COMBATE AO FURTO E À FRAUDE DE ENERGIA ELÉTRICA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Poder tomar as providências e eliminar riscos nas áreas de trabalho.
Advertisements

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO.
Capítulo 8 de Krugman e Obstfeld
INICIAL.
Governo do Estado do Tocantins Secretaria da Educação e Cultura
Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas CAIXA ECONOMICA FEDERAL BRASÍLIA - JANEIRO 2013.
Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades Recursos FDS
AÇÃO BRASIL CARINHOSO Secretaria de Educação Básica.
Gestores Eleitos e Reeleitos 2012 Obtendo o Certificado de Regularidade do FGTS - CRF Brasília, 29/01/2013.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação – SLTI Uso do Portal de Compras Governamentais pelos Municípios Alexandre.
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE USO DO ESPECTRO DE RADIOFREQUÊNCIAS
DITEC/CGSOA/COARI/DIRIS
O Fluxo de Testes © Alexandre Vasconcelos
Introdução Software para Laboratórios de Análises Clínicas
Planejando seu site Objetivos Abordagem Sílvia Dota.
Ademar Ribeiro Romeiro Instituto de Economia da UNICAMP
SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO E O REGIME DE COLABORAÇÃO
Falhas freqüentes em procedimentos de licitação e contratos Tribunal de Contas da União Secretaria de Controle Externo no Amazonas Uadson Ulisses Marques.
Perspectivas e Desafios ao Desenvolvimento da Infra-estrutura de Transportes no Brasil Painel 3 - Mecanismo de Financiamento para o Desenvolvimento do.
LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Secretaria de Controle Externo em Minas Gerais.
Lei de Responsabilidade Fiscal Lei /00
Falhas freqüentes em procedimentos de licitação e contratos
O Tribunal de Contas da União na promoção da cidadania e do controle social no terceiro setor.
Programa Reconhe-Ser Portaria-TCU nº 140/2009
FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS
Qualidade dos gastos públicos: contribuições dos órgãos de controle à gestão municipal.
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SECEX-TO FISCALIZAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS.
Segurança de Dados no MAER.
Aprendizado Baseado em Problemas para Economia de Energia Jari Hovila, Tomi Ristimaki, Kimmo Laitinen, Petri Trygg, Sampsa Kuusiluoma, Leena Korpinen Tampere.
TA 733 A – Operações Unitárias II
Organização e Redução de Custos
Novos Procedimentos de Concessão de Acesso ao Sistema AFI
Tema I TEMA DE DISCUSSÃO I Prof. Dr. Marcio Lobo Netto 1 o. Período / 2004 Escola Politécnica da USP MBA EPUSP em Gestão e Engenharia do Produto EP018.
ORÇAMENTO EMPRESARIAL Aula 05
Companhia de Eletricidade do Amapá - CEA 26/Outubro/2005 Brasília - DF 26/Outubro/2005 Brasília - DF Jerson Kelman Diretor-Geral Jerson Kelman Diretor-Geral.
Investimentos no setor elétrico: visão do Regulador 10 de março de 2005 São Paulo – SP 10 de março de 2005 São Paulo – SP Jerson Kelman Diretor-Geral Jerson.
A justiça no cálculo das tarifas de energia elétrica 23 de agosto de 2005 São Paulo - SP Jerson Kelman Diretor-Geral Jerson Kelman Diretor-Geral XI Simpósio.
Inadimplência, Fraude e Furto - Visão do Regulador 28 de junho de 2005 Jerson Kelman Diretor-Geral Jerson Kelman Diretor-Geral Escola Paulista de Magistratura.
