Profa. Tânia Torraca, MD, M Sc.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Segurança e Saúde no Trabalho
Advertisements

Engenharia e Segurança do Trabalho
Uma viagem rumo ao conhecimento.
CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA
PROTEÇÃO AUDITIVA Segurança em Primeiro Lugar
EMISSÃO DE CAT NA EXPOSIÇÃO AO RUÍDO
Audiometria Questões Polêmicas
AGENTES FÍSICOS UNILINS FUNDAÇÃO PAULISTA DE TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
AGENTES FÍSICOS RUÍDO CALOR RADIAÇÕES IONIZANTES
BOM DIA.
Proteção Auditiva.
Efeitos do Ruído No Homem
Perdas Auditivas Ocupacionais
Perda Auditiva Induzida pelo Ruído
Deficiências Auditivas
FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM
“Orientações para o gerenciamento audiométrico na empresa”
RUÍDO Rogerio Sgura Minnicelli R2-Medicina do Trabalho
FTST Formação Técnica em Segurança do Trabalho
Seminário Nacional sobre Acidente de Trabalho e Saúde Ocupacional
SE AS CRÍTICAS DIRIGIDAS
PAIR.
Envelhecimento do Sistema Auditivo – Mito ou Verdade?”
DEFICIÊNCIA AUDITIVA O QUE É? Jean Buss Bruno Glória Marcelo Azevedo
ENFª DO TRABALHO JAMILIE SENA
EFEITOS DO RUÍDO SOBRE OS SERES HUMANOS
PERDA AUDITIVA.
PCA – Programa de Conservação Auditiva
Condutas Técnicas em Saúde Auditiva do Trabalhador
Principais Normas Regulamentadoras
Retrospectiva e Avanços em Saúde Auditiva do Trabalhador
SEGURANÇA DO TRABALHO E SAUDE OCUPACIONAL
Asymmetric vestibular evoked myogenic potentials in unilateral Menière patients Eur Arch Otorhinolaryngol (2011) 268:57–61 DOI /s
EFICÁCIA DO AASI NA MELHORA DO ZUMBIDO
Mercedes F. S. Araújo; Carlos A. Oliveira; Fayez M. Bahmad.
HIGIENE OCUPACIONAL.
Fernanda Ferreira Caldas
MEDICINA DO TRABALHO Prof. José Trad Neto Medicina do trabalho
VIGILÂNCIA DA PAIR NO SUS História Recente
Agentes Físicos 1º Período
NORMA REGULAMENTADORA 07
TREINAMENTO SOBRE PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO - PAIR.
P A I R Palestra: SIPAT – RP MANGUINHOS – 1998
DEFICIÊNCIA AUDITIVA OU SURDEZ
Secretaria Municipal de Recursos Humanos
PREVENÇÃO DE DOENÇAS PROFISSIONAIS
Condutas Técnicas em Saúde Auditiva do Trabalhador: Consolidação da NR-7 e NR-15 Marcos Aurélio Hartung.
Segurança Ocupacional
MSc. Ana Beatriz Ribeiro
Perda Auditiva Induzida Pelo Ruído
Fernanda Ferreira Caldas
TESTE DA ORELHINHA.
EMISSÕES OTOACÚSTICAS TRANSIENTES
PCA – Programa de Conservação Auditiva
Perda Auditiva no Ambiente de Trabalho
Profa Alessandra Ap. Sanches
FONOAUDIOLOGIA SAÚDE AUDITIVA
PONTIFICA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
PAIR / PAINPSE Esther Araújo.
Rosemeire Souza Fonoaudióloga Especialista em Audiologia.
Higiene do trabalho “Conjunto de normas e procedimentos voltado para a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes.
Programando o Atendimento das Pessoas com Diabetes Mellitus
PAIR – Como avaliar a contribuição de causas não ocupacionais
Quando realizar monitoramento biológico de exposição Dr. José Tarcísio Penteado Buschinelli Médico Coordenador de Saúde Ocupacional Unimed - S.O.U. UNIMED.
Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados PAINPSE
P.C.A..
PCMSO NR.07 Port (Controle Médico de Saúde Ocupacional) Integrantes do Grupo 1.Lusivan Edison Andrea Shirlei
ANAMNESE OCUPACIONAL Maria Izabel de Freitas Filhote 2012 defesadotrabalhador.blogspo...trabalhadores.jpg412 x k - jpg.
Perda Auditiva Induzida Por Ruído Ocupacional (PAIR-O)
P A I R Palestra: SIPAT – RP MANGUINHOS – 1998
Transcrição da apresentação:

Profa. Tânia Torraca, MD, M Sc. P A I R Palestra: SIPAT – R P MANGUINHOS – 1998 Profa. Tânia Torraca, MD, M Sc. Otorrinolaringologista, Prof. F. Medicina - UFRJ Alberto José de Araújo, MD, M Sc. Médico do Trabalho & Saúde Pública – HUCFF/UFRJ Doutorando em Engenharia de Produção – Coppe/UFRJ

