Epilepsia Ambulatório de Neurologia Orientação: Dr.Milton Marchioli

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Transcrição da apresentação:

Epilepsia Ambulatório de Neurologia Orientação: Dr.Milton Marchioli Aluna: Eliana Mendes

Será coisa dos maus espíritos?

Epilepsia A palavra se origina do grego epilambaneim, surpresa com características fundamentais: Distúrbio cerebral causado por predisposição persistente do cérebro em gerar crises caracterizado pela ocorrência de duas crises/ano sem evidência de febre, ingestão de álcool, intoxicação e ou abstinência de drogas (new england 2008) Descarga súbita excessiva, rápida da substância cinzenta É uma doença neurológica crônica e com crises epilépticas recorrentes

Epilepsia Crise Fase intercrítica Fase subcrítica Fase crítica Pode ser dividida em quatro fases: Fase intercrítica Fase subcrítica Fase crítica Fase pós-crítica

Epilepsia Conceitos importantes Crise: Refere-se a TODO ATAQUE de origem CEREBRAL, não importa a causa. Convulsão: CONTRAÇÃO involuntária da musculatura corporal não permanente.

Epilepsia Epidemiologia Afeta 45 milhões de pessoas no MUNDO No EUA a incidência é de 6 a 8 pessoas por 1000 A prevalência é de 26 a 40 pessoas por 100.000 ano Altas taxas entre crianças e idosos

Epilepsia 70% dos adultos a crise é do tipo FOCAL 62% a causa é desconhecida 9% causado por AVE 9% causado por trauma encefálico 4% causado por doença degenerativa 6% causada por álcool 3.5% encefalopatia 3% Tumor cerebral 2% infecção

Epilepsia Paciente com 65 anos ou mais Principal Causa: Cerebrovascular 25% a 40% a causa é desconhecida

Epilepsia

Epilepsia Crises Hiperatividade dos neurônios e circuitos cerebrais capaz de gerar descargas elétricas sincrônicas anormais Os sintomas paroxísticos podem ser diferentes dependendo da área do cérebro onde se origina a crise

Epilepsia Crises Córtex: origina CRISE FOCAL Sistema reticular: origina CRISES GENERALIZADA Descargas que se iniciam no córtex podem atingir o sistema reticular: crises GENERALIZADAS SECUNDÁRIAS

Epilepsia Crise: classificação Crise Generalizada primária Crise Generalizada secundária Crise Generalizada

Epilepsia Crise: Classificação Crise parcial simples Crise parcial complexa Crise Parcial

Epilepsia Crises

Epilepsia Crises Ocorrem por excesso de excitação: GLUTAMATO Ou falta de Inibição: ácido gaba aminobutírico (GABA)

Epilepsia Crise Focal ou Parcial Simples: motora, sensitiva, visual Complexa: comprometimento da consciência

Epilepsia

Epilepsia Crise de Lobo Temporal Aura Parada e fixação do olhar Alteração motora contralateral com automatismos simples Automatismos complexos 60% das Crises focais Freqüente em ADULTOS

Epilepsia Crise temporal: semiologia Sensações viscerais de difícil caracterização Palidez, sudorese, taquicardia Medo, irritabilidade Alucinações e ilusões como as olfatórias Vocalização e emissão de frases repetidas

Epilepsia Crise do Lobo Frontal Inicio e término abruptos Auras não específicas Pode ocorrer várias vezes ao dia e ou noite Automatismos motores: debater, balançar, pedalar, chutar com emissão de gruídos ou gemidos Manipulação genital 20 a 30% das crises focais

Epilepsia Crise dos lobos parietal e occipital São raras Distúrbio de imagem corporal Distúrbios visuais e alucinações visuais

Epilepsia Crise Generalizada

Epilepsia Generalizadas Tônica Clônica Tônico clônica Atônica Mioclônica Ausência

Epilepsia O sistema reticular ativador ascendente é precocemente acometido pelas descargas A consciência é sempre acometida exceto na mioclônica

Epilepsia

Epilepsia Crises Clônicas: Cada contração muscular é seguida de relaxamento com abalos musculares

Epilepsia Crise Tônica Contração muscular mantida com duração de poucos segundos a minutos

Epilepsia Crise tônico clônica “O grande mal” Duração: um minuto Perda abrupta da consciência Contração Tônica e depois clônica dos quatro membros Sialorréia, liberação esficteriana, apnéia e mordedura de língua “Grito epiléptico”: ar expulso pela glote fechada Período pós-crítico: confusão mental e sonolência

Epilepsia Crise Atônica: Há perda do TONO postural Queda lenta quando paciente em pé

Epilepsia Crises Mioclônicas Contrações musculares súbitas muito breves semelhantes a choques Podem afetar a musculatura facial, o tronco, uma extremidade ou um grupo muscular Aparece de forma isolada ou repetida Ocorrem após privação de SONO, ao despertar e ao adormecer

Epilepsia Mioclônicas Palpebrais contração rápida da pálpebra ao fechamento dos olhos Ocasiona rápido desvio do globo ocular para cima Pode associar-se a crise de ausência

Epilepsia Ausência Típica: Inicio abrupto Duração: 10 a 30 segundos Desencadeado por hiperventilação Episódios de comprometimento da consciência Manifestações motoras discretas Com automatismos orais, manuais, piscamento, aumento ou diminuição do tono muscular

Epilepsia Conduta Avaliar diagnósticos diferenciais Classificar Crise Verificar os critérios de epilepsia Classificar a síndrome Buscar a Etiologia

Epilepsia Etiologia Idiopática Sintomática Criptogênica

Epilepsia Sintomática Esclerose mesial temporal (EMT) Tumores SNC Malformações vasculares Abscessos Doença neuroinfecciosa Pós AVE

Epilepsia Esclerose Mesial Temporal Principal causa de epilepsia no Adulto Alteração da região mesial temporal Hipocampo vai atrofiando e esclerosando ( perda de memória) Descarga anormal que gera crise parcial simples e evolui pra complexa

Epilepsia

Epilepsia Epilepsia Generalizada Sintomática Síndrome de West: Inicio de 3 a 12 meses Espasmos em salvas, involução do DNPM Síndrome de Lennox-Gastaut Compreende várias tipos de crise tônica

Epilepsia Epilepsias idiopáticas Generalizadas: Epilepsia Ausência da Infância Epilepsia Ausência Juvenil Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ)

Epilepsia Diagnóstico História clínica com paciente e pessoa próxima caracterizando cada crise Dados clínicos são importantes Registros eletroencefalográficos em virgília, sonolência e sono e principalemnte pós privação de sono com procedimento de ativação como hiperventilação e estimulação luminosa

Epilepsia Eletroencefalograma Vídeo - EEG 24 horas de avaliação com registro de imagem e eletroencefalográfico Neuro Imagem: TC e RM

Epilepsia Tratamento Valproato de Sódio Diazepam Vigabatrina Gabapentina Topiramato Lamotrigina Fenobarbital Fenitoína Carbamazepina

Epilepsia Bibliografia 1. Nitrini,Ricardo A neurologia que todo médico deve saber- São Paulo: Editora Ateneu,2008 2. Kolb,Brayan Neurociência do comportamento-São Paulo: Editora Manole,2002 3.New England