Agência Nacional de Energia Elétrica SPG Jerson Kelman Diretor-Geral São Paulo - DF 09 de agosto º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico.
Apresentação para o TCU 25 de outubro de 2006 Revisão Tarifária para os Serviços de Transmissão de Energia Elétrica Jerson Kelman Diretor-Geral.
Visão do Regulador 07 junho de 2005 Rio de Janeiro 07 junho de 2005 Rio de Janeiro Jerson Kelman Diretor-Geral Jerson Kelman Diretor-Geral Câmara Brasileira.
Ministério da Saúde Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade-PROBIO II Missão de Supervisão Dez/2010 Lucely Gonçalves.
ATIVIDADE REGULATÓRIA Papel da ANEEL Diretor-Geral da ANEEL
Brasília – DF Fevereiro /2006 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL Jerson Kelman Diretor-Geral.
Câmara Setorial da Carne Bovina 15 de fevereiro de 2007
Impactos Sócio-econômicos causados pela substituição do STPP por outro builder.
CONTRIBUIÇÕES À POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SÓLIDOS - PNRS Apresentação de Proposta da Proposição de 30 de Junho de 1999, Contendo o Anteprojeto de Lei.
RESOLUÇÃO CONAMA nº 9, de 31/08/93.
. MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Regulação, Avaliação e Controle Coordenação Geral de Sistema de Informações.
Gestão estratégica de custos: utilização do método de custeio UEP – Unidade de Esforço de Produção como ferramenta estratégica para redução do custo unitário.
RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL-ANEEL Postes: Preço de Referência e Regras para Uso e Ocupação dos Pontos de Fixação Brasília, 1º de agosto de 2013.
Superintendência de Serviços Públicos Roberto Pinto Martins Salvador, 19 de agosto de
RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL-ANEEL Postes: Preço de Referência e Regras para Uso e Ocupação dos Pontos de Fixação Brasília, 1º de agosto de 2013.
Regulamento sobre a Prestação do STFC fora da ATB Brasília, agosto de 2013.
Departamento de Engenharia Elétrica
Departamento de Engenharia Elétrica
M e d A d m i n M e d A d m i n Solução Móvel de Apoio à Administração de Medicamentos Paulo Afonso Parreira Júnior Fase 2: Apresentação do Projeto.
Estágio Supervisionado Aluno: Felipe Pinto Coelho Palma
Apresentação de Estágio Supervisionado
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
4 – Estudo do ITCMD.
SUA CARREIRA, SEU FUTURO O PLANO DE CARREIRA, CARGOS E SALÁRIOS TEM COMO OBJETIVOS, ENTRE OUTROS DE: REESTRUTURAR AS FUNÇÕES DENTRO DE UMA FILOSOFIA DE.
Sistema de Planejamento da Produção
METODOLOGIA DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO INTRODUÇÃO A PESQUISA ACADÊMICA Roberval Francisco de Lima SÃO ROQUE 2006.
Contrato Pedagógico Economia e Gestão Financeira – 2 SIN A/ 06 Este contrato visa a estabelecer regras claras para utilização entre o 2SINA/ 06.
Contabilidade: conceito, objeto, finalidade, campo de aplicação;
Desenvolvimento de Dispositivo Eletrônico para Avaliação de Conexões Elétricas em Redes de Baixa Tensão Energizadas Através de Medição e Técnicas de Inteligência.
Plano de Negócios seu guia definitivo www. josedornelas. com. br www
PPA Qual a periodicidade? Quais os momentos do CICLO do PPA?
Transcrição da apresentação:

