Cláudia Cibele Bitdinger Cobalchini CRP08/07915

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Jovem X RISCO EMOÇÃO Dr. Jairo Bouer Março de 2004.
Advertisements

Cursinho Primeiro de Maio
MORTE OU - RETORNO DA VIDA CORPORAL PARA A VIDA ESPIRITUAL
“E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17).
“conflitos familiares” Rossano Figueiredo nº23 Maria Madalena nº26
Perfil de 10 a 12 anos É a idade quando as decisões das
PSICOLOGIA.
O Início da Comunicação
Instituto Nacional de Educação de Surdos
ADOLESCÊNCIA HOJE Leila Cury Tardivo.
Mediunidade na infância
Serão os valores morais universais?
CAMPOS DE ESTUDO DA SOCIOLOGIA
A IDADE PRÉ-ESCOLAR 3-6/7 anos (entrada na escola) = Idade de ouro da infância Aumento de 6 cm na estatura e 2-2,5 Kg no peso (com 4 anos a criança já.
Psicologia – Profª Dinamara Selbach Téc. Em Enfermagem T: 101E
A EDUCAÇÃO SEXUAL EM CONTEXTO ESCOLAR - Breve Reflexão -
Transição do estado infantil para o adulto: crise
REALIDADE DOS JOVENS NA A. L..
Cerimonial e Protocolo
A TELEVISÃO.
Estatísticas da Criança no Brasil
Ciclo de Vida – A Infância
A DESCOBERTA DA SEXUALIDADE
Gravidez na Adolescência
PRINCIPAIS INTERESSES DE VYGOTSKY: o estudo da consciência humana
Ester viana larissa darque
Cláudia Cibele Bitdinger Cobalchini CRP08/07915
Do livro “Praticando o Poder do Agora” de Eckhart Tolle
TEMPO LITURGICO. TEMPO LITURGICO Ano litúrgico ou calendário litúrgico é o ciclo das celebrações litúrgicas durante o ano da igreja cristã que determina.
Na Roma Antiga era assim:
Grupos na Adolescência Família e Grupo de Amigos
A juventude e a sexualidade
INDICADORES DE SAÚDE.
O adolescente cristão e a sexualidade
Educação de Essencialidades. Há continuidade em nós!!! Vamos conecta la.
Maria Antonia, Sarah e Alícia 7ºB
Curso Preliminar 10º Área Escoteira ABCDMRR 23 e 24/mar/2013
Cláudia Cibele Bitdinger Cobalchini CRP08/ O jovem hoje no Brasil compreende a faixa de idade entre 16 à 29 de Acordo com a PEC da Juventude aprovada.
Adolescência Bruno G. de Mello Juliana Queiroz S. Araujo Raquel Barboza Gonçalves Rosane Pessoa V. de Gouvea.
ADOLESCÊNCIA Adolescência é uma etapa intermediária do desenvolvimento humano, entre a infância e a fase adulta. Este período é marcado por diversas transformações.
DEPRESSÃO O Mal do Século Lucio Reis Psicanalista.
Esta pesquisa se destina ao estudo sobre
Saúde do Adolescente O Ministério da Saúde (BRASIL, 1989) estabeleceu as bases programáticas do Programa de Saúde do Adolescente (PROSAD), tendo como áreas.
Adolescência e Afectos
Entrevista.
REPRESENTAÇÃO SOCIAL DA ADOLESCÊNCIA NA MODERNIDADE
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho
Proposta de trabalho nº2 Educação Sexual Nas Escolas
Como se desenvolve a sexualidade
GESTALT-TERAPIA COM ADOLESCENTES
Psicologia do Desenvolvimento Humano I
ADOLESCENTES ANTES DA HORA Namorar, ficar, pedir para sair com a galera, tudo está programado para depois dos quatorze anos.
A adolescência e a sexualidade
A natureza do desejo - Osho
Unidade 2 TRANSMISSÃO DA VIDA
Crescimento populacional no mundo e no Brasil
Adulto Maduro Aspectos físicos, psicológicos e sociais do envelhecimento: Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais no indivíduo;
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA EDUCAÇÃO INDÍGENA E DIREITOS HUMANOS
Status e papel.
Desafios da adolescência
Curso: Odontologia Vivência e Psicologia Aplicada
LEI DO TRABALHO Quando eu mudo o mundo muda
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE
O desenvolvimento do adulto
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS DOENÇAS NEUROMUSCULARES ELIZENE DOS REIS OLIVEIRA – PSICÓLOGA HELENICE MEIRELLES ANDRADE – PSICÓLOGA.
Estudo de Outubro de Outubro
A CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA NO BRASIL CONTEMPORÂNEO GILMARO NOGUEIRA.
Transcrição da apresentação:

Cláudia Cibele Bitdinger Cobalchini CRP08/07915 Ritos de passagem Cláudia Cibele Bitdinger Cobalchini CRP08/07915

Sentido iniciático do rito de passagem Chamam-se ritos de passagem as cerimônias que marcam a passagem de um indivíduo ou grupo de uma fase ou ciclo de vida para outro. Desde o início dos tempos históricos, sabe-se que todas as culturas e civilizações criaram seus próprios ritos de passagem.

