HEPATITE B (HBV) Hepatitis B Surface Antigen (HBsAg): A serologic marker on the surface of HBV. It can be detected in high levels in serum during acute.

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Transcrição da apresentação:

HEPATITE B (HBV) Hepatitis B Surface Antigen (HBsAg): A serologic marker on the surface of HBV. It can be detected in high levels in serum during acute or chronic hepatitis. The presence of HBsAg indicates that the person is infectious. The body normally produces antibodies to HBsAg as part of the normal immune response to infection. Hepatitis B Surface Antibody (anti-HBs): The presence of anti-HBs is generally interpreted as indicating recovery and immunity from HBV infection. Anti-HBs also develops in a person who has been successfully vaccinated against hepatitis B. Total Hepatitis B Core Antibody (anti-HBc): Appears at the onset of symptoms in acute hepatitis B and persists for life. The presence of anti-HBc indicates previous or ongoing infection with hepatitis B virus (HBV) in an undefined time frame. Hepatitis B e Antigen (HBeAg): A secreted product of the nucleocapsid gene of HBV and is found in serum during acute and chronic hepatitis B. Its presence indicates that the virus is replicating and the infected individual has high levels of HBV. Hepatitis B e Antibody (HBeAb or anti-HBe): produced by the immune system temporarily during acute HBV infection or consistently during or after a burst in viral replication. Spontaneous conversion from e antigen to e antibody (a change known as seroconversion) is a predictor of long-term clearance of HBV in patients undergoing antiviral therapy and indicates lower levels of HBV. Hepatitis B Immune Globulin (HBIG): A product available for prophylaxis against HBV infection. HBIG is prepared from plasma containing high titers of anti-HBs and provides short-term protection (3 - 6 months). IgM Antibody to Hepatits B Core Antigen (IgM anti-HBc): Positivity indicates recent infection with HBV (≤6 mos). Its presence indicates acute infection.

HISTÓRICO Existência de uma forma de hepatite transmitida por via parenteral (1885) Surtos atribuídos ao uso de vacinas preparadas com soro convalescente ou plasma humano (sarampo, cachumba e febre amarela) Hepatites A e B (1947); detecção do vírion (1970) Primeira vacina recombinante efetiva para humanos (expressão do HBsAg em Saccharomyces cerevisiae) Final do século 19 e ínicio do seculo 20 Reconhecida mesmo como nova forma de hepatite na decada de 30 e 40 após investigação de surtos associados a vacinação contra sarampo. Vacinas continham soro humano como “estabilizador” que continha o agente infeccioso. Uso repetitivo de agulhas não estéreis contribuiu para a difusão da doença.

ETIOLOGIA Hepatite viral (5 tipos de vírus) Vírus da Hepatite B (HBV) Família: Hepadnaviridae (Vírus DNA hepatotrópico) HBV é o protótipo da família Hepadnaviridae

PATOGENIA Vírus ncp associado com doença hepática que pode ser assintomática ou resultar em hepatite aguda ou crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular Maioria dos pacientes se recuperam da infecção Injúria hepática pode ocorrer devido: morte de hepatócitos infectados por CTLs e formação de focos necroinflamatórios (infiltrado) - Evidência clínica de hepatite ( enzimas específicas) ALT pode estar 10X elevada em pacientes infectados.

INFECÇÕES PELO HBV Fonte: CDC About 30-65% of persons have no signs or symptoms.  Signs and symptoms are less common in children than adults. Fonte: CDC

EPIDEMIOLOGIA Infecção primária por contato sexual ou exposição parenteral; infecção perinatal Maioria dos pacientes se recuperam da infecção 5% dos casos, infecção primária resulta em persistência Pessoas com infecção persistente por 25-30 anos, tem risco elevado de desenvolver carcinoma hepatocelular Occurs when blood from an infected person enters the body of a person who is not infected. HBV is spread through having sex with an infected person without using a condom (the efficacy of latex condoms in preventing infection with HBV is unknown, but their proper use might reduce transmission), by sharing drugs, needles, or "works" when injecting drugs, through needlesticks or sharps exposures on the job, or from an infected mother to her baby during birth. Persons at risk for HBV infection might also be at risk for infection with hepatitis C virus (HCV) or HIV. Transmissão por transfusões diminuiu mt desde os anos 70 devido ao screening sorológico de doadores. Países subdesenvolvidos 40% dos novos casos é atribuído a transmissão sexual.