COMBATE AO FURTO E À FRAUDE DE ENERGIA ELÉTRICA FÓRUM NACIONAL DE COMBATE AO FURTO E A FRAUDE NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA “As conseqüências para a sociedade” COMBATE ÀS PERDAS COMERCIAIS COMBATE AO FURTO E À FRAUDE DE ENERGIA ELÉTRICA JERSON KELMAN Diretor-Geral Rio de Janeiro 9 de novembro de 2006

Estrutura Institucional do Setor Elétrico CONSUMIDORES Presidência da República Políticas Congresso Nacional CNPE / MME Regulação e Fiscalização AGÊNCIAS ESTADUAIS ANEEL ANP G CONSELHOS DE CONSUMIDORES T Mercado CCEE ONS Entidades de Defesa do Consumidor D SDE / MJ CADE – SEAE C SNRH, MMA, ANA e CONAMA Agentes Institucionais EPE Eletrobrás Concessionárias BNDES *Atualizado com base nas Leis nº 10.848/2004

Leilões para novos empreendimentos (G e T) (*) Competência da ANEEL: Regular o funcionamento do setor elétrico Onde for necessária – sob previsão legal REGULAMENTAÇÃO Orientar e prevenir – aplicar penalidades quando for indispensável FISCALIZAÇÃO MEDIAÇÃO Solução de conflitos Leilões de energia Leilões para novos empreendimentos (G e T) (*) Autorizações(*) Delegação do Poder Concedente (*)

Furto

Fraude DISCO TRAVADO Fonte: CEMIG

Fraude MEDIDOR TOMBADO Fonte: AMPLA

Fraude ao alcance de todos

O furto de energia elétrica Dimensão do problema Perdas - empresas que passaram por revisão tarifária (59 empresas) Perdas Não Técnicas (15.298 GWh) Perdas Técnicas (22.383 GWh) Custos das Perdas Não Técnicas Brasil (2004) Considerando tarifa média venda (R$ 231,35) Energia R$ 1,18 Bilhões + Ativos (T e D) R$ 2,32 Bilhões Total s/ Impostos R$ 3,5 Bilhões Total c/ Impostos R$ 5,0 Bilhões (30x –BC/CE)

Impactos nas Tarifas Equilíbrio Econômico Financeiro O&M Depreciação Remuneração kWh Tarifa

Impactos nas Tarifas Equilíbrio Econômico Financeiro O&M Depreciação Remuneração kWh Tarifa

Anatomia da Tarifa Receita do Serviço RS = Custos da Parcela A + Custos da Parcela B Compra de Energia (Perdas de Energia) + Transporte de Energia Encargos Setoriais Custos Operacionais (Inadimplência) + Remuneração Depreciação

... ... Áreas de Concessão Concessão “A” Concessão “B” Concessão “Z” As áreas “similares” de diferentes concessões constituem um grupo, por exemplo (A1, A5, B3 e Z2). Meta para o grupo: A menor perda ou a segunda menor perda ... Z5

Impacto nas Tarifas Equilíbrio Econômico Financeiro Impacto das Perdas nas Tarifas de Energia (Reconhecido pela Aneel) EMPRESA TARIFA MÉDIA (R$/MWH) PERDAS TOTAIS (R$/MWh) PERDAS TARIFA (%) MANAUS 214,92 37,53 17,46% CERON 275,49 43,47 15,78% LIGHT 186,01 20,76 11,16% AMPLA 253,23 26,45 10,45% COELCE 229,35 15,28 6,66% CELPE 181,84 11,55 6,35% CELPA 230,67 14,16 6,14% COELBA 219,31 13,43 6,12% RGE 234,33 13,65 5,82% ENERGIPE 186,92 10,79 5,77% COSERN 184,63 10,46 5,66% CPFL 204,24 9,97 4,88% CEMIG 183,88 7,89 4,29% AES 196,23 8,08 4,12%

Regulação Atual Resolução 456/2000 Responsabilidade pelo Medidor Concessionária é responsável pela instalação e fornecimento do medidor (arts. 32 e 33) Consumidor é o fiel depositário do equipamento (art. 105) Rompimento ou Violação de Selos e/ou Lacres A concessionária pode cobrar (10% do valor líquido da primeira fatura pós irregularidade) por rompimento ou violação de selos e/ou lacres (art. 36) Aferição dos Medidores Concessionária deve efetuar verificação periódica dos medidores segundo critérios estabelecidos na legislação metrológica. (art. 37) O consumidor pode exigir a aferição dos medidores, a qualquer tempo. Em caso de duvida, solicitar a aferição por órgão metrológico oficial. (art. 38)

Regulação Atual Identificação da Fraude (art. 72) Resolução 456/00 Identificação da Fraude (art. 72) Emitir o Termo de Ocorrência de Irregularidade (TOI) Aplicação de Critérios (3) para estabelecimento do montante fraudado em ordem de prioridade: aplicação do fator de correção, a partir da avaliação técnica do erro de medição. identificação do maior valor de consumo, ocorridos em até 12 (doze) ciclos completos de medição. determinação dos consumos por meio de estimativa, com base na carga instalada. Mecanismo para inibição da Fraude Suspensão do fornecimento quando da utilização de procedimentos irregulares (art. 72) e do impedimento de acesso ao medidor (arts. 90 e 91)

