Exames complementares e relatórios médicos

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Transcrição da apresentação:

Exames complementares e relatórios médicos MILTON TAKEUTI 2010

Avaliação especializada Avaliação otorrinolaringológica Avaliação vocal Exames complementares: Espelho de Garcia, Nasofibroscopia, Telelaringoscopia ou Estroboscopia laríngea? Relatórios

Avaliação vocal Rouquidão Aspereza Soprosidade Tensão Grau geral - Escala analógico visual

Régua da EAV 35.5 50.5 90.5 Normal Alterado VNQV: Variabilidade normal da qualidade vocal

Estruturas de ressonância MUCOSA LARÍNGEA FECHAMENTO GLÓTICO FOLE PULMONAR POSICIONAMENTO DAS ESTRUTURAS CERVICAIS

Diagnóstico – laringoscopia indireta

Nasofaringolaringoscopia

Laringoscopia / Estroboscopia

Nasofaringolaringoscopia

Telelaringoscopia

FECHAMENTO GLÓTICO

Estroboscopia

Sensibilidade Variabilidade Gravação Custo Avaliação vocal Alta Inter observadores +/- Médio Espelho laringe Baixa Não Baixo Endoscopia flexível Média Sim Telescópio rígido Estroboscopia Muito alta Alto

EMG

EMG

RELATÓRIO MÉDICO

Relatórios médicos Aspectos formais Identificação Data Anamnese Exame físico Avaliação vocal Exames laríngeos

Relatórios médicos Conteúdo Diagnóstico Tratamento proposto Diagnóstico anatômico Diagnóstico funcional – qualidade da voz Tratamento proposto Tempo de tratamento e provável evolução Afastamento necessário Tempo de retorno para reavaliação

Diagnóstico anatômico x diagnóstico funcional Lesão laríngea x qualidade vocal Voz = fatores laríngeos + fatores extra-laríngeos

Laringite “Vamos ver alguns exemplos do que pode acontecer com as cordas vocais, quando elas estão doentes… Por exemplo, quando pegamos uma gripe forte e ficamos com rouquidão o que pode estar acontecendo com as cordas vocais é algo assim… As cordas podem ficar inchadas e inflamadas… Isso prejudica a vibração das cordas vocais e impede que a voz saia normal. Mas essa inflamação geralmente é passageira, assim como a gripe. Desde que alguns cuidados sejam tomados, conforme a inflamação vai diminuindo, a voz tb. vai melhorando…”

Hemorragia “Às vezes, um vaso sanguíneo da corda vocal pode se romper causando uma hemorragia dentro da corda… Felizmente, isso não é muito comum, mas pode acontecer em quem abusa da voz: P.e., depois de um grito violento ou em quem fala muito quando gripado, principalmente se a pessoa tiver facilidade de sangramento… Esses quadros também tendem a melhorar, desde que tratados devidamente e desde que a pessoa tome cuidado com as cordas vocais e deixe elas “descansarem”… Mas se isso não é feito, as cordas vocais podem ficar “duras” e a voz pode ficar alterada para sempre.” [nota: optou-se por hemorragia, ao invés de hematoma, por considerarmos um termo de mais fácil compreensão…]

Nódulos (“calos”) “Os nódulos (ou “calos”) das cordas vocais geralmente acontecem nas pessoas que estão sempre abusando da voz… Eles surgem por um mecanismo parecido com o que ocorre quando usamos um sapato apertado por muito tempo… O lugar que é machucado constantemente acaba desenvolvendo um “calo”. Naquelas pessoas que abusam da voz, as cordas vocais ao invés de apenas se encostarem suavemente durante a vibração, acabam batendo uma na outra (como vimos, cerca de 100-300x/seg!)… O resultado é a formação dos nódulos vocais... Os nódulos prejudicam a vibração das cordas vocais e deixam a voz rouca… Eles não costumam desaparecer sozinhos e devem ser tratados para que a voz melhore”

Pólipos “Um pólipo é como um pequeno caroço que fica pendurado na corda vocal. Ele também é mais comum em pessoas que não tomam cuidado e abusam da voz. Como ele não deixa as cordas vocais fecharem adequadamente, a voz tende a ficar rouca. O pólipo também não costuma desaparecer sozinho e precisa ser tratado para que a voz melhore.”

