Introdução do processo em enfermagem no curso técnico em enfermagem

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES PORTADORES DE TUMORES DE CABEÇA E PESCOÇO: IDENTIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO Claudia Angélica Mainenti Ferreira Mercês;
Advertisements

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Detalhamento das atribuições dos enfermeiros do trabalho:
Implementação do Processo de Enfermagem no Hospital do Câncer III
Heloísa Q.C.P.Guimarães;Sidinéia RB Bassoli;Selma R A Salotti
Teoria “Um conjunto de conceitos inter-relacionados, definições e proposições com a finalidade de descrever, explicar, prever e controlar fatos/eventos.
PROCESSO DE ENFERMAGEM VERDADES E DESAFIOS: NA ASSISTÊNCIA
Processo de Enfermagem Ensino
Dorothea M. Beckers M. Almeida
FÓRUM MACRORREGIONAL DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Planejamento Planejar envolve: Estabelecer prioridades;
ALUNAS: Edilaine Cristina Lopes Talita Cristine Brito
Habilidades em Comunicação V
A Enfermagem na Era da Informática
ISCS-N CURSO INSTITUTO SUPERIOR CIÊNCIAS SAÚDE-NORTE
Perfil e Atribuições Equipe Enfermagem Trabalho
VISITA DOMICILIAR CONSULTA DE ENFERMAGEM
Farmacologia Aula inaugural
Processo de Enfermagem – Wanda Horta
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Processo de Enfermagem
“DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM”
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
Semiologia e Semiotécnica Profa. Halene Maturana
Prof. Ms. Silvana Barbosa Pena
A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO SÉCULO XXI
CONSELHO REGIONAL ENFERMAGEM DE SÃO PAULO
Entenda as Funções de cada Profissional da área de Enfermagem
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PROFESSORA: LILIAN MICHELLE
ESF Integralidade da assistência
PROCESSO DE ENFERMAGEM SEGUNDO WANDA HORTA
Metodologia da Assistência de Enfermagem Profª. Elisangela Cason Erlich CESCAGE/2011.
TEORIAS DE ENFERMAGEM Prof. Diego Louzada.
Sistema de Classificação de Resultados de Enfermagem (NOC)
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Antonio Garcia Reis Junior
INDICADORES PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
O PROCESSO DE ENFERMAGEM
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
ENERMAGEM SCHEILA CRISTINA DE MERCEDES
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Planejamento do Processo de enfermagem
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
ESTUDANDO COM PROFª Simony
Diagnóstico de Enfermagem
GRUPO SÃO FRANCISCO. GRUPO SÃO FRANCISCO Grupo São Francisco: Sede Administrativa São Francisco Saúde, Fundação Waldemar Barnsley Pessoa, Hospital.
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO – CURSO DE ENFERMAGEM DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Profª Alcinéa Cristina Ferreira de Oliveira.
sistemas de informação
Sistematização da Assistência de Enfermagem –SAE
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Teorias de Enfermagem Docente: Isabely Pereira C. de Sousa
“PROCESSO DE ENFERMAGEM”
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE INTERVENÇÃO EM SAÚDE
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM *SAE*
PROCESSO DE ENFERMAGEM
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Terapia nutricional no cuidado do paciente
Programando o Atendimento das Pessoas com Diabetes Mellitus
Sistematização da Assistência de Enfermagem
Diagnósticos de Enfermagem
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM ESTOMIA INTESTINAL E URINÁRIA ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE ESTOMATERAPIA Michele N. Brajão Rocha Thais Salimbeni.
Planejamento e implementação
PESQUISA DE CAMPO Definição Objetivo Fases da Pesquisa
Processo de Enfermagem e Classificações
Introdução do processo em enfermagem no curso técnico em enfermagem João Carlos Alves dos Santos.
1 Nursing care planning and the Brazilian Health System - an overview A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e o Sistema Único de Saúde (SUS)
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Professora Dra Tatiana de Sá Novato
Transcrição da apresentação:

Introdução do processo em enfermagem no curso técnico em enfermagem Enfermeiro: João Carlos Alves dos Santos

Objetivos Identificar o processo de enfermagem Identificar a sua fundamentação Identificar as suas etapas

Processo em enfermagem A implementação da SAE e o processo em enfermagem são fundamental por contribuir para a melhoria da qualidade da assistência de enfermagem (Marques; Carvalho, 2005), para a caracterização do corpo de conhecimentos da profissão (Jesus, 2002) e por trazer implicações positivas para o paciente e para equipe de enfermagem (Mendes; Bastos, 2003).

