TRATAMENTO CONSERVATIVO DE FRATURA EM ESPIRAL DO OSSO RÁDIO

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Transcrição da apresentação:

TRATAMENTO CONSERVATIVO DE FRATURA EM ESPIRAL DO OSSO RÁDIO Cinthia Beatriz da Silva DumontI, Fernanda Assis FonsecaI, Ana Lourdes Arrais de Alencar MotaI Mariana Damazio RajãoI, Luís Fernando de Oliveira VarandaI, Júlia de Miranda MoraesII, Zaeida Abud Pecly GuimarãesIII, Roberta Ferro de GodoyI; Eduardo Maurício Mendes de LimaI I Universidade de Brasília –ICC Ala Sul Campus Darcy Ribeiro CP 4508 CEP 70760-701 Brasília DF. Email: biavet05@gmail.com autor para correspondência ,II Universidade Federal de Goiás, III União Pioneira de Integração Social UPIS-DF Introdução As fraturas de rádio são relativamente comuns nos equinos, podendo ser resultantes de traumas externos que envolvam uma grande força de impacto, como coices, tentativas do animal em libertar o membro preso em cercas ou maquinários, acidentes automotivos, entre outros. As fraturas podem ser transversas, obliquas e espiraladas (mais comuns), cominutivas, fechadas ou expostas, podendo ocorrer em qualquer porção do rádio. Em adultos, as fraturas em espiral ou obliquas da diáfise quase sempre acompanham algum grau de cominução e os sinais clínicos variam de acordo com a severidade e o local da fratura. Ao exame clínico, os animais apresentam claudicação sem o apoio do membro no solo, graus variados de edema e instabilidade no local de fratura. À palpação observa-se crepitação e dor à manipulação, sendo o diagnóstico confirmado por meio de exame radiográfico. Vários métodos de tratamento são recomendados, entretanto a escolha deve considerar o peso, o valor e o temperamento do animal e principalmente o tipo e a localização da fratura. Em equinos adultos com fraturas incompletas e não deslocadas, recomenda-se tratamento conservativo por meio da utilização de bandagem Robert Jones em toda extensão do membro, com auxílio de tala caudal e lateral. Orienta-se o confinamento em baia durante 08 semanas e caso ocorra progressão radiográfica aceitável da linha de fratura, retira-se a tala, iniciando exercício controlado ao passo. Geralmente esse tipo de fratura apresenta resolução clínica em 04 meses, retornando a atividade de forma gradativa a partir dos 06 meses. Relato de Caso Foi atendida uma égua Appaloosa, 13 anos, zaina nevada, 520 kg, com histórico de confronto com outro animal há 12 horas. Ao exame clínico, apresentava laceração na face dorsal da articulação cárpica do membro torácico direito, com aumento de volume significativo na face lateral da articulação rádio-cárpica, apresentando claudicação grau IV e instabilidade do membro. Ao exame radiográfico foi observada fratura incompleta em espiral com fragmentação cortical e acometimento da articulação rádio-cárpica. Em função do tipo de fratura, do peso e da idade do animal, optou-se por tratamento conservativo com uso de imobilização por tala com a finalidade de promover suporte ao local lesionado e estabilizar a fratura, evitando maiores danos aos tecidos moles adjacentes. Para a imobilização utilizou-se bandagem compressiva tipo Robert-Jones com espuma de 3 cm de espessura e densidade 33, talas de PVC na face palmar e lateral desde o casco até a articulação úmero-rádio-ulnar e vergalhão de ferro desde o casco estendendo-se até o terço médio do osso escápula. Para controle parcial da dor utilizou-se fenilbutazona (2,2 mg/kg, SID, IV) por 5 dias, porém apenas com a utilização da tala observou-se extremo conforto do animal. A imobilização foi mantida por um período de 50 dias, mantendo-se o confinamento em baia por 90 dias. Realizou-se durante esse período o monitoramento de escaras e controle radiográfico, verificando uma favorável progressão da linha de fratura aos 45 dias, com redução total aos 90 dias. BANDAGEM COMPRESIVA TIPO ROBERT-JONES IMAGENS RADIOGRÁFICAS DEMOSTRANDO FRATURA EM ESPIRAL INCOMPLETA DO OSSO RÁRIO Conclusão O uso de imobilização por tala foi eficaz e com custos mínimos, para correção de fratura em espiral não deslocada do osso rádio em equinos, podendo ser uma forma de tratamento alternativa à intervenção cirúrgica. Brasília/2010