Posicionamento Aneel Furto de energia elétrica está tipificado no Código Penal (art. 155) Art. 155 Código Penal - É a subtração, para si ou para outrem, de coisa alheia. § 3º Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Quando alguém furta energia, parte dos custos são incorporados na tarifa Compra de energia Investimentos adicionais na rede Perda de faturamento “O consumidor honesto não deve nem pode pagar pelo consumidor desonesto”

Ações da ANEEL Melhoria no processo de identificação das Fraudes Instalação de Medidores Permitir instalação de medidores eletrônicos de consumo Estudar possibilidade de cobrança antecipada do consumo ( pré-pago) Fiscalizar e penalizar os problemas de gestão (falta de medidores) Melhoria no processo de identificação das Fraudes Acompanhar e estimular as Concessionárias na troca de experiências bem sucedidas (melhoria de gestão) Melhoria no processo de registro (TOI) Utilização de leiturista na inspeção visual de irregularidade

Ações da ANEEL Utilização do Programa de P&D Pesquisa em busca de soluções que dificultem o desvio de energia. Estimular ações conjuntas entre as Concessionárias, o Poder Judiciário e o Ministério Público. Esclarecimento à sociedade sobre os impactos financeiros nas tarifas de energia elétrica relacionados as irregularidades.

O que a ANEEL pode fazer? Normatizar a instalação de medidores eletrônicos em residências. Direcionamento do Programa de Eficiência Energética para a população de baixa renda. Investimento das Distribuidoras em eficiência energética, previsto para o Ciclo 2005/2006: R$ 304 milhões Baixa Renda 63%

ANEXOS

Responsabilidade pela Instalação do Medidor (art. 32) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Responsabilidade pela Instalação do Medidor (art. 32) Art. 32. A concessionária é obrigada a instalar equipamentos de medição nas unidades consumidoras, exceto quando: I - o fornecimento for destinado para iluminação pública, semáforos ou assemelhados, bem como iluminação de ruas ou avenidas internas de condomínios fechados horizontais; II - a instalação do medidor não puder ser feita em razão de dificuldade transitória, encontrada pelo consumidor, limitada a um período máximo de 90 (noventa) dias, em que o mesmo deve providenciar as instalações de sua responsabilidade; III - o fornecimento for provisório; e IV - a critério da concessionária, no caso do consumo mensal previsto da unidade consumidora do Grupo “B” ser inferior ao respectivo valor mínimo faturável referido no art. 48; Parágrafo único. No caso de fornecimento destinado para iluminação pública, efetuado a partir de circuito exclusivo, a concessionária deverá instalar os respectivos equipamentos de medição

Responsabilidade pelo Custos do Medidor (art. 33) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Responsabilidade pelo Custos do Medidor (art. 33) Art. 33. O medidor e demais equipamentos de medição serão fornecidos e instalados pela concessionária, às suas expensas, exceto quando previsto em contrário em legislação específica. § 1º A concessionária poderá atender a unidade consumidora em tensão secundária de distribuição com ligação bifásica ou trifásica, ainda que a mesma não apresente carga instalada suficiente para tanto, desde que o consumidor se responsabilize pelo pagamento da diferença de preço do medidor, pelos demais materiais e equipamentos de medição a serem instalados, bem como eventuais custos de adaptação da rede.  § 2º Fica a critério da concessionária escolher os medidores e demais equipamentos de medição que julgar necessários, bem como sua substituição ou reprogramação, quando considerada conveniente ou necessária, observados os critérios estabelecidos na legislação metrológica aplicáveis a cada equipamento. § 3º A substituição de equipamentos de medição deverá ser comunicada, por meio de correspondência específica, ao consumidor, quando da execução desse serviço, com informações referentes às leituras do medidor retirado e do instalado. § 4º A indisponibilidade dos equipamentos de medição não poderá ser invocada pela concessionária para negar ou retardar a ligação e o início do fornecimento.

