PROCESSOS E FORMAS ESPACIAIS

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Transcrição da apresentação:

PROCESSOS E FORMAS ESPACIAIS CORRÊA, R. L. O espaço urbano. São Paulo: Ática, 1989. 94 p.

Os PROCESSOS SOCIAIS produzem FORMAS URBANAS, pela ação dos agentes produtores do espaço. Mas, estes processos não se dão sobre um espaço liso, e sim sobre um espaço já construído, produzindo transformações, reforçando tendências, enfim, provocando a dinâmica do espaço urbano que, portanto, não pode ser entendido como estático. É por isso que se fala em PROCESSOS ESPACIAIS, para dar conta de entender a força que as formas urbanas já construídas exercem sobre os novos investimentos dos agentes produtores. Estamos no campo da DIALÉTICA ENTRE ESPAÇO E TEMPO. O espaço, aliás, pode ser entendido como a acumulação de tempos, segundo M. Santos.

SÃO PROCESSOS E FORMAS ESPACIAIS: Centralização e a área central; Descentralização e os núcleos secundários; Coesão e as áreas especializadas; Segregação e as áreas sociais; Dinâmica espacial da segregação...

CENTRALIZAÇÃO E ÁREA CENTRAL O autor toma como referência a cidade capitalista que emerge com a Revolução Industrial... ÁREA CENTRAL: definição; Processo de Centralização – a cidade como foco dos transportes interurbanos (concentração de atividades voltadas para o exterior – formação de um mercado de trabalho); área foco de transportes intraurbanos. EXTERNALIDADES - ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO.

Características da área central; Características da área periférica do centro; Ambas perdem importância e passam por redefinição na segunda metade do século XX. Novos meios de transporte, mais flexíveis (rodovias, caminhões, carros) fazem com que não seja mais tão imperativo localizar-se na área central. Comércio atacadista, armazéns, indústrias encontram-se hoje dispersos pelo tecido urbano. No centro encontram-se comércio varejista e atividades financeiras e de gestão.

A formação da área central nas cidades brasileiras... E em Presidente Prudente.

DESCENTRALIZAÇÃO E NÚCLEOS SECUNDÁRIOS Processo mais recente, surgido com a flexibilização dos sistemas de transporte, com o crescimento da cidade e com as deseconomias de aglomeração. Fatores de repulsão: aumento constante do preço da terra; congestionamento; dificuldades de expansão das indústrias; restrições legais; perda de amenidades. Fatores de atração em áreas não centrais: baixo preço da terra; existência de infra-estrutura; facilidades de transporte; amenidades.

SIGNIFICADO DA DESCENTRALIZAÇÃO: Torna o espaço urbano mais complexo; aumenta o consumo – pela redução dos custos de transporte; gera novos gradientes de valorização imobiliária, interessantes para proprietários fundiários e promotores imobiliários.

A cidade torna-se mais complexa, mais segmentada (ou fragmentada) A cidade torna-se mais complexa, mais segmentada (ou fragmentada). Produz-se uma mais variada articulação entre as diferentes áreas do espaço urbano.

COESÃO E ÁREAS ESPECIALIZADAS A coesão é o processo que leva as atividades a se localizarem juntas – sinônimo de economias externas de aglomeração – magnetismo funcional empresas sem ligação entre si, mas com oferta dos mesmos produtos e serviços – ruas e áreas especializadas; Empresas sem ligação, com produtos e serviços diferentes – ruas ou áreas de comércio diversificado: Centro, subcentros, shoppings; Empresas que juntas conseguem realizar economias de aglomeração. Firmas que exigem contatos face a face (sedes de bancos, sedes de grandes empresas

SEGREGAÇÃO E ÁREAS SOCIAIS divisão social do espaço urbano. reprodução dos diferentes grupos sociais. À localização diferencial de suas residências - A terra urbana, como mercadoria, possui diferencial de preços.

- Revela a espacialização das classes sociais no urbano. - As classes sociais foram estruturadas pelo capitalismo e hoje encontram-se fragmentadas e vão marcar esta fragmentação no espaço urbano. - Auto-segregação - Segregação imposta. - A segregação permite a reprodução das relações sociais de produção. – DIALÉTICA SOCIOESPACIAL

REDEFINIÇÃO DA RELAÇÃO CENTRO-PERIFERIA: As cidades médias do interior paulista caracterizavam-se, até os anos de 1970-80 por apresentarem estruturas urbanas monocêntricas, fortemente integradas. Nos anos de 1990, houve uma multiplicação de centros nessas cidades, assumindo diversas formas. Tal processo foi acompanhado por uma maior segmentação do mercado consumidor. “A diversificação das escolhas locacionais de atividades comerciais e de serviços associam-se diretamente às iniciativas relativas à implantação dos loteamentos fechados.” (SPOSITO, p. 6)

Tudo isso coloca em questão a adequação do conceito de periferia (por contraposição à de centro) para tratar do que acontece nas áreas mais afastadas das cidades latinoamericanas.

LONDRINA