Dra.Nadia A. Bossa Inclusão Social.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
INCLUSÃO ESCOLAR Marta estela Borgmann UNIJUI –
Advertisements

Conferência Mundial sobre necessidades educacionais especiais: acesso e qualidade, que resultou na conhecida Declaração de Salamanca, promovida.
Res.SE 68/2008 Fixa normas para educação de alunos com n.e.e. na rede
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA CAMPUS XI – SERRINHA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DEDC INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NAS SÉRIES INICIAIS.
Declaração e Programa de Ação de Viena (1993)
Avaliação Mediadora: Uma prática em construção da pré-escola à Universidade Jussara Hoffmann.
ADEQUAÇÃO CURRICULAR.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Orientação Técnica: professoras de salas de recurso
(Volume I – Orientação a Professores)
VIII Congresso Brasileiro V Congresso Latino Americano
um desafio contemporâneo
Res. SE 11, de , alt. pela Res SE 31/2008 Dispõe sobre a educação escolar de alunos com n.e.e. nas escolas da rede estadual... Art. 2º - Os alunos.
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Legislação.
1º ANO DE LETRAS 2008 INFORMATICA APLICADA AO ENSINO JAQUELINE DE SOUZA LAUREANO.
Educação inclusiva: uma questão de direitos humanos
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de.
REDE DE ENSINO ESTADUAL
SEMINÁRIO REABILITAÇÃO NOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM
  Rejane Araruna Mestranda em Educação - UFC
A PERGUNTA INICIAL: Estamos promovendo a Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva?
Secretaria Especial dos Direitos Humanos Presidência da República PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DO ACESSO E PERMANÊNCIA NA ESCOLA DAS PESSOAS.
Políticas Públicas, Organização e Funcionamento da Educação Básica
Curso Direito à Memória e à Verdade
DIRETORIA DE ENSINO REGIÃO DE MARÍLIA
Os Desafios da Inclusão à Educação O processo de inclusão desafia todos os sistemas educacionais, públicos e particulares,
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Ministério da Educação Ministério da Saúde Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência.
Escola de Formação Política Miguel Arraes
Necessidades Especiais, Docência e Tecnologias
ANGELA VALÉRIA ROSA VIANNA FAVA MARÍDIA LILIANE ANSONI FERREIRA
Conferência Municipal de Educação
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social – SEDESE Coordenadoria Especial de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência.
Política Educacional Brasileira
EDUCAÇÃO ESPECIAL um novo lugar na educação brasileira
A INCLUSÃO/INTEGRAÇÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL – UM ESTUDO DE CASO.
História da Educação Especial e Inclusão Escolar
Educação Especial Aula 9
Rosana Bortolan Selma A. Gomes Faria A Integração das Crianças nas Escolas Regulares como Forma de Inclusão Social Limeira – São Paulo.
Deficiência Mental Leve
OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS DA GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL
Aluno: Elisangela Carvalho S de Andrade
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ENTRE O IDEAL E A REALIDADE
EDUCAÇÃO INCLUSIVA... sky ORIENTAÇÃO PATOGÉNICA......Olhamos para as perigosidades do rio.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA: CONCEPÇÕES DE PROFESSORES E DIRETORES
POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS E NÃO GOVERNAMENTAIS EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA ESCOLA REGULAR
Currículo e diversidade
Adaptação Curricular Deficiência Intelectual
ILDÊNES MARIA PEREIRA PORTO NUBIANE ISACKSSON SANTOS
Campina Grande Outubro 2015
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência
Família O termo “família” é derivado do latim “famulus”, que significa “escravo doméstico”. Este termo foi criado em Roma Antiga para designar um novo.
CONAE 2010 – Brasília Prof° Ms. Marco Antonio Soares – Secretário de Direitos Humanos da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação)
NUMA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Revisita ao PPP.
Como se organiza e estrutura a Educação Básica no Brasil?
São profissionais que atuam em instituições escolares e educativas, bem como dedicam-se ao ensino e a pesquisa na interface Psicologia e Educação. As.
6º ENCONTRO DE FORMAÇÃO CONTINUADA 03/04/08/2015 TEMÁTICA: EDUCAR NA DIVERSIDADE.
O Ensino de Ciências no Contexto da Educação Inclusiva Prof.ª Ana Carla Beja IFRJ – Campus Duque de Caxias.
História, legislação e Políticas Públicas Santos, 2012
Para começo de conversa O que vocês entendem por Educação Inclusiva na EJA?
PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO Formação continuada VI Encontro Agosto / 2015 PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO Formação continuada VI Encontro Agosto / 2015 SECRETARIA.
SEGUNDO ENCONTRO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DIAS 5 e7/08/2015 TEMÁTICA: EDUCAR NA DIVERSIDADE.
Secretaria Executiva de Segmentos Sociais SES S. Secretaria Executiva de Segmentos Sociais SES S ESTA LEI FICOU 15 ANOS TRAMITANDO ATÉ SER FINALMENTE.
TEMÁTICA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA
6º ENCONTRO DE FORMAÇÃO CONTINUADA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA.
Sentido da Educação Inclusiva Profa. Dra. Rosângela Machado.
EDUCAÇÃO ESPECIAL E PROCESSOS INCLUSIVOS NO MUNICÍPIO DE BRAÇO DO NORTE/SC: MOVIMENTOS, CONTEXTOS E TENDÊNCIAS (Educação/Educação Especial) Graziela Duessmann,
DIREITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE Docente: Josemar Portes fone: Delegado de Polícia Civil.
Transcrição da apresentação:

