UMA VISÃO TÉCNICA E PEDAGÓGICA SOBRE OS MUARES

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Transcrição da apresentação:

UMA VISÃO TÉCNICA E PEDAGÓGICA SOBRE OS MUARES Valter Barbosa de Oliveira - e-mail: barbosaquilza@hotmail.com 1Mentrando do PPGEPA/UFRRJ e Professor do Colégio Técnico da Rural Orientador Professor Adjunto.DMC.IV- Fernando Queiroz de Almeida; Co-orientadora Professora Dra. Sandra Barros Sanches 1. INTRODUÇÃO A Lei de Diretrizes e Bases (LDB, 1998), através dos Planos Curriculares Nacionais (PCNs) recomenda que temas transversais, podem ser temas locais, de interesse específico de uma determinada realidade, a serem definidos no âmbito do estado, cidade e/ou da escola, fazendo com que os conteúdos programáticos sejam transformados em conhecimentos aplicados à vida e, neste sentido, muito mais relevantes que informações sobre um fenômeno ou realidade. Propõem também que estes temas sejam tratados por todas as disciplinas escolares. No ensino médio profissionalizante em agropecuária, os muares podem ser considerados um tema transversal, já que é tema de interesse específico da realidade de várias comunidades regionais, conforme recomendação dos PNCs. Esse tema exige uma abordagem particularmente ampla e diversificada, pois deve ser debatido em diferentes espaços sociais, em busca de soluções e de alternativas, confrontando posicionamento diversos tanto em relação a intervenção no âmbito social mais amplo quanto a realidade que está sendo construída e que demandam transformações macrossociais e também de atitudes pessoais, exigindo, portanto, ensino e aprendizagem de conteúdos relativos a essas dimensões. Pretendemos então, apresentar como tema transversal os muares, pois, eles sempre estiveram presentes no desenvolvimento do Brasil desde a nossa colonização. A situação no século XXI continua praticamente a mesma, mesmo com todo o desenvolvimento tecnológico mundial, do mundo globalizado e virtual, os muares continuam prestando serviços ao homem, puxando carroças com diversas cargas, tangendo rebanhos, trazendo gêneros de primeira necessidade para as famílias onde o veículo motorizado não chega, transportando os produtos primários produzidos em regiões montanhosas para o consumo nas cidades, levando os remédios, a parteira, levando e buscando as crianças nas escolas, puxando areia lavada dos rios que cortam os pequenos municípios para o comércio das casas de material de construção. São animais extremamente dóceis, permitindo assim, que pessoas idosas e crianças participem no cotidiano das etapas de criação, e também no turismo rural, em cavalgadas, feiras agropecuárias e concursos de marchas, gerando nesses empreendimentos centenas de empregos diretos e indiretos. O tema muar envolve um aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade, destina-se também a um intervir na realidade para transformá-la, abrindo assim espaço para saberes extra-escolares. Presta-se de modo especial para levar a pratica a concepção de formação integral da pessoa.   2. OBJETIVO GERAL Produzir e implementar um material inovador sobre os muares através da multimídia, visando a melhoria da qualidade de ensino e da aprendizagem, formando grupos de pesquisas interdisciplinares, bem como, fazer uma abordagem destacando a interação do homem com os eqüídeos, mostrando a necessidade de sua utilização em vários campos de atuação, de forma clara e objetiva. 3. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi conduzido na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, em fazendas de criação de muares e asininos e em algumas cidades da região Sudeste do Brasil. Foram realizadas visitas e entrevistas em criatórios de muares da Região Sudeste com a finalidade de fotografar os animais, observar o trabalho desenvolvido pelos criadores, o sistema de criação utilizado, o comportamento dos animais e o cruzamento entre eqüinos e os asininos com vistas à produção de muares. As entrevistas, com perguntas pré-estabelecidas e comuns aos vários criatórios visitados foram gravadas com mini-gravador. As finalidades principais dos criatórios são a produção de muares marchadores para serviços, tração e carga, bem como a venda de matrizes e reprodutores de jumentos Pêga. A documentação fotográfica foi feita com uma câmera Digital DSC-P92 – Cyber-Shot com 5.0 Mega Pixels tela de cristal líquido 3,5 cm, lente Optical 3x, zoom inteligente e flash incorporado, e com gravação universal JPEG. As fotos foram armazenadas em cartões de recarga com capacidade de 16 e 64 Mb respectivamente, e posteriormente descarregadas no computador Pentium II de 350 MHZ, com 34 Gb de HD e 360 RAM de memória. As fotos cedidas por alguns criadores e pela Associação Brasileira de Criadores de Jumento Pêga foram copiadas com Scanner ColorPage-HR7, com resolução de 1.200 dpi. Todas as fotos foram editadas no programa Corel Draw-10, com resolução de 300 dpi. O CD-ROM foi elaborado em PC Pentium IV 2.0, com 256 Mb de memória DDR, acelerador de Vídeo AGP 64 Mb, Placa mãe Intel, portas USB 2.0, Gabinete Preto próprio para ilha de edição, Windows XP O&m Original, Winchester 40 GB para Sistema, Winchester de 80 Gb para Vídeo, Monitor de Vídeo 17 Sansung, placa studio Deluxe, com Gravador de DVD+R/RW, programa utilizado para captura dos vídeos analógicos (fita VHS) e transformação em digital com arquivo AVI, e placa de captura de vídeo Pinnacle Studio Deluxe Versão 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO No decorrer das visitas em criatórios, entrevista e sondagem dos alunos, verificou-se ser possível apresentar os muares como tema transversal, sob a forma de CD-ROM multimídia, pois o estudo dos muares exige uma abordagem particularmente ampla e diversificada, sendo um assunto vivenciado pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em seu cotidiano em cada região brasileira, Figura 1. Figura 1. CD Multimídia Desde o desenvolvimento da mineração dos séculos XVIII e XIX nas Minas Gerais, que fez crescer a preferência de desenvolver a produção de muares para atender àquela atividade. Para vencer as grandes distâncias rumo a corte, para manter a convivência entre as populações do campo e das cidades, para suprir as necessidades básicas das famílias, para preparar a terra e transportar sua produção, fazendo do muar o auxiliar preferido. Entretanto, grande parte da população urbana das grandes cidades acha que os muares são apenas animais sem valor zootécnico, bravios, feios, de baixo valor comercial, que só servem pra puxar carroças. Mas, ignoram todo um contexto social e comercial de várias comunidades que vivem em função da produção e criação desses animais.   5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE JUMENTOS PÊGA-ABCJP. Site da ABCJP. Disponível em < http: //www.abcjpega.com.br> Acesso em 10 de maio de 2004. COSTA, M. D. Pelagem dos Eqüinos:Nomenclatura e Genética. Ed. FEP-MVZ: Belo Horizonte, MG. 2001. 106 p. FERREIRA,M.C & SILVA JR.Recursos Audiovisuais no Processo Ensino-Aprendizagem.São Paulo, Ed.EPU- Editora Pedagógica e Universidade Ltda,1986. Lei de Diretrizes e Bases,Ministério da Educação e do Desporto.Brasília,1998. NOGUEIRA, A.C. Hipermídia na Construção de Um Conhecimento: Seres Vivos e Meio Ambiente. SP/USP,1992.Tese de Doutorado.RESENDE, A. S. C.; SANCHEZ,S.B. Conceituação, concepção e organização de um programa de pós‑graduação para docentes da Educação Profissional Agrícola, Seropédica/RJ UFRRJ, 2002.Tese de Doutorado. TORRES, A.P.; JARDIM W. R. Criação do cavalo e de outros eqüídeos. São Paulo, SP: Ed. Nobel, 3 ed. 1992. 654 p. WERNECK, F. P. L. Criação de Muares. Rio de Janeiro, RJ:Ministério da Agricultura. Serviço de Informação Agrícola, 1948. 115 p.