Vitaminas Walter Motta Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais

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Transcrição da apresentação:

Vitaminas Walter Motta Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Veterinária - Depto. de Zootecnia Vitaminas Walter Motta Ferreira

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Histórico Até o inicio do século XX as vitaminas eram nutrientes desconhecidos; Doenças em humanos originadas por deficiências nutricionais como beribéri, escorbuto, pelagra e o raquitismo; Casimir Funk em 1912 formulou a teoria de uma amina vital; em 1945 provou-se que Funk estava correto. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Conceito Grupo de substâncias heterogêneas; ácidos, álcoois, aldeídos, bases nitrogenadas... Funções específicas no organismo; Reações metabólicas vitais; Classificadas pelas funções; Eficiência em pequenas quantidades; Essencial ao metabolismo; Algumas podem ser sintetizadas por m.o. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Conceito Hormônio; “Uma substância produzida em um local e que exerce ação em outro” Vitamina D e talvez as vitaminas A, E e K Inositol e Colina não são vitaminas. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Características Ser um componente de um alimento natural, mas não sendo carboidrato, lipídio ou proteína; Estar presente em concentrações muito pequenas na maioria dos alimentos; Essencial para o metabolismo normal dos animais e conseqüentemente necessária para a saúde e funções fisiológicas como crescimento, desenvolvimento, manutenção e reprodução; Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Características Causar uma doença ou síndrome específica, quando ausente na dieta ou quando mal absorvida ou utilizada; Quando biossintetizável, não pode o ser em quantidades suficientes para preencher as necessidades fisiológicas, devendo conseqüentemente ser obtida a partir da dieta. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Nunes (1998) Vitamina Precursor Órgão A (retinol) Betacaroteno Int. e fig. D3 (colecalciferol) 7 deidrocolesterol Pele D2 (ergocalciferol) Ergosterol Pele C (ác. ascórbico) Glicose Fígado Niacina Triptofano Fígado Inositol Glicose Fígado Colina Homocisteína Fígado Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Classificação VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS HIDROSSOLÚVEIS Vitamina A Vitamina D Vitamina E Complexo B não pertence ao Com.B Vitamina K Vitamina C Liberadoras de Energia Hematopoiéticas Outras Piridoxina (B6) Tiamina (B1) Ácido Fólico (B9) Cobalamina (B12) Riboflavina (B2) Niacina (B3) Ác. Pantotênico (B5) Biotina (B7) Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Funções que independem da solubilidade Nunes (1998) Funções que independem da solubilidade Lipossolúveis Hidrossolúveis Estocagem sim não ou mto peq. Excreção lenta (bile) rápida (urina) Controle rígido (A e D) quase ausente Intoxicação sim (A e D) rara Anafilaxia não sim (tiamina) Funções não enzimáticas coenzimáticas hormonais não hormonais Estabilidade mto baixa variável Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Antivitaminas e Antagônicos Alteração da estrutura química; Alteração da atividade e geração de substância antagônica; Ações: Interferência na conversão Vitamina  coenzima Substituição da coenzima no sítio de combinação da parte protéica da enzima Combinação com a proteína Avidina  biotina (impede a ação) Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Antivitaminas e Antagônicos Quebrando a tiamina em 2 compostos inertes: Tiaminose I Carne de peixe cru e na samambaia Compostos antivitamínicos: Antivitamina K – anticoagulante Antivitamina comp. B prevenção coccidiose (aves) tratamento da malária (antagonismo ao àc. Fólico – tratamento protozoonoses) Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Antivitaminas e Antagônicos Aminopterina (derivada do Ác. Fólico); Anemia, leucopenia, inibe síntese de àcidos nucléicos (tratamento da leucemia) Antivitamina D; Feno Tiaminases; Fungos em pastagens Melaço (confinamento). antitiaminas (polioencefalomalacia) Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Hipervitaminose Ocasional e esporádico Erro de formulação Lipossolúveis (A e D) Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Avitaminose e Hipovitaminose ausência Hipovitaminose ou deficiência vitamínica Antivitaminas e/ou substâncias antagônicas; Deficiências nutricionais; Problemas patológicos; TGI, Fígado, rins Defeitos hereditários. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Estabilidade Pontos desfavoráveis; Umidade, oxidação, temperatura, pH, minerais, redução, luz, tamanho da partícula, solubilidade, agressões físicas e tempo de estocagem Técnicas de proteção; Cobertura de gelatina CHO´s Antioxidantes Formas físicas (spray seco) Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Premixes Vitaminas; Individualmente ou em misturas Vitaminas lipossolúveis; Estabilizante ou antioxidante Vitaminas hidrossolúveis; Destruição pelo calor ambiente ou fervura Mistura em rações. Pré-mistura, mistura final Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

As Vitaminas

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes VITAMINA A Derivados da b-ionona; Caroteno - + ativo; Bons fenos, alguns vegetais e seus óleos Retinol. Produto animal Óleo de peixe e farinha de fígado Carotenóides Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Vitamina A Os mais significantes retinóides do metabolismo animal são: Álcool; Aldeídos; Ácido retinóico; Retinil ésteres; Retinil-b-glicuronídio. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Absorção e Metabolismo junto com lipídios; Os carotenóides são normalmente convertidos em retinol na mucosa intestinal; Os ésteres de retinil da dieta são hidrolisados a retinol no intestino; e absorvidos na forma de álcool (retinol) livre que em seguida é reesterificado na própria mucosa; Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Hipervitaminose A a toxidez se deve principalmente ao ácido retinóico, bem como ao retinal em face de sua fácil conversão no organismo a ácido retinóico. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Formas de excreção Biliar, através da conjugação do ácido retinóico com o ácido glicurônico, sendo que o glicuronídio formado é eliminado na bile. Pequenas quantidades de glicuronídio e metabólitos finais não identificados são excretados via urina. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Funções Papel bioquímico na visão noturna. Síntese de glicoproteínas que controlam a diferenciação celular, e o envolvimento no controle da expressão gênica. Proteção do epitélio germinativo nos machos e epitélio uterino nas fêmeas, a vitamina A promove um bom desenvolvimento embrionário. Desenvolvimento do sistema nervoso. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Funções O beta-caroteno possui algumas funções não relacionadas com sua atividade pró vitamínica A. O corpo lúteo das vacas leiteiras contém uma considerável concentração de beta-caroteno. Baixos níveis estão relacionados com problemas reprodutivos. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes VITAMINA D Importante na calcificação e formação óssea regulador biológico do metabolismo do Ca e P Reprodução Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Formas Calciferol ou D2 presente em plantas e leveduras Eficiente apenas em mamíferos Ergosterol vitamina D2 Colecalciferol ou D3 Presente em tecidos animais - peixes e fígados Eficiente em mamíferos e aves 7-deidrocolesterol vitamina D3 Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Metabolismo e absorção Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes VITAMINA E Gérmens de grãos (farinha e óleo de gérmen de trigo), plantas verdes, fenos bem curados (alfafa). Derivados do 6-cromanol com atividade biológica do a-tocoferol. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Vitamina E Estrutura química dos tocoferois e tocotrienois. A vitamina E pertence ao grupo de vitaminas lipossolúveis e é formada por um grupo de 8 vitameros. Sua estrutura consta de 2 partes primarias: um anel complexo cromado e uma larga cadeia lateral. Estes 8 vitameros se dividem em 2 grupos fundamentais: los 4 tocoferois (TF) e os 4 tocotrienos (TT) que se diferenciam na saturação da cadeia lateral; os tocoferois tem una cadeia saturada e os tocotrienos uma insaturada com 3 duplos enlaces (figura 1). Estrutura química dos tocoferois e tocotrienois. Dentro de cada grupo os vitâmeros se diferem no número e posição dos grupos metil no anel cromado, designando-se como α , β, ﻻ, e ∆ .

Vitamina E Estrutura química dos tocoferóis. Dentro de cada grupo os vitameros diferem no número e posição dos grupos metilo no anel cromado, designando-se como αβﻻ , b , G y d (figura 2). A vitamina E se encontra em grande variedade de alimentos e é uma das vitaminas de mais ampla distribuição. Suas fontes fundamentais são os azeites de soja, milho, algodão e girasol; os guisantes secos como chícharos, garbanzos e lentilhas; o trigo, a aveia e o arroz integral; a manteiga e o ovo. Suas recomendações nutricionais oscilan entre 3 e 4 mg para lactantes, até 8 mg para a mulher e 10 mg para o homem Estrutura química dos tocoferóis.

Absorção e metabolismo absorvida na forma de álcool livre (tocoferol). Lipossolúvel sua solubilização depende da formação de micelas. Nos mamíferos, o tocoferol absorvido é transportado pelos quilomicrons da circulação linfática para o fígado, e subseqüentemente para a circulação geral por lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL). Nas aves e nos peixes, os lipídios absorvidos seguem para o fígado pela circulação portal. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Absorção e metabolismo O fígado e provavelmente todos os tecidos extrahepáticos recebem a vitamina E das “VLDL”. Presente nos tecidos na forma de álcool livre. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Funções antioxidante biológico assegura a respiração normal dos tecidos reações de fosforilação, especialmente aquelas que geram moléculas de alta energia. Participa no metabolismo dos ácidos nucléicos, na síntese da vitamina C, da ubiquinona e dos aminoácidos sulfurados. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Funções Importante na função reprodutiva. Essencial para a manutenção da função testicular protegendo do epitélio germinativo. Sua carência nas fêmeas causa parada do crescimento do feto, retenção e reabsorção. Nas aves, a deficiência prolongada leva à esterilidade nos machos; e morte embrionária. A vitamina E protege o mesoderma e os tecidos dele originados. Atua no metabolismo da cisteína. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes VITAMINA K 2-metil-1,4-naftoquinona todos os derivados gerados por modificação na posição (carbono)3, que exibem uma atividade anti-hemorrágica em animais deficientes em vitamina K. K1 ou filoquinona é sintetizada pelas plantas K2 ou menaquinona K3 conhecida por menadiona é uma forma sintética. Para se tornar ativa a vitamina K3 é alquilada por enzimas presentes no tecido dos mamíferos. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Estrutura Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Absorção Absorvida do intestino seguindo a via linfática nos mamíferos A absorção requer a presença de gorduras, bem como das secreções biliar e pancreática. Sintetizada adequadamente no TGI Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Deficiência Na deficiência de vitamina K ou na presença de seus antagonistas, os animais apresentam hemorragias espontâneas.Isso se deve à falta de protrombina “normal”. Na ausência de vitamina K ou na presença de seus antagonistas, ocorre síntese da protrombina, entretanto, esta permanece na forma anormal. Ela praticamente não se liga ao cálcio e consequentemente é ineficaz no processo de coagulação sanguínea. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Vitaminas Hidrossolúveis Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes VITAMINA B1 Vitamina B1 ou Tiamina Formas Fosforiladas Não fosforilada - cereais e nas leguminosas O hidrocloreto e o mononitrato de tiamina são sintetizados para uso nas rações animais. é encontrada nos alimentos nas seguintes formas: tiamina livre, tiamina fosforilada e tiamina em complexos fosfo-protéicos. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Absorção e metabolismo No tubo gastrintestinal, as formas de tiamina ligada a outros compostos são clivadas e a tiamina livre é absorvida principalmente na porção proximal do intestino delgado. A distribuição tecidual da tiamina parece ser bastante uniforme, sendo encontradas as mais altas concentrações no fígado e no rim. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Funções forma ativa  tiamina pirofosfato (TPP), que é uma coenzima. A TPP é cofator na descarboxilação oxidativa de a-cetoácidos como o ácido pirúvico e o ácido a-cetoglutárico. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Funções A transformação do ácido pirúvico em acetil CoA pela descarboxilação oxidativa, gera um grupamento acetil, que pode servir para sintetizar moléculas como a acetilcolina, que é um neurotransmissor; razão pela qual a deficiência de tiamina pode causar distúrbios neuromusculares. A tiamina pirofosfato atua também como coenzima da transcetolase no ciclo das pentoses-fosfato. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes VITAMINA B2 Riboflavina Formas coenzimas FMN (flavina mononucleotídio) e FAD (flavina adenina dinucleotídio) formas predominantes nos tecidos de mamíferos. A forma suplementar para as dietas é geralmente a riboflavina, embora alguns pesquisadores tenham experimentado o uso de riboflavinato de sódio. riboflavinato de sódio é mais hidrossolúvel do que a riboflavina. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Absorção e metabolismo sintetizada pela flora intestinal O tempo de trânsito do bolo  absorção Contudo, não se sabe a eficiência da absorção da fração sintetizada pela microflora nos monogástricos. Na circulação está ligada a proteínas, inclusive imunoglobulinas. Absorção  ocorre no intestino delgado. A vitamina B2 é rapidamente excretada na urina, o que explica o fato dos animais necessitarem de reposição constante da mesma. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Funções transferência intermediária de elétrons nas reações metabólicas de oxi-redução sob forma de duas coenzimas, FMN e FAD; importante na síntese de polissacarídeos; Nos estados de estresse quando a necessidade de hormônios adrenais aumenta, a riboflavina é importante, para a síntese dos referidos hormônios. Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Principais vitaminas hidrossolúveis e suas funções Reações de transaminação TPP (Tiamina Piro-fosfato) Reações de oxirredução orgânicas (FAD, FADH2) Reações de oxirredução orgânicas-NAD,NADH,NADP, NADPH Reações de descarboxilação e transaminação (Piridoxal-fosfato) Formação das hemácias Tiamina – B1 Riboflavina – B2 Niacina Piridoxina – B6 FUNÇÃO VITAMINA Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes Faz parte da Coenzima-A Metabolismo dos carbohidratos, lipídios e proteínas - reações de ativação de enzimas. Reações de carboxilação Ativação dos processos de síntese de gorduras Coenzima B12 Trasmissão de impulsos nervosos (acetil-colina), componente da esfingomielina e lecitina, reações de doação de grupos metil. Formação do colágeno, Resistência e imunidade Substâncias intercelulares de dentes,ossos,tecidos Ácido Pantotênico Biotina (vit. H) Ácido Fólico Vit. B12 (cianocobalamina) Colina Ac. Ascórbico (vit. C) FUNÇÃO VITAMINA Universidade Federal de Minas Gerais - Nutrição de Não Ruminantes

Tiamina B1 Forma ativa: pirofosfato de tiamina Coenzima enzimas descarboxilases Piruvato  AcetilCoA cetoglutarato  succinilCoA metabolismo CHO -  CHO   exigência B1 ciclo das pentoses Transcetolase (B1 e Mg)

Tiamina B1 Woodworth et al. (2000) suplementação suínos com B1 (21 dias de idade) durante 35 dias (0-14 e 15-35) 5,5mg de B1/Kg – ração a base de milho, farelo de soja e soro leite não houve  desempenho (GPD, consumo e CA)

Riboflavina B2 Propriedade: reações de oxi-reduções – função biológica compõe as coenzimas: FMN (flavina mononucleotídeo) – oxidação de aminoácidos FAD (flavina adenina dinucleotídeo) - sistemas de oxi-redução e transferência de elétrons na cadeia respiratória – produção de ATP *metabolismo CHO, lipídios e proteínas  Reprodução ( exigência de riboflavina pelo blastocisto)

Riboflavina B2 Síntese de B2 pelos microrganismos intestinais – absorção reduzida fonte dietética Grãos de cereais e fontes de proteína de origem vegetal deficientes em B2 biodisponível; dieta a base de milho/farelo de soja (aves) – 59% da biodisponibilidade da B2 cristalina. suplementar com riboflavina sintética

Efeito da dieta adequada ou deficiente em riboflavina sobre a ocorrência de ciclo estral em porcas Adaptado de Esch et al. (1981) Animais com deficiência de B2 – manutenção da [17 estradiol] plasmático  inibe onda LH  falha ovulatória  metabolismo esteróides (FAD carreador de H no complexo citocromo P450)

Taxa de parição de porcas suplementadas com níveis crescentes de riboflavina (0 – 21 dias de gestação) Adaptado de Pettigrew et al. (1996); p < 0,05

Vitamina B6 (Piridoxinas) Formas : piridoxol/piridoxal/piridoxamina tecidos – forma coenzimática = fosfato de piridoxal Função = coenzima metabolismo intermediário dos aminoácidos (transaminação, descarboxilação, racemização, oxidação) triptofano  niacina SNC – descarboxilação de derivados de aminoácidos para a síntese de neurotransmissores e neuroinibidores

Vitamina B6 (Piridoxinas) Suplementação alimentos - ricos em B6 - biodisponibilidade em aves: milho 40%/ soja 60% Recomendações de suplementação (BASF, 2000) frangos: 3-5 mg/Kg ração suínos: inicial 4-6 mg/ Kg ração crescimento 3-5 mg/ Kg ração terminação 2-4 mg/ Kg ração

Vitamina B6 (Piridoxinas) Woodworth et al. (2000) suplementação suínos com B6 (21 dias de idade) durante 35 dias (0-14 e 15-35) * Dietas continham premix com todas as outras vitaminas. 3,9 mg B6/Kg ração  GPD (368g x 413g)  consumo (434g x 476g) CA = (0,85 x 0,87) 0-14 dias

Cianocobalamina B12 Coenzima 5’desoxiadenosilcobalamina– metilmalonilCoA mutase (rum.) metilcobalamina– metilação da homocisteína para formar metionina Síntese – somente microrganismos Vegetais não possuem B12 Fontes: subprodutos de origem animal e de fermentação

Cianocobalamina B12 Kato (2001): suplementação com B12 sobre o desempenho de poedeiras (10g/Kg) produção de ovos não foi influenciada (reserva hepática)  peso dos ovos nos períodos finais B12 ativa grupos metílicos – biossíntese de metionina metionina –  tamanho dos ovos CA – não houve diferença

Ácido fólico Forma ativa – ácido tetraidrofólico - coenzima transferência de unidades monocarbônicas (ex. síntese de metionina, serina, timidina e bases purínicas) hidroxilações (fenilalanina, tirosina e triptofano  norepinefrina e serotonina) Presente nos alimentos – resíduos de ácido glutâmico  hidrólise ( glutamilcarboxipeptidase)  libera ácido fólico para absorção (transporte ativo e difusão)

Ácido fólico NRC (1998) – ingredientes + síntese microbiana intestinal  atende as exigências de todas as categorias de suínos Matte et al. (1984) injeções IM de 15mg ácido fólico – dia desmame, 1º dia estro e durante 12 semanas de gestação  tamanho da leitegada e sobrevivência embrionária Baseado neste estudo e outros contemporâneos: NRC (1998)  exigência de ácido fólico para porcas em gestação/lactação  para 1,3mg/kg dieta (NRC 1988 – 0,3mg/Kg)

Niacina Forma: ácido nicotínico (plantas) nicotinamida (animais) compõe as coenzimas: NAD (nicotinamida adenosina dinucleotídeo) NADP (nicotinamida adenosina dinucleotídeo fosfato) sistemas de oxi-redução e transferência de elétrons na cadeia respiratória – produção de ATP

Niacina *metabolismo de CHO, lipídios e proteínas *síntese de rodopsina (NADP) transretinol  transretinal 11 cis retinol  11 cis retinal síntese de niacina a partir de triptofano (excesso) homem: 60mg  1mg niacina frangos: 45mg  1mg de niacina grãos de cereais: quantidade  disponibilidade (milho, trigo e sorgo)/ farelo de soja  disponibilidade para aves

Niacina Deve ser suplementada fonte comercial: ácido nicotínico e nicotinamida* *aves – amida é 124x + biodisponível que a ácido Exigência depende do nível de triptofano na dieta *aves: Fe é cofator de duas enzimas que atuam na formação da niacina a partir do triptofano

Ácido pantotênico Funções compõe a coenzima A (CoA) oxidação de ácidos graxos entrada de acetato e piruvato no TCA síntese de esteróides metabolismo de corpos cetônicos grupo prostético da proteína transportadora de grupos acila (ACP) da ácido graxo sintase.

Ácido pantotênico Biodisponibilidade baixa: cevada, trigo e sorgo alta: milho e farelo de soja dieta de suínos – todas são suplementadas com ácido pantotênico sintético  pantotenato de cálcio

Biotina Coenzima AcetilCoA carboxilase Piruvato carboxilase PropionilCoA carboxilase síntese lipídios gliconeogênese TCA Presente nos alimentos  biodisponibilidade variável milho e farelo de soja  / sorgo, trigo, cevada  NRC (1998) – fração da exigência em suínos  microflora intestinal