Rompimento ou Violação de selos e/ou lacres do Medidor (art. 36) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Rompimento ou Violação de selos e/ou lacres do Medidor (art. 36) Art. 36. Os lacres instalados nos medidores, caixas e cubículos, somente poderão ser rompidos por representante legal da concessionária. Parágrafo único. Constatado o rompimento ou violação de selos e/ou lacres instalados pela concessionária, com alterações nas características da instalação de entrada de energia originariamente aprovadas, mesmo não provocando redução no faturamento, poderá ser cobrado o custo administrativo adicional correspondente a 10 % (dez por cento) do valor líquido da primeira fatura emitida após a constatação da irregularidade.

Aferição do Medidor (arts. 37 e 38) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Aferição do Medidor (arts. 37 e 38) Art. 37. A verificação periódica dos medidores de energia elétrica instalados na unidade consumidora deverá ser efetuada segundo critérios estabelecidos na legislação metrológica, devendo o consumidor assegurar o livre acesso dos inspetores credenciados aos locais em que os equipamentos estejam instalados. Art. 38. O consumidor poderá exigir a aferição dos medidores, a qualquer tempo, sendo que as eventuais variações não poderão exceder os limites percentuais admissíveis. § 1º A concessionária deverá informar, com antecedência mínima de 3 (três) dia úteis, a data fixada para a realização da aferição, de modo a possibilitar ao consumidor o acompanhamento do serviço. § 2º A concessionária deverá encaminhar ao consumidor o laudo técnico da aferição, informando as variações verificadas, os limites admissíveis, a conclusão final e esclarecendo quanto a possibilidade de solicitação de aferição junto ao órgão metrológico oficial. § 3º ...... (cont.)

Aferição do Medidor (arts. 37 e 38) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Aferição do Medidor (arts. 37 e 38) Art. 38. ...... ......... § 3º Persistindo dúvida o consumidor poderá, no prazo de 10 (dez) dias, contados a partir do recebimento da comunicação do resultado, solicitar a aferição do medidor por órgão metrológico oficial, devendo ser observado o seguinte: I - quando não for possível a aferição no local da unidade consumidora, a concessionária deverá acondicionar o medidor em invólucro específico, a ser lacrado no ato de retirada, e encaminhá-lo ao órgão competente, mediante entrega de comprovante desse procedimento ao consumidor; II - os custos de frete e de aferição devem ser previamente informados ao consumidor; e III - quando os limites de variação tiverem sido excedidos os custos serão assumidos pela concessionária, e, caso contrário, pelo consumidor.

Procedimentos Irregulares no Medidor (art. 72) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Procedimentos Irregulares no Medidor (art. 72) Art. 72. Constatada a ocorrência de qualquer procedimento irregular cuja responsabilidade não lhe seja atribuível e que tenha provocado faturamento inferior ao correto, ou no caso de não ter havido qualquer faturamento, a concessionária adotará as seguintes providências: I - emitir o “Termo de Ocorrência de Irregularidade”, em formulário próprio, contemplando as informações necessárias ao registro da irregularidade, tais como: a) identificação completa do consumidor; b) endereço da unidade consumidora; c) código de identificação da unidade consumidora; d) atividade desenvolvida; e) tipo e tensão de fornecimento; f) tipo de medição; g) identificação e leitura(s) do(s) medidor(es) e demais equipamentos auxiliares de medição; h) selos e/ou lacres encontrados e deixados; i) descrição detalhada do tipo de irregularidade; j) relação da carga instalada; l) identificação e assinatura do inspetor da concessionária; e m) outras informações julgadas necessárias; II – promover a perícia técnica, a ser realizada por terceiro legalmente habilitado, quando requerida pelo consumidor; (cont.)

