Câncer de Colo-Retal e Alimentos funcionais

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
FIBRA ALIMENTAR OU FIBRA DIETÉTICA
Advertisements

O PAPEL DA ONDANSETRONA NA SII
Sistema Digestório e Nutrição
HIPOPARATIREOIDISMO E HIPERPARATIREOIDISMO
HIPOPARATIREOIDISMO E HIPERPARATIREOIDISMO
Patologia e dietoterapia nas enfermidades músculo-esqueléticas I
Doenças do sistema digestivo.
DOENÇA INTESTINAL INFLAMATÓRIA
FISIOLOGIA ANIMAL DIGESTÃO CARLOS ROBERTO DAS VIRGENS 2ª FASE A ESCOLA ESTADUAL ANGELINA JAIME TEBET BIOLOGIA
SISTEMA DIGESTÓRIO.
O que é raquitismo? O raquitismo é o amolecimento dos ossos em crianças, que potencialmente ocasiona fraturas e deformidades. Raquitismo está entre as.
GESTAÇÃO Suplementação nutricional
Sistema digestório Funções de: Digestão;
Trabalho de ciências Sais minerais.
Sistema Excretor O Sistema Excretor tem como função eliminar os resíduos de origem celular e de manter regulação osmótica, isto é, o equilíbrio dos fluídos.
Enema Opaco Alunos: Andre Luiz Ceccon Andre Luiz Duarte Gonçalves
Primeiros Socorros Camila Sarti
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR
E.E. Camilo Bonfim Tema: Importância do Ferro para o Organismo
OS ALIMENTOS E SEU PAPEL
CANCRO DO COLO DO ÚTERO.
O que é a doença renal crónica?
Dietoterapia Aula 5 Nínive Pinto.
SAÚDE DA MULHER Tais Braga Rodrigues
É PRISÃO DE VENTRE? E AGORA?.
Cuidando do coração.
CA DE INTESTINO.
SAÚDE NUTRICIONAL DA MULHER
Sim, você! Abra os olhos….
TRABALHO DE CIÊNCIAS Nomes: Raquel, Darlene e Julia V Turma: 72
Papel dos Guias Alimentares
Quais são as funções do rim?
Grupo: Maria de Fátima, Marilda, Michele, Priscilla, Rafaela
VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar é um saco membranoso, em forma de pêra, situado na face inferior do fígado (lado direito). É um órgão muscular no qual.
Alimentação Saudável e Combate ao Tabagismo
Apendicite.
A vitamina A tem diferentes funções no organismo humano, atuando, por exemplo, na visão e na produção de tecidos. Mas o corpo não produz essa vitamina,
Vera Regina Medeiros Andrade
DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS COMUNS
ALIMENTOS E SAÚDE Profa Mariana Tarricone Garcia
Monitoria de Laboratório Clínico Patologias da Próstata
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Químico
Lactobacilos.
Sistema Digestório e Excretor
Avaliação Nutricional
Obstipação intestinal
ANEMIA FERROPRIVA Monitores:.
Alimentos Funcionais De acordo com a Resolução nº18 de 30/04/99, da secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde no Brasil alimento Funcional.
SÍNDROME do INTESTINO IRRITÁVEL
Bioquímica da digestão dos ruminantes
Eduarda, Gabriela e Gustavo Turma: 81
Ciências Naturais 9.º ano
Disenteria Bacilar.
Câncer.
CÂNCER de MAMA e de PROSTATA
Terapia nutricional no cuidado do paciente
Patologia das Vias Biliares
Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Ciências Médicas Liga de Oncologia Alimentando Saúde Uma alimentação saudável deve ser: Variada:
Metabolismo do Cálcio Prof. Luciene Rabelo.
Campanha de Prevenção do Câncer de Intestino Grosso
DIARRÉIA E CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
A Saúde do corpo Saúde e alimentação.
Sistema Endócrino Principais glândulas endócrinas humanas Gônadas
Atendimento ao Consumidor e Rotulagem
DIETAS ENTERAIS CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE - UNIBH
Dr Cristiano da Silva Ribas Professor Clínica médica – curso medicina - Universidade Positivo Preceptor residência de clínica médica - Departamento de.
CÂNCER DE MAMA Mamas são glândulas cuja principal função é a produção do leite, que se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos por pequenos.
O INTESTINO O intestino faz parte do tubo digestivo. Nele, o bolo alimentar transita impulsionado pelos movimentos peristálticos. A ação de enzimas e sais.
Transcrição da apresentação:

