Gerenciamento de Riscos Ambientais Aula 2

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Transcrição da apresentação:

Gerenciamento de Riscos Ambientais Aula 2 Curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão, Auditoria e Perícia Ambiental Gerenciamento de Riscos Ambientais Aula 2 Alexandre Martins Fernandes afernandes@cena.usp.br Sorocaba Fevereiro 2010

Histórico Década de 1920 – primeiras preocupações com a saúde e segurança públicas – Indústria alimentícia EUA. Década de 1930 – Laboratórios de toxicologia (industria) avaliam as propriedades tóxicas de produtos potencialmente perigosos.

Histórico 1931 – H.W. Heinrich – pesquisa sobre custos de um acidente em termos de Seguro Social. Introdução da filosofia de “acidentes com danos à propriedade (acidentes sem lesão x acidentes com lesão incapacitante) Vários estudos sobre acidentes industriais com danos à propriedade se seguiram, com o objetivo de estimar os custos derivados de perdas.

Histórico Década de 1960 – evidenciaram-se consideráveis diferenças na atuação das empresas em relação à saúde ocupacional, riscos de lesões e de perdas. Surgem vários relatórios: Safety and Management Association of British Chemical Manufactures (1964); Safe and Sound British Chemical Industry Safety CouncilManufactures (1969); Teoria de “Controle de Danos” Frank Bird Jr (1966)

Histórico Década de 1960 – desenvolvimento – grandes mudanças nas indústrias química e petroquímica: Alterações em condições de P e T = aumento na energia armazenada nos processos = maior perigo.

Histórico Década de 1960 – desenvolvimento – grandes mudanças nas indústrias química e petroquímica: Crescimento das instalações de processo (tamanho 10x maior) + operações em fluxo contínuo + maior número de interligações com outras plantas = processos mais complexos.

Histórico Ainda na década de 1960 Contexto social em transformação = temas como poluição ambiental começaram a se tornar motivo de preocupação para o público e para os governos.

Histórico Ainda na década de 1960 Contexto social em transformação A industria é obrigada a examinar os efeitos de suas operações sobre o público externo e a analisar mais cuidadosamente os possíveis perigos decorrentes de suas atividades.

Histórico 1970 – Programas de “Controle Total de Perdas” – (John Fletcher, Canadá) – objetivo de reduzir ou eliminar todos os acidentes que pudessem interferir ou paralisar um sistema.

Histórico 1972 – Willie Hammer – nova mentalidade baseada na experiência adquirida na Força Aérea e nos programas espaciais norte-americanos = desenvolvimento de diversas técnicas a serem aplicadas na indústria, a fim de preservar os recursos humanos e materiais dos sistemas de produção.

Histórico Indústria nuclear começa a desenvolver suas atividades de consultoria na área de confiabilidade = industrias em geral passam a adotar técnicas desenvolvidas pelas autoridades de energia atômica na avaliação de riscos maiores e na estimativa de taxas de falhas de instrumentos de proteção.

Acidentes de Grande Impacto Histórico Acidentes de Grande Impacto 1974 – Flixborough, Inglaterra explosão de reator de caprolactama marco na questão da avaliação de riscos e prevenção de perdas na indústria química estabelecimento do Advisor Committee on Major Hazards (1975 – 1983) introduziu legislação para controle de riscos maiores nas industrias.

Acidentes de Grande Impacto Histórico Acidentes de Grande Impacto 1976 – Seveso, Itália explosão de reator químico liberação de dioxinas, com profundo impacto na Europa desenvolvimento da Diretiva de Seveso (EC - Directive on Control of Industrial Major Accident Hazards) – 1982

Acidentes de Grande Impacto Histórico Acidentes de Grande Impacto Outros acidentes de grande impacto no mundo San Carlos (Espanha, 1978), Bhopal (Índia, 1984), Cidade do México (México, 1984), Chernobyl (Ucrânia, 1986), Piper Alpha (Mar do Norte, 1988).

Acidentes Ambientais Bhopal

Acidentes Ambientais Cidade do México

Acidentes de Grande Impacto Histórico Acidentes de Grande Impacto Outros acidentes de grande impacto no mundo Reforçaram a necessidade de desenvolvimento na área de avaliação de riscos e prevenção de perdas e também a necessidade de estabelecimento de diretrizes, regulamentos e legislações sobre o tema Objetivo – reduzir ou evitar a ocorrência de acidentes industriais maiores.

No Brasil 1984 – Cubatão, SP – rompimento de duto de gasolina seguido de incêndio - 500 vítimas (93 mortos) 1985 – Início da conscientização sobre vulnerabilidade na região do Pólo Petroquímico – inicio das pesquisas em relação ao tema pela CETESB.

No Brasil 1986 – Primeiro Curso de Análise de Riscos – Estado de S. Paulo CETESB – 1º órgão ambiental a introduzir o assunto no país - criação da unidade específica para tratar o tema.

No Brasil 1986 – Resolução CONAMA 01 necessidade de EIA/RIMA para licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente; possibilitou que os Estudos de Análise de Riscos fossem incorporados (determinados empreendimentos); além da poluição crônica, contempla a prevenção de acidentes maiores.

No Brasil 1987 – Projeto “Avaliação e prevenção de acidentes industriais potencialmente perigosos em Cubatão” aplicação de técnicas de análise e avaliação de riscos em 6 industrias (metodologia do Banco Mundial); Visou capacitar os técnicos do setor, avaliar a metodologia aplicada, propor medidas preventivas e elaborar Planos de Ação de Emergência.

Norma P4.261 Manual de orientação para a elaboração de estudos de análise de risco (CETESB) Estabelece a forma e o conteúdo do estudo, bem como os critérios de aceitabilidade adotados. Apresenta o roteiro para a elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e do Plano de Ação de Emergências (PAE).

Conceitos básicos RISCO Palavra que faz parte do cotidiano, com diversas formas de emprego e de sentidos. Exemplos: risco de acidente, risco de dar errado, risco iminente, risco elevado. Sentido predominante: representar a possibilidade de algo acontecer

Conceitos básicos RISCO Abordagem disseminada na área ambiental está associada com a manipulação de substâncias químicas altamente perigosas. É possível estimar e avaliar o risco de atividades como produção, armazenagem e transporte, e propor formas de gerenciamento desses riscos.

Conceitos básicos RISCO É definido como a combinação entre a frequência de ocorrência de um acidente e sua consequência O estudo de análise de risco é a ferramenta utilizada para estimar o risco de um empreendimento.

Conceitos usualmente adotados Conceitos básicos Conceitos usualmente adotados Dano – efeito adverso à integridade física de um organismo. Risco – medida de danos à vida humana, resultante da combinação entre frequência de ocorrência e magnitude das perdas ou danos (consequências).

Conceitos usualmente adotados Conceitos básicos Conceitos usualmente adotados Risco individual - risco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo, considerando a natureza da injúria que pode ocorrer e o período de tempo em que o dano pode acontecer. Risco social – risco para um determinado número ou agrupamento de pessoas expostas aos danos de um ou mais acidentes.

Conceitos usualmente adotados Conceitos básicos Conceitos usualmente adotados Análise de riscos – estudo quantitativo de riscos numa instalação industrial, baseado em técnicas de identificação de perigos, estimativa de frequência e consequências, análise de vulnerabilidade e na estimativa do risco.

Conceitos usualmente adotados Conceitos básicos Conceitos usualmente adotados Avaliação de riscos – processo pelo qual os resultados da análise de riscos são utilizados para a tomada de decisão, através de critérios comparativos de riscos, para definição da estratégia de gerenciamento dos riscos e aprovação do licenciamento ambiental de um empreendimento.