O Espaço Geográfico Ensino e representação

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Transcrição da apresentação:

O Espaço Geográfico Ensino e representação Apresentação do livro O Espaço Geográfico Ensino e representação De Rosângela D. Almeida e Elza Y. Passini 1

Índice Relações Topológicas Os procesos de descentralização, conservação e reversibilidade. Relações espaciais projetivas e euclidianas. Atividades com a turma. Conclusão. 2

Relações Topológicas São relações espaciais que se estabelecem no espaço próximo,usando referenciais elementares como:dentro, fora, ao lado, na frente,perto, longe,etc Essas relações começam a ser estabelecidas pela criança desde o nascimento e são a base para a gênese posterior das relações espaciais mais complexas. 3

Vizinhança (o que está ao lado)‏ Separação (fronteira)‏ No plano perceptivo, as relações espaciais se processam na seguinte ordem: Vizinhança (o que está ao lado)‏ Separação (fronteira)‏ Ordem(o que vem antes e depois)‏ Envolvimento(o espaço que está em torno)‏ Continuidade( a que recorte do espaço a área considerada corresponde)‏ 4

5

Os procesos de descentralização, Conservação e reversibilidade. Piaget e o pensamento intuitivo. O processo de descentralização, onde o foco deixa de ser único e passa a ser mais amplo. A conservação e a reversibilidade dos objetos : objetos percebidos em m só sentido e de forma estática. 6

O chão é para baixo, né. Então você planta com o cabelinho para cima. E se o chão for para cima? Perguntamos. Então não dá para plantar.

Relações espaciais projetivas e euclidianas o aparecimento da perspectiva traz uma alteração na concepção espacial na criança, que passa as conservar as posição dos objetos e a alterar o ponto de vista até atingir as relaões espaciais projetivas. isso ocorre juntamente com o surgimento da noção de coordenadas que situam os objetos uns em relação aos outros e englobam o lugar do objeto e seu deslocamento em uma mesma estrutura. Isto corresponde as relações espaciais euclidianas.

Adulto envolve em sua organização espacial a perspectiva e coordenadas, capaz de localizar- se e orientar-se usando referencias abstratos, baseados em relação espaciais projetivas e euclidianas. Crianças na faixa etária de 7-11 anos estão em fase de construção dessas noções. Por isso tem-se necessidade de trabalhar de forma concreta. Dificuldade em abstrair simbologias usadas bem como representações do espaço real. 9

Crianças dos 7 aos 9 anos: noção de perspectiva Crianças dos 9 aos 10 anos: desenvolvem a noção de medidas e de referenciais, como: altura e comprimento, horizontal e vertical. Essenciais para a construção do sistema de coordenadas. Após aos 10 anos: noção de coordenadas 10

A organização espacial do adulto. 11

Perspectiva, Coordenadas e Categorias Espaciais Muitas vezes a noção de perspectiva permanece durante muito tempo incompreensível para a criança, mesmo depois dos 8 e 9 anos. A criança não consegue separar o mundo exterior de sua representação. A exemplo disso pode-se citar o desenho de uma linha de trem. Apesar de reconhecer a perspectiva em uma figura que mostra os trilhos aproximando-se ao longe, a criança não consegue representá-lo no papel. Seu desenho pouca diferença tem do de uma criança de 5 anos. 12

Figuras ( desenho de criança x Fotografia)‏ 13

14

Outra dificuldade que o indivíduo de 5 a 8 anos encontra, é a não distinção entre direita e esquerda. Já para o individuo de 8 a 11 anos isso já é possível. Somente a partir dos 11 ou 12 anos é que a criança será capaz de situar os objetos independentes de sua própria posição. Exemplo: a janela esta à direita do quadro. 15

