Acesso: 5 pontos para discussão Paulo A. Lotufo Universidade de São Paulo
5 pontos para debate A atenção terciária está organizada? A atenção secundária existe? Atenção primária necessita ter impacto epidemiológico? Atenção primária reduz custo? Investimentos públicos diminuem a desigualdade?
A atenção terciária está organizada? Exemplo # 1 Atendimento desorganizado para pacientes com câncer que se matriculam em mais de dois hospitais. Há hospital com duas listas de espera independente para o mesmo tipo de câncer. Exemplo # 2 A fila de espera para transplante cardíaco é às vezes menor do que a existente para troca valvar.
A atenção secundária existe? Exemplo # 1 Vários hospitais-escola não alcançaram metas de atendimento de complexidade média porque desviam o atendimento para os procedimentos terciários. Exemplo # 2 As enfermarias “gerais” são balcanizadas pelos especialistas. Exemplo # 3 Ambulatórios de especialidade costumam ter UM ou no máximo DOIS especialistas. E, as férias e afastamentos?
Atenção primária necessita ter impacto epidemiológico?
Atenção primária necessita ter impacto epidemiológico?
Atenção primária reduz custo? Exemplo Paciente de 65 anos acamado por hérnia inguinal gigante. Após visita de agente comunitário foi encaminhado para Hospital. No hospital foi diagnosticado hipertensão e diabetes sendo operado. Ele voltou a andar e sentiu dor no peito. Retornou ao hospital onde foi submetido a avaliação de insuficiência coronariana.
Investimentos públicos diminuem a desigualdade? Exemplo #1: As linhas do metro dirigidas a bairros populares aumentam o preço dos terrenos e casas das proximidades. Exemplo #2: Cidades com boas escolas públicas têm valores de aluguéis mais elevados.
Afinal, para que a atenção básica? Garantir um pressuposto da cidadania, o acesso aos serviços de saúde.
O que significa “garantir acesso” ? Realizar atendimento na sua integralidade com competência técnica específica a cada profissional atendendo às necessidades mais vitais da população como o alívio da dor e do sofrimento.