Empreendedor x Administrador

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Transcrição da apresentação:

Empreendedor x Administrador Objetivo da aula: Entender melhor sobre Empreendedorismo x Administração, para sermos capazes de vislumbrar oportunidades na área de Recursos Humanos, não apenas em suas funções tradicionais como também, quem sabe, meios de inovar nesta área.

Empreendedor x Administrador Empreededorismo pode ser visto como a criação de algo novo a partir da identificação de uma oportunidade. A dedicação, a persistência e a ousadia aparecem como atitudes imprescindíveis neste processo para se obter os objetivos pretendidos. Os riscos, naturalmente presentes no empreender, deverão ser previstos e calculados.   A ascensão do empreendedorismo veio paralelamente ao processo de privatização das grandes estatais e abertura do mercado interno para concorrência externa. Daí a grande importância de desenvolver empreendedores que ajudem o país no seu crescimento e gere possibilidade de trabalho, renda e maiores investimentos.

EMPREENDEDORISMO: HISTÓRICO E DEFINIÇÃO Movimento de mudança causado pelo empreendedor, cuja origem da palavra vem do verbo francês “entrepreneur” (aquele que assume riscos e começa algo novo).   A ação empreendedora consiste em: Criar algo novo mediante a identificação de uma oportunidade, dedicação e persistência na atividade que se propõe a fazer para alcançar os objetivos pretendidos e ousadia para assumir os riscos que deverão ser calculados.

Apesar do empreendedorismo estar cada vez mais em evidência e aparentar ser um termo “novo” para os profissionais, é um conceito antigo que assumiu diversas vertentes ao longo do tempo. A primeira definição de empreendedorismo é creditada a Marco Polo, sendo o empreendedor aquele que assume os riscos de forma ativa, físicos e emocionais, e o capitalista assume os riscos de forma passiva. Na Idade Média, o empreendedor deixa de assumir riscos e passa a gerenciar grandes projetos de produção principalmente com financiamento governamental. No séc. XVII, surge a relação direta entre assumir riscos e o empreendedorismo, e a criação do próprio termo ‘empreendedorismo’, que diferencia o fornecedor do capital, capitalista, daquele que assume os riscos, empreendedor. Somente no século XVIII, que capitalista e empreendedor foram complemente diferenciados, certamente em função do início da industrialização. No século XX, tem-se a definição do economista moderno, de Joseph Schumpeter: “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais”. Uma definição mais atual: empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados.

FORMAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR - “Empreendedor nato”: nasce com as características necessárias para empreender com sucesso; - Formação empreendedora por influência familiar, estudo, formação e prática; - Aprendendo a empreender: comportamento pró-ativo, desejo de “aprender a pensar e agir por conta própria, com criatividade, liderança e visão de futuro, para inovar e ocupar o seu espaço no mercado, transformando esse ato também em prazer e emoção”; - Buscam fazer algo inovador ou diferente do que já é feito: ligado diretamente às modificações de processos (ou de produtos) e a falta ou inexistência de controle sobre as formas de execução e recursos necessários para se desenvolver a ação desejada (liberdade de ação). Nem toda ação de risco, sem controle dos processos são empreendedoras, pois nem sempre são inovadoras; - Quatro fatores fundamentais para uma ação empreendedora: visão, energia, liderança e relações; - Os empreendedores são visionários, dotados de idéias realistas e inovadoras, intervêm na realidade e propõem mudanças. O empreendedor desenvolve um papel otimista dentro da organização, capaz de enfrentar obstáculos internos e externos, olhando além das dificuldades, com foco no melhor resultado. - Liderança: para obter êxito em suas atividades, como é o grande responsável em colocar em prática as inovações, métodos e procedimentos que propôs, deverá estimular os envolvidos na realização das atividades, de forma a alcançar as metas traçadas.

O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL   - Ganhou força somente a partir da década de 90 (abertura da economia, e criação de entidades como o SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). - Nasceu por conveniência do governo e sobrevivência de muitos trabalhadores que saíram das grandes estatais após o processo de privatização. Por isso, o governo se propõs a fornecer subsídios, para que empreendedores tivessem a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento e a geração de emprego no Brasil. - Antes, o termo empreendedor era praticamente desconhecido e a criação de pequenas empresas era limitada, em função do ambiente político e econômico nada propício do país. Porém, não significa que não existiram empreendedores, deve-se salientar que muitos visionários atuaram em um cenário obscuro, deram tudo de si, mesmo sem conhecerem formalmente finanças, marketing, organização e outros conteúdos da área empresarial.