EPIDEMIOLOGIA HBV é dividido em 8 genótipos A: Regiões da Europa e África B: C: Ásia D: Mediterrâneo E: África F: América do Sul e Polinésia G: França e Estados Unidos H: Índios Americanos da Ámerica Central Forma oculta: DNA + e soronegativo Observada em até 30% dos pacientes com doença hepática de etiologia desconhecida One out of 20 people in the United States will get infected with HBV some time during their lives.

Fatores de risco associados com infecções pelo HBV – EUA (1990-2000) Persons with multiple sex partners or diagnosis of a sexually transmitted disease Men who have sex with men Sex contacts of infected persons Injection-drug users Household contacts of chronically infected persons Infants born to infected mothers Infants/children of immigrants from areas with high rates of HBV infection Health-care and public safety workers with exposure to blood Hemodialysis patients

Concentração do HBV em fluidos corporais Baixa/não Alta Moderada detectável sêmen soro secreção vaginal sangue exsudatos saliva urina fezes suor lágrimas leite materno HBV está presente em muitos fluidos corporais de indivíduos infectados. Carga viral é muito alta (1010 copias por ml de soro) Taxas de transmissão mt altas comparadas a outros vírus como HIV e HCV

Alta: > 8% Intermediária: 2-7% Baixa: < 2%

Padrões globais de infecções crônicas pelo HBV Alta (>8%): 45% da população mundial Risco de infeção >60% Infecções são comuns na infância Intermediária (2%-7%): 43% da população mundial Risco de infeção entre 20%-60% Infecções ocorrem em todas as faixas etárias Baixa (<2%): 12% da população mundial Risco de infeção <20% Maioria das infecçções em grupos de risco (adultos)

SITUAÇÃO DAS INFECÇÕES PELO HBV Mundial: 400 milhões de pessoas cronicamente infectadas e 25% morrem de doença hepática crônica ou carcinoma hepatocelular (OMS, 2006) 30% dos casos de cirrose hepática* 53% dos casos de câncer de fígado* 235.000 mortes por cirrose (2002)* 328.000 mortes por câncer de fígado (2002)* * Journal of Hepathology, 2006

SITUAÇÃO DAS INFECÇÕES PELO HBV Brasil: 2 milhões de pessoas com infecção crônica* Clinical and histological properties of the cases with dual Hepatitis B and C infection showed no significant differences compared to the single infections. In conclusion, regarding the prognosis, no significant differences were found between such dual and single infections. Dual infection with hepatitis B virus and delta virus is a significantly more severe condition than the dual infection with hepatitis B and C viruses * Journal of Hepathology, 2006