Perda Auditiva Induzida por Ruído: Conceitos Perda auditiva por exposição a ruído do trabalho Perda auditiva profissional Surdez ocupacional Perda auditiva induzida por ruído ocupacional Perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevada Perda auditiva ocupacional Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Perda Auditiva Ocupacional: Agentes Causais Ruído Industrial Produtos Químicos: Solventes aromáticos: tolueno, xileno, benzeno, triclororoetileno, álcool etílico Metais: chumbo, arsênico, mercúrio Asfixiantes: monóxido de carbono, nitrato de butila.butila Vibrações Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br História Sibaritas (720 aC) artesãos gregos, criaram “distrito Industrial “ Júlio César (50-44 aC) proibição de rodar a noite os veículos pesados Caio Plínio Secundus (23 dC) autor da obra clássica ‘Naturalis historia” Chineses (Idade Média séc XII) descoberta da pólvora, introdução em conflitos militares Séc XVII surdez dos ferreiros, caldeireiros. Revolução Industrial: surdez dos ferroviários, tecelões. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br Características Perda auditiva é irreversível, neurossensorial, predominância coclear História prolongada de exposição a níveis de ruídos elevados (>85 dB 8 horas por dia) Perda auditiva gradual num período de 6 a 10 anos de exposição Inicia-se nas freqüências altas, ordem 6, 4, 8, 3, 2 KHz ou 4, 6, 8, 3, 2 KHz Equivalentes nas duas orelhas Deve estabilizar-se quando cessa a exposição a ruídos Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Tipos de alterações auditivas provocadas pelo ruído Trauma Acústico Exposição aguda. Causa: som explosivo instantâneo, com pico de pressão sonora muito elevado. Natureza das lesões: mecânicas. Atividades de risco: exercícios com tiro (militares). Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Tipos de alterações auditivas provocadas pelo ruído PAIR – Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Exposição crônica Doença cumulativa e insidiosa Cresce ao longo dos anos de exposição Associada ao ambiente de trabalho As lesões: mecânicas e metabólicas. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Tipos de alterações auditivas provocadas pelo ruído TTS Perda Auditiva Temporária Desvio Temporário dos Limiares PTS Desvio permanente dos limiares. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br Sinais e Sintomas Auditivos 1- Perda Auditiva 2- Zumbidos 3- Dificuldade de discriminação Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br Sinais e Sintomas Transtornos Não-Auditivos 1- Comunicação 2- Neurológicos 3- Vestibulares 4- Digestivos 5- Comportamentais 6- Cardiovasculares Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Avaliação Diagnóstica Anamnese - Historia do Trabalho - Historia Familiar - Uso prévio de ototóxicos - Queixas de zumbidos, hipoacusia etc. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Avaliação Diagnóstica Exames - Otoscopia - Audiometria Tonal e Vocal - Impedanciometria - Potenciais Evocados: BERA e EOA. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Avaliação Diagnóstica Preparo para Audiometria: Repouso Acústico: antes da jornada de trabalho ou 14/16 horas após. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Classificação das Perdas Auditivas Sua caracterização clínica e médico pericial é de complexa abordagem. Utiliza-se a classificação de MERLUZZI (1979), de grande vantagem, não utiliza o critério de médias de freqüências e fácil aplicabilidade. Ë considerado normal o indivíduo que apresenta um limiar auditivo bilateral igual ou inferior a 25 dB, conforme a ISO 1999. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Perda Auditiva de 1o. Grau Média Tritonal O.E.: 10dB O.D.: 10dB Discriminação O.E.: 100% O.D.: 100% Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Perda Auditiva de 2o. Grau Média Tritonal O.E.: 15 dB O.D.: 18 dB Discriminação O.E.: 96% O.D.: 96% Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Perda Auditiva de 3o. Grau Média Tritonal O.E.: 25 dB O.D.: 30 dB Discriminação O.E.: 100% O.D.: 100% Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Perda Auditiva de 4o. Grau Média Tritonal O.E.: 46 dB O.D.: 48 dB Discriminação O.E.: 80% O.D.: 48% Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Perda Auditiva de 5o. Grau Média Tritonal O.E.: 61dB O.D.: 40dB Discriminação O.E.: 80% O.D.: 100% Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

TRATAMENTO A PAIR é uma lesão irreversível! Não existe nenhum tipo de tratamento clínico ou cirúrgico para a recuperação dos limiares Auditivos. A PREVENÇÃO é a principal medida a ser tomada antes de sua instalação. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

PREVENÇÃO A Lei obriga as empresas e os profissionais da área de saude e segurança a implementar e gerenciar programas de prevenção e de progressão da perda auditiva. PREVENÇÃO COLETIVA: clausura de processos industriais. PREVENÇÃO INDIVIDUAL: EPI (abafador e/ou protetor auricular). Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PERDAS AUDITIVAS De acordo com a NR-9 da Portaria no. 3214 do Ministério de Trabalho, toda a empresa deve ter um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e de Conservação Auditiva (PCA). Em 1996, a NIOSH, publicou o guia prático para prevenção da perda auditiva ocupacional. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br

Comunicação de Acidente de Trabalho Toda perda auditiva ocupacional – PAIR deve ser notificada ao INSS com a emissão de CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho. Consultoria em Saúde Ocupacional ajaraujo@ig.com.br