENTO DA 15ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
Encontro Público Distrital do Plano Nacional de Recursos Hídricos
Rodrigo Justus de Brito - Advogado e Eng.º Agro.º
PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE ÁREAS PROTEGIDAS - PNAP
Problema 1 / Grupo 01 Espécies Ameaçadas. Que problema ambiental é foco deste trabalho? Qual foi a estratégia do trabalho para contribuir com sua solução?
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMIENTO
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
PAINEL 3: Interface entre Planejamento Urbano e Planejamento Regional Rosa Moura – SEDU/Paraná Brasília, setembro de 2009.
Plano de Bacia do Rio Caí
Planejamento Urbano e Plano Diretor
1º Seminário de apresentação do Programa PROTURB
Impactos econômicos das áreas de APP e Reserva Legal nas propriedades agrícolas familiares do Estado de São Paulo. Érica Silva Mendonça Eng. Florestal,
SISTEMA MUNICIPAL DE ÁREAS PROTEGIDAS.
Blog do. O que é um coletivo educador? É um grupo de educadores(as) de diferentes instituições, que atuam em processos formativos no campo da Educação.
Dispositivos Estratégicos: Região de Saúde Rede de Atenção à Saúde Mapa da Saúde Planejamento Integrado RENASES RENAME Contrato Organizativo de Ação.
DIREITO AMBIENTAL Prof. Lucas Valença Brandão. LEI N /81 POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE.
SEMINÁRIO DE APOIO A DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO DOS PRESTADORES DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE DO SUS VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
Política nacional do MA Lei 6938/81. Estabelece política: articulação de objetivos e meios Complementada pela legislação e desenhos institucionais. (Lei.
Proposta Técnica Elaboração de Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Plano Diretor de Drenagem Urbana Brasília – DF Maio de 2016.
Estruturando a Governança do PAM: A Formulação Participativa de um Modelo para a Macrometrópole OUTUBRO 2014 Rayne Ferretti Moraes Oficial Nacional para.
Município de Guarapuava Secretaria de Habitação e Urbanismo Planejamento Plano Diretor Plano de Ação e Investimentos Atualização
Brasília, 16 setembro de Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei n° de 08 de janeiro de 1997 Abordagem
19 de Novembro 2009 | Viana do Castelo OS “PLANOS DE ORDENAMENTO DO LITORAL” NO CONTEXTO DE UM PLANEAMENTO TERRITORIAL INTEGRADO Célia Ramos.
Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Desenvolvimento Urbano AUDIÊNCIA PÚBLICA.
Transcrição da apresentação:

O município e o planejamento espacial de áreas rurais Reunião técnica NEPA – IPEF - SMA 06.08.2013 Piracicaba EESC O município e o planejamento espacial de áreas rurais Doutoranda: Arq. Mariana R. R. dos Santos Orientador: Victor E. L. Ranieri Mariana Santos

Breve contextualização sobre a tese em desenvolvimento O planejamento territorial de áreas rurais com base em conceitos do planejamento ecológico objeto Identifica-se a necessidade e a deficiência no planejamento de áreas rurais pelos municípios observando: os recursos naturais disponíveis, as características, potencialidades e limitações de uso que o meio físico-biológico oferece, os usos e respostas estabelecidos pela sociedade. justificativa

Objetivos específicos Objetivo geral Discutir e analisar a incorporação de aspectos ambientais por planos diretores municipais, em relação à consideração das limitações e potencialidades de uso inerentes às características dos meios físico e biológico no que diz respeito ao planejamento territorial de áreas rurais. Objetivos específicos I. Analisar as práticas realizadas em um contexto internacional referência, contribuindo para o debate II. Discutir os desafios do plano diretor municipal frente ao planejamento territorial ambiental de áreas rurais, observando as competências das diferentes esferas de governo e suas interfaces III. Estabelecer um quadro elencando aspectos desejáveis de serem considerados no planejamento territorial ambiental de áreas rurais por planos diretores municipais IV. Confrontar planos diretores municipais ao quadro estabelecido V. Estabelecer recomendações para a prática I. Analisar as práticas realizadas em um contexto internacional referência, contribuindo para o debate

Um outro contexto: a Holanda Regulamentação densa e complexa – ausente para conservação em terras privadas Sistema de planejamento espacial: Top-down (centralizado até 2008, caminhando para o bottom-up, favorecendo o poder local) Planos de uso do solo (bestemmingsplannen) normativos, apenas âmbito LOCAL (poder decisório) Obrigatórios a partir de 1960 Inicialmente focados em áreas rurais A partir da década de 1970, planos espaciais não normativos (structuurvisies) para os 3 níveis Obrigatórios a partir de 2008 Inicialmente espaciais, hoje integrados outro contexto

Diretivas Europeias regulamentam vários temas Planos espaciais nos 3 níveis integram: Espaço, transportes, habitação, gestão da água, Natureza (fauna e flora) e Ambiente (meio físico: solo, água, ar, clima, barulho) Diretivas Europeias regulamentam vários temas Destaque para “Natureza”: proteção de fauna e flora, incluindo áreas agrícolas NATURA 2000 - Diretiva Aves e Habitat (definição de áreas a serem protegidas - nível Europeu) Rede Ecológica Nacional – corredor ligando as 162 áreas no país outro contexto Usos regulados – usos múltiplos

Rede Ecológica Nacional no Plano Espacial Nacional A ser ampliada pelas províncias e municípios X outro contexto A ser totalmente implementada até 2018, cobrindo 18% do território nacional ESCASSEZ DE RECURSOS

Panorama geral do Brasil Ausência de tradição de planejamento espacial em nível nacional Planos regionais de enfoque ambiental (PB e ZEE): deficiência na integração Deficiência no planejamento para áreas rurais em nível municipal (Avaliação dos Planos Diretores) O Estado de São Paulo aproximação Obrigatoriedade de PD para TODOS os municípios ZEE em elaboração Conexões Urgentes (definidas junto ao Biota/FAPESP), Decreto 2009 Observação do que estabelecem os PDMs

Mapa de Conexões Urgentes aproximação Figura: Mapa de conexões urgentes para o Estado de São Paulo Fonte: FAPESP; SMA (2007) Decreto Estadual n°53.939, de janeiro de 2009 Indicando o papel do PD, ZEE/ZA, PB na definição de RL

Destaques para o debate - Necessidade de maior integração entre os níveis e instrumentos - Importância do planejamento regional para o rural - Reforçar o papel do município em relação ao rural - Necessidade de aplicar instrumentos e concretizar o que dizem as regulamentações existentes - Destaque para potencial de aplicação do ZEE estadual em destacar áreas prioritárias para RL e compensação, vislumbrando a conectividade - Questionar o potencial do uso do PSA destaques

Muito obrigada pela atenção! EESC Muito obrigada pela atenção! Comentários construtivos e recomendações serão bem-vindos! Contato: mrrs@sc.usp.br Mariana Santos