HBV – PREVENÇÃO E CONTROLE Estratégia: Medidas de acordo com os fatores de risco Prevenção da transmissão perinatal (screening de grávidas e administração de HBIG e vacina à crianças nascidas de mães positivas) Vacinação de todas as crianças e adolescentes além de adultos pertencentes a grupos de alto risco Terapia antiviral é indicada em alguns casos (IFN, drogas antivirais) IFN usado desde 1980. 3x semana por 6 meses ‘flu-like’ alto custo Mutantes escapes já foram identificados e é problema para vacina. No brasil vacina de todas as crianças e jovens ate 19 anos (ministro da saude, direito a vacina gratuita) 2007 e adultos em grupos de alto risco Vacina produzida pela Fundação Oswaldo Cruz Hepatitis B vaccine is the best protection. If you are having sex, but not with one steady partner, use latex condoms correctly and every time you have sex. The efficacy of latex condoms in preventing infection with HBV is unknown, but their proper use might reduce transmission. If you are pregnant, you should get a blood test for hepatitis B. Infants born to HBV-infected mothers should be given HBIG (hepatitis B immune globulin) and vaccine within 12 hours after birth. Do not shoot drugs; if you shoot drugs, stop and get into a treatment program; if you can't stop, never share drugs, needles, syringes, water, or "works", and get vaccinated against hepatitis A and B. Do not share personal care items that might have blood on them (razors, toothbrushes). Consider the risks if you are thinking about getting a tattoo or body piercing. You might get infected if the tools have someone else's blood on them or if the artist or piercer does not follow good health practices. If you have or had hepatitis B, do not donate blood, organs, or tissue. If you are a health-care or public safety worker, get vaccinated against hepatitis B, and always follow routine barrier precautions and safely handle needles and other sharps (view current post-exposure prophylaxis recommendations).

HEPATITE B PODE SER PREVENIDA Se você nunca teve hepatite B, você pode receber 3 doses da vacina . . . 3 2 1 A serious allergic reaction to a prior dose of hepatitis B vaccine or a vaccine component is a contraindication to further doses of hepatitis B vaccine. The recombinant vaccines that are licensed for use in the United States are synthesized by Saccharomyces cerevisiae (common bakers' yeast), into which a plasmid containing the gene for HBsAg has been inserted. Purified HBsAg is obtained by lysing the yeast cells and separating HBsAg from the yeast components by biochemical and biophysical techniques. Persons allergic to yeast should not be vaccinated with vaccines containing yeast. How long does hepatitis B vaccine protect you? Recent studies indicate that immunologic memory remains intact for at least 23 years and confers protection against clinical illness and chronic HBV infection, even though anti-HBs levels might become low or decline below detectable levels. No, booster doses of hepatitis B vaccine are not recommended routinely for persons who are not immune compromised. Data show that vaccine-induced anti-HBs levels might decline over time; however, immune memory remains intact indefinitely following immunization. Immune competent people with declining antibody levels are still protected against clinical illness and chronic disease. 30-50% 75% 96% . . . e adquirir imunidade duradoura

HEPATITE C (HCV) Identified in 1989 through the expression cloning of immunoreactive cDNA derived from the infectious nonA nonB hepatitis agent. Roughly 3% of the human population, are infected with HCV. Evidence for replication in peripheral blood monocytes, CNS and gut epithelial cells HCV is classified in six major genotypes, which differ from each other in 30% (recombinant genomes also occur)

HISTÓRICO Existência de um outro tipo de hepatite associado a transfusões sangüíneas Hepatite “non-A, non-B” (NANBH) Indução experimental de infecções crônicas em chipanzés Final da segunda guerra mundial, 2 tipos distintos de hepatite viral foram distinguidas: enterica X parenteral Inoculação de sangue ou produtos de sangue em chipanzés, induziu níveis elevados de ALT e indução de infecção crônica

ETIOLOGIA / CARACTERÍSTICAS Vírus RNA Família: Flaviviridae 6 genótipos e mais de 50 subtipos Hepatócitos - principal sítio de replicação 108 - 1011 cópias de RNA/gr tecido em 5-50% dos hepatócitos Caracterização detalhada foi possível através de modernas técnicas de biologia molecular desenvolvidas nos anos 80. Em abril de 2006, 18.300 artigos sobre HCV.

