Folding de Proteínas (Parte B-Lessandra) )

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
RESISTÊNCIA DO ORGANISMO À INFECÇÃO II
Advertisements

Estresse em períodos precoces do desenvolvimento:
Propriedades físicas representativas de
Polipeptídeo.
Estrutura e funções de Anticorpos
Medicamentos utilizados no tratamento do diabetes mellitus
FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE DE LISBOA.
Diferenciação sexual no cérebro
Genes & Drogas Dr. Cláudio C Silva Módulo VI
Tradução: um mesmo gene com mais de um quadro de leitura
CLATHRIN- MEDIATED ENDOCYTOSIS: MEMBRANE FACTORS PULL THE TRIGGER
Genética bacteriana.
FIGURA 13.2Quatro modos principais de transdução de sinal intercelular.Redesenhado com base em figuras de Alberts, B., et al. Essential Cell Biology, 2nd.
Cinética Enzimática Prof. Dr. Henning Ulrich.
IQB201 – Bioquímica Básica I
Estrutura dos Ácidos Nucléicos
Transcrição do RNA em Organismos Procariotos
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL do GENOMA
Prof. Thiago Moraes Lima
Introdução à expressão gênica
Sensing DNA Damage Through ATRIP Recognition of RPA-ssDNA Complexes
Influência Cinética das Bandas do Ligamento Cruzado Anterior em Joelhos Avaliação clínica usando navegação com computador Influence of Anterior Cruciate.
ENCEFALOPATIAS ESPONGIFORMES TRANSMISSÍVEIS
A fosfátase alcalina preocupa-se com a gordura? José Miguel Gomes, Luís Flores Santos, Luís Azevedo Maia Serviço de Bioquímica da Faculdade de Medicina.
Regulação da Expressão Genética
Aplicação de bombas osmóticas intra-peritoneais:
Progressão Aritmética
Células e níveis de organização
UBA VII – Genética Molecular Genética Molecular e Humana
Os ácidos nucleicos- NUCLEOPROTEÍNAS
Emanuel Teixeira Nº24924 Bioengenharia
Vírus Não se sabia se eram seres vivos ou não... Hoje já está comprovado que NÃO É SER VIVO! São compostos por uma capa proteica (capsídeo) e material.
Algoritmos Culturais.
Estrutura de Proteínas
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UCP Imunobiologia - MTBarros 1.
SciELO: um modelo para publicação eletrônica de periódicos científicos
Biomarcadores e Doenças Neuro-degenerativas
A Base Molecular da Vida Prof(a): Alexsandra Ribeiro
PROTEÍNAS:.
Estrutura Quaternária
1 2 Observa ilustração. Cria um texto. Observa ilustração.
Tuberculose Mundo. SVS Mortes Causadas por Doenças Infecciosas em Adultos no Países em Desenvolvimento ( ) TB 51.4% Inf. Respiratórias 10.0%
IF803 - Introdução à Biologia Molecular Computacional Profa. Katia Guimarães 2007/2.
REFERÊNCIAS Artigo de Revista SEKEFF, G. O emprego dos sonhos. Domingo, Rio de Janeiro, ano 26, n. 1344, p.30-36, 3 fev COSTA, V.R. Á margem da lei.
Marca do evento Calendário de reuniões e encontros para o ano de 2011 Calendário 2011.
Vocabulário Genético Primeira Fase.
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE
Formação: Higiene e Segurança Alimentar
Higienização das mãos de Profissionais de Saúde
Introdução à Microbiologia
TEORIA DE BARKER Carlos Arcanjo
Estrutura das proteínas
Programa de Pós-Graduação em Genética NÚCLEO INTERFÁSICO ENVOLTÓRIO NUCLEAR Pós-graduanda: Leiza Penariol Vanessa Bellini Bardella Vanessa Bellini Bardella.
Oncogenes e Câncer Agradecimentos: Profa. Dra. Aline Maria da Silva
Sistema complemento Mariana.
IF803 - Introdução à Biologia Molecular Computacional Katia Guimarães 2008/2.
Citoquinas Moléculas de superfície Apoptose
TOXICODINÂMICA Aula 03 Profª Larissa Comarella Aula 03 Profª Larissa Comarella.
Disciplina de Neurologia
Estrutura e Função de Proteínas
Estrutura e Função de Proteínas
FONTES DE PESQUISAS ENTIDADEENDEREÇO ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura.
HighWire Press. HighWire Press é uma divisão da Stanford University Libraries, que desde 1995 tem a missão de auxiliar na disseminação de informação acadêmica.
Cultura de células de Theobroma cacao
Materiais proteicos Química e Física dos Materiais II Ano lectivo 2015/2016 Departamento de Química e Bioquímica.
Estudo das proteínas Prof. Bosco. Importância Proteínas são as moléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as células e em todas as suas.
IMUNIDADE ADQUIRIDA DEFESA ESPECÍFICA 1.
BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina ou doença das vacas loucas)
Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (TSE)
Transcrição da apresentação:

Folding de Proteínas (Parte B-Lessandra) ) Príons e Chaperones

Príons São formas não convencionais de agentes infecciosos compostos somente por proteínas. A partícula infecciosa é composta de duas proteínas que possuem a mesma seqüência de aminoácidos: PrPsc(proteína modificada) e PrPc(proteína príon celular). As duas proteínas diferem somente na conformação: PrPc é composta de 40% de -hélice enquanto que PrPsc tem 60% de folha  e 20% de -hélice.

Mecanismo de Infecção O mecanismo infeccioso é provocado pela interação de PrPsc com PrPc causando conversão da sua conformação final. A infecção se espalha porque novas moléculas de PrPsc são geradas exponencialmente do PrPsc normal. O acúmulo de PrPsc insolúvel é provavelmente um dos eventos que conduz à morte neuronal.

Receptor ou proteína príon “binding” Receptor ou proteína príon “binding”: proteína que converte PrPc em PrPsc. Exemplo de um receptor: receptor de membrana 66-kDa no qual liga PrPc in vitro e in vivo. O receptor terá a função na patogênese de doenças relacionadas a príons e em processos celulares normais.

Doenças de Príons São doenças neurodegenerativas progressivas fatais em animais e humanos causada por um único agente, o príon. As doenças de príons podem ser esporádicas, genéticas ou adquiridas. Exemplos de doenças de príons: BSE(doença da vaca louca), doença Jakob-Creutzfeldt(CJD), insônia familiar fatal(FFI), doença Scheinker-Straussler-Gerstmann(GSS).

Chaperones São grupos de proteínas auxiliando o folding de proteínas na célula sobre condições de estresse e fisiológicas. Eles compartilham a habilidade para reconhecer e ligar proteínas não nativas prevenindo, assim, agregações não específicas. Uma característica fundamental dos chaperones é o envolvimento de reações dependentes da energia no processo de folding.

Exemplos de Chaperones A) Chaperones dependentes ATP: GroEL, Hsp70, Hsp90. B) Chaperones independentes ATP: sHsps, SecB.

Funções múltiplas dos chaperones A função dos chaperones in vivo é reconhecer e estabilizar polipeptídios parcialmente enovelado ou não enovelado. Os chaperones interagem com proteínas nativas e promove o rearranjo de complexos oligoméricos. Protege polipeptídios de interações inadequadas inter ou intra cadeias.

Referências Bibliográficas Welch WJ, Brown CR. Influence of molecular and chemical chaperones on protein folding Cell Stress & Chaperones 1: (2) 109-115 JUN 1996 Yu J, Ma KT, Zhang NH. The multiple functions of molecular functions. Progress in Biochemistry and Biophysics 25: (2) 106-110 APR 1998 Ellis RJ. The general concept of molecular chaperones. Philosophical transactions of the royal society of London series B-Biological Sciences 339: (1289) 257-261 MAR 29 1993

Morange M. Chaperone proteins M S-Medecine Sciences 16: (5) 630-634 MAY 2000 Beissinger M, Buchner J. How chaperones fold proteins Biological Chemistry 379: (3) 245-259 MAR 1998 Harrison PM, Chan HS, Prusiner SB, Cohen FE. Thermodynamics of model prions and its implications for the problem of prion problem folding Journal of Molecular Biology 286: (2) 593-606 FEB 19 1999 Prusiner SB. Biology and genetics of prion diseases Annual Review of Microbiology 48: 655-686 1994

Prusiner SB. Molecular biology and pathogenesis of prion diseases Trends in Biochemical Sciences 21: (12) 482-487 DEC 1996 Nixon RR. Prions and prion diseases Laboratory Medicine 30: (5) 335-338 MAY 1999 Collinge J, Palmer MS. Prion diseases in humans and their relevance to other neurodegenerative diseases Dementia 4: (3-4) 178-185 MAY-AUG 1993 Prusiner SB. Prions Proceedings of the national academy of sciences of the United States of America 95: (23) 13363-13383 NOV 10 1998