TRATAMENTO CLÍNICO DAS PRINCIPAIS

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Continuous Methimazole (MTZ) therapy and Its effect on the Cure rate of Hyperthyroidism using Radioactive iodine: An evaluation by a Randomized Trial.
Advertisements

Doenças da Tireóide Departamento de Cirurgia
CLÍNICA COGNITIVO COMPORTAMENTAL
Residência Cirurgia Cardiovascular Res. Isaac Guimarães
HIPOTIREOIDISMO CAP VIVIANE SALLES ENDOCRINOLOGISTA
O eixo hipotálamo/hipófise
Distúrbios da Tireóide na Gravidez
Autoimunidade Definida como uma quebra dos mecanismos responsáveis pela tolerância imunológica que pode resultar em doenças.
Doenças Cirúrgicas da Tireóide
Sistema Endócrino e Nervoso
CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE
CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREOIDE
BÓCIO NODULAR Qualquer forma de patologia nodular da tireóide
Câncer Da Tireóide Apresentador: Luis Fernando C. Barros
Glândula tireóide.
Clarice Cunha Taveira Karina Cunha dos Santos
Disciplina de endocrinologia 2010
Hipotireoidismo na gestação
Hipotireoidismo.
Disciplina de endocrinologia 2010
Condutas em nódulos de Tireoide
GRUPO PAULISTA NO DE APOIO AO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO
Estatística Descritiva Projeto Parte I
GERIATRIA e GERONTOLOGIA
GLOMERULONEFRITE PÓS INFECCIOSA
Reunião de casos LILIAN LUMI TAKITO Aperfeiçoanda de RDI da DIGIMAX (A1)
Obesidade Fatores Alimentares e Habituais: quantidade de alimento ingerida é superior a quantidade queimada.   Fatores Genéticos: a carga genética da Obesidade.
SISTEMA ENDÓCRINO GLÂNDULAS & HORMÔNIOS.
Sistema Endócrino.
HOSPITAL CENTRAL CORONEL PEDRO GERMANO
ADRIANA ROCHA DE OLIVEIRA MARIA JOSEMARA DE OLIVEIRA SOUSA
TIREOIDEOPATIAS E GRAVIDEZ
Funorte liga acadêmica de clínica médica Caso clínico
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
SISTEMA ENDÓCRINO.
Mutação ativadora da proteína GSP alfa ou do receptor de TSH ETIOLOGIA do BNT Mutação ativadora da proteína GSP alfa ou do receptor de TSH Sinal constantemente.
Hipotireoidismo.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE MEDICINA DISCIPLINA DE ENDOCRINOLOGIA Campus Macaé HIPOTIREOIDISMO Prof. Liza Negreiros.
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DA GLÂNDULA TIRÓIDE
CASO CLÍNICO #1: HIPERTIROIDISMO
Tireoide Alunos: Wesley Mota de Oliveira Gomes Thalia Geovanna Talita
MARIANGELA SAMPAIO HOSPITAL REGIONAL DA ASA SUL
FISIOLOGIA DA TIREÓIDE Prof. Liza Negreiros
Nódulos tireoidianos Prof. Liza Negreiros
HIPER E HIPOTIREOIDISMO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Discussão de Caso Clínico: Hipertiroidismo – Hipotiroidismo – Nódulo
Tolerância e Auto-imunidade
FISIOLOGIA DA GLÂNDULA TIREÓIDE
Sistema Endócrino Aula Programada CIENCIAS Tema: Sistema Endócrino.
Hipertireoidismo Prof. Liza Negreiros
Carcinoma de Tireóide Sara Helena Progiante.
Tireóide.
ANATOMIA PATOLÓGICA.
Abordagem das Doenças da Tireóide Hospital Federal Cardoso Fontes Serviço Cirurgia Geral Dra. Julia Pedroni de Carvalho Médica residente Rio de Janeiro,
Transaminase Glutâmico Pirúvico - TGP
TIREOIDITES Prof. Liza Negreiros
Tolerância X autoimunidade
João Rodrigo Oliveira Nº35
Daniel Almeida de Oliveira, nº19. Hipertireoidismo resulta da função excessiva da glandula tireóide; Tireotoxicose ocorre quando os tecidos estão expostos.
INDICAÇÕES de CIRURGIA NO HIPERTIREOIDISMO
FARMACOLOGIA DA TIREÓIDE
SISTEMA ENDÓCRINO.
HIPOTIREOIDISMO DEFINIÇÃO
Hiper e Hipotireoidismo
PATOLOGIAS ENDÓCRINAS Hipófise e Tiroide.
DROGAS ANTITIREOIDIANAS
SISTEMA ENDÓCRINO Coordena diversas funções do organismo – vida de relação; metabolismo, crescimento, reprodução, respostas a situações de perigo, etc.
Transcrição da apresentação:

TRATAMENTO CLÍNICO DAS PRINCIPAIS PATOLOGIAS TIREOIDEANAS

TIREÓIDE

COMPARAÇÃO ENTRE T 3 E T 4

FISIOLOGIA T 4 circulação > T 3 T 4 transforma-se em T 3 Transporte de T 4 e T 3 -75 a 80% Globulina carreadora de hormônio tireoideano - TBG -15 A 20 % Albumina e transtiretina (TTR)

HIPOTIREOIDISMO N.Terciário N.Secundário N.Primário HIPOTIREOIDISMO SECUNDÁRIO E TERCIÁRIO(CENTRAL) Etiologia -Tu hipotálamo/hipófise -PO cirurgia hipófise Laboratório T4, T3 e TSH baixos HIPOTIREOIDISMO PRIMÁRIO -Autoimune (T. Hashimoto) -Pós-tireoidectomia -Pós-ablação com I 131 -Medicamentoso (lítio,interferon) -Doenças infiltrativas -Agenesia T4 eT3 baixos TSH elevado N.Terciário N.Secundário N.Primário

HIPERTIREOIDISMO N.Terciário N.Secundário N.Primário HIPERTIREOIDISMO SECUNDÁRIO E TERCIÁRIO Etiologia -Tu hipotálamo/hipófise Laboratório T4, T3 e TSH elevados HIPERTIREOIDISMO PRIMÁRIO -Autoimune (Doença de Graves) -Bócio Nodular Tóxico e Doença de Plummer -Tireoidite sub-aguda -Tireotoxicose T4 eT3 elevados TSH baixo N.Terciário N.Secundário N.Primário

INCIDÊNCIA DAS PRINCIPAIS DISFUNÇÕES TIREOIDEANAS Estado Mulheres Homens Hipotireoidismo 4,1 0,6 Hipertireoidismo 0,8 <0,1 Por 1000 habitantes de população acompanhada por 20 anos Clin Endocrinology 1995;43:55-68

ALGORITMOS PARA INVESTIGAÇÃO E SEGUIMENTO...

SUSPEITA CLÍNICA DOENÇA TIREÓIDE HIPERTIREOIDISMO T 4 T 3 T S H EUTIREOIDISMO T 4 N T 3 N T S H N HIPOTIREOIDISMO T 4 T 3 T S H

CLÍNICO E LABORATORIAL TSH baixo HIPERTIREOIDISMO CLÍNICO E LABORATORIAL PALPAÇÃO BÓCIO DIFUSO BÓCIO UNINODULAR CINTILOGRAFIA ANTICORPOS POSITIVOS QUENTE FRIO DOENÇA DE GRAVES PAAF TRATAMENTO CLÍNICO I 131 TRATAMENTO CLÍNICO

BÓCIO DIFUSO TÓXICO Doença de Graves T3 e T4 TSH Sudorese Ansiedade Rush Exoftalmia Bócio Difuso Fraqueza Taquicardia Perda de peso Apetite Diarreia T3 e T4 Pele quente Tremor TSH Oligomenorréia Myxedema

TRATAMENTO CLÍNICO PARA TODAS AS FORMAS DE HIPERTIREOIDISMO TIONAMIDAS Principais agentes: Propiltiouracil 100mg Metimazol 5 ou 10 mg (Tapazol) Mecanismo de ação: Inibem a oxidação e ligação do iodeto intratireoideano Ação imunossupressora diminuindo a expressão de antígenos tireoideanos e a liberação de PGs e citocinas Propiltiouracil: inibe a transformação de T4 – T3 T ½: Metimazol – 6 horas Propiltiouracil – 1,5 horas Posologia: Metimazol 10 a 15 mg 2 xdia (Dose máx. 60 mg/dia) Propiltiouracil 100mg 3xdia (Dose máx. 600mg/dia) Metabolismo: Hepático Excreção: Atravessam a barreira placentária Eliminados no leite materno

EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO CLÍNICO PARA TODAS AS FORMAS DE HIPERTIREOIDISMO Metimazol ou Propiltiouracil Resposta melhor em bócios menos volumosos A melhora em 2 semanas é observada na redução do nervosismo, palpitações e ganho de peso Habitualmente a melhora laboratorial é observada em 6 semanas Durante o tratamento o tamanho da tireóide diminui Acompanhamento mensal com T3,T4 e TSH, hemograma e TGO e TGP Duração do tratamento: em média 2 anos com retirada gradual da medicação São comuns as recidivas após a retirada da medicação

REAÇÕES ADVERSAS DAS TIONAMIDAS Rash cutâneo e urticária 4-10% Síndrome Lupus Like Artralgias, mialgias,febre e neurite Hepatotoxicidade - hepatite (PTU) até necrose hepática Colestase (metimazol) Hematológicas Agranulocitose menos de 1% dos pacientes início do tratamento ou em uso irregular (dor de garganta e febre) Linfopenia e Neutropenia (abaixo de 2500 céls. suspender) Acompanhamento dos pacientes deverá ser feito com hemograma seriado a cada consulta

IODOTERAPIA PARA TODAS AS FORMAS DE HIPERTIREOIDISMO INDICAÇÕES Reação adversa grave aos antitireoideanos Tratamento dos Bócios nodulares tóxicos Tratamento dos bócios difusos tóxicos MODO DE AÇÃO Ablação do tecido tireoideano Efeito pode ocorrer em 3-4 meses (destruição gradual) Uso concomitante de antitireodianos até a remissão CONTRA-INDICAÇÕES Crianças e adolescentes Oftalmopatia da doença tireoidiana pode ser agravada Certeza de evolução para o hipotireoidismo(dose/dependente)

BÓCIO UNINODULAR TÓXICO Adenoma Tóxico Emagrecimento Nervosismo Sem Exoftalmia Bócio Nodular Pele Sedosa Taquicardia Tremor Fraqueza Edema T3 e T4 TSH

CLÍNICO E LABORATORIAL TSH alto HIPOTIREOIDISMO CLÍNICO E LABORATORIAL PALPAÇÃO BÓCIO NODULAR BÓCIO DIFUSO ULTRA-SONOGRAFIA ANTICORPOS POSITIVOS ANTICORPOS NEGATIVOS UNINODULAR MULTINODULAR TIREOIDITE HASHIMOTO BÓCIO SIMPLES COM HIPOTIREOIDISMO PAAF TRATAMENTO CLÍNICO T 4 TRATAMENTO CLÍNICO T 4 TRATAMENTO CLÍNICO

TRATAMENTO CLÍNICO PARA TODAS AS FORMAS DE HIPOTIREOIDISMO Levotiroxina (T4) Apresentação: comprimidos em mcg – 25,50,75,88,100,112,125,150,175,200mcg Mecanismo de ação: Substituição do hormônio que não está sendo produzido Mantem a coversão periférica de T4 em T3 T ½: 7 dias Posologia: 1,0-1,8 mcg/Kg/dia dose única em jejum Absorção: intestino delgado (CaCO3. Fe e ALOH) Metabolismo: hepático(CYP3A4) Medicamentos que induzem a maior ação da CYP3A4 aumentando a depuração de T4: rifampicina,carbamazepina,fenitoína,sertralina Amiodarona: Reduz a conversão de T4 em T3 Interfere na ligação do T3 com seu receptor

CUIDADOS NO TRATAMENTO DO HIPOTIREOIDISMO Levotiroxina (T4) no Hipotireoidismo Primário -Objetivo do tratamento no hipotireoidismo primário – retorno das concentrações do TSH para o normal -Controle laboratorial – 6 semanas -Início com baixas doses – 25 a 50 mcg/dia aumentando a cada 15-20 dias -Pacientes idosos ou cardiopatas – Iniciar com dose mais baixa e aumentar mais lentamente Levotiroxina (T4) no Hipotireoidismo Secundário -Objetivo do tratamento e retorno das concentrações do T3 e T4 livre para o normal -Sempre lembrar da possibilidade de deficiência de corticosteróides associada antes de instituir a reposição tireoideana Coma mixedematoso -Instituir a terapêutica via SNG -Iniciar corticoterapia EV para proteger da insuficiência adrenal -Usar T3 associado ao T4 para reduzir o início do tempo de ação

CLÍNICO E LABORATORIAL EUTIREOIDISMO CLÍNICO E LABORATORIAL TSH normal PALPAÇÃO BÓCIO DIFUSO BÓCIO MULTINODULAR ANTICORPOS POSITIVOS ANTICORPOS NEGATIVOS ULTRA-SONOGRAFIA TIREOIDITE HASHIMOTO BÓCIO SIMPLES TRATAMENTO CLÍNICO T 4 TRATAMENTO CLÍNICO T 4 TRATAMENTO CLÍNICO CONTROLE US ANUAL

TIREOIDITE AUTO-IMUNE E U T I R E O I D I S M O BÓCIO UNINODULAR ULTRA-SONOGRAFIA P A A F INCONCLUSIVA REPETIR BÓCIO COLÓIDE,CISTOS, TIREOIDITE AUTO-IMUNE (70%) SUSPEITA OU PADRÃO FOLICULAR (15%) DOENÇA MALIGNA (5%) CÍSTICO > 4 CM CIRURGIA TRATAMENTO CLÍNICO CONTROLE CIRURGIA CIRURGIA

TIREOIDITE SUB-AGUDA Tireoidite Sub-aguda Cintilografia T3 e T4 TSH VHS

OUTRAS POSSIBILIDADES DIAGNÓSTICAS HIPERTIREOIDISMO SUB-CLÍNICO T 4 e T 3 NORMAIS TSH SUPRIMIDO HIPOTIREOIDISMO SUB-CLÍNICO T S H ELEVADO