Teoria O uso das teorias de enfermagem oferece estrutura e organização ao conhecimento da enfermagem, proporciona um meio sistemático de coletar dados para se descrever, explicar e prever prática, promover a prática relacional e sistemática, torna a prática direcionada para metas, resultados, determina a finalidade da prática de enfermagem e promove um cuidado coordenado e menos fragmentado. (Mcewen, 2009).

Uma teoria sugere uma direção de como ver fatos ou eventos De modo que se possa responsabilizá-los pelos cuidados a serem prestados aos pacientes, não mais executados de maneira empírica (Hickman, 2000).

Escolha de uma teoria 1.Precisa conhecer a realidade do setor que trabalha 2.Perfil dos enfermeiros dessa unidade 3.Clientela atendida Ex: Enfermeiro de ESF 1.Deve sistematizar a assistência utilizando marco conceitual uma teoria que conceitue pessoa como o indivíduo, a família e/ou comunidade 2.Que conceitue ambiente em que a pessoa vive 3.Que conceitue saúde de acordo com as diretrizes do Programa de Saúde da Família 4.Que conceitue Enfermeiro como um agente de promoção da

As teorias são classificadas em quatro níveis de acordo com sua finalidade Nível I- Isolamento de fatores : Ex Enfermeiro descreve aparecimento de hiperemia na região sacral do paciente Nível II – Relacionamento de fatores: Ex. Enfermeiro associa a hiperemia aos fatos de o paciente estar acamado, ser obeso e estar fazendo uso de fármacos vasoativos. Nível III – Relacionamento de situações (preditivas) Ex. Enfermeiro prevê que é necessária uma intervenção rápida para que haja a regressão dessa hiperemia; caso contrário a evolução será prejudicial ao paciente. Nível IV – Produtora de situações (prescritiva). Ex. O Enfermeiro atua prescrevendo ações para a minimizar a evolução dessa lesão, entre elas mudança de decúbito, uso de colchão especial, hidratação da pele...

Em 1960 Wanda de Aguiar Horta com base em sua teoria apresentou os passos: 1.Histórico de enfermagem 2.Diagnóstico de enfermagem 3.Plano assistencial 4.Plano de cuidados ou prescrição de enfermagem 5.Evolução 6.Prognóstico de Enfermagem

Processo em enfermagem Artigo 3º o Processo em enfermagem deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente/cliente/usuário, devendo ser composta por: Investigação de enfermagem Diagnóstico de Enfermagem Planejamento da assistência Implementação/Prescrição da Assistência de Enfermagem Evolução da Assistência de Enfermagem

Investigação de Enfermagem Consiste em uma coleta de dados contínua, planejada e sistemática de informações, por meio de um roteiro para levantamento de dados de um indivíduo, família ou comunidade sobre o estado de saúde, a fim de monitorar evidências de problemas de saúde e fatores de risco que possam contribuir para os problemas de saúde.

Investigação de Enfermagem Processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença.

Diagnóstico de Enfermagem Enfermeiro após ter analisado os dados colhidos no histórico e exame físico, identificará os problemas de enfermagem, as necessidades básicas afetadas e grau de dependência, fazendo julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família e comunidade, aos problemas, processos de vida vigentes ou potenciais.