EPIDEMIOLOGIA Transmissão através da exposição parenteral ao sangue de uma pessoa com infecção persistente Vetores??? Período de incubação: 7 semanas (2-26 semanas) Fatores de risco: EUA 1983-1995: 59% uso de drogas injetáveis 21% contato sexual 3% transfusões sangüíneas*

EPIDEMIOLOGIA Usuários de drogas injetáveis (1998-2005)*: Infecção pelo HCV em 50% dos usuários de droga em 49 países ou territórios Colômbia e Líbano: prevalência < 20% (fatores de proteção???) Co-infecção HCV-HIV de 90% em algumas regiões 80% dos pacientes são assintomáticos (CDC 2006) * Int J Drug Policy, 2007

RISCO DE INFECÇÃO ALTO: Usuários de drogas injetáveis e pessoas que receberam fatores de coagulação antes de 87 INTERMEDIÁRIO: Pacientes de hemodiálise; pessoas que receberam sangue/órgãos antes de 92 ou com problemas hepáticos não diagnosticados; crianças nascidas de mães infectadas BAIXO: Pessoas que trabalham em hospitais, clínicas; múltiplos parceiros sexuais ou com parceiro fixo infectado No período de 1960 a 1991, de cada 100 indivíduos receptores de produtos sangüíneos, 5 a 15% destes infectaram-se com o VHC. De acordo com estes estudos, no momento atual o risco de transmissão do VHC por transfusão sangüínea é de 1:103.000, ou seja, quase nulo. Na Itália, a incidência de hepatite C pós-transfusional por 1.000.000 de habitantes alcançou níveis de 7,5% em 1986 e de 0,4% em 1993, revelando estes dados uma queda importantíssima na transmissão do VHC por transfusão sangüínea(15). Recentemente, com o advento de testes sorológicos mais sensíveis, por biologia molecular, e já em uso em países de primeiro mundo, o risco de se infectar com VHC por transfusões de sangue e seus hemoderivados é zero, 1:2.700.000.

Com relação à transmissão vertical (materno-fetal) e de acordo com Ohto e colaboradores(18), esta ocorreria em apenas 5,65% dos casos e estaria relacionada com os altos títulos do HCV-RNA circulante materno (1.000.000 de genoma/ml).

FORMAS CLÍNICAS Hepatite aguda: - Sintomas típicos em 1/3 dos pacientes - Altos níveis de ALT (10x) em 80% dos infectados - Resolução em 2-12 semanas Hepatite crônica: - Ocorre em 50-80% dos pacientes (persistência) - Maioria são assintomáticos - fonte de infecção - Suscetíveis a cirrose e carcinoma hepatocelular - Detecção de lesões hepáticas após 10-29 anos Estudos follow-up em pacientes do Japão ou EUA com doença hepática associado a transfusões sanguineas

FORMAS CLÍNICAS Carcinoma hepatocelular (HCC) - Associados a infecções crônicas por HCV e HBV - 80% dos pacientes com HCC tem cirrose - Tumores aparecem 20-30 anos após infecção em pacientes com infecções persistentes Outras manifestações clínicas - Associadas a doenças auto-imunes ou mediada por imunocomplexos Carcinoma é o reflexo da prevalência do HBV e HCV naquela região HBV é vírus DNA e pode se integrar, expressa proteína X que interage com p53 HCV é vírus RNA e não se sabe como induz tumorigênese

Carcinoma é o reflexo da prevalência do HBV e HCV naquela região HBV é vírus DNA e pode se integrar, expressa proteína X que interage com p53 HCV é vírus RNA e não se sabe como induz tumorigênese

Prevalência da infecção pelo HCV (Distribuição Geográfica) A prevalência média não necessariamente reflete o risco de difusão do HCV, pois o risco não é homogêneo. Na população em geral, os índices de prevalência variam de região para região. Na maioria dos países da Europa Ocidental e na América do Norte, a prevalência varia de 0,1% a 2,0%, enquanto em determinadas áreas do Mediterrâneo este percentual alcança 2,9% da população estudada(14, 15, 26). As maiores taxas de prevalência são observadas na África, com percentuais que variam de 6,0% a 12,5%(27). Estudos dirigidos quanto à prevalência de infecção pelo VHC em doadores sangüíneos revelam índices menores em países da Europa Ocidental, variando de 0,3% a 0,8% e outros bastante significativos em determinadas áreas da Ásia e África, 2,0% e 13,6%, respectivamente. Na América do Norte, a taxa média de prevalência entre os seus doadores sangüíneos está em torno de 0,16%(17). A prevalência de infecção pelo VHC na América do Sul é estimada por estudos realizados em amostras de pré-doadores de sangue(28, 29). a similar, tem diferentes padroes de prevalencia associada a idade.

