Psicologia do Desenvolvimento

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Transcrição da apresentação:

Psicologia do Desenvolvimento Profª Rejane Coan Ferretti Mayer Agosto 2012

Psicologia enquanto ciência Produção científica e senso comum A Psicologia é um ciência, que possui objeto de estudo e métodos científicos para estudá-lo. Senso comum Ciência Conhecimento produzido no cotidiano Conhecimento produzido a partir de um método científico, passível de validação e reaplicação Intuitivo Aspira à objetividade Baseado na tradição e nos costumes Conhecimento cumulativo

Objeto de estudo da Psicologia De maneira geral é o homem. Isto a coloca dentro da área de estudo das ciências humanas. MAS, especificamente, o objeto de estudo da Psicologia é definido de acordo com a visão de homem que cada teoria possui. Ex: Homem multideterminado/ comportamento: é objeto de estudo da Análise do Comportamento Homem do Inconsciente: objeto de estudo da Psicanálise.

Objeto de estudo da Psicologia Portanto, objeto de estudo da Psicologia são os diversos homens e os diversos fenômenos psicológicos relacionados, como: Sentimentos; Pensamentos; Emoções; Relacionamentos interpessoais; Comportamentos.

Psicologia do Desenvolvimento Procura estudar: como as pessoas se desenvolvem ao longo do tempo? Quais são os fatores que influenciam o Desenvolvimento humano? Definição: Desenvolvimento é uma continuidade de mudanças sistemáticas e cumulativas no indivíduo ao longo da vida toda – desde a fecundação até o falecimento

Psicologia do Desenvolvimento O que causa o desenvolvimento? Processos de maturação biológica, relacionados com a nossa herança genética; Processos de aprendizagem: experiências que produzem mudanças relativamente permanentes em nossos comportamentos, sentimentos, pensamentos. O que é inato e o que é aprendido?

Desenvolvimento Características: Processo Contínuo e cumulativo; Processo Holístico: aspectos físico, cognitivos e psicossociais formam uma unidade. Durante o desenvolvimento, eles atuam conjuntamente Exige Plasticidade do organismo: capacidade de se adaptar e mudar frente às experiências. Permite superar deficiências Influência do Contexto histórico e cultural: processos de aprendizagem que promovem a aquisição de habilidade e competências

Desenvolvimento As mudanças são relativamente estáveis e ocorrem em 3 dimensões – Físico, Cognitivo e Psicossocial. São dimensões interligadas. Mudanças que ocorrem em uma dimensão afetam a outra e vice-versa. Desenvolvimento físico: Refere-se a mudanças que ocorrem no corpo, no cérebro, nas capacidades sensoriais, nas habilidades motoras e na saúde. Ex: infecção de ouvido pode atrapalhar o desenvolvimento da linguagem.

Desenvolvimento Desenvolvimento Cognitivo: Refere-se a padrões de mudanças que ocorrem em capacidades mentais como aprendizagem, atenção, concentração, memória, linguagem, pensamento, raciocínio e criatividade

Desenvolvimento Desenvolvimento Psicossocial: Refere-se a mudanças que ocorrem nos sentimentos, emoções, personalidade e relacionamentos sociais (habilidades sociais, vínculos afetivos). Ex: aspectos emocionais e sociais interferem na aprendizagem assim como aspectos relacionados à maturação do sistema nervoso.

Organização em ciclos O Desenvolvimento pode ser dividido em 08 ciclos, a saber: Período Pré-Natal - concepção ao nascimento Primeira Infância - Nascimento aos 03 anos Segunda Infância -3 a 6 anos Terceira Infância – 6 a 11 anos Adolescência – 11 aos 20 anos Início da Vida Adulta – 20 aos 40 anos Vida Adulta Intermediária – 40 ao 65 anos Vida Adulta Tardia – 65 anos em diante Fonte: PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed, 2009

Organização em ciclos Esta divisão é uma construção social e a cronologia é uma divisão arbitrária. A Legislação Brasileira - ECA - prevê: criança até 12 anos incompletos e adolescência até 18 anos incompletos. Estatuto do idoso: idade igual ou superior a 60 anos

