CRISE ARGENTINA ANA GABRIELE GERALDO RAQUEL MIHOTO 19451

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
- O Setor Externo Fundamentos do Comércio Internacional
Advertisements

Macroeconomia Aula 2.
Assessoria Econômica da FEDERASUL Crise Financeira e o Impacto na Economia Mundial.
A Crise Internacional e os Efeitos no Brasil e no Mundo
Assessoria Econômica da FEDERASUL
ECONOMIA GLOBAL INTERDEPENDÊNCIA FINANCEIRA. GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA A dinâmica gera riscos e incertezas para todos os países; Impacta mais fortemente.
MACROECONOMIA INTRODUÇÃO.
Balanço de Pagamentos 1- Transações correntes
ECONOMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Fundamentos de Economia
Produto, Taxa de Juros e Taxa de Câmbio
Fundamentos de Economia
Fundamentos de Economia
Fundamentos de Economia
Anos 1980: Rumo perdido.
Anos 1990: Desestabilização e crise
Conjuntura macroeconômica
Taxa de Câmbio e Balanço de Pagamento
A INFLAÇÃO Saindo da recessão
Balanço da Atuação do Governo
POLÍTICAS EXTERNAS POLÍTICA CAMBIAL: depende do tipo de regime de câmbio adotado: taxas fixas de câmbio ou taxas flexíveis. POLÍTICA COMERCIAL: alterações.
Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes
Celso Furtado FEB Cap. XXVI – XXVIIII.
Crise Financeira EUA Reflexos no Brasil
Economia brasileira plano real e seus desdobramentos cap. 16
O PLANO DE METAS Expandir e diversificar a indústria
A DÉCADA PERDIDA PROBLEMAS NO COMÉRCIO EXTERIOR
OS CHOQUES DO PETRÓLEO O primeiro choque
Economia Brasileira_26/02/2007
II - A Evolução Recente da Economia Portuguesa. II - A Evolução da Economia Portuguesa 1) Os choques políticos e internacionais em e os Acordos.
DESAFIOS DO CENÁRIO ECONÔMICO EM UM ANO ELETORAL
Relatório de Política Monetária Novembro de 2010.
1 ESTÁGIO AVANÇADO DA INTERNACIONALIZAÇÃO CRISE NA PRODUÇÃO : CICLO DE BAIXA 2002 AMBIENTE MUNDIAL.
Prof.ª Me. Marcela Ribeiro de Albuquerque
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Estabilização Macroeconômica, Retomada do Desenvolvimento e Crise Mundial Domingos R. Pandeló Jr
MEDIDAS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
1. 2 Economia Brasileira O Desafio da Estabilidade e do Crescimento Sustentado.
Inflação e Índice de Preços
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA
Fundamentos de Economia
O estado dos Estados Unidos Antony P. Mueller UFS Dezembro 2010.
POLÍTICA CAMBIAL.
Economia Brasileira1 Política Econômica Externa e Industrialização:
O Setor Externo da Economia
Prof. Dr. Mário Vasconcellos
CRISE INTERNACIONAL NOS ANOS 1970
TRANSFORMAÇÕES DA ECONOMIA BRASILEIRA: ANOS 70/90 PARTE 3
Macroeconomia ..
CRISE ECONÔMICA DA ARGENTINA
O Sistema de Pagamentos em Moeda Local - SML -
Estabilização, reformas e desequilíbrios macroeconômicos
Introdução à Macroeconomia
A MACRO E MICRO ECONOMIA
Déficit Público e Dívida Pública
ECONOMIA E FINANÇAS Quinta Aula Professor Dr. Jamir Mendes Monteiro.
Maior juros real do mundo: Custos, justificativas, eventuais benefícios e riscos 1)Comparação entre os países emergentes. 2)Custos dos juros mais altos.
A Política Econômica do Governo Lula: avaliação e agenda de reformas
ECONOMIA BRASILEIRA II
POLÍTICA MONETÁRIA Moeda e Crédito.
ESTABILIDADE DE PREÇOS VERSUS ALTO NÍVEL DE EMPREGO POLÍTICAS MACROECONÔMICAS PARA ATINGÍ-LAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS E POSITIVAS PARA A ECONOMIA.
MOEDA E CÂMBIO. Cambiar é trocar por definição. O mercado utiliza este conceito agregado ao de moeda (como meio de troca). O câmbio é expresso em unidades.
Políticas econômicas > Função de controlar e regular a atividade econômica brasileira > Objetivo de fomentar o crescimento e a estabilidade econômica e.
FUNDAMENTOS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL, TAXA DE CÂMBIO, ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS.
Amaury Gremaud Economia Brasileira Do Crescimento forçado à crise da dívida.
Bresser e Mailson: o fim do governo Sarney Amaury Gremaud Economia Brasileira Contemporânea.
Amaury Gremaud Economia Brasileira Contemporânea
Parte IV: Transformações Econômicas nos Anos Recentes Capítulo 20: O Brasil e o Fluxo de Capitais: Dívida Externa, sua Crise e Reinserção nos anos 90.
Objetivos e Instrumentos
ECONOMIA – Micro e Macro 1 Definição: inflação é o aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços. Custos gerados pela inflação: a distribuição.
Transcrição da apresentação:

CRISE ARGENTINA ANA GABRIELE GERALDO 19423 RAQUEL MIHOTO 19451 LETICIA ALTEA 19467 STEPHANIE LUCENA 19472

Razões que deram origem à crise Argentina = laboratório para o Consenso de Washington Últimos 10 anos Campo monetário e cambial: 1991 a 2001 Currency board (conselho da moeda) Introdução por meio do Plano de Conversibilidade Moeda permaneceria por mais de 10 anos atrelada ao dólar

Currency board - características 1. Tx câmbio: fixada em relação ao dólar 2. Conversibilidade 3. Lastro para a moeda nacional Objetivo: inflexibilidade governo não provocar surtos inflacionários por meio da política monetária e cambial Ganhos nos anos iniciais Hiperinflação controlada Até 1997: crescimento econômico Recessão: apenas em 1995 Crise do México = suscetibilidade do regime a choques externos

X Ásia: 1997 Crises crescem evidências sobre vulnerabilidade argentina Rússia: 1998 Credibilidade do curreency board começa a ser questionada Lei de conversibilidade = “declaração de dependência monetária” prioridades país emissor da moeda âncora Problema: discrepância entre X país emissor da moeda ancorada necessidades 1. as situações macroeconômicas nacionais e as políticas requeridas costumam divergir; 2. países: sujeitos a choques assimétricos e exógenos que os atingem de forma diferente.

X Ambiente externo era favorável Currency board Funcionou bem enquanto Argentina conseguiu atrair grandes volumes de $ estrangeiro X 1997-1998 Argentina sofre sucessão de choques externos: contração da oferta de $ estrangeiros (crise da Ásia e Rússia) declínio dos termos de intercâmbio externo crise do Brasil e desvalorização do real desaceleração da economia dos EUA

Na sua origem, a crise foi monetária. Rigidez do modelo monetário revelou-se uma desvantagem: economia mergulha em recessão prolongada Inflexibilidade cambial: agravou Problemas de competitividade da economia Desequilíbrio nas contas externas Dependência financiamento internacional 2001: cresce desconfiança em relação ao sistema financeiro da Argentina Leva a saques de depósitos e fuga de capitais para o exterior Na sua origem, a crise foi monetária.

Setores atingidos pela crise: Agricultura: cobrança de pedágios a exportação de grãos Bens e Serviços: queda no comércio desses produtos com os países do MERCOSUL, principalmente no turismo

O que fez a crise se prolongar: Perda de rentabilidade das empresas: causou fuga de capitais Hipersenbilidade do setor financeiro: dependência de financiamento externo Diminuição das remessas de trabalhadores migrantes Dificuldade em obter empréstimos: por conta do medo de contágio da crise cambial

Panelaços: revoltas populares que mostraram a insatisfação do povo por conta da inflação, corrupção, taxação dos grãos, arrogância do governo ...

