TEMA 2 Sistemas gráficos - Ortografia

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Transcrição da apresentação:

TEMA 2 Sistemas gráficos - Ortografia Tipos de sistemas gráficos: logográficos, fonográficos História dos sistemas gráficos. Métodos de classificação dos sistemas gráficos: - métodos evolucionistas - métodos policentristas Sistemas alfabéticos: níveis de abstracção Sistemas gráficos e leitura gestáltica.

Sistemas gráficos Bibliografia Gaur, Albertine (1990): Historia de la escritura, Pirámide, Madrid. Gelb, Ignace J. (1976): Historia de la escritura, Alianza Universidad, Madrid. (evolucionista) Sampson, Geoffrey (1997): Sistemas de escritura, Gedisa, Barcelona. (policentrista) Página Web recomendada: http://centros5.pntic.mec.es/ies.arzobispo.valdes.salas/alumnos/escri/presen.html

Tipos de sistemas de escritura Dous grandes tipos de sistemas: Logográficos representam unidades significativas (palavras ou morfemas). Um exemplo actual: o chinês. Fonográficos representam unidades de tipo fonológico: - sílabas, como o silabário Kana japonês; - fonemas, como os sistemas consonânticos (árabe, hebreu) e alfabéticos (grego, cirílico); - traços fónicos, como o Hang’ul Coreano.

História dos sistemas gráficos Os primeiros sistemas de escritura são de de carácter logográfico (pictográfico, ideográfico); entre eles está a escritura cuneiforme dos, sumérios, babilónios e os asirios (4000-3000 a.C), a escritura jeroglífica dos egípcios (3000 a.C), os símbolos da escritura chinesa, japonesa e os pictogramas dos maias. O primeiro sistema baseado em fonemas que se conhece é o alfabeto semítico, que aparece entre Síria e Palestina entre 1700 a.C. e 1500 a.C. Deu lugar ao hebreo (1000 a.C??) e árabe (300 d.C). O grego nasce no 900 a.C. do fenício. O grego da lugar ao alfabeto etrusco, latino... O cirílico nasce no 800 d.C. do grego.

Metodologias de classificação dos sistemas gráficos Classificação evolucionista: a função da escrita é de reflectir a expressão oral do modo mais preciso e económico possível. As escritas mais eficaces são as alfabéticas e especialmente as fonológicas. Classificação policentrista: a função da escrita é de reflectir as unidades linguísticas. Há dous tipos de escritas: - as que representam o significado das unidades, - as que representam a expressão das unidades.

Evolucionismo Os sistemas alfabéticos, que procuram uma representação próxima da oralidade, são considerados como os mais evoluídos. Diferentes graus de evolução: sistemas logográficos > sistemas silábicos > sistemas alfabéticos Prova do evolucionismo: o princípio de Rebus. Dentro desta teoría, um sistema alfabético como o espanhol representa um sistema mais evoluído que o chinês, de tipo logográfico.

Policentrismo Não tem por que estabelecer-se uma gradação entre os sistemas da escrita. A escrita alfabética, própria dos países de cultura europeia, passa a situar-se como uma opção mais de representação, com vantagens e inconveniêntes. Dous grandes tipos de sistemas: - logográficos : representam unidades significativas - fonográficos : representam unidades fónicas (sílabas, fonemas…)

Níveis de abstracção nos sistemas alfabéticos Uma ortografia que unifique a representação mediante um grafema correspondente a um fonema será mais abstracta que uma ortografia que reflicta as diferenças alofónicas: “un guante”, “el uante”. Uma ortografia que mantenha unificada no possível a representação de um morfema com independência do contexto em que podem aparecer determinados alomorfos, será mais abstracta do que uma que não o faga. P ex. biología – biólogo (etimologistas) bioloxía – biólogo (fonológicos)

Sistemas logográficos e fonográficos grafia  unidade significativa (palavra, morfema, ...) Fonográfico: grafia  som (sílaba, fonema, alófono, traço distintivo, ...) O alfabeto é um tipo de sistema fonográfico que associa grafias (letras) a fonemas (sons vocálicos e consonânticos). Tanto os sistemas logográficos como fonográficos tendem a ser ambíguos: grafia  {palavra_1, palavra_2, palavra_3 ...} grafia  {fonema_1, fonema_2, fonema_3 ...} Os alfabetos fonéticos (AFI, etc.) não são ambiguos: grafia_1  alófono_1 grafia_2  alófono_2 ... grafia_n  alófono_n

Alfabetos ambíguos alfabetos com pouca ambiguedade ou fonológicos (galego, espanhol, italiano...): possuem regras ortográficas que permitem desambiguar de forma sistemática as grafias ambiguas. “c”  /k/ (+a, +o, +u)  /Ө/ (+e, +i ) Mas podem manter-se casos de ambiguedade não sistemática: b/v, g/j alfabetos com muita ambiguedade ou etimologistas (inglês): possuem muitos casos em que é preciso conhecer a pronúncia de toda a palavra. “i”  /ai/ (sign)  /i/ (signify) A grafia é uma marca abstracta do étimo. As grafias não se usam para representar a pronúncia senão para permitir pôr em relação palavras que derivam do mesmo étimo.

Leitura gestáltica “el hecho de que una escritura reproduzca sonido por sonido la lengua hablada no es de gran ayuda: nosotros no leemos sonido por sonido nuestra escritura alfabética, sino que leemos por bloques que reconocemos globalmente, gestálticamente”. (Raimondo Cardona, 1994). Provas do carácter gestáltico da leitura: - lapsus de leitura (o nosso inconsciênte leva-nos a completar incorrectamente a palavra com materiais presentes no nosso pensamento). - incapacidade de encontrar erratas - dificuldade para ler palavras desconhecidas Muy es flores un tiene bonita colores es porque de muy casa flores jardíneros con ens morpel ei blosquestu priltuire clumeñirralu sil oas mimbelerio au dreomplu

reconhecer / soletrar A leitura gestáltica apoia-se no conhecimento lexical, gramatical e contextual: acesso directo ao significado. A leitura som por som (soletrar) é chamada analítica. Esta leitura apoia-se no conhecimento das regras que fazem corresponder grafemas com fonemas: acesso directo ao significante. Um sistema etimologista favorece o rápido reconhecimento das palavras na leitura gestáltica: “sign” /sain/ “signify” /signifai/ A leitura analítica favorece as primeiras fases de aprendizagem da língua escrita: fácil acesso a palavras desconhecidas.