São exemplos de ritos de passagem o batismo e a primeira comunhão dos católicos e o bar mitzvah dos judeus. Rituais como esses ainda são praticados, mas o profundo sentido iniciático que eles encerram perdeu- se quase completamente.

Esses ritos servem para solenizar certos momentos da vida humana, como nascimento, casamento e morte. A necessidade de estabelecer mecanismos que ajudem a passagem da infância para a adolescência, e desta para a idade adulta, é tão velha quanto a existência do homem na Terra.

Do ponto de vista iniciático, não existe crescimento sem crise. Provavelmente, porém, sua maior função é ajudar os jovens a superar a crise psicológica que freqüentemente acompanha a mudança de uma idade para outra – da infância para a adolescência e desta para a idade adulta.

Culturas de todo o mundo têm adotado, ao longo dos séculos, aquilo que os antropólogos chamam de “ritos de passagem”: rituais que acompanham as mudanças de lugar, idade, estado e posição na sociedade, de modo a reduzir as perturbações nocivas que tais mudanças podem ocasionar.

E hoje? As modernas sociedades não fornecem mais iniciações existenciais. O contato com a natureza se dessacralizou, as viagens transformaram-se em turismo de massa e perderam suas virtudes transformadoras, as provas físicas são meramente competitivas e não mais associadas ao desenvolvimento espiritual.

A verdade é que hoje vivemos espremidos entre o tempo que nos parece passar depressa demais e um futuro incerto demais. E só um presente vivido intensamente pode fazer frente às intermináveis esperas de quem vive entre a puberdade e o fim da adolescência, uma faixa etária que pelo Estatuto da Criança e do Adolescente vai dos 12 aos 19 anos, embora dê sinais de que se inicie cada vez mais cedo e se prolongue até bem mais tarde.

Sem ritos de passagem, os jovens buscam substitutivos Sem ritos de passagem, os jovens buscam substitutivos. Alguns se apegam às tradições da vida civil, cumprindo à risca os rituais típicos dos tempos de seus bisavós, tais como a seqüência noivado – casamento com o vestuário, a pompa e a circunstância de outrora.

Outros tomam o rumo oposto e se arriscam em manifestações de selvageria, mergulhando na droga, na delinqüência ou no fundamentalismo religioso. Há quem fique nas pequenas transgressões, como dirigir sem ter carteira de habilitação ou colar nas provas.

Mas a atração pelo perigo às vezes ultrapassa o limite da sensatez, como manter relações sexuais sem preservativos, arriscando-se a uma doença sexualmente transmissível ou uma gravidez precoce.

Por imprudência, rebeldia ou vontade de ser adulto antes do tempo, aproximadamente 693.101 adolescentes se tornaram mães no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Na França calcula-se que dez mil garotas engravidem a cada ano, nos Estados Unidos o número chega a um milhão.

Aposta-se no risco, no frenesi de viver Aposta-se no risco, no frenesi de viver. Em alguns países europeus, jovens da periferia se reúnem nas noites de sábado e “se divertem” dirigindo numa rodovia, na contramão, pisando fundo no acelerador. No Brasil, os jovens de periferia “surfam” no alto dos vagões de trem ou na capota dos ônibus. Nos Estados Unidos, cerca de um milhão de adolescentes, por ano, vão para a escola armados.

Outra vertente é a dos jovens que concentram suas atenções no próprio corpo: tatuagens, piercings e outros sinais exteriores de ser parte de um grupo e de ter escolhido passar por uma dor iniciática. Mas, como essas marcas corporais dispensam a mediação de uma cerimônia e também não garantem nenhuma transformação interior do indivíduo, não refletem nada além delas mesmas.

São meros adereços, permanecem no domínio da aparência, ao contrário do que acontecia há milhares de anos, quando a necessidade de marcar a pele tinha origem na submissão aos deuses, na resistência aos maus espíritos ou simplesmente na dignidade de ser um homem. O “artesanato” corporal atinge limites inimagináveis, como cortar a pele com lâmina de barbear ou cacos de vidro, fazer o possível para ficar com anorexia ou bulimia.

Mudanças físicas; mudanças psicológicas: responsabilidade, experiências, conflitos; mudanças sociais: identidade social, corpo social, inter-relacionamento; comportamento sexual: interesse sexual, intercurso sexual; fatos traumáticos: sentimento de perda, luto pela infância perdida; independência

E para você? Quais são os ritos?