É importante o professor trabalhar essa questão de lateralidade, pois irá permitir com que o educando deixe de lado seu referencial de orientação egocêntrico, “ eu estou a esquerda da Tia”, para “ a Tia esta a esquerda da porta”. Outra ponto importante que o professor deve abordar, diz respeito aos referenciais geográficos de orientação, que são definidos a partir dos movimentos da Terra resultando na sucessão dos dias e noites. O educador não deve ensinar que o Leste (nascente) é “o lugar onde o sol nasce” e o Oeste (poente) como “o lugar onde o Sol se esconde”. 16

Pois, além de ser uma inverdade, faz com que a criança se limite a conhecer os fenômenos do mundo. 17

O autor Hannoun faz uma analise do objeto quanto á sua espacialidade considera três categorias: a interioridade, a exterioridade e a delimitação. Estas categorias especificam relações espaciais referentes á continuidade, individualizando de forma mais profunda os elementos no espaço. . A interioridade refere-se ás noções de “dentro”, “para dentro”, “no interior”. .

A exterioridade refere-se ás noções de “forade”, “para fora”, “no exterior”. . A delimitação, decorrente das duas anteriores, refere-se á “extremidade”, “limite”, “periferia”, “perimetral”, “ao longo de”, “ao redor de”. Na análise geográfica a concepção dessas categorias é subjacente e recorrente. Ex: no estudo de uma área de ocupação urbana, os alunos verão distinguir o que é uma área urbana (casas, ruas, estabelecimentos industriais, comerciais, depósitos...) e o que esta dentro desta área, e deverão distingui-la do que não é área urbana, o que está fora dela (sítios, áreas de reflorestamento, estradas...).

A confrontação dessas áreas delimita-as A confrontação dessas áreas delimita-as. Mesmo que a periferia urbana não corresponda a uma linha de fronteira, a partir da qual se separe o que é, do que não é urbano, ela se apresenta com características próprias de uma área de transição, podendo ser formada por casas populares, ou chácaras residenciais, ou áreas de deposito de lixo. A noção de exterioridade leva a situar um objeto com relações espaciais. Hannoun distingue quatro categorias que podem ser aplicadas ao espaço geográfico: . A interioridade: quando uma área esta dentro de outra, ou quando há inclusão.

. A exterioridade: quando uma área é exterior á outra. . A intersecção: quando há uma parte comum a ambas as áreas. . A continuidade: quando as áreas são limítrofes, tangenciais. Na analise geográfica essas categorias são subjacentes a estudo de caráter regional, de processos de regionalização de áreas de influencia, de ocupação e organização espacial. É preciso criar na criança os hábitos de discernir, analisar e reconhecer as partes de um todo. E isso deve iniciar no primeiro grau.

As categorias levam ás categorias de distancia, proximidade e distanciamento. A concepção de distancias e intervalos é realizada passando do qualitativo (perto, longe) para o quantitativo, que pressupõe a medida expressa numericamente. No sentido da descentralização quanto á categoria de distanciamento o professor deve levar o aluno a estabelecer relações com um ponto de referencia. E quanto á medida, deve estabelecer relações com uma unidade métrica.

O aluno pode ser levado a estabelecer medidas com padrões de seu próprio corpo: palmos, pés, passos etc, para chegar a unidades mais objetivas. As atividades sobre sala de aula como unidade inicial do trabalho sobre espaço, apresentam sugestões que vão do uso de um instrumento continuo (o barbante para medir a sala, até o estabelecimento de uma unidade padrão – o metro. Esse trabalho é básico para a compreensão da noção de escala que permitira o estabelecimento de relações de distancia entre localidades através do mapa.

Atividades. Trabalho com fotos. Posição do sol. Planta da sala. 24

Para ter acesso ao trabalho visitem: Conclusão. É através da ação em seu espaço cotidiano e da reflexão sobre ela que a criança terá oportunidade de chegar à abstração reflexiva ou à concepção do espaço e sua organização. Para ter acesso ao trabalho visitem: desiner20.wordpress.com 25

Obrigado, e tenham uma boa noite. 26