Câncer de Colo-Retal e Alimentos funcionais Monitora: Sabrina Mattos Guimarães

CÂNCER DE COLO-RETAL O câncer colo-retal varia sua freqüência em diversas partes do mundo. Embora possa ocorrer em qualquer idade, mais de 90% dos pacientes têm mais de 40 anos. Tanto a predisposição genética quanto os fatores ambientais estão envolvidos em sua gênese. Em relação aos fatores ambientais, observa-se que a alimentação é o fator mais importante.

Câncer de Colo-retal Nesta, uma dieta rica em gordura saturada e pobre em fibras estariam favorecendo o desenvolvimento de um tumor em indivíduo predisposto geneticamente. Também, nota-se uma estreita relação com doenças inflamatórias intestinais. Normalmente lesões neoplásicas polipóides benignas representam uma das etapas antes da malignização.

Fatores de Risco Idade acima de 50 anos; História familiar de câncer de cólon e reto; História pessoal pregressa de câncer de ovário, endométrio ou mama e próstata; Dieta com alto conteúdo de gordura, carne e baixo teor de cálcio; obesidade e sedentarismo. Doenças inflamatórias do cólon como retocolite ulcerativa crônica e Doença de Cronh; Algumas condições hereditárias (Polipose Adenomatosa Familiar (FAP)e Câncer Colorretal Hereditário sem Polipose (HNPCC).

Sintomas Anemia de origem indeterminada e que apresentam a suspeita de perda crônica de sangue no hemograma; Dor abdominal; Massa abdominal; Melena; Constipação; Diarréia; Náuseas; Vômitos; Fraqueza; Tenesmo.

Detecção Precoce O câncer colo-retal quando detectado em seu estágio inicial possui grandes chances de cura, diminuindo a taxa de mortalidade associada ao tumor. Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter anualmente ao exame de pesquisa de sangue oculto nas fezes. Indivíduos com exame positivo devem realizar colonoscopia.

COLONOSCOPIA A colonoscopia consiste na introdução, pelo ânus, de um tubo flexível que permite a visão direta do interior destes segmentos intestinais, com imagem ampliada e de alta definição. É um meio seguro e fácil para o diagnóstico e, eventualmente, tratamento das doenças do reto, do cólon e do íleo terminal. Pode ser feita em consultório, mas é mais seguro que seja executada no ambiente hospitalar, com o mínimo de desconforto para o paciente.  Antes do exame  o intestino grosso deve ser limpo para que nenhum resíduo fecal fique no seu interior. 

Cólon com preparo adequado                                      Cólon com preparo adequado                                      Resíduos de fezes sólidas na luz do cólon

SE O EXAME NÃO FOR NORMAL                                      Biópsia da mucosa                                      Polipectomia

Diagnóstico O diagnóstico da doença é feito através de biópsia endoscópica com estudo histopatológico.

Tratamento A cirurgia é o seu tratamento primário, retirando a parte do intestino afetada e os linfonodos próximos a esta região. Na maioria dos casos, o cirurgião é capaz de reconectar das duas porções saudáveis do cólon e do reto. Quando isto não pode ser feito, faz-se uma colostomia temporária ou permanente (na colostomia, as fezes são eliminadas através de uma abertura no abdome e coletadas em bolsas apropriadas). Na colostomia temporária, o intestino é reconectado após um período de recuperação. Em cerca de 15% dos casos, a colostomia é permanente

TRATAMENTO Após o tratamento cirúrgico, a radioterapia associada ou não à quimioterapia é utilizada para diminuir a possibilidade da volta do tumor (recidiva). Quando a doença está disseminada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura diminuem

Efeitos colaterais do Tratamento Anorexia Fadiga Náuseas e vômitos Alteração de paladar e odor Xerostomia (boca seca) Saciedade Precoce Diarréia Constipação Mucosite, estomatite, odinogafia (dificuldade de deglutir), ulcerações na orofaringe.