Procedimentos Irregulares no Medidor (art. 72) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Procedimentos Irregulares no Medidor (art. 72) Art. 72. ........ III - implementar outros procedimentos necessários à fiel caracterização da irregularidade; IV - proceder a revisão do faturamento com base nas diferenças entre os valores efetivamente faturados e os apurados por meio de um dos critérios descritos nas alíneas abaixo, sem prejuízo do disposto nos arts. 73, 74 e 90: a) aplicação do fator de correção determinado a partir da avaliação técnica do erro de medição causado pelo emprego dos procedimentos irregulares apurados; b) na impossibilidade do emprego do critério anterior, identificação do maior valor de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas e reativas excedentes, ocorridos em até 12 (doze) ciclos completos de medição normal imediatamente anteriores ao início da irregularidade; e c) no caso de inviabilidade de utilização de ambos os critérios, determinação dos consumos de energia elétrica e/ou das demandas de potência ativas e reativas excedentes por meio de estimativa, com base na carga instalada no momento da constatação da irregularidade, aplicando fatores de carga e de demanda obtidos a partir de outras unidades consumidoras com atividades similares. (cont.)

Procedimentos Irregulares no Medidor (art. 72) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Procedimentos Irregulares no Medidor (art. 72) Art. 72. ........ § 1º Se a unidade consumidora tiver característica de consumo sazonal e a irregularidade não distorceu esta característica, a utilização dos critérios de apuração dos valores básicos para efeito de revisão do faturamento deverá levar em consideração os aspectos da sazonalidade. § 2º Comprovado, pela concessionária ou consumidor, na forma do art. 78 e seus parágrafos, que o início da irregularidade ocorreu em período não atribuível ao atual responsável, a este somente serão faturadas as diferenças apuradas no período sob responsabilidade do mesmo, sem aplicação do disposto nos arts. 73, 74 e 90, exceto nos casos de sucessão comercial. § 3º Cópia do termo referido no inciso I deverá ser entregue ao consumidor no ato da sua emissão, preferencialmente mediante recibo do mesmo, ou, enviada pelo serviço postal com aviso de recebimento (AR). § 4º No caso referido no inciso II, quando não for possível a verificação no local da unidade consumidora, a concessionária deverá acondicionar o medidor e/ou demais equipamentos de medição em invólucro específico, a ser lacrado no ato da retirada, e encaminhar ao órgão responsável pela perícia.

Suspensão do Fornecimento (arts. 90 e 91) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Suspensão do Fornecimento (arts. 90 e 91) “Art. 90. A concessionária poderá suspender o fornecimento, de imediato, quando verificar a ocorrência de qualquer das seguintes situações: I - utilização de procedimentos irregulares referidos no art. 72; II - revenda ou fornecimento de energia elétrica a terceiros sem a devida autorização federal; III - ligação clandestina ou religação à revelia; e IV - deficiência técnica e/ou de segurança das instalações da unidade consumidora, que ofereça risco iminente de danos a pessoas ou bens, inclusive ao funcionamento do sistema elétrico da concessionária.” “Art. 91. A concessionária poderá suspender o fornecimento, após prévia comunicação formal ao consumidor, nas seguintes situações: ............. VIII - impedimento ao acesso de empregados e prepostos da concessionária para fins de leitura e inspeções necessárias. ...................................”

Responsabilidade do Consumidor (art. 105) Resolução ANEEL no 456, de 2000 Condições Gerais de Fornecimento de Energia Responsabilidade do Consumidor (art. 105) “Art. 105. O consumidor será responsável, na qualidade de depositário a título gratuito, pela custódia dos equipamentos de medição da concessionária quando instalados no interior da unidade consumidora, ou, se por solicitação formal do consumidor, os equipamentos forem instalados em área exterior da mesma. Parágrafo único. Não se aplicam as disposições pertinentes ao depositário no caso de furto ou danos provocados por terceiros, relativamente aos equipamentos de medição, exceto quando, da violação de lacres ou de danos nos equipamentos, decorrerem registros inferiores aos corretos.

SGAN – Quadra 603 – Módulos “I” e “J” Muito Obrigado! SGAN – Quadra 603 – Módulos “I” e “J” Brasília – DF – 70830-030 TEL. 55 (61) 2192 8600 Ouvidoria: 144 www.aneel.gov.br