Desenvolvimento Cognitivo Desenvolvimento Psicossocial Faixa Etária Desenvolvimento Físico Desenvolvimento Cognitivo Desenvolvimento Psicossocial Pré-Natal É a fase de crescimento mais acelerado da vida toda. Formam-se estruturas corporais e cerebrais básicas Interação de agentes genéticos e ambientais Grande vulnerabilidade às influências ambientais. Desenvolvem-se capacidades de aprender e lembrar Responde aos estímulos sensoriais Responde à voz da mãe e desenvolve preferência por ela. 1ª Inf. 0-3 Cérebro aumenta em complexidade e em sensibilidade a fatores externos. Rápido crescimento físico e desenvolvimento das habilidades motoras. Capacidade de aprender e lembrar Compreensão e o uso da linguagem se desenvolvem rapidamente Ao final do 2º ano, capacidade de resolver problemas e usar símbolos Vínculo afetivo com os pais e pessoas próximas Autoconsciência Interesse por outras crianças Passagem da dependência para a autonomia 2ª Inf. 3-6 Crescimento constante, aparência mais esguia Apetite diminui, problemas com o sono Habilidade motora fina e aumento da força Pensamento egocêntrico Ideias ilógicas Aprimora-se memória e linguagem Inteligência mais previsível Aumenta a independência e a autonomia Identidade de gênero O brincar é imaginativo, elaborado e social Família ainda é a referência Altruísmo, agressão e medo são comuns 3ª Inf. 6-11 Crescimento mais lento Força física aumenta Saúde melhor (problemas respiratórios) Diminui o egocentrismo Habilidades de memória e linguagem aumentam Possível o ensino formal Dificuldades e talentos se destacam Autoconceito mais complexo, afetando a autoestima Diminuição do controle dos pais Colegas são fundamentais

Desenvolvendo Relações Sociais Os relacionamentos afetivos que desenvolvemos na primeira infância são primordiais para o desenvolvimento dos relacionamentos sociais ao longo da vida Forte influência teórica nos estudos sobre relacionamento: Teoria do Apego – John Bolwby 70/80 “ A propensão a estabelecer sólidos vínculos emocionais com determinados indivíduos [é] um componente básico da natureza humana (...)” (Bowlby, 1988, página 3).

Desenvolvendo Relações Sociais Estes relacionamentos possuem um valor de sobrevivência (inicialmente, alguns padrões de comportamento são inatos) ao ser humano, pois garantem os cuidados básicos ao bebê. Vínculo afetivo é um laço durável com alguém que é importante e único. Apego é uma variedade do vínculo afetivo que possui como característica um sentimento especial de segurança e conforto propiciado na presença da outra pessoa – “porto seguro”. É a segurança para explorar o mundo. Pode se desenvolver com mais de uma pessoa.

Desenvolvendo Relações Sociais Neste sentido, A criança desenvolve um apego com o seu progenitor ou progenitores, mas o adulto desenvolve um vínculo com a criança. É possível identificar o apego através dos comportamentos emitidos pelo bebê e seus progenitores, como: sorrir, fazer contato visual, agarrar-se, chorar, aconchegar-se. Estes comportamentos são eliciados primariamente quando o bebê necessita de cuidados básicos, amparo e conforto.

Desenvolvendo Relações Sociais É importante que o bebê e seus progenitores tenham oportunidade de desenvolverem um padrão mútuo de comportamento para formar o vínculo afetivo. Sincronia entre eles. Isso exige tempo e disponibilidade emocional, para que se torne um relacionamento prazeroso. Rotina ajuda.

Desenvolvendo Relações Sociais Inicia-se com comportamentos inatos para atrair o adulto, mas aos 6-8 meses os bebês começam a buscar a proximidade do adulto. Aos 10 meses pode começar a demonstrar medo da separação e de desconhecidos, isto intensifica-se aos 12 e 15 meses e depois tendem a diminuir e desaparecer. Aos 2 ou 3 anos quase não aparece mais o comportamento de apego Fase pré-escolar, muda-se de apego para relacionamento. A criança entende que o relacionamento existe independentemente da presença física da pessoa. MAS, em situações estressante, o agarrar-se, os medos, a ansiedade podem reaparecer.