TEORIA NEO-SCHUMPETERIANA

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Transcrição da apresentação:

TEORIA NEO-SCHUMPETERIANA Professora: Luciana Tolstenko Nogueira

Joseph Alois Schumpeter * 1883 (Rep. Checa) - † 1950 Professor da Universidade de Harvard Principais idéias: ciclos econômicos e desenvolvimento econômico

TEORIA NEO- SCHUMPETERIANA De acordo com essa teoria o Estado deve intervir minimamente na economia.

Teoria do Desenvolvimento Econômico Desenvolvimento é uma mudança espontânea e descontínua das condições de equilíbrio pré-determinadas pelo modelo clássico estático. É o produtor (empresário inovador) quem inicia a mudança econômica. Cabe aos consumidores serem educados por ele a demandarem coisas novas, diferentes das que habitualmente necessitavam.

Teoria do Desenvolvimento Econômico Define claramente a diferença entre crescimento econômico e desenvolvimento econômico.

Teoria do Desenvolvimento Econômico “Engloba os cinco casos seguintes: - introdução de um novo bem; - introdução de um novo método de produção; - abertura de um novo mercado; - conquista de uma nova fonte de oferta de matérias-primas ou de bens semi-manufaturados; - estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria

Correntes neo-schumpeteriana e/ou evolucionista Surgem nos anos 1980, com o intuito de recuperar, a partir dos trabalhos de Schumpeter, o conceito da inovação como motor da dinâmica capitalista, abandonando o referencial de equilíbrio clássico. (Laplane, 1997)

Correntes neo-schumpeteriana e/ou evolucionista Esses autores estão situados em dois grupos não-rivais: voltados ao desenvolvimento de 'modelos evolucionistas' (R. Nelson e S. Winter - EUA); e voltados à análise da geração e difusão de novas tecnologias, destacando uma inter-relação com a dinâmica industrial e a estrutura dos mercados (SPRU/Sussex/UK, sob a direção de C. Freeman). (Possas, 1988)

Correntes neo-schumpeteriana e/ou evolucionista Grande importância dada ao papel da concorrência: geradora de assimetrias e indutora de inovações.

“A inovação, de acordo com a teoria neo-schumpeteriana, é a mola mestra da dinâmica capitalista e, também, parte integrante do processo concorrencial. Este é o fator que faz com que, no capitalismo, o desenvolvimento das forças produtivas se dê a um ritmo muito mais acelerado do que nas sociedades pretéritas, fazendo com que o caráter progressista seja um elemento singular dentro deste regime de produção” (Possas, 1999).

EMPRESÁRIO SCHUMPETERIANO O empresário schumpeteriano tem um papel fundamental na economia. Partindo-se de um modelo estacionário o empresário schumpeteriano é responsável pela dinâmica econômica através, fundamentalmente, das inovações tecnológicas.

ANÁLISE DA TEORIA NEO- SCHUMPETERIANA Os trabalhos de Schumpeter e dos neo-schumpeterianos permitem uma análise dinâmica da realidade econômica, à medida que se afastam do referencial de equilíbrio clássico.

CRÍTICAS Análise reducionista da realidade econômica (muito apegada ao papel da firma). Referencial teórico pouco aplicável à realidade dos países em desenvolvimento (politicamente e empiricamente). Falta de formalização impede que seja considerada uma “teoria econômica evolucionista”.

BIBLIOGRAFIA KONDRATIEV, N. D. The Long Waves in Economic Life. The Review of Economic Statistics, v. 17, pp. 105-115, 1935. LAPLANE, M. Inovações e dinâmica capitalista. In: CARNEIRO, R. (org.). Os clássicos da economia. São Paulo: Ed. Ática, 1997. POSSAS, M. L. Em direção a um paradigma microdinâmico: a abordagem neo-schumpeteriana. In: AMADEO, E. (org.) Ensaios sobre Economia Política Moderna: teoria e história do pensamento econômico. São Paulo: Marco Zero, 1988. POSSAS, M. S. Concorrência e competitividade – Notas sobre estratégia e dinâmica seletiva na economia capitalista. São Paulo: Hucitec,1999. SCHUMPETER, J. A Teoria do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. [Ed. orig. 1912] _______. Business Cycles: A Theoretical, Historical and Statistical Analysis of the Capitalist Process. New York, London: McGraw-Hill, 1939. _______. Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984. [Ed. orig. 1942]