Cristiane Vieira da Cruz

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Toracocentese, Paracentese e Punção Lombar
Advertisements

Sondagem Vesical.
Punção Abdominal.
Toracocentese.
Punção Cardíaca.
Punção Vesical.
Exsangüineotransfusão
CANULIZAÇÃO UMBILICAL
CUIDADOS COM O PACIENTE PORTADOR DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
ABORDAGEM ENDOSCÓPICA DA LITÍASE DE COLÉDOCO
Trombose Venosa Profunda
Discussão Casos Clinicos Clínica Médica
Derrame Pleural Prof. Marcos Nascimento
Hugo Cadavez Lígia Lima Vânia Araújo Vera Moreira
SÍNDROME HEPATORRENAL
Albumina Monitoria de Bioquímica e Laboratório clínico
Dispositivos Totalmente Implantáveis
Cap. 100 Pancreatite aguda Mauricio Silva
UNIVERSIDADE POSITIVO NÚCLEO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA DE CLÍNICA MÉDICA I.
DERRAMES PLEURAIS.
Curso de Patologia II Prof. Jarbas de Brito
ASCITES.
Cardiopatia Reumática / Febre Reumática
Cristiane Vieira da Cruz
Faculdade Santa Marcelina
Casos Clínicos Antibióticos
ASCITE DE “NOVO” NA CIRROSE
Vila Franca de Xira, 22 e 23 de Novembro 2013
Abdome Agudo Hospital Central Coronel Pedro Germano
AFECÇÕES PLEURAIS Paulo Evora Departamento de Cirurgia e Anatomia
Avaliação Pré-tratamento
Dreno de tórax Internato Obrigatório de Cirurgia Geral
Trauma e Emergência MR2: Saulo Vieira
Punção e Biópsia de Pleura
DERRAME PLEURAL Prof. Edson Garrido.
Autores: Aline Sena – Fisioterapeuta; Denise Amorim – Neonatologista;
Cateterismo Venoso.
CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO
Sondagem gastrica e enteral Cateterismo vesical
DOENÇAS HEPÁTICAS Professor Manoel Ricardo Aguirre de Almeida
Fisiopatologia do Pâncreas
CIRROSE E COMPLICAÇÕES Divisão de Gastroenterologia
Caso Clínico 1 Diagnóstico Diferencial dos Derrames pleurais
Avaliação Clínica e Laboratorial da Função Renal
Caso clínico Homem de 55 anos procura o ambulatório dos internos com queixa de aumento progressivo do volume abdominal há 3 meses. Ao exame clínico: BEG,
GERA Agosto/ 2015 Orientação: Dr. Regis Otaviano
SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA SONDA VESICAL DE DEMORA
Alimentação por cateter enteral ou gástrico
24/04/2017 Narcizo Antonio Tonet LÍQUIDO SINOVIAL.
Narcizo A. Tonet Citologia Clínica
Cateterismo Venoso.
SÍNDROMES COLESTÁTICAS
Cateterismo Vesical Masculino e Feminino
Pseudocistos do pâncreas
Icterícia Obstrutiva Aline Bertoni Cecília Vidal Flávia Cappelli
Calçar luvas de procedimentos
Semiologia do Sistema Digestivo Estômago e Duodeno
HIGIENE e MANIPULAÇÃO DE MATERIAIS ESTÉRIEIS
Empiema Pleural F.C.M.S.C.S.P. Departamento de Cirurgia
Prof Dr: Marcos Antonio Buzinaro Faculdade Atenas Paracatu / MG
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO PERICÁRDIO
Seminário de Cirurgia Geral Alunos: Eduardo Assad Paulo Phillipe Moreira.
Ascite Aluno José Gaspar Prado Rezende
Transcrição da apresentação:

Cristiane Vieira da Cruz Ascite Cristiane Vieira da Cruz

Introdução: Conceito Etiologia Gastroenterológica: - Hipertensão portal: Cirrose hepática - Pancreática: Pancreatite, pseudocisto - Biliar Cardíaca: - Insuficiência cardíaca - Pericardite constritiva - Cor pulmonale TOWNSEND. Sabiston, tratado de cirurgia

Etiologia Renal: - Síndrome nefrótica -IRC dialítica Infecciosa: - Tuberculose - Esquistossomose - Fúngica - Bacteriana Neoplásica: - Mesotelioma - Metástase peritoneal - Linfoma Ascite quilosa - Obstrução linfática mesentérica TOWNSEND. Sabiston, tratado de cirurgia

Diagnóstico Exame físico: -1,5L líquido cavidade - 90% macicez em flancos - Piparote USG abdome sup. TC abdome: - utilizada p/ diagnóstico etiológico COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Diagnóstico Paracentese Diagnóstica: - Define a etiologia - Diagnostica infecção associada - Complicações são raras -Punção em: pacientes hospitalizados ascite de início recente deterioração clínica COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Paracentese Material Utilizado: Cateter intravenoso nº 14 Seringa nº 20 ou 10 Campo fenestrado estéril Luvas estéreis

