TEATRO DO ABSURDO

As peças do teatro do absurdo podem ser descritas como surreais também, pois contam histórias que são simplesmente absurdas para a nossa sociedade... Ou será que não?

Estamos falando de um teatro que foi criado no século XX e procura representar no palco a crise social que a humanidade vivia.

O teatro do absurdo utiliza um estilo moderno para a criação de um enredo, dos personagens, do diálogo e dos elementos chocantes do Ilógico, com o objetivo de reproduzir diretamente o desatino e a falta de soluções em que estão imersos do homem e sociedade.

É um tipo de teatro que quase não existe história, enredo, começo e fim.

Devemos naturalmente inserir o teatro do absurdo num contexto europeu, pós- Segunda Guerra Mundial.

Com os escombros deste conflito, emerge também uma identidade fragmentada, despedaçada por uma descrença e cepticismo generalizados: Todos os pilares, nos quais assentava a nossa civilização estavam também reduzidos a pó.

Politicamente e ideologicamente, o “homem” tinha falhado, já que tanto os sistemas capitalistas democráticos, como as ditaduras, não haviam conseguido evitar a guerra, e, como tal, tinham impedido o “homem” de avançar de forma otimista para a perfeição e progresso ilimitado. Filosoficamente e cientificamente a crença no positivismo tinha falhado, pelas razões já enunciadas anteriormente

Do ponto de vista religioso, a Homem sentia-se órfão, perdido do ponto de vista espiritual. Que Deus era aquele que permitira tanta atrocidade?

Podemos dizer que o teatro do absurdo nasce assim de uma reflexão profunda sobre a realidade, sobre o homem, sobre a linguagem e da relação do teatro com todas estas variáveis.

Para além de proceder a uma crítica à realidade exterior ao próprio teatro, este também vai proceder a um mecanismo de auto refletividade, já que, se as propostas teatrais anteriores e contemporâneas ao conflito mundial (nomeadamente o teatro da linha épica e dramática), faziam parte dessa ordem.

Quando falamos de teatro épico, imediatamente associamos a Brecht Quando falamos de teatro épico, imediatamente associamos a Brecht. Quando falamos em teatro dramático, imediatamente associamos ao Stanislavski. Então, quando falamos em teatro do absurdo, imediatamente lembramos de Samuel Beckett .

O livro mais conhecido do escritor irlandês: Samuel Beckett (que morou na França por muito tempo) é “Esperando Godot”

Mas quem é Godot??