SITUAÇÃO DAS INFECÇÕES PELO HCV Mundial: Prevalência: ~ 3% = 170-200 milhões de pessoas1 27% dos casos de cirrose hépática2 25% dos casos de câncer de fígado2 211.000 mortes devido a cirrose hepática (2002)2 155.000 mortes devido ao câncer de fígado (2002)2 1World Journal of Gastroenterology , 2007 2Journal of Hepathology, 2006

SITUAÇÃO DAS INFECÇÕES PELO HCV Brasil: 4,5 milhões de pessoas com infecção crônica* São grupos de risco para hepatite C: Pacientes que tenham recebido transfusão de sangue ou derivados Pacientes submetidos a procedimentos invasivos (cirurgias) Usuários de drogas Homens entre 30-49 anos Filhos de portadoras do vírus C Parceiros sexuais de pacientes do grupo de risco Promíscuos Profissionais da área de saúde Pacientes que já tenham tido doença sexualmente transmissível Apesar de já se conhecer os principais meios de transmissão, um grupo significativo de pessoas com HCV, em torno de 40%, desconhecem como a doença foi contraída * Journal of Hepathology, 2006

PREVENÇÃO Não há vacinas disponíveis contra o HCV Não usar drogas injetáveis (seringas, agulhas...) Não compartilhar artigos de higiene pessoal Profissionais da área da saúde: vacina contra HBV Considerar risco: tatuagens, piercings Uso de preservativos e vacina contra HBV Pessoas infectadas não devem doar sangue, órgãos ou tecidos

Perspectivas - Saúde Pública Screening sorológico de doadores (pesquisa de RNA) Risco residual: 1 caso a cada 2 milhões de unidades doadas Processos de inativação de vírus envelopados Usuários de drogas injetáveis – principal problema Prevenção via vacina preventiva? Estudos em chipanzés demonstram que o curso da infecção pelo HCV pode ser modificado via vacinação, se não prevenido “Otimismo” Atualmente tratamento com interferon e ribavirina Interferons são glicoproteínas produzidas por células infectadas por vírus. Até agora foram identificados três tipos: o alfa, produzido por linfócitos B e monócitos, o beta, por fibroblastos e o gama, por linfócitos T-helper e NK. O IFN-alfa age diretamente contra o vírus e também aumenta a resposta imune. No entanto, o tratamento apenas com o IFN-alfa apresenta apenas 10-19% de resposta sustentada. Há dois tipos de IFN-alfa, o IFN-alfa-2a e IFN-alfa-2b, aparentemente com eficácias semelhantes.    A ribavirina é uma análogo sintético da guanosina que tem ação direta contra vírus RNA e DNA, por provável mecanismo de inibição da DNA polimerase vírus-dependente. A ribavirina sozinha, no entanto, não tem qualquer efeito sobre a hepatite C.    A combinação do interferon-alfa com a ribavirina melhora a resposta virológica sustentada para 38-43%, com correspondente melhora na análise histológica (biópsia) e, possivelmente, nas complicações a longo prazo da hepatite (mas para esse último faltam estudos prospectivos a longo prazo).

Perspectivas - Saúde Pública Necessidade de terapias antivirais específicas capazes de eliminar infecções persistentes HCV “Explosão” nas próximas décadas de casos doença hepática associada com HCV Desenvolvimento e testes iniciais de drogas que inibam enzimas chaves como polimerase e protease viral (resistência às drogas???) Explosão de doença hepática associada com HCV – próximas décadas Até 15 anos atrás ocorreram milhões de casos de infecções crônicas pelo HCV em usuários de drogas e por transfusões contaminadas