Paracentese Material utilizado Pinças para pequenas cirurgias Frascos de vidro estéril Coletor de vidro ou plástico Equipo de soro Cloridrato de lidocaína a 2% Substâncias para assepsia e anti-sepsia

Paracentese: locais de punção

Paracentese : técnica Decúbito dorsal Assepsia e anti-sepsia Localização: QIE.Linha imaginária entre EIAS e cicatriz umbilical- dividir em 3; local da punção na junção 1/3 inferior com os 2/3 sup. Colocação do campo fenestrado

Paracentese: técnica Anestesia local com lidocaína (2 a 5ml) Introduzir o abocath (conectado à seringa) Retirar 20 ml Conectar coletor

Paracentese: Análise do líquido ascítico -Auxilia no diagnóstico etiológico -Identifica complicações associadas à ascite Cor: - Amarelo Citrino: Cirrose não complicada - Leitosa: Ascite quilosa. Aumento de TG - Sanguinolenta - Marrom: Sd. Ictérica, úlcera duodenal - Turva: Infecções COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

O que analisar no líquido ascítico? Celularidade com diferencial: - PMN >/= 250: Líquido infectado. PBE - Resultado deve sair em 1 hora - Tto.: Cefotaxima/Ceftriaxona - Celularidade muito elevada: Diferenciar PBE de PB secundária COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

O que analisar no líquido ascítico? Gradiente Soro-Ascite de albumina (GASA): Albumina sérica – Albumina líq. Ascítico: >/= 1,1 g/dl : Hipertensão portal (97% casos) <1,1 g/dl: Doença peritoneal Proteína: - <1,0 g/dl: Risco aumentado p/ desenvolver PBE - Considerar profilaxia c/ atb COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

O que analisar no líquido ascítico? Cultura líquido ascítico: - Todos os casos ascite recente - Piora clínica: febre, leucocitose dor abdominal Citologia Oncótica: - Pesquisar células neoplásicas - Dx. diferencial das neoplasias malignas peritoneais. COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

O que analisar no líquido ascítico? Bioquímica: - Glicose - LDH - Amilase

Tratamento Medidas gerais: Objetivo: Diminuir o volume da ascite e do edema sem depletar o intravascular. Repouso relativo no leito. Restrição de Sódio (88mmol Na/dia = 1-2 g/dia) Abstinência alcóolica Restrição de líquidos se Na sérico<120 mmol FIGUEIREDO, FAF.Otimizando o diagnóstico e manejo da ascite cirrótica

Tratamento Diuréticos: espironolactona – 1ª escolha Pode-se associar diurético de alça Dieta + 2 diuréticos = boa resposta em 90% pacientes. Paracentese terapêutica FIGUEIREDO, FAF.Otimizando o diagnóstico e manejo da ascite cirrótica

Tratamento Paracentese Terapêutica – Quando realizar? Ascite refratária Prevenção ruptura hérnia umbilical Ascite tensa Desconforto respiratório Descoforto abdominal FIGUEIREDO, FAF.Otimizando o diagnóstico e manejo da ascite cirrótica

Tratamento – ascite refratária Conceito: Não resolução da ascite ou recorrência precoce com 1 semana apesar da dieta hipossódica e terapêutica. O que fazer? 1.Paracentese terapêutica 2.TIPS 3.Transplante hepático COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Ascite refratária 1. Paracentese Terapêutica: Frequência: 5-9L a cada 2 semanas Expansão plasmática: - Albumina: - Melhor expansor plasmático dose:6-8g/L - Dextran 70 paracentese < 5L - Hemacel COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Ascite refratária 2. TIPS Derivação portossistêmica transjugular intra-hepática Pacientes aguardando transplante Complicações: -EH - obstrução da prótese COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

TIPS

Ascite refratária 3. Transplante hepático Terapêutica definitiva COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia

Peritonite bacteriana espontânea (PBE) Definição Prevalência 10-30% cirróticos hospitalizados Bactérias G- entéricos : E.coli Mortalidade:25% Diagnóstico: PMN>250 líquido ascítico Diferenciar de PBS: -Proteína total > 1,0 g/dL - glicose <50 - LDH > que limite sérico normal TOWNSEND, et al. Sabiston, tratado de cirurgia.

PBE Tto.: - Cefalosporinas 3ª geração - Amoxicilina+ ác. Clavulânico - Albumina 1,5g/kg 1º dia; 1,0g/kg 3ºd Profilaxia: Todos os pacientes - Norfloxacina VO até resolução ascite

Referências 1. TOWNSEND, et al. Sabiston, tratado de cirurgia. Rio de Janeiro:Elsevier,2010.18ªEd. P.1070-1073; v2. 2. COELHO, JCI. Aparelho Digestivo:Clínica e Cirurgia. São Paulo:Atheneu,2006.3ªEd.cp98,p.1238-1244;v2. 3. FIGUEIREDO, FAF.Otimizando o diagnóstico e manejo da ascite cirrótica. http://www.medcenter.com/medscape/content.aspx?id=3171&langtype=1046