Diagnóstico de Enfermagem Título do diagnostico: padrão respiratório ineficaz Conceito: inspiração e/ou expiração que não proporciona ventilação adequada Título diagnóstico: amamentação interrompida Conceito: quebra na continuidade do processo de amamentação de incapacidade ou de não ser aconselhável colocar a criança no peito para mamar. Título diagnóstico: risco de aspiração Conceito: estar em risco de entrada de secreções gastrintestinais, secreções orofaríngeas, sólidos ou fluidos nas vias traqueobrônquicas.

Padrão da terminologia em enfermagem Atualmente, organizações de enfermagem por todo o mundo tem reforçado a necessidade de um padrão de terminologia em enfermagem para descrever, comparar, comunicar os cuidados de enfermagem (OPAS, 2001.

Alguns sistemas de classificação 1. Diagnóstico de Enfermagem (North American Nursing Diagnosis Association - NANDA ) 2. Classificação das Intervenções de Enfermagem ( Nursing |Interventions Classification – NIC) 3. Classificação de resultados de Enfermagem ( Nursing Outcomes Classification – NOC) 4. Classificação Internacional para a prática de Enfermagem - CIPE

3- Planejamento da Assistência Plano de ações para se alcançarem resultados em relação a um diagnóstico de enfermagem (Bachion,2002). Determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.

4. Implementação Prescrição de Enfermagem Classificação– NIC- NOC É o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro, que direciona e coordena a assistência de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e contínua, objetivando a prevenção, promoção, proteção, recuperação e manutenção COFEN (2008) 4. Implementação Prescrição de Enfermagem Classificação da intervenções de enfermagem – NIC- NOC NIC foi criada pela necessidade da classificação das intervenções de enfermagem para padronizar a linguagem usadas pelos enfermeiros

Evolução de Enfermagem É o registro realizado após a avaliação do estado geral do paciente Tem como objetivo nortear o planejamento da assistência a ser prestada e informar o resultado das condutas implementadas A evolução mostra os efeitos, as repercussões e as conseqüências dos cuidados prestados em relação a determinados parâmetros preestabelecidos e indica a manutenção, a modificação ou a suspensão da prescrição anterior, é onde ocorre a avaliação propriamente dita.

Evolução de Enfermagem É feita exclusivamente pelo enfermeiro. É realizada em impresso próprio e sempre precedida de data e horário e finalizada com assinatura e COREN do enfermeiro. A data deve ser colocada na primeira evolução de entrada. Para elaborar a evolução, deve ser realizada a entrevista, exame físico e consultar: evolução e prescrição médica e de enfermagem anteriores, listagem de problemas, pedidos e resultados de exames complementares

Anotações de Enfermagem São todas as informações relatadas pelos pacientes além das observações realizadas pela equipe de enfermagem quanto aos sinais e sintomas que conduzem a alternativas para solucionar os problemas identificados, direcionar o planejamento das intervenções de enfermagem e, posteriormente, avaliar os resultados. Devem conter informações descritivas, completas, claras e objetivas

Considerações Metodologia científica que vem sendo cada vez mais implementada na prática assistencial conferindo maior segurança aos pacientes, melhoria da qualidade da assistência e maior autonomia aos profissionais de enfermagem. organiza o seu trabalho registra as atividades realizada demonstra quantidade e qualidade do serviço da equipe valoriza seu trabalho dar respaldo sobre o seu atendimento prestado amplia sua visão sobre o cuidado

REFERÊNCIAS CIANCIARULLO TI et al. Sistema de Assistência de Enfermagem: evolução e tendências. São Paulo: Icone. 2001. •Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação – 2001 – 2002 / organizado por North American Nursing Association; trad. Jeanne Liliane Marlene Michel – Porto Alegre: Artmed, 2002. •Johnson M, Maas M, Moorhead S. Classificação dos resultados de enfermagem; trad. Regina Garcez. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. •McCloskey JC, Bulechek GM. Classificação das intervenções de enfermagem; trad. Regina Garcez. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. TANNURE, Meire Chucre; GONÇALVES, Ana Maria Pinheiro. Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Horta, W. Processo de Enfermagem.