Perspectivas - Saúde Pública Inibidor da protease NS3/4A - Redução de 2-3log10 copias de RNA/mL e indetectável em alguns casos após 48 horas de terapia Inibidores da NS5B RNA polimerase Análogos de nucleosídeos Drogas que se liguem em sítios ativos da enzima ou inibam a síntese do RNA Modernização do sistema de replicação em cultura de células in vitro

Vacinas – Perspectivas Atuais terapias não são efetivas, alto custo, muitos efeitos colaterais, não são aplicáveis em grupos de alto risco, não acessíveis a população de baixa renda (IFN + Ribavirina) Principal obstáculo ao desenvolvimento de vacinas é a alta diversidade do HCV (mais que o HBV e HIV) Desenvolvimento de vacinas dependem do progresso em relação ao conhecimento da interação vírus x hospedeiro que conduzam a resolução da persistência “Pool” de Igs com títulos elevados

Vacinas – Perspectivas Imunização passiva: “Pool” de Igs Reduz risco de persistência, suprime replicação viral Prolonga o tempo de incubação Problema – queda dos títulos de anticorpos no soro 2. Imunização ativa: Vacina preventiva Infecção não pode ser prevenida via vacinação Desenvolvimento de vacinas recombinantes Teste clínico em humanos: indução de imunidade celular e humoral Desenvolvimento de vacinas dependem do progresso em relação ao conhecimento da interação vírus x hospedeiro que conduzam a resolução da persistência “Pool” de Igs com títulos elevados

Vacinas – Perspectivas 3. Vacina terapêutica: Imunização com E1 induz altos títulos de anticorpos anti-HCV e proliferação de células T sugerindo que se pode “aumentar” a imunidade - 7 vacinas em desenvolvimento atualmente (3 profiláticas e 4 terapêuticas) Desenvolvimento de vacinas dependem do progresso em relação ao conhecimento da interação vírus x hospedeiro que conduzam a resolução da persistência

PAPILOMAVÍRUS (HPV)

PAPILOMAVÍRUS HUMANO Vírus DNA (Papillomaviridae) Epiteliotrópicos (replicam no núcleo de células epiteliais escamosas) Induzem lesões benignas da pele (verrugas) e membranas mucosas (condilomas) Alguns tipos associados a tumores malignos 96 tipos sequenciados (2004) Classificados em 12 gêneros

Importância da infecção pelo HPV Agente está presente em 100% dos casos de câncer cervical 90% dos casos de câncer anal 40% dos casos de câncer de genitália externa 12% dos casos de câncer de orofaringe 3% dos casos de câncer oral * Vaccine, 2007

Situação das infecções pelo HPV Mundial: 500.000 novos casos anuais de câncer cervical 290 mil mortes anuais (OMS) Estados Unidos: 20 milhões de pessoas entre 15-49 anos (15% da população) estão infectadas pelo HPV 50% estão entre 15-24 anos Entre 5 e 30% são infectados por múltiplos tipos 6.2 milhões de novos casos com 11.000 novos casos de câncer cervical e 3.700 mortes / ano

Infecções pelo HPV no Brasil Poucos dados de prevalência da infecção 1979-2000: Aumento de 33% na mortalidade por câncer cervical Estimativas (câncer cervical): 19,600 novos casos (2002) – 36,800 (2030)* 16.500 novos casos (2003) com 4.110 mortes 20.000 novos casos (2006) - INCA * Vaccine, 2007

Infecções do trato genital pelo HPV Transmitidas por via sexual 50% das pessoas sexualmente ativas serão infectadas em algum momento de suas vidas Prevalência é correlacionada com promiscuidade Mais de 40 tipos de HPV podem infectar o trato genital Maioria das infecções são assintomáticas Can my male partner get tested for HPV? Right now, there is no HPV test for men. HPV is just as common in men as in women, but its health complications tend to be more serious in women. The types of HPV that put you at risk for cervical cancer rarely cause health problems for most men. In most women, HPV goes away within two years.  We do not know why it lasts longer in some women than others. CDC, 2007

