Prof. Roosevelt de Carvalho Wanderley

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
CEFALÉIAS Caracterização
Advertisements

Cefaléia do tipo Tensional
PORFIRIAS Envolvimento Neurológico
Distúrbios do trato respiratório
DOR LOMBAR AGUDA.
O Envelhecimento do SNC
AS CEFALÉIAS: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO.
ESCOLA DE MEDICINA UCPEL Prof. Antonio J.V. Pinho
Causas, sintomas e tratamentos
FRATURAS POR ESTRESSE (“stress”)
DOR ABDOMINAL NA CRIANÇA
CEFALÉIA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Rosângela Carrusca Alvim
Cefaléias Marília Polo Minguete e Silva
Maíra Bagodi Batista da Silva 4º ano – medicina FAMEMA
Cefaléias Primárias 4ª Série Medicina
Bruna Bueno e Giovana Pinotti 4ª série Medicina FAMEMA
Ambulatório de Cefaléias 4ª Série – Medicina
CEFALEIAS PRIMÁRIAS Denise Marvulle Tan – 4ª série Medicina Famema Ambulatório de Neurologia da Famema – Prof. Dr. Milton Marchioli.
Ambulatório de Cefaléia – FAMEMA Mateus Matos Mantovani 2010
Ambulatório de Cefaléia
CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALÉIAS
Cefaléias primárias e secundárias
Migrânea Alunos: Lucas Herculano dos Santos Silva
CLASSIFICAÇÃO DAS CEFALÉIAS
Fisiopatogenia da Enxaqueca
Cefaleias Secundárias
Ausência de consciência
ABORDAGEM DO PACIENTE COM DOENÇA RESPIRATÓRIA
Prof. Fernando Ramos Gonçalves
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
Cefaléias Primárias Fabrício Castro de Borba
CEFALEIAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
Classificação Internacional das Cefaléias 2ª Edição ICHD-II
cEFALéIAS Ambulatório de Cefaléia- FAMEMA Prof. Dr. Milton Marchioli
TRAUMATISMO CRÂNIOENCEFÁLICO- TCE
SÍNDROMES VESTIBULARES
Lombalgia e Lombociatalgia
David Claro – 4ª série Medicina Ambulatório de Cefaléia – Famema 2013 Professor Dr. Milton Marchioli.
CEFALEIAS PRIMÁRIAS Marcos Zanchetta Joyce Mariane Merlo
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
Cefaleias Secundárias
DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO
Caso clínico de Neurologia
Cefaleias Primárias Ambulatório de Cefaleia Prof.Dr. Milton Marchioli
PATOLOGIAS: SINUSITE E CEFALEIA
Lombalgia.
Funções Cognitivas e Envelhecimento
CEFALÉIA CERVICOGÊNICA
Cefaléias Dra Norma Fleming.
Sandro Schreiber de Oliveira
CEFALÉIA PÓS PUNÇÃO LEANDRO LIMA
“Cefaléia e DTM: O que é o que?” 18° CIORJ
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
Discentes Gleyce Kelly Ribeiro R.A
SIC 2004 Cefaléia Primárias Cefaléia Secundárias Neuralgias Cranianas.
Classificação SIC Primárias Secundárias Sinais de Alerta Programa Padrões Evolução Migrânea Cefaléia Tensional Cefaléia em Salvas Neuralgia Cranianas Cefaléias.
Crise Convulsiva Febril
Quadril Bursite Trocanteriana Displasia de quadril Osteonecrose Sacroileíte Pubalgia Nayara T. C. Pereira.
Avaliação de cefaléias no adulto
Abordagem da Criança com Cefaleia
Fernanda Ferreira Caldas
Cefaléias para o Clínico
Prof: Klenio Lucena de Sena Campina Grande 2015
Diagnóstico de Diferencial das Cefaléias e Algias Cranianas
cervicalgia e cervicobraquialgia Nayara Pereira
Centro de Educação Profissional Integrado Técnico em radiologia Curso: Técnico em Radiologia Título: Patologias II Tuma:92 Turno: Noite Módulo: V Nomes:
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS CEFALÉIAS
BIZU!!!! PADRÃO TEMPORAL DA CEFALÉIA Cefaléia aguda emergente Cefaléia crônica recorrente Cefaléia crônica recorrente com mudança do padrão.
Cefaléias na infância e adolescência Aline Sacomano Arsie.
Transcrição da apresentação:

Prof. Roosevelt de Carvalho Wanderley Cefaléias Prof. Roosevelt de Carvalho Wanderley

Cefaléias INTRODUÇÃO O Histórico é o instrumento mais importante para o diagnóstico das cefaléias: Intensidade Duração Características Localização Irradiação Velocidade Circunstâncias Horário de instalação Freqüência das crises de dor Fatores desencadeantes Fatores atenuantes Fatores agravantes (sono, jejum, atividades físicas, emoções, menstruação,etc.) Variações climáticas Sintomas associados ( antes, durante e após) Progressão dos sintomas Impacto da dor nas atividades físicas Ocorrência em familiares

Cefaléias POR QUE A CEFALÉIA ? >Vasodilatação >Inflamação MECANISMOS DAS CEFALÉIAS: >Vasodilatação >Inflamação >Contração (tensão) >Pressão ÁREAS DO ENCÉFALO QUE SÃO SENSIVEIS: >Artérias do círculo de Willis >Artérias durais >Duramater na base do crânio >Seios venosos >Estruturas inervadas pelos Vº, IX º e Xº pares

Cefaléias EPIDEMIOLOGIA Incide em cerca de 40% das crianças até os 7 anos e em 75% dos adolescentes; Prevalência de 1,4 a 18,5% das crianças e adolescentes; Mais freqüentes nas meninas; Mais freqüentes após os 13 anos; Apenas 5,0 a 13,0% são de natureza orgânica destes, 1,0% intracraniana;

Cefaléias CLASSIFICAÇÃO ( Segundo a IHS - Intenational Headache Society - 2003, Roma) I – Cefaléias primárias 1. Enxaqueca 2.Cefaléia de tensão 3. Cefaléia em salvas e outras cefalalgias trigêmino-autonômicas 4. Outras cefaléias primárias II – Cefaléias secundárias 5. Cefaléia p/ trauma cefálico e/ou cervical 6. Cefaléia p/ doença vascular craniana ou cervical 7. Cefaléia intracraniana não vascular 8. Cefeléia devido a uso ou retirada de substância 9. Cefaléia p/ infecção 10. Cefaléia p/ transtorno da homeostase 11. Cefaléia p/ afecções de estruturas do crânio ou da face 12. Cefaléia p/ transtornos psiquiátricos III. Neuralgia cranianas, dor facial primária e central, e outras cefaléias 13. Neuralgias cranianas e causas centrais de dor facial 14. Outras cefaléias, neuralgias cranianas, dor facial primária ou central

Cefaléias CEFALÉIAS PRIMÁRIAS (Enxaqueca, Cefal. de tensão, Cefal. em salvas, e Outras cefal. primárias) Enxaqueca: Resulta de distúrbio vascular com contração e/ou dilatação paroxísticas, latejante e unilateral, história familiar em 70 a 80% dos casos e mais freqüente na adolescência e no sexo feminino. (Vem de ¨jaqueca¨- Árabe, mesmo que ¨migraña¨- Espanhol) Classificação: Enxaqueca sem aura Enxaqueca com aura típica Enxaquecas periódicas da infância (vômitos cíclicos, enxaqueca abdominal e vertigem paroxística benígna da infância) Enxaquaca retiniana Enxaqueca complicada Enxaqueca provavel Cefaléia de tensão: de contração muscular, mais em adolescentes, em forrma de cinta, por contração dos músculos do pescoço e couro cabeludo, pode persistie por semanas com variações na sua intensidade sem prejudicar as atividades diárias. Psicogênicas ?. Cefaléia em salvas: Mais freqüente nos meninos, após os 10ª anos, com dor periorbitária, não pulsátil, noturna que pode generalizar-se a todo o hemicrânio, lacrimejamnto, rubor facial e rinorréia ( Sínd. De Horner transitória). Ocorre 1 a 3 vezes ao dia com remissão dentro de 1 ano.

Cefaléias CEFALÉIAS SECUNDÁRIAS ( Cefaléias de Tração e Cefaléias por inflamação) Cefaléias de tração: São raras, associadas a patologias intracranianas graves, resulta de tração, distorção ou peso sobre estruturas sensíveis à dor em caso de tumor, abscesso, hidrocefalia ou após punção lombar. As relacionadas a tumores são crônicas, progressivas, de manhã ao levantar, exacerba-se pela mudança de posição, tosse ou manobra de Valsalva. Cefaléias por inflamação: As sinusites representam cerca de 13%. A otite média tem dor mais na área da mastoide. O astigmatismo, fotofobia, vícios de refração e estrabismos podem relacionar-se com cefaléia principalmente à tarde ou à noite, após leituras. As neurites ópticas e retrobulbar podem ser causa na adolescência. Problemas dentários e de articulação têmporo-mandibular dão dor mais frontal e temporal

Cefaléias DIAGNÓSTICO CLÍNICO DAS CEFALÉIAS 1.Idade no início Em cerca de 80 a 90% das cefaléias uma cuidadosa história já poderá fornecer um correto diagnóstico, sobretudo quando sabemos que as causas orgânicas são raras e o exame físico geralmente resulta normal. No exame geral devem ser incluídos: Medida da pressão arterial, Medida da circunferência craniana, Hipersensibilidade dos músculos da região cervical, Percussão do seios da face, Pesquisa de sinais meníngeus e Exame das articulações têmporo-mandibulares. O seguite questionário pode oferecer suficientes informações para um diagnóstico específico: 1.Idade no início 2.Pródromos( mal estar geral, auras visuais, outros) 3.Características ( frequência, localização, duração, tipo, hora do dia) 4 Severidade ( interrompe atividades do dia) 5.Sintomas autonômicos associados ( palidez, náuseas/vômitos, dor abdominal) 6.Déficits neurológicos asociados ( durante, após, localização) 7.O que faz melhorar 8.O que faz piorar 9.Fatores desencadeantes(estresse, escola, família,exercícios físicos, alimentos, poluentes, medicamentos, bebidas, andar de ônibus, privação de sono, saltar horários de alimentação,variações no clima prisão de ventre,menstruação) 10. História familiar(enxaqueca, cefaléia de tensão,doença psiquiátrica, doença neurológica)

Cefaléias DIAGNÓSTICO DAS CEFALÉIAS Exames complementares Nos poucos casos em que a anamnese dirigida e o exame físico específico sugerem anormalidades indicam-se alguns exames complementares. Na maioria das cefaléia crônicas, entretanto, eles não são necesários Quando indicados poderão ter valor: 1. Hemograma com VHS 2. Glicemia 3. Sumário de urina 4. RX dos seios da face e/ou RX da coluna cervical 5. RX da articulação têmporo-mandibular 6. Eletroencefalograma 7. Avaliação psicodinâmica 8. Exame do líquor 9. Tomografia computadorizada do encéfalo 10. Ressonância nuclear magnética do encéfalo

Cefaléias TRATAMENTO Sintomático: Profilático: a. Nas enxaquecas: analgésicos (acetaminofen -15mg/Kg) + Repouso b. Nas cefaléias de tensão: Analgésicos + Relaxantes musculares: Mioflex, Dorilax, Tandrilax (carisoprodol+acetaminofen – compr.) Dorflex (orfenadrina + dipirona – 20mg/Kg – gotas) c. Nas formas severas e refratárias: associar Ciproheptadina (Periatin, similares- 0,2mg/Kg) Profilático: a. Apoio Psicodinâmico b. Nas enxaquecas: Divalproato de sódio (Depakote 20 mg/Kg) c. Nas cefaléias de tensão: Imipramina (Tofranil 2 mg/Kg) d. Nas cefaléias em salvas: Propranolol- (0,25 mg/Kg – 2X ao dia)