Teoria política de Aristóteles

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Teoria política de Aristóteles AULA 4 Teoria política de Aristóteles Cap 23 – pag 290

Aula 04 – Teoria Política de Aristóteles Objetivos: Entender as políticas da Antiguidade e as preocupações com um “bom governo”. Conhecer as diferenças das concepções normativas de Platão (que defende a Sofocracia – o poder dos sábios, dos filósofos) e de Aristóteles (prefere a politeia, governo constitucional da maioria dos cidadãos). Sumário: Origem das preocupações políticas de Aristóteles. Ideias políticas . A visão do poder . As formas de poder. O Estado ideal O bom governo para Platão e Aristóteles. Conclusão.

Aristóteles Livros políticos mais importantes: Ética a Nicômaco e Política. - Reuniu extensa documentação política sobre numerosas cidades gregas e bárbaras do Mediterrâneo, África e Ásia

Críticas às ideias políticas de Platão : Recusa o autoritarismo da utopia platônica, inaplicável e inumana. Recusa a Sofocracia, por atribuir poder ilimitado a uma parte da população – os mais sábios – e hierarquizar demais a sociedade. Não aceita a dissolução da família.

A CIDADE, O LUGAR DA VIDA NATURAL A cidade, a pólis, é o lugar da vida natural (livro A Política) – Teoria Organicista da cidade. Tudo na pólis funciona como os órgãos do corpo, isto é, há uma interdependência. Pólis é natural  porque é um prolongamento natural de outras comunidades primordiais, a família, a aldeia. Apresenta-se dessa forma como uma ordem natural espontânea, portanto, essencial à vida social.

O homem – “um animal político” Como a pólis é oriunda de uma ordem social espontânea e natural, que atrai o homem para a vida em comunidade, o homem, sob este prima, só consegue se realizar plenamente no conjunto social a que pertence. Para Aristóteles “o homem é um ser destinado a viver em sociedade”, isto é, “o homem é um animal político”.

O homem – “um animal político” O homem sendo dotado de palavra, da razão, é o único animal capaz de discernir o bem do mal, o justo do injusto, o verdadeiro do falso, a lassidão e a virtude; ele é um ser moral dotado de sentimentos e capaz de transmiti-los. Por esse motivo só se realiza nos lugares onde existe uma troca mútua e uma comunicação real.

A CIDADE, O LUGAR DA VIDA FELIZ NESTA PERSPECTIVA  A PÓLIS  NÃO É SIMPLESMENTE O LUGAR DA VIDA MATERIAL´. É MUITO MAIS QUE ISSO. É UMA COMUNIDADE QUE PERMITE A CADA HOMEM REALIZAR SUA VIDA MORAL, PROCURAR BEM VIVER DA MELHOR MANEIRA  O “LUGAR DA VIDA FELIZ”, ONDE O HOMEM PODE ENCONTRAR AS CONDIÇÕES DE SEU DESENVOLVIMENTO. A CIDADE É O LUGAR PRIVILEGIADO ONDE O HOMEM PODE ALCANÇAR UM NÍVEL SUPERIOR DE HUMANIDADE.

DA VIDA ÉTICA ( QUE IMPLICA A BUSCA DA VIRTUDE E A BUSCA DA VERDADE) A CIDADE, O LUGAR DA VIDA NATURAL O homem – “um animal político” A CIDADE, O LUGAR DA VIDA FELIZ POR ISSO, NÃO PODE HAVER SEPARAÇÃO: DA VIDA POLÍTICA ( QUE ORGANIZA AS RELAÇÕES ENTRE OS DIVERSOS COMPONENTES DA PÓLIS) DA VIDA ÉTICA ( QUE IMPLICA A BUSCA DA VIRTUDE E A BUSCA DA VERDADE)

Ideias políticas de Aristóteles “O homem é um animal político”. Não é simplesmente um tipo de animal que vive em sociedade, mas em uma sociedade politicamente organizada. Concebia o indivíduo em função da cidade e não a cidade em função do do indivíduo. O bem do indivíduo se amplia do campo individual para o social. “Quem não pode fazer parte de uma comunidade, quem não tem necessidade de nada, bastando-se a si mesmo, não é parte de uma cidade, mas é fera ou deus”. Cidadão = é o que participa da administração da coisa pública (assembleias). Os operários não seriam cidadãos por não disporem de tempo livre (ócio) para participar das assembleias.

O Poder para Aristóteles. - Há várias formas de poder: dono sobre o escravo; marido sobre a mulher; pais sobre os filhos; rei sobre o súdito; magistrado sobre o cidadão. O PODER POLÍTICO É DIFERENTE ! É o Poder exercido entre iguais por delegação. O Poder deve ser exercido pelos homens virtuosos capazes de governar a cidade, tendo em vista o interesse comum dos seus habitantes. Quando esses chegam ao poder devem estabelecer uma “Constituição, correta e digna”.

As formas de governo Politeia = democracia constitucional. Não existe uma única forma constitucional que seja boa para todas as cidades (difere de Platão). CRITÉRIOS DE VALOR BOAS CORROMPIDAS CRITÉRIOS DE NÚMEROS UM MONARQUIA TIRANIA POUCO ARISTOCRACIA OLIGARQUIA MUITOS POLITEIA DEMOCRACIA Politeia = democracia constitucional.

Democracia aristotélica A vida na pólis dá origem a todos os excessos políticos. Os cidadãos formam massas facilmente manobráveis. As assembleias do povo são dominadas pelos demagogos. Aristocracia e Oligarquia: governo dos mais ricos. Democracia: governo dos mais pobres.

Democracia aristotélica Por isso, a Politeia favoreceria a classe média (o meio termo), sendo um meio caminho entre a oligarquia e os mais pobres. Cumpriria, assim, um “governo constitucional”. A “PRUDÊNCIA” POLITICA o ponto de equilíbrio, a medida justa, que é o prolongamento da razão. A Politeia seria a busca do governo moderado.

O ESTADO IDEAL A finalidade do Estado é moral , pois tem de visar o incremento dos bens da alma, ou seja, da virtude ! “Feliz e florescente é a cidade virtuosa. É impossível que quem não cumpre boas ações tenha êxitos felizes – e nenhuma boa ação, nem de um indivíduo, nem de uma Cidade, pode realizar-se sem virtude e bom senso”. A felicidade da Cidade depende da felicidade do cidadão.

O BOM GOVERNO para Platão e Aristóteles Envolveram-se na ´Política grega buscando os parâmetros para um bom governo. Platão tentou implantar um governo justo na Sicília e o idealizou no livro A República como um modelo utópico a ser alcançado. Aristóteles recusou esse modelo utópico, mas aspirava igualmente a uma cidade justa e feliz. Para ele, há uma ligação fundamental entre vida moral e política. - O bom governo deve ter a virtude da prudência pela qual será capaz de agir visando o bem comum. Virtude difícil e nem sempre alcançável. Ambos elaboraram, portanto, uma Teoria Política descritiva (reflexão sobre a descrição dos fatos, mas também normativa e prescritiva por indicar a melhor forma de governo, que permanecerá em vigor na Idade Média até findar com Maquiavel (Sec XVI).

conclusão

A Grécia antiga O aparecimento da Razão Política Organização social e política evolui várias vezes 2 inovações : a pólis e a Filosofia. Religião grega  não tem livros sagrados, Igreja, nem verdade revelada. Razão política  ideia de que a vida comum pode ser guiada pelo pensamento e não pelos pensamentos religiosos.

Bibliografia Filosofando, Introdução à Filosofia – de Maria Lúcia de Arruda e Maria Helena Pires Martins . Editora Moderna. Manual de Filosofia Política- de Flamarion Caldeira Ramos e outros. Editora Saraiva.

Orientações para estudo O estudo para as provas não podem abranger apenas este esquema de Aula. O aluno deve associar as presentes informações ao seu próprio resumo do capítulo e, quando for o caso, frequentar as aulas do plantão de dúvidas do Colégio.