Histórico # Em 1983 foi obtida a primeira planta transgênica: uma planta de tabaco resistente a um tipo de antibiótico. # As plantas geneticamente modificadas resistentes a insetos, vírus e bactérias foram testadas em plantações pela primeira vez em 1985. # Em 1987, no Reino Unido, foram adcionados genes em plantas de batata para que estas produzissem mais proteínas e aumentassem o seu valor nutricional. # Em 1994 foi aprovado para a comercialização o primeiro produto destinado a alimentação proveniente da biotecnologia vegetal: o tomate transgênico. Esse tomate além de saboroso, tem seu amadurecimento retardado, isto é, demora muito mais tempo para estragar mesmo fora da geladeira. # Foi aprovada em 1994 a primeira planta transgênica foi desenvolvida. Trata-se de uma soja designada com grande resistência a um herbicida (glifosato). # O arroz dourado, enriquecido com betacaroteno (encontrado vegetais em cenoura e beterraba), foi desenvolvido na Alemanha em 2000.
Tipos de transgênicos
Primeira geração – Características agronômicas São aqueles que já existem no mercado mundial, obtidos com o objetivo de melhorar características agronômicas como a resistência a insetos e doenças e a tolerância a herbicidas. Estes produtos, na maioria dos casos trazem muitos benefícios ao produtor, como por exemplo: - aumento de produtividade; - diminuição de custos de produção, por meio da redução do uso de defensivos agrícolas e combustível; - melhoria da qualidade do produto final, com menores índices de fungos e micotoxinas;
Segunda geração – Qualidade alimentar São aqueles que já estão sendo pesquisados e incluem os alimentos com maior qualidade (maior teor de nutrientes por exemplo) e que trazem benefícios também ao consumidor, tais como: - alimentos com maior teor de proteínas e minerais (como o ferro); - óleos com teores mais elevados de ácidos graxos do tipo ômega 3 (mais saudáveis).
Terceira geração – Produtos especiais Ainda em fase de desenvolvimento, são os produtos de utilização farmacêutica (vacinas, hormônios, proteínas humanas, biorretores) e industrial (plásticos biodegradáveis e lubrificantes).
Alguns exemplos de plantas geneticamente modificadas Tomate longa vida Flavr Savr, produzido pela companhia norte-americana Calgene, com o objetivo de obter frutos com maior conservação. Este tomate transgênico foi o primeiro produto liberado comercialmente para consumo nos Estados Unidos, em 1994. - Tomate com maior teor de licopeno, pigmento que dá a cor avermelhada ao fruto, é uma substancia antioxidante, que atua no organismo contra vários tipos câncer.
Arroz dourado, contendo alta concentração de pró-vitamina A. A proeza, realizada por pesquisadores da Suíça e Alemanha, foi possível pela introdução de três genes envolvidos na síntese de beta-caroteno (pigmento vegetal), encontrados em uma flor (o narciso-dos-prados), em plantas de arroz.
Arroz contendo maior concentração de ferro nos grãos, para uso na alimentação humana e animal.
Soja Roundup Ready (RR) da Monsanto, resistente ao herbicida glifosato Soja Roundup Ready (RR) da Monsanto, resistente ao herbicida glifosato. Esta soja traz benefícios ao produtor, pois reduz a aplicação de herbicidas e mão-de-obra, elimina as plantas competidoras, resultando num aumento de produtividade.
Milho e algodão Bt , resistentes a insetos (certo tipo de lagarta) Milho e algodão Bt , resistentes a insetos (certo tipo de lagarta). Estas plantas contém um gene proveniente da bactéria Bacillus thuringiensis, muito comum na natureza, e há muitas décadas usada como inseticida natural, principalmente na agricultura orgânica. Os principais benefícios ao agricultor são a redução do uso de inseticidas, o aumento da produtividade e a qualidade do produto final.
Tomate transgénico com altas doses de antioxidantes protegem contra o câncer Tomate com mais licopeno, Vacinas,
Produtos em desenvolvimento Quanto aos produtos que estão sendo pesquisados e desenvolvidos no Brasil, ainda em caráter experimental, tem-se: milho com maior teor de metionina no grão (EMBRAPA); melão com maior potencial de conservação (UFPEL); feijão resistente ao vírus do mosaico dourado (EMBRAPA/CENARGEN); laranja resistente ao cancro cítrico (IAPAR); batata resistente ao vírus do mosaico PVY (EMBRAPA Hortaliças, CENARGEN e UFPEL); soja brasileira resistente ao herbicida glifosato (Roundup) (EMBRAPA Trigo); mamão resistente ao vírus da mancha anelar (EMBRAPA/CENARGEN), o qual foi recentemente liberado pelo Ministério do meio Ambiente para avaliação a campo.
Área global histórica de cultivos transgênicos A área plantada com transgênicos cresceu 12% em 2007, com valores globais chegando a 700 milhões de dólares.
Área global de cultivos transgênicos por característica genética Cultivos com duas ou mais características genéticas transgênicas e são se tornando cada vez mais populares, ganhando daquelas variedades que mostram apenas resistência a insetos.
Experimentos em campo com cultivos transgênicos na Europa O número de experimentos em campo com transgênicos na União Européia aumentou discretamente (fonte: European Union, GMO Compass ).
Área global de plantios transgênicos no mundo, por país Área global de plantios transgênicos no mundo, por país. Em 2007 o Brasil ultrapassou os EUA em novas áreas de plantio. A Índia continuou seu rápido crescimento, seguida de perto pelo Paraguai, África do Sul e Uruguai. Em oposição, na Austrália as áreas com cultivos transgênicos continuam em queda.
A vasta maioria do milho, da soja e de algodão plantado nos EUA é transgênico.