Características atuais: - O Brasil possui um nível relativamente alto de atividade empreendedora: a cada 100 adultos, 14,2 são empreendedores; - As mulheres brasileiras são bastante empreendedoras, em comparação a outros países; - A intervenção governamental tem diminuído, mas ainda se manifesta como um fardo burocrático; - A disponibilidade de capital no Brasil se ampliou, mas muitos ainda percebem a obtenção de capital como difícil e custosa, e os programas de financiamento existentes não são bem divulgados; - A falta de tradição e o difícil acesso aos investimentos continuam a ser principais impedimentos à atividade empreendedora (o brasileiro não tem o hábito de fazer planos para o longo prazo); - O tamanho do país e suas diversidades regionais exigem programas descentralizados e uma abordagem localizada do capital de investimento e dos programas de treinamento; - Infra-estrutura precária e pouca disponibilidade de mão-de-obra qualificada têm impedido a proliferação de programas de desenvolvimento de novos negócios fora dos centros urbanos; - O ambiente político e econômico tem aumentado o nível de risco e incerteza sobre a estabilidade e o crescimento. Contudo, a consolidação do capital de risco e o papel do Angel (“anjo”- investidor pessoa física) também estão se tornando realidade, motivando o estabelecimento de cenários otimistas para os próximos anos; - Existe uma necessidade de aprimoramento no sistema educacional como um todo, que estimulará a cultura empreendedora entre os jovens adultos; - Problemas na proteção legal dos direitos de propriedade intelectual, altos custos para registros de patentes no país e fora e falhas nos mecanismos de transferência tecnológica atrapalham. As universidades ainda estão isoladas da comunidade de empreendedores.

EMPREENDEDOR X ADMINISTRADOR Uma das grandes diferenças entre o empreendedor e as pessoas que trabalham em organizações é que o empreendedor define o objeto que vai determinar seu próprio futuro. Ou seja, apesar das similaridades nas funções empreendedoras e administradoras, conceituadas desde a abordagem clássica pelos atos de planejar, organizar, dirigir e controlar existe o diferencial visionário característico dos empreendedores. Segundo Dornelas (2001), “as diferenças entre os domínios empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões distintas de negócio: orientação estratégica, análise das oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial”.

Dimensões-chave do negócio DOMÍNIO EMPREENDEDOR Dimensões-chave do negócio   DOMÍNIO ADMINISTRADOR Mudanças Rápidas: Tecnológicas Valores sociais Regras políticas Dirigido pela percepção de oportunidades Orientação estratégica Dirigido pelos recursos atuais sob controle Critérios de medição de desempenho; sistemas e ciclos de planejamento. Orientações para ação; decisões rápidas; gerenciamento de risco. Revolucionário com curta duração Análise de oportunidades Revolucionário de longa duração Reconhecimento de várias alternativas; negociação da estratégia; redução do risco. Falta de previsibilidade das necessidades; falta de controle exato; necessidade de aproveitar mais oportunidades; pressão por mais eficiência. Em estágios periódicos com mínima utilização em cada estágio Comprometimento dos recursos Decisão tomada passo a passo, com base em um orçamento. Redução dos riscos pessoais; utilização de sistemas de alocação de capital e de planejamento formal. Risco de obsolescência; necessidade de flexibilidade. Uso mínimo dos recursos existentes ou aluguel dos recursos extras necessários Controle dos recursos Habilidade no emprego dos recursos Poder, status e recompensa financeira; medição da eficiência; inércia e alto custo das mudanças; estrutura da empresa. Coordenação das áreas-chave de difícil controle; desafio de legitimar o controle da propriedade; desejo dos funcionários de serem independentes. Informal, com muito relacionamento pessoal. Estrutura gerencial Formal, com respeito à hierarquia. Necessidade de definição clara de autoridade e responsabilidade; cultura organizacional; sistemas de recompensa; inércia dos conceitos administrativos.

Administração e Empreendedorismo em RH. E aí Administração e Empreendedorismo em RH ??????? E aí ??????? A área de Gestão de Pessoas tem ainda muita oportunidade a ser explorada. A área tem ganhado mais atenção... Vamos pensar agora...