Cisto vocal

Carcinoma “Finalmente, (e é o que todo mundo tem medo quando tem alguma doença, é que ela seja um câncer…) O câncer de laringe pode estar localizado na corda vocal. Dessa forma, o tumor atrapalha a vibração da corda vocal e o primeiro sintoma da doença pode ser a rouquidão.

Carcinoma extenso

Definições O que é voz normal ? Voz adaptada estabilidade resistência ao uso específico, laborativo e/ou social Alterações da qualidade vocal leves EAV menor que 35 mm

Definições Disfonia Deficiente Vocal Dificuldade ou alteração na emissão natural da voz Deficiente Vocal Incapacidade de desenvolver a função fonatória na comunicação verbal, em caráter permanente e irreversível

Definições Laringopatia Relacionada ao Trabalho origem no uso inadequado da voz ou outra sobrecarga ao aparelho fonador em decorrência da atividade laborativa e/ou ambiente de trabalho qualidade, estabilidade e resistência

Tipos de disfonias Funcionais (ou primárias): quando o uso da voz é a causa da disfonia; - Comportamentais: uso incorreto da voz uso abusivo da voz psicogênicas - Inadaptações: funcionais orgânicas Orgânico-funcionais: quando o uso da voz gera lesões nas estruturas envolvidas na produção vocal; Orgânicas (ou secundárias): quando a voz apenas reflete uma alteração cuja causa independe da produção vocal

MECANISMO EVOLUTIVO DE UMA DISFONIA FUNCIONAL Aumento de demanda vocal Fadiga vocal Laringe normal ou lesão laríngea compensada Diminuição da eficiência da voz Fatores emocionais Stress Lesão laríngea Aumento do esforço vocal

Aspectos emocionais Ansiedade / stress Descontentamento com a atividade Descontentamento com o ambiente de trabalho Relação familiar

Tratamento proposto x tempo de evolução Abordagem terapêutica adequada impacta diretamente na evolução da disfonia Tempo de evolução  ????

Disfonia Feminino, 25 anos, TMKT, cansaço vocal durante o atendimento há 6 meses. Freqüentemente era dispensada do trabalho por ficar rouca. Afastada há 1 semana. Laringoscopia normal.

Disfonia Situação 1 Diagnósticos: Refluxo laringo-faríngeo, disfonia funcional Tratamento: Fonoterapia, Omeprazol “Afastamento de atividades com demanda vocal”

Disfonia Situação 2 Diagnósticos: Disfonia funcional hiperfuncional por tensão músculo-esquelética, refluxo laringo-faríngeo associado a alteração de hábito alimentar, contraturas da musculatura cérvico-escapular. Tratamento: Orientação alimentar, Omeprazol por 3 semanas, fonoterapia, fisioterapia “Pausas de 10 minutos a cada hora”, por 30 dias

Afastamento necessário Redução da demanda vocal / pausas Troca temporária de função Afastamento do trabalho

Em resumo: Diagnóstico laríngeo x exame endoscópico Grau da disfonia x diagnóstico laríngeo Diagnóstico extra-laríngeo Aspectos emocionais Tratamento rápido e adequado Acompanhamento do tratamento Menor afastamento possível

Fluxograma do PCV Tratamento médico Orientações higiene vocal Fonoterapia preventiva Ações para melhora ambiental Avaliação admissional Exame ORL Avaliação vocal Avaliação psicológica Exame endoscópico Exame periódico Tratamento Reavaliações periódicas do programa através da análise das séries históricas

OBRIGADO. m.takeuti@uol.com.br