A Investigação Educacional em Portugal

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Transcrição da apresentação:

A Investigação Educacional em Portugal Bártolo Paiva Campos

Bártolo Paiva Campos Presidente do IIE (Instituto de Inovação Educacional). Licenciado e doutorado em Ciências da Educação. Em 1974 é nomeado Secretário de Estado da Orientação Pedagógica do VI Governo Provisório. Publicou vários trabalhos na área de consulta psicológica para o desenvolvimento humano, especialmente no sector do desenvolvimento vocacional.

I. Introdução A) Estruturas e Instituições B) Recursos C) Temas e Métodos D) Prioridades para a Investigação E) Problemas F) Perspectivas Futuras

II. Desenvolvimento A) Estruturas e Instituições A Investigação Educacional (IE) em Portugal, torna-se mais significativa a partir do 25 de Abril. Principalmente através da realização de Mestrados e Doutoramentos. Instituições Estatais: A IE dá-se essencialmente nas instituições de nível superior. Ou pelo Instituto de Inovação Educacional (instit. nac. que promove a inovação) E por algumas autarquias que financiam directamente a IE em Portugal.

II. Desenvolvimento (cont.) Instituições Privadas: Fundação Calouste Gulbenkian (estimula actividades de pesquisa e de desenvolvimento experimental em educação) Fundação Aga Khan (projectos de educação infantil pré-escolar)

II. Desenvolvimento (cont.) Fundação Bernard Van Leer (projectos de educação infantil e primeiro ciclo do ensino básico) Fundação Luso-Americana (cooperação entre instituições portuguesas e americanas nos domínios económico, científico e cultural, visando o desenvolvimento nestas áreas. Destaca-se a atribuição de bolsa fulbright).

II. Desenvolvimento (cont.) B) Recursos Humanos e Materiais Os investigadores são maioritariamente docentes do ensino superior e alunos de Mestrados e Doutoramentos. As custas das IE são asseguradas pelas várias instituições públicas e privadas referidas nos slides anteriores. Algumas são directamente financiadas pela UE. C) Temas e Métodos Essencialmente todos os temas já foram abrangidos. Os mais comuns: sucesso/insucesso escolar, avaliação das aprendizagens, educação especial,etc.

II. Desenvolvimento (cont.) D) Prioridades para a Investigação Deve-se estar o mais próximo possível para avaliar as prioridades. Realça-se o combate ao insucesso e abandono escolar. Ter em conta as assimetrias regionais. As capacidades para atrair e motivar os alunos. Currículos e programas escolares. Perspectivas de empregabilidade futura dos jovens. Temas multidisciplinares. Relação educação/desenvolvimento social. Criação de novas metodologias de incentivo e formação profissional e/ou educação dos adultos. Entre outros.

II. Desenvolvimento (cont.) E) Problemas A IE ainda não é uma questão política prioritária, embora seja proclamada como tal. A IE não conseguiu o reconhecimento da sua importância pela opinião pública, pelos decisores políticos e pelos próprios profissionais de educação. A IE reveste-se ainda de um carácter muito académico por se destinar maioritariamente à investigação individual com vista à obtenção de graus universitários (Mestrado e Doutoramento) ou à preparação de provas de ascensão na carreira docente.

II. Desenvolvimento (cont.) A IE nem sempre toma como ponto de partida os problemas da educação, deixando patente que por vezes os seus resultados não são importantes, nem política nem educacionalmente. A inexistência de uma base de dados nacional sobre os temas e projectos de investigação e a falta de diálogo entre as várias instituições, impedem a partilha de conhecimentos e a discussão crítica. F) Perspectivas Futuras Numa perspectiva optimista, acreditamos no aumento do número de investigadores qualificados, cuja disponibilidade para investigação não esteja confinada a interesses meramente pessoais.

II. Desenvolvimento (cont.) A competição entre instituições do ensino superior, com recurso ao intercâmbio de conhecimentos. O Instituto de Inovação Educacional promoverá um crescente e claro apoio à investigação, em consonância com uma política clara e objectiva.

III. Conclusão (…) Os meios disponíveis não estão, contudo, ajustados às necessidades. Apesar de alguns progressos o financiamento da investigação em Ciências Sociais e Humanas e, no interior destas, em Ciências da Educação, continua a ser relegado para um lugar de subalternidade em relação aos demais campos da ciência, como se o controlo científico da actividade educativa pelos professores pudesse dissociar-se da investigação metódica e da reflexão experimental sobre factos pedagógicos. (Fernandes, R. & Esteves, M. (1995.))

Ou existirá apenas um grande desinteresse generalizado…? IV. Discussão / Debate Estarão, a classe política, os educadores e a opinião pública, predispostos à resolução dos problemas de Investigação Educacional em Portugal? Ou existirá apenas um grande desinteresse generalizado…?

FIM