MODELO INTERGERACIONAL E MODELO LÓGICO

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Transcrição da apresentação:

MODELO INTERGERACIONAL E MODELO LÓGICO AUTORES: MAURÍZIO ANDOLFI E PALAZZOLI & OUTROS PROFESSORA: PSICÓLOGA CAROLINA GHIZONI

MAURÍZIO ANDOLFI - A PARTIR DE 1980 AS CRIANÇAS E O JOGO NA TERAPIA FAMILIAR Jogo para entrar no sistema familiar; Jogo para obter mais informações sobre o sistema (colaboração, rigidez, alianças); Jogo como modalidade reestruturante; As crianças no processo terapêutico, pois na sistêmica a presença de todos os membros é importante; As crianças como indicadores da situação afetiva, pois expressam as emoções. Terapeutas que negam a presença da criança pois: Querem evitar situações ansiogênicas para a cça (reforça o segredo); Contexto muito adulto; Podem causar desordem e a perda do controle do terapeuta.

Andolfi – psiquiatra e psicanalista. Passou do modelo linear para sistêmico. Teoria Geral dos Sistemas e Pragmática da Comunicação Humana. Família como um todo orgânico, sistema de interação que supera e articula os elementos individuais; sistema entre sistemas. Objetivo: exploração das relações interpessoais e das normas que regulam a vida dos grupos significativos a que o indivíduo pertence. Papel do terapeuta participativo, não mais curador. Sistema com características: 1) sistema em constante transformação; 2)sistema auto-regulado por regras – definição da relação; 3)sistema aberto em interação com outros sistemas. Importante: contexto, aqui e agora e todo maior que a soma das partes.

Sistema terapêutico: setting, sala, espelho, câmera, equipe, supervisor. Primeira sessão: pré-sessão, encontro terapêutico, estudo do problema, interação e contrato terapêutico. Redefinição da terapia: não centrada no doente; ato de participação e crescimento num grupo com uma história. Alterar os desejos esteriotipados que a família traz para a terapia. Redefinição do problema: libertar o doente do seu papel de bode expiatório e a família do seu papel de culpada. Conotação positiva do sintoma. Intergeracionalidade: MITOS FAMILIARES MITOS: função de manter uma ordem social. A FAMÍLIA: papel de reprodução dessa ordem. O que pode e o que não pode; grau de liberdade; de rigidez; padrões de comportamento geradores de conflitos. Genograma: 3 gerações

Comunicação não-verbal: não comunicar, é comunicar. Conteúdo e forma. Distância física Congruência ou não nas falas, no conteúdo e forma Escultura: “esculpir é uma modalidade criativa e não verbal, em que o escultor pode representar as suas próprias relações com os membros a um dado momento histórico e num dado contexto. Acaba, assim, por criar uma composição espacial, que é muitas vezes dramática, e que exprime visualmente as suas emoções e as dos familiares, em interação apropriada” (ANDOLFI, pg. 162).

MODELO LÓGICO – MARA SELVINI PALAZZOLI Abordagem psicanalítica com anoréxicas (frustrada). 1967 – Centro para o Estudo da Família. Participação de Luigi Boscolo, Giuliana Prates e Gianfranco Cecchin. Fundamento: TGS, Pragmática da Comunicação Humana e Cibernética. Família: sistema auto-regulado por regras; se constitui por ensaio e erro; objetivo definir a relação para manter estabilidade. Sintoma: sistema rígido, não aceita mudanças. Para manter o jogo relacional. Mudança na regra (crenças e valores) = mudança no sintoma. Duplo Vínculo: comunicação verbal / verbal diferentes; mensagens contraditórias; não pode se afastar nem denunciar. Famílias esquizofrênicas.

Interação complementar: complementam nas diferenças. Assimétrica Interação complementar: complementam nas diferenças. Assimétrica. Vítima - Vilão. Interação Simétrica: mesmo nível de poder. Rígida. Escalada sem fim. Escalada de poder e violência: amorosa ou destrutiva. Destrutiva = ruptura. Violência física, morte, saída do campo. Família Esquizofrênica: 3 gerações. 1- normas rígidas e repetitivas. 2- cautela em se expor e medo da rejeição. 3- necessidade de confirmação e desqualificação. Modelo de atendimento: pré-sessão, sessão, intersessão, intervenção e discussão pós-sessão. Conotação Positiva: invenção do grupo de Milão. Todos os membros num mesmo nível. Desejo comum de manterem a estabilidade do sistema.

Ritual Familiar: opunham a ou exageravam o mito; Dramatizar conotações positivas; dias ímpares e dias pares. Prescrição Paradoxal: a não mudança; a impotência do terapeuta. Hipótese: tenda de lona flexível; suposição; incluir a totalidade. Circularidade: basear-se nos feedbacks; fazer perguntas circulares. Neutralidade: não julgar e não se aliançar.

ESTUDO DE CASO Mãe marcou sessão para filha. Foram as duas, com a filha dizendo já no início da sessão que não queria estar ali, pois tinha muitas coisas para estudar naquele dia. Falou que com 15 anos tentou o suicídio e que sofre de anorexia. Esta se tratando com antidepressivos e ansiolíticos. Esta estudando dia e noite para o vestibular de medicina. Para o pai ela deveria fazer concurso público, para o tio ela deve fazer administração, os dois dizem que ela não vai conseguir nada na medicina. Então, para eles e o resto da família não “encherem o saco” ela está fazendo o curso de administração, e o cursinho pré-vestibular (ESCONDIDA). Parou de ir na casa da avó, pois lá todos ficam falando o que ela tem que fazer... e assim ninguém fica sabendo do cursinho, mas também não precisa mentir. Pai obeso mórbido. Já humilhou ela por engordar. Mãe não trabalha e vive em função dos filhos e do marido. Não se cuida, fala com a voz baixa olha muito para baixo durante a sessão. A Ester durante as sessões trouxe também sua dependência em relação ao namorado, não consegue dizer não pra ele, com medo de ser rejeitada. Não se sente bonita, nem alguém que tenha valor. Não admite errar e os pais também não admitem. Pais sempre preocupados com os outros, e com o que vão pensar. Disse que começou a dançar dentro do carro e o pai logo falou, que aquilo não era uma atitude de moça descente. Pai diz que ela é arrogante, acha que sabe tudo, só porque estudou um pouquinho. Pais descobriram agora que ela não é mais virgem e disseram: você agora é igual aos outros. Mãe disse que vai parar de pagar a terapia, pois ela está pior, pois vive retrucando. A mãe disse que se for boazinha ela tem o que quiser. Ela disse que os pais não estão preocupados com a felicidade dela e sim se está fazendo o que eles querem.

BIBLIOGRAFIA Terapia Familiar, Maurizio Andolfi. Paradoxo e contraparadoxo, M. Selvini Palazzoli, L. Boscolo, G. Cecchin, G. Prata.

OBRIGADA PELA TROCA! CAROLINA GHIZONI. CRP-12/03751 Psicóloga clínica, com especialização em Terapia Familiar Sistêmica pelo Movimento FONE: 88087586 EMAIL: carolghizoni@hotmail.com