Dietoterapia Normocalórica; Normoglicídica; Normolipídica (suplementação de EPA - redução do quadro inflamatório, controle dos fatores mobilizador de lipídios e indutor de proteólise. Além disso, tem um significante efeito imunomodulador, que contribui para o aumento da sobrevida dos pacientes); Dieta hiperproteica (para reparar e reconstruir os tecidos afetados pela terapia de câncer e manter um sistema imunológico saudável); Ingestão hídrica aumentada 1,5ml/kcal (prevenindo a constipação e combatendo diarréia ). Vitaminas e Minerais de acordo com a IDR, porém devemos estar atentos a possível suplementação após inicio do tratamento neoadjuvante, onde seus efeitos colaterais contribuem para menor ingestão de alimentos e menor absorção de nutrientes. * EPA (ácido eicosapentaenóico) tipo de ômega 3

FIBRAS ALIMENTARES (FA) São importantes na manutenção e renovação do epitélio intestinal porque podem formar por meio de fermentação ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e alguns gases. Esses AGCC estão envolvidos na regulação da divisão e morte celular, atuando no ritmo normal de renovação do epitélio digestivo. Sendo o principal responsável por isso, o butirato, quando analisado in vitro, apresenta uma ação supressora na proliferação celular, inibe a síntese de DNA e regula a diferenciação terminal de células neoplasicas cultivadas.

DIETOTERAPIA Dieta de consistência pastosa visando diminuir um pouco os resíduos da dieta normal, com objetivo de facilitar a ingestão e diminuir irritação intestinal. Fracionamento aumentado e volume diminuído facilitando a ingestão do paciente. Temperatura de acordo com as preparações.

LEITE E DERIVADOS Quando há deficiência da lactase, mesmo que parcial, as quantidades de lactose ingeridas por meio do leite não são hidrolisadas e permanecem intactas no intestino delgado, atraindo água para a região e provocando dores e edemas. A lactose não absorvida passa, então, para o intestino grosso. Ali é metabolizada pelas bactérias (fermentação), atraindo ainda mais água. O resultado são mais dores, edemas, flatulência e diarréia, além de a digestão e a absorção de outros nutrientes ficarem comprometidas.

LEITE E DERIVADOS Tem sido proposto que a gordura em geral promove carcinogênese, porém a ingestão só do leite conjugado com ácido linoléico pode exercer efeitos inibitórios. Há também evidências consideráveis de que o cálcio do leite protege contra o câncer de cólon. A proteína do soro do leite tem papel benéfico, demonstrado em estudos com animais e humanos. Dados experimentais têm revelado que a lactoferrina bovina inibe a carcinogênese no cólon.

Carne Vermelha Um dos mecanismos que pode explicar a associação entre o câncer colorretal e a carne vermelha é o aumento do metabolismo de proteínas no cólon. Os produtos finais desse processo metabólico incluem a formação de amônia, fenóis, indóis, nitratos, sulfitos e aminas, que têm demonstrado efeitos tóxicos em estudos in vitro e em modelos animais. Estes compostos estão presentes em amostras fecais, sugerindo um efeito tóxico sobre a mucosa intestinal.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA http://www.nuteral.com/sala_imprensa/artigostecnicos_padrao.asp?matr=19 http://www.colonoscopia.com/fiquepordentro/frame.htm MAHAN, L.K. & ESCOTT-STUMP,S. Krause Alimentos, Nutrição & Dietoterapia 11ª edição, São Paulo, Editora: ROCA, 2005. http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=5184&ReturnCatID=1572

Melena Se refere a fezes pastosas de cor escura e cheiro fétido, sinal de hemorragia digestiva alta. A cor escura se refere as modificações bioquímicas sofridas pelo sangue na luz intestinal colonizada por bactérias.

Tenesmo é uma sensação dolorosa na bexiga ou na região anal, com desejo contínuo, mas quase inútil, de urinar ou de evacuar