Câncer Cervical Segundo tumor maligno mais comum entre mulheres no mundo 1 em 4 tumores em mulheres é associado com HPV Aproximadamente 500.000 novos casos/ano 290.000 mortes/ano 80% dos casos em países subdesenvolvidos Exames (Papanicolau) previnem maioria dos casos

Passos podem ser conceitualizados como infecção como tipos especificos de alto risco do HPV, progressão para uma lesão pre-cancerigena, e invasão. Infecções são passageiras normalmente e frequentemente associadas com alterações ou anormalidades citologicas leves. Infecções persistentes com tipos de alto risco é incomum e é necessária para a progressão até cancer

Câncer cervical nos EUA 12 mil novos casos anualmente 1/3 das pessoas infectadas morrem População negra – número de casos é 2x maior 85% - câncer de células escamosas Sociedade Americana do Câncer estima que em 2007 mais de 11.000 mulheres serão diagnosticadas com câncer cervical e aproximadamente 3.600 morrerão em função da doença nos EUA

Associação do HPV com câncer cervical Estudo: 1000 câncer cervicais (tecidos parafinizados) 90% - DNA do HPV Foi encontrado mais de 20 tipos de HPV HPV 16, 18, 31 e 45 – 80% dos tumores positivos HPV 6 e 11 foi encontrado em 2/1000 casos

Co-fatores do Câncer cervical Cigarro, contraceptivos orais, gravidez, nutrição, micronutrientes e outras DSTs tem sido associados com alto risco de infecções pelo HPV Hereditariedade ???

Verrugas anogenitais (Condilomas) Frequente em jovens e adultos sexualmente ativos Cerca de 1% da população sexualmente ativa entre 15-49 anos desenvolve lesões Homens: pênis e ânus Mulheres: períneo e ânus Maioria dos casos são auto-limitantes 90% dos casos (HPV- 6 ou HPV-11)

Infecções da cavidade oral Assintomática ou múltiplas lesões Lesões benignas (HPV-6 e HPV-11) Verrugas de pele Comumente encontradas em mãos e pés Ocorrência mais comum em crianças e jovens HPV-1, 2, 4, 27, 57 e 65 ou HPV-3, 10 e 28 Regressão espontânea

PREVENÇÃO Uso de preservativos Redução do número de parceiros sexuais Realização de exames periódicos (Papanicolau)* Vacinas * 80% das brasileiras não realizam o exame regularmente * 10% realizam o exame anualmente How likely am I to get cancer if I have HPV? Few women who have HPV get cervical cancer—as long as they follow their doctor’s advice for needed testing or treatment.  If you have HPV, your doctor may check up on you more often and do more tests to look for changes on your cervix.  That way, your doctor can find and treat any changes early, so you don’t get cervical cancer. Be sure to follow up with your doctor!

Vacinas contra o HPV Liberação em junho de 2006 Vacina Quadrivalente contra o HPV protege contra quatro tipos do vírus – o 6, 11, 16 e 18 Indicada em mulheres entre 9 e 26 anos de idade HPV 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero. Já os HPV 6 e 11 respondem por 90% das verrugas genitais.

Vacinas contra o HPV Custo elevado, mercado limitado (80% dos casos de morte por câncer cervical ocorrem em países subdesenvolvidos) Vacina profilática é altamente efetiva na prevenção de câncer cervical - Proteção homóloga Limitações e diversos aspectos desconhecidos Implementação de programas de vacinação em massa?

Vacina contra o HPV no Brasil Gardasil® (Merck) Recomendada para meninas e mulheres entre 9-26 anos (3 doses) Custo: R$ 481,93 a R$ 495,28 por dose *Vacinação reduziria chance de câncer em 42,7% *Screening 3x: redução de 21,9-30,7% *Screening + vacinação: redução de 60% (53-70%) *Vaccine v.25 (2007)

Custo-benefício da vacinação contra o HPV-16 e 18 no Brasil Vaccine v.25 (2007)