Coesão Referencial - Mecanismos de referência em um texto

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Transcrição da apresentação:

Coesão Referencial - Mecanismos de referência em um texto

O que é Coesão? Coesão é a harmonia, a conexão entre os elementos de um texto. Assim, tanto a referência a termos já citados ou que ainda serão citados, como também o uso de conectivos que demonstrem o encaminhamento das ideias no texto (mas, embora, e, portanto, etc.). Podemos pensar na coesão como uma linha que costura o texto.

Coesão Referencial Comumente, no exercício de uso da linguagem, faz-se referência (remissão) a outros termos do próprio texto. Esse mecanismo é nomeado de coesão referencial. Nele, ao fazer relação entre dois termos, o enunciador está usando um termo que faz referência a outro (referenciador) e um termo ao qual o outro se refere (referente).

Mecanismos da Coesão Referencial Anáfora e Catáfora As referências podem ser feitas para frente ou para trás. Veja o exemplo a seguir e procure anáforas e catáforas: “É coisa da sua cabeça Ninguém sabe o que ela (ou o marido) fez para merecer isso, mas uma vovozinha chinesa de 101 anos, Zhang Ruifang, desenvolveu dois chifres de verdade na testa. As formações bizarras são feitas de queratina, a mesma proteína das unhas. Até dava para removê-los com cirurgia, mas a chifruda preferiu mantê-los, pois agora estaria recebendo mais visitas.” (Superinteressante, 2010)

Mecanismos de Coesão Referencial As anáforas e catáforas podem realizar-se por meio de pronomes pessoais, possessivos, indefinidos, demonstrativos e relativos, advérbios, artigos e numerais. Relembre tais elementos da morfossintaxe.

Mecanismos da Coesão Referencial Reiteração Há casos em que a coesão não se dá através de remissões, mas apenas pela repetição do mesmo elemento linguístico. Trata-se do mecanismo de reiteração. Vejamos o exemplo a seguir.

Mecanismos da Coesão Referencial Elipse A elipse consiste no apagamento de um elemento linguístico que pode ser recuperado no co-texto. Na prática, faz-se uma substituição por zero (ɸ), denominada de elipse. No texto abaixo, percebemos esse procedimento.

O final de Caverna do Dragão O desenho mais cultuado dos anos 80 ficou sem final – Ø foi cancelado depois de 27 episódios. Mas fãs brasileiros criaram seus próprios finais para a história dos jovens que tentaram fugir de um universo paralelo. Esses roteiros circulam pela internet há mais de 10 anos. E agora Ø são a base de uma peça de teatro. Ø É um espetáculo infantil – você tem que ser bem fã para encarar. Mas vale pela sacada. Caverna do Dragão – O Duelo Final, Teatro Augusta (São Paulo), R$ 30. (Superinteressante, 2010)

Considerações finais Vimos que o uso adequado de elementos coesivos contribui para a legibilidade do texto. No entanto, é possível a construção de textos destituídos de elementos coesivos, sem que isso comprometa a recuperação do sentido, como podemos observar no exemplo abaixo: Olhar fixo no horizonte. Apenas o mar imenso. Nenhum sinal de vida humana. Tentativa desesperada de recordar alguma coisa. Nada. Por outro lado, há ocorrências lingüísticas que contêm elementos lingüísticos, mas não constituem textos, falta-lhes coerência.

A França foi eliminada da copa do mundo porque ontem choveu em Natal A França foi eliminada da copa do mundo porque ontem choveu em Natal. Ela já me havia dito isso antes, mas eu não atentei para a complexidade desse cálculo. A coesão não é, pois, condição necessária nem suficiente para uma ocorrência ser considerada texto. Contudo, ela é sempre desejável, uma vez que, se bem articulada, contribui para que o leitor perceba mais facilmente a coerência do texto.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ABREU, A. S. Curso de Redação. 3. ed. São Paulo: Ática, 1993. KOCH, I, G. V. A coesão textual. 7. ed. São Paulo: Contexto, 1994. NEVES, M. H. de M. Gramática de uso do português. São Paulo: Editora UNESP, 2000. SAVIOLI, F. P.; FIORIN, J. L. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1996. VILELA, M.; KOCH, I. Gramática da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 2001. Material baseado em aulas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira I do CEFET-RN 2002.