O uso de questionários em trabalhos científicos São Paulo, 11 de Junho de 2007 O uso de questionários em trabalhos científicos Marcos Forte marcosforte@fsa.br Departamento de Informática em Saúde (DIS), Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Marcos Forte - marcosforte@fsa.br Sumário Definição Metodologia para a construção de um questionário População e Amostras Análise dos dados Sumário 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Marcos Forte - marcosforte@fsa.br O que é um questionário Um conjunto de questões. Feito para gerar os dados necessários para se verificar se os objetivos de um projeto foram atingidos. Construir questionários bem sucedidos não é uma tarefa fácil. 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Marcos Forte - marcosforte@fsa.br Metodologia Planejar o que vai ser mensurado Formular as perguntas para obter as informações necessárias. Definir o texto, a ordem das perguntas e o aspecto visual do questionário. Testar o questionário, utilizando uma pequena amostra, em relação a omissões e ambigüidade. Caso necessário, corrigir o problema e fazer um novo pré-teste. Definir a população e o tamanho da amostra. Analisar os dados 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Conteúdo das Perguntas O assunto exige uma pergunta separada, ou pode ser incluído em outras perguntas? A pergunta é desnecessariamente minuciosa e específica? Devese evitar o uso de abreviação, e não se deve tratar dois assuntos complexos em uma mesma pergunta. Todos os aspectos importantes sobre este tópico serão obtidos da forma como foi elaborada a pergunta? As pessoas têm a informação necessária para responder a pergunta? Os respondentes estarão dispostos a dar a informação? Que objeções alguém poderia ter para responder esta pergunta? O tema abordado é muito íntimo, perturbador ou expõe socialmente as pessoas, de forma a causar resistências e respostas falsas? O conteúdo da pergunta não estará enviesado ou carregado em determinada direção? 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Marcos Forte - marcosforte@fsa.br Formato das respostas abertas : onde os respondentes ficam livres para responderem com suas próprias palavras. Fechadas: múltipla escolha : onde os respondentes optarão por uma das alternativas. dicotômicas : são as que apresentam apenas duas opções de respostas, de caráter bipolar, do tipo: sim/não; concordo/não concordo. 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Marcos Forte - marcosforte@fsa.br Escalas Usadas em questionários fechados para medir opiniões do público-alvo. As mais comuns são: Likert : 5 proposições - concorda totalmente, concorda, sem opinião, discorda, discorda totalmente. VAS (Visual Analogue Scales) - baseia-se numa linha apresentando nas extremidades duas proposições contrárias Ex: Útil Inútil Numérica – Ex. de 1 a 10. Guttman - conjunto de respostas hierarquizadas 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Formulação das Perguntas Na formulação das perguntas devese cuidar para que as mesmas tenham o mesmo significado para o pesquisador e para o respondente. Usar comunicação simples e palavras conhecidas; Não utilizar palavras ambíguas. 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Seqüência das perguntas Usar temas e perguntas gerais no inicio do questionário, deixando as perguntas específicas para depois (fechar o foco gradualmente); As perguntas mais pessoais, sensíveis ou embaraçosas devem ser feitas somente no final do questionário e convém que sejam alternadas com questões simples; Devese adotar uma ordem lógica de perguntas utilizando um fluxograma ou árvore de decisão para posicionar as perguntas; 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Apresentação e Lay-out Quanto melhor e mais adequada for a apresentação, maior a probabilidade de se elevar o índice de respostas. 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Marcos Forte - marcosforte@fsa.br Pré-teste Utilizado para descobrir problemas e/ou dúvidas que podem surgir durante a aplicação do questionário. Utiliza uma pequena fração da amostra. Caso o préteste revele a necessidade de muitas alterações, o questionário revisado deverá ser testado novamente. Economiza tempo e dinheiro. 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Marcos Forte - marcosforte@fsa.br População e Amostra A população alvo é o grupo ou os indivíduos a quem a pesquisa se aplica. Uma amostra válida é um subconjunto representativo da população alvo. Se não tivermos uma amostra representativa, não podemos declarar que os resultados generalizam à população alvo. 26/03/2017 Marcos Forte - marcosforte@fsa.br
Métodos de amostragem probabilísticos Amostra aleatória simples Amostra aleatória estratificada Amostragem sistemática Amostragem baseada em agrupamento 26/03/2017 Marcos Forte – marcosforte@fsa.br
Métodos de amostragem não-probabilísticos Geralmente utilizadas em pré-teste. Amostragem de conveniência Amostragem bola de neve (SnowBall) Amostragem de cota Grupos de foco 26/03/2017 Marcos Forte – marcosforte@fsa.br
Marcos Forte – marcosforte@fsa.br Tamanho de amostra É necessário determinar um tamanho de amostra apropriado, porque: um tamanho de amostra inadequado pode conduzir a resultados que não são estatisticamente significantes amostragem inadequada de agrupamentos ou estratos incapacita nossa habilidade de comparar e contrastar subconjuntos diferentes da população 26/03/2017 Marcos Forte – marcosforte@fsa.br
Marcos Forte – marcosforte@fsa.br Validação de dados ter uma política para controlar questionários incoerentes ou incompletos. investigar as características dos questionários rejeitados da mesma forma que nós investigamos não-respostas para assegurar que não introduzimos nenhuma parcialidade sistemática. 26/03/2017 Marcos Forte – marcosforte@fsa.br
Marcos Forte – marcosforte@fsa.br Codificação de dados converter dados de escalas nominais e ordinais de nomes de categoria para contagens numéricas, se necessário. perguntas abertas, como identificar equivalências? 26/03/2017 Marcos Forte – marcosforte@fsa.br
Análise de dados ordinais É comum converter a escala ordinal em um valor numérico correspondente (por exemplo: números 1 a 5) e analisar os dados como se eles fossem dados numéricos simples 26/03/2017 Marcos Forte – marcosforte@fsa.br
Evitando violações de escala utilizar as propriedades da distribuição multinomial. converter uma escala ordinal em uma variável dicotômica. usar a correlação de postos de Spearman ou o tau de Kendall (Siegel e Castellan, 1998) para medir a associação entre variáveis de escala ordinal. 26/03/2017 Marcos Forte – marcosforte@fsa.br
Marcos Forte – marcosforte@fsa.br Dados Nominais O mais comum é determinar a proporção de respostas em cada categoria. distribuição multinomial. tabelas multi-modo (multi-way) e testes chi-quadrados para medir associações entre variáveis de escalas nominais 26/03/2017 Marcos Forte – marcosforte@fsa.br
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