Dra.Nadia A. Bossa Inclusão Social

Uma viagem de mil milhas começa com um único passo. filósofo Lao – Tse Dra.Nadia A. Bossa É conhecida a dificuldade do ser humano para lidar com a diferença. Historicamente aquele que foge a regra tem sido tratado como uma ameaça a segurança da sociedade. Assim, a sociedade pune e/ ou exclui aqueles que não se adaptam as regras gerais e cria os manicômios, hospitais, prisões, casas de correção, classes especiais, etc...

Dra.Nadia A. Bossa Marcos Legais As primeiras preocupações legais com a defesa dos princípios fundamentais extensivos a todos os homens estão expressas na Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada em 10 de dezembro de 1948, na Assembléia Geral das Nações Unidas. A partir desta data foram surgindo vários protocolos e marcos legais que refletem tentativas do homem ocidental pós-moderno no sentido de vencer o preconceito e a exclusão social, culminando na inclusão como forma de atendimento escolar.

Em 1968, especialistas da UNESCO reuniram-se para elaborar um Dra.Nadia A. Bossa Em 1968, especialistas da UNESCO reuniram-se para elaborar um programa de atendimento aos deficientes, passando a conceber a Educação Especial como forma enriquecida de educação comum. Em 1975, o Congresso Norte-Americano, pela Lei 94142, estabelecia a garantia da prestação de serviços de Educação Especial a todos que dela necessitassem. Em 1981, no Equador, a Declaração de Cuenca recomendou que as incapacidades não se transformassem em impedimentos socialmente impostos e que a educação deveria propiciar plena igualdade de oportunidades para os deficientes.

Em 1981, em Terremolinos (Espanha), no Ano Internacional das Dra.Nadia A. Bossa Em 1981, em Terremolinos (Espanha), no Ano Internacional das Pessoas Deficientes, foi formalizada a Declaração de Sundenberg, que estabelece que todas as pessoas deficientes podem exercer seu direito fundamental de pleno acesso à educação, direito que deve ser assegurado pelos governantes. Sugere a integração e normalização dos indivíduos pela educação. Em 1990, a XXII Conferência Sanitária Panamericana, define deficiência, incapacidade e menos valia, e questiona o atendimento preconceituoso da escola para com os menos capacitados.

Em 1990, na Tailândia, a conferência mundial promovida pelo Dra.Nadia A. Bossa Em 1990, na Tailândia, a conferência mundial promovida pelo UNICEF, PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e UNESCO lança a Declaração Sobre a Educação Para Todos e o Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem, reiterando a educação como direito fundamental de todos, em todas as idades, o que inclui os alunos com necessidades especiais. Em 1992, a UNESCO/ OREALC (Oficina Regional de Educação para América Latina e Caribe) promove em Caracas (Venezuela) o Seminário Regional sobre Políticas, Planejamento e Organização da Educação Integrada para Alunos com Necessidades Especiais. O documento propõe um sistema educativo que responda às diferenças particulares de cada aluno, em escola comum.

Em 1992, em Santiago, a declaração aponta a necessidade de Dra.Nadia A. Bossa Em 1992, em Santiago, a declaração aponta a necessidade de capacitar docentes para desenvolverem estratégias de integração de crianças com necessidades educativas especiais. Em 1993, em Santiago, foram elencadas e aprovadas pela Assembléia Geral das Nações Unidas Normas Uniformes sobre a Igualdade de Oportunidades para Pessoas com Incapacidades, inclusive a educação superior.

A inclusão não visa a normalização dos sujeitos, mas Dra.Nadia A. Bossa E 1994, em Salamanca (Espanha), a Conferência Mundial Sobre Necessidades Educativas Especiais, patrocinada pela UNESCO, reafirma o direito à educação para cada indivíduo, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, e as demandas da Conferência Mundial de Educação para Todos, de 1990. Recomenda colocar os alunos portadores de necessidades especiais em classes do ensino regular comum, introduzindo um novo conceito, o da inclusão, mais abrangente que o de integração. A inclusão não visa a normalização dos sujeitos, mas propõe o respeito pela sua forma de ser, considerando as diferenças individuais.

No Brasil O MEC, em 1984, oferece subsídios para a organização e Dra.Nadia A. Bossa No Brasil O MEC, em 1984, oferece subsídios para a organização e funcionamento de serviços de educação especial. A lei 7853/89 prevê programas de educação especial para crianças portadoras de necessidades especiais. A lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, artigo 58, propõe serviço de apoio especializado para alunos com necessidades especiais, quando não for possível inseri-los em classes comuns de ensino regular.

O Conselho Estadual de Educação homologou em 03/05 a Dra.Nadia A. Bossa O Conselho Estadual de Educação homologou em 03/05 a Deliberação 5/2000 que fixa normas para a Educação de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na Educação Básica do Sistema de Ensino do Estado de São Paulo. Em novembro de 2000, a resolução SEE 95 dispõe sobre o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais da Rede de Ensino do Estado de São Paulo.

Embora esses marcos legais sejam vitórias sociais Dra.Nadia A. Bossa Embora esses marcos legais sejam vitórias sociais significativas não asseguram o fim da exclusão. Inclusão significa mudança de postura, de paradigma, o que nos remete ao Campo da Ética.

A Inclusão Social no Campo de Ética Dra.Nadia A. Bossa A Inclusão Social no Campo de Ética A sociedade atual tem sido chamada pelos antropólogos “A Sociedade do Espetáculo”. Vivemos um momento onde a imagem impera sobre os sujeitos. O que povoa o imaginário social na sociedade contemporânea? O ideal, ideal de corpo, de família, de escola, etc.

Ocorre a corporificação de um modelo a ser seguido, esse Dra.Nadia A. Bossa Ocorre a corporificação de um modelo a ser seguido, esse modelo é um estereótipo. = “uma crença rígida, excessivamente simplificada, aplicada tanto aos indivíduos como categoria, quanto aos indivíduos isoladamente”. A Sociedade contemporânea é a sociedade do estereótipo. Vivemos um momento narcísico. Procuramos a nossa imagem especular no outro. Nós amamos a nossa maneira de pensar e de ser. Estereótipo

As imagens, os estereótipos e os preconceitos são Dra.Nadia A. Bossa As imagens, os estereótipos e os preconceitos são fenômenos essencialmente imaginários. São fenômenos altamente carregados de crenças e afetos, onde a emoção predomina sobre a razão. Todos nós somos preconceituosos. Todos nós temos os nossos estereótipos. O problema é que como agentes formadores na Educação o uso que fazemos dos nossos preconceitos e estereótipos se transforma num problema social, ou seja, através deles estigmatizamos pessoas.

Educação inclusiva requer um sério questionamento sobre Dra.Nadia A. Bossa Educação inclusiva requer um sério questionamento sobre os preconceitos e esteriótipos. No Brasil há mais de 5 milhões e 700 mil portadores de deficiência excluídos do ensino regular. Apenas, 334.507 alunos portadores de necessidades educativas especiais têm sido atendidos nas redes regulares de ensino, (6% da população de brasileiros portadores de necessidades especiais). É preciso que seja constituída uma nova ética.