NOÇÕES DE ELETROCARDIOGRAFIA Dr. Gláucio Galeno Centro de telessaúde HC-UFMG
O ELETROCARDIOGRAMA É O REGISTRO DA ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO Centro de telessaúde HC-UFMG
Aplicações do Eletrocardiograma Centro de telessaúde HC-UFMG Isquemia miocárdica e infarto Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares Arritmias Efeito de medicamentos Ex.Digital Alterações eletrolíticas Ex. Potássio Funcionamento de marca-passos mecânicos Centro de telessaúde HC-UFMG
O Eletrocardiograma no Diagnóstico das Cardiopatias Insuficiência cardíaca + Hipertensão Arterial + Arritmias Cardíacas ++++ Bloqueios Cardíacos ++++ Infarto Agudo do Miocárdio ++++ Isquemia Miocárdica ++ Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Um paciente hígido pode ter um ECG alterado; e um cardiopata pode ter um ECG normal. Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG O Desenvolvimento da Eletrocardiografia Centro de telessaúde HC-UFMG
Histórico da Eletrocardiografia Augustus Waller (1887) Eletroscópio capilar com eletrodos precordiais Willeim Einthoven (1903) Galvanômetro de corda (P. Nobel Medicina e Fisiologia em 1924) Permitiu o emprego de eletrodos periféricos Derivações bipolares dos membros ( I, II ,III ) Triângulo equilátero - centro elétrico do coração Nomenclatura das ondas P, QRS, T Centro de telessaúde HC-UFMG
As Ondas do Eletrocardiograma Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Vetores – + Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Projeção Vetorial Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Projeção Vetorial Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Projeção Vetorial Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Derivações A - B + A + B – C + D – C - D + A C D B Centro de telessaúde HC-UFMG
Triângulo de Einthoven Centro de telessaúde HC-UFMG
Derivações de Einthoven Centro de telessaúde HC-UFMG
Histórