EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF - 2013. “O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar.

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Ao contrário do que a mente coletiva da atual civilização possa definir como sendo o Serviço, servir não é fazer coisas, não é ajudar de uma forma cega.
Transcrição da apresentação:

EDUCAÇÃO INTERCULTURAL E FRONTEIRA PEIF

“O que mata um jardim não é mesmo alguma ausência, nem o abandono... O que mata um jardim é esse olhar vazio De quem por eles passa indiferente”. (Mário Quintana, ) A cor do invisível, publicado pela Editora Globo. Mario Quintana

O Curso PEIF (versão 2013) terá alcançado êxito se for capaz de provocar um tipo de “estranhamento”, ou seja, um tipo de perplexidade provocada pelo encontro das culturas, e cujo encontro levará a uma modificação do olhar que se tinha sobre si mesmo. O Curso PEIF (versão 2013) terá alcançado êxito se for capaz de provocar um tipo de “estranhamento”, ou seja, um tipo de perplexidade provocada pelo encontro das culturas, e cujo encontro levará a uma modificação do olhar que se tinha sobre si mesmo. De fato, presos a uma única cultura, somos não apenas cegos à dos outros, mas míopes quando se trata da nossa. De fato, presos a uma única cultura, somos não apenas cegos à dos outros, mas míopes quando se trata da nossa. A abordagem intercultural provoca, uma verdadeira revolução epistemológica, que começa por uma revolução do olhar. A abordagem intercultural provoca, uma verdadeira revolução epistemológica, que começa por uma revolução do olhar.

Uma educação para as escolas de fronteira, nesse contexto, implica no conhecimento e na valorização das culturas envolvidas, tendo por base, práticas de interculturalidade. Como efeito da interação e do diálogo entre os grupos envolvidos, têm-se, então, relações entre as culturas, o reconhecimento das características próprias, o respeito mútuo e a valorização do diferente como diferente (e não como ‘melhor’ ou ‘pior’). Uma educação para as escolas de fronteira, nesse contexto, implica no conhecimento e na valorização das culturas envolvidas, tendo por base, práticas de interculturalidade. Como efeito da interação e do diálogo entre os grupos envolvidos, têm-se, então, relações entre as culturas, o reconhecimento das características próprias, o respeito mútuo e a valorização do diferente como diferente (e não como ‘melhor’ ou ‘pior’).

Logo, é preciso pensar como desconstruir as fronteiras das diferenças, a fim de construir práticas interculturais no “contexto da fronteira” sul-mato-grossense. Algumas pistas: problematizar o preconceito em relação ao local, isto é, em relação ao território. Desconstruir a a Desconstruir a aversão à fronteira constituída na representação das pessoas, quando tudo que está do outro lado representa risco, é o desconhecido é o “outro”.

Problematizar a estigmatização, preconceito e discriminação (internet). Há interpretações malvistas e enviesadas das fronteiras no planeta, que confundem essas áreas como espaços exclusivos de contravenção, narcotráfico, contrabandos e ilegalidades. As fronteiras das diferenças se erguem por motivos que podem ser tanto fúteis e sem fundamentos quanto parte de esquemas ideológicos para a dominação de um povo, um território. Ressaltamos mais o que nos diferencia e não o que nos assemelha.

A fonte do preconceito é uma personalidade autoritária ou intolerante. Pessoas autoritárias tendem a ser rigidamente convencionais. Partidárias do seguimento às normas e do respeito à tradição, elas são hostis com aqueles que desafiam as regras sociais. (ADORNO, 1950).

Uma real integração fronteiriça contempla via escola, a diferença estabelecida pelo plurilíngüismo, isto é, a relação entre o homem e a realidade social. De todos os obstáculos culturais, aqueles que se relacionam com língua falada no meio familiar são, sem dúvida, os mais graves e os insidiosos, sobretudo nos primeiros anos de escolarização, quando a compreensão e o manejo da língua constituem o ponto de atenção principal na avaliação dos mestres. (BOURDIEU, 2000, p. 46).

As fronteiras são criadas antes para proteger do que para isolar, elas se ligam à necessidade primitiva do homem em encontrar abrigo para suas manifestações coletivas, entre as quais pode- se incluir certamente, o desejo de saber o que se passa e o que existe do outro lado da fronteira. (MARTIN, 1992, p. 88).

O QUE ESPERAMOS DO PEIF – 2013? Desenvolver uma prática intercultural na escola de Educação Básica, que desmistifique as relações tensas nas fronteiras e que promova a aproximação entre brasileiros e bolivianos. Desenvolver uma prática intercultural na escola de Educação Básica, que desmistifique as relações tensas nas fronteiras e que promova a aproximação entre brasileiros e bolivianos. Para o registro está previsto a elaboração de um vídeo. O vídeo será um documentário, que vai contar por meio de entrevistas, depoimentos e imagens, de que forma a ação intercultural foi desenvolvida na escola. Para o registro está previsto a elaboração de um vídeo. O vídeo será um documentário, que vai contar por meio de entrevistas, depoimentos e imagens, de que forma a ação intercultural foi desenvolvida na escola.

Um ótimo curso! Muito Obrigada! Jacira Helena E para todos VOCÊS...