FISIOTERAPIA NA HANSENÍASE

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Transcrição da apresentação:

FISIOTERAPIA NA HANSENÍASE Profª.: Fabiana Dias Unime- Saúde Pública

I. INTRODUÇÃO A Hanseníase é uma doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium leprae, de evolução crônica, que aparece no panorama nacional como um importante problema de saúde pública. De acordo com a OMS, o Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em número de doentes, com 87.737 casos em registro ativo no final de 1997, o que representou 5,5 doentes por 10.000 habitantes.

I. INTRODUÇÃO Minas Gerais, em 1998, apresentou um registro ativo de 6.480 casos, segundo o Ministério da Saúde, significando uma proporção de 3,8 doentes para cada 100.000 habitantes. A hanseníase nos seres humanos é essencialmente uma doença dos nervos periféricos. O M. leprae ataca as fibras do sistema nervoso periférico sensitivo, motor e autônomo.

I. INTRODUÇÃO Nas lesões de pele, o bacilo acomete tanto as fibras sensitivas como autônomas e, tem como resultado a diminuição da sensibilidade cutânea, redução da sudorese e perda de pêlos. A lesão das fibras motoras tem como conseqüência a atrofia muscular e a paralisia. A paralisia dos músculos, em geral, coexiste com a perda da sensibilidade cutânea.

I. INTRODUÇÃO Apesar dos progressos em relação ao conhecimento da patologia, o estigma causado pela mesma é um fenômeno observado, universalmente, sendo o dano estético causado pelo comprometimento neural e a ignorância a respeito da patologia, os principais fatores responsáveis pelo medo do doente. Muitas vezes, os próprios portadores de Hanseníase se auto-estigmatizam, afastando-se do trabalho, da família e da sociedade em decorrência da doença.

I. INTRODUÇÃO Atualmente, a rede de serviços básicos prioriza a prática terapêutica medicamentosa, em detrimento do atendimento integral ao indivíduo e, que ações educativas são praticadas de forma isolada e desarticulada das demais ações de controle.

II. EPIDEMIOLOGIA Embora esta doença ocorra em todas as classes sociais, é sabido que a maior incidência acomete as classes socioeconômicas baixas, onde a promiscuidade, fornecedora da multiexposição, está ligada à pobreza e onde se encontra também um baixo nível de educação, cultura e nutrição.

III. OBJETIVOS Promover o conhecimento sobre hanseníase, por parte do doente, contando com uma maior compreensão e participação do doente para diagnóstico precoce e tratamento adequado, visando, principalmente, a prevenção de incapacidades físicas, que são, na grande maioria das vezes, evitáveis. Melhorar a educação em saúde para combate da doença.

IV. METODOLOGIA O trabalho ocorre com a divisão dos pacientes portadores de Hanseníase em grupos, conforme a clínica e/ou comprometimento físico. Os pacientes respondem a questionários contendo perguntas objetivas sobre seu entendimento quanto à conceituação, transmissão, tratamento, curabilidade e aspecto psico-social da doença.

IV. METODOLOGIA O fisioterapeuta da rede desenvolve uma avaliação minuciosa que consiste da realização de testes, como: a quantificação do grau de perda sensitiva; teste de sensibilidade e força muscular das mãos e pés e palpação de nervos periféricos. O tempo de tratamento e o número de sessões variam conforme resposta do paciente, havendo ainda aqueles que mesmo após receberem alta medicamentosa permanecerão com as sessões.

IV. METODOLOGIA O trabalho da equipe consiste em informações gerais sobre sinais e sintomas, descritos abaixo: Pele: manchas avermelhadas ou esbranquiçadas e regiões "anestesiadas"; perda de pêlos nas regiões afetadas, caroços ou nódulos, dores, cãibras e formigamento de mãos e pés. Nervos: perda de movimento de pés e mãos, diminuição da força muscular, ressecamento dos olhos, atrofia dos dedos.

IV. METODOLOGIA E também acerca dos tipos da doença: Multibacilar lepra lepromatosa. É a forma mais grave da doença e a de mais fácil contágio. Provoca feridas cutâneas de diferentes formas e tamanhos, caroços, queda de pêlos, (sobrancelhas e cílios), atrofia de pés e mãos, infertilidade e impotência. Paubacilar lepra tuberculóide. É menos grave. Geralmente os sintomas demoram de 2 a 5 anos para se manifestar. O doente apresenta erupções cutâneas esbranquiçadas e planas e perda de sensibilidade ao tato.

V. DESENVOLVIMENTO Na Atenção Básica são realizadas ações preventivas, ocasião em que são desenvolvidas ações de educação em saúde, através da transmissão de informações sobre a Hanseníase, que sensibilizem e esclareçam, não só os indivíduos infectados, mas também os comunicantes e a comunidade local, a respeito dos principais aspectos relacionados com a patologia, oferecendo alternativas reais para a mudança de hábitos com atitudes práticas que visem prevenir não só a patologia, mas principalmente as deficiências e incapacidades dela originadas.

V. DESENVOLVIMENTO O programa oferece, ainda, assistência especializada em reabilitação, através de recursos fisioterapêuticos aos pacientes com alterações na função motora, na função sensitiva, ou que apresente algum tipo de deformidade. O objetivo desta assistência é o de promover a reintegração social do indivíduo através da superação das deficiências e incapacidades impostas pela hanseníase. Outra ação que pode ser realizadas são as atividades em grupo, onde se trabalha com dinâmicas; orientações para o desenvolvimento de atividades funcionais; instruções para a prevenção de úlceras e deformidades; cinesioterapia e técnicas de relaxamento. Com os comunicantes são realizadas palestras conscientizando e esclarecendo as dúvidas mais freqüentes.

V. DESENVOLVIMENTO Mão afetada.

V. DESENVOLVIMENTO Mancha avermelhada

V. DESENVOLVIMENTO Mancha com bordas bem definidas.

V. DESENVOLVIMENTO Mancha de aspecto esbranquiçado.

V. DESENVOLVIMENTO Manchas avermelhadas.

V. DESENVOLVIMENTO Lesão em orelha esquerda

V. DESENVOLVIMENTO Homem com Hanseníase, 24 anos de idade.

VI. CONCLUSÃO O Programa ajuda, através da promoção à saúde, a notificar um maior número de casos de Hanseníase, podendo promover o seu tratamento mais precocemente, prevenindo assim as incapacidades através da aplicação do protocolo do Programa de Eliminação e Controle de Hanseníase, do Ministério da Saúde. As atividades feitas em grupo são de suma importância principalmente para os portadores que apresentam grau de incapacidades mais elevado, pois promove uma maior interação, socialização e sensibilização destes com a Hanseníase e o grupo, também mostrando que podem ser ativos e produtivos levando uma vida normal e independente.