Os Fisiocratas Grupo de economistas franceses do século XVIII que combateu as idéias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, de maneira sistemática e lógica, uma teoria do liberalismo econômico.

Os fisiocratas Pretendem investigar o sistema econômico em seu conjunto: um organismo regido por leis necessárias e cientificamente relevantes. Acreditam na existência de uma “ordem natural” para a sociedade, semelhante às leis da Natureza Analogia com a Mecânica, Hidráulica e com o esquema de circulação sangüínea. A idéia de equilíbrio

Os Fisiocratas Sociedade pode encontrar-se distante de sua “ordem natural” mas esta será sempre uma tendência. Estabelecem um paradigma, a partir do qual pode-se julgar a realidade A transformação dos produtos em mercadorias é a base da constituição da “ordem natural” (somente a troca pode dar unidade às atividades econômicas dos homens)

Estrutura Econômica da França Economia agrícola com propriedade da terra de caráter senhorial Condução da atividade agrícola de forma capitalista (arrendamentos, trabalho assalariado) Superioridade da agricultura capitalista sobre outras formas Atividades urbanas: estrutura artesanal como forma natural de gestão Política econômica fortemente mercantilista (monopólios, bulionismo, etc)

O Produto Líquido Produto líquido: parte da riqueza produzida que exceda a riqueza consumida ao longo do processo produtivo Base de um consumo superior, mais variado e rico Re-utilização na produção permite o crescimento das escalas Tarefa histórica do capitalismo: ampliar o excedente Importância às atividades onde se forma e se amplia o excedente

Como avaliar (medir) o produto líquido? Inexistência de uma teoria do valor que permita comparar (e somar) produtos diferentes Avaliam o excedente apenas em um setor (consideram apenas aspectos físicos da produção) Aceitam como “dados” os preços da produção (problemas)

Origem do produto líquido “somente a terra tem o poder de dar origem a um produto líquido” A importância da agricultura Trabalho produtivo: trabalho capaz de produzir e ampliar o excedente (trabalho agrícola) Demais classes são estéreis

O Quadro Econômico Descreve as relações e a interdependência entre as diversas classes Revela a importância de um capital inicial Geração da renda na agricultura O comércio exterior

Atribuição do produto líquido Produto líquido = renda da terra Renda do arrendatário é parte dos gastos com a produção (inexistência do lucro?) Existência de um “juro” sobre o capital empregado Artesãos e trabalhadores = rendas do trabalho

A Elevação da Renda Elevação do consumo Mudanças qualitativas no consumo Como? Juro sobre o capital fixo deve ser utilizado para melhorar e ampliar o capital fundiário Parte da renda da terra deve ser canalizado para a produção

O crescimento econômico Extensão da gestão capitalista a todo o território Inexistência de políticas visando baixar os preços dos cereais (produtos agrícolas) Preços dos manufaturados devem ser baixos. Fim dos monopólios e liberdade de circulação. (Maximizar renda das classes produtivas) Política fiscal que não incida sobre a produção/acumulação LIBERALISMO

A teoria dos Fisiocratas Transferência do centro da análise do comércio para a produção O conceito de produto líquido A riqueza como produto Somente a terra ou a natureza pode produzir riqueza Indústria e comércio são estéreis (apenas transformam ou transportam)

A teoria dos Fisiocratas A ordem natural A defesa da propriedade privada Condenação da intervenção do Estado Laissez-faire, laissez-passer (deixa fazer, deixa passar) Grande influência sobre Adam Smith Principais fisiocratas: Quesnay, Turgot, Marques de Mirabeau.

Problemas Ausência de uma teoria do valor (impossibilidade de explicar a formação do “produto líquido”.) O excedente gerado na manufatura/indústria O conceito de lucro A “ordem natural”