- 2000 2001 2002 Produto Interno Bruto (US$ Milhões) 284.204 268.697 102.011 PIB per Capita 7.726 7.232 2.605 Variação do PIB - Real (Anual) - % -0,8 -4,4 -10,9 Investimento Direto Estrangeiro (US$ Bilhões) 10,4 2,2 1,1

Divida Externa US$ Milhões Balaço de Pagamentos (US$ Milhões) 2000 2001 2002 Conta Corrente -8. 955,0 -3. 780,0 8. 766,6 Bens e Serviços -1. 832,0 3 .521,8 15. 717,0 Rendas -7. 522,0 -7. 727,0 -7. 491,0 Conta Capital 105.9 156.5 406.1 Conta Financeira 7. 847,3 -14. 974,0 -20. 686,0 Reservas Internacionais 26.341 19.425 10.485 Divida Externa US$ Milhões 2000 155. 014,5 2001 166. 272,0 2002 156. 747,8

Taxa de Pobreza na Grande Buenos Aires 2000 20,80% 2001 25,50% 2002 42,30% Índice de Gini 2000 0,510 2001 0,522 2002 0,530 Desemprego (%) 2000 14,7 2001 18,3 2002 17,8

Principais medidas para tentar conter a crise: 05.2000: cortes nos gastos públicos e redução nos salários dos funcionários públicos 10.2000: redução de impostos 11.2000: privatização da previdência social; desregulamentação da saúde 03.2001: impostos sobre transações financeiras (CPMF); governo sugere paridade do peso com cesta de moedas (dólar e euro) 07.2001: troca de depósitos bancários por títulos públicos para viabilizar o pagamento da dívida; aumento de impostos, cortes nos salários e benefícios 11.2001: incentiva o uso de cartões, propõe plano de restruturação da dívida (renegociação com credores internacionais) 12.2001: restrição às extrações de dinheiro em efetivo de prazos fixos, contas correntes e poupanças imposta pelo governo (corralito); governo declara estado de sítio; presidente renuncia (ápice da crise de recessão econômica e social), provocando a desvalorização do peso e alguns calotes da dívida pública.

Principais medidas para tentar conter a crise: 12.2001: Governo declara moratória da dívida, anuncia criação da nova moeda para injetar liquidez na economia, diminue o número de ministérios (3) 01.2002: Lei de emergência pública e Reforma do regime cambial Fim da paridade entre dólar e peso (11 anos) Governo adota regime câmbio duplo (tx oficial fixa e outra livre – mercado) 02.2002: Fim do câmbio duplo e pesonificação das dívidas (dívidas, tarifas e contratos em dólares transformados em pesos – U$$ 1.00 = 1.00 Peso; depósitos – U$$ 1.00 = 1.40 Peso; Banco Central Argentino emite peso para repassar aos bancos, flexibilização do corralito, eliminação dos impostos arrecadados para as Provincias. 04.2002: Governo congela tarifas básicas (água, luz, telefone), declara feriado bancário e cambial por tempo indeterminado. Plano BONEX (pretendia transformar os depósitos bloqueados pelo “corralito” em títulos do Tesouro para evitar a quebra dos bancos)

(do peso em relação ao dólar) Os prós & contras das principais medidas: Prós Contras Desvalorização (do peso em relação ao dólar) Aumenta a competitividade do produtos Argentinos no mercado externo Cresc. Exportações reativa industria nacional e diminue o desequilibrio das contas externas Temor que a desvalorização seja acompanhada de inflação Desvalorização pode fugir ao controle do governo Quanto maior desconfiança no peso, maior a depreciação frente ao dólar Moratória (governo não tem como honrar seus compromissos e cancela o pgto aos credores externos) Obriga os credores a negociar com o governo Resultando num alivio da dívida externa Inibirá financiamentos voluntário para Argentina Nao é garantia que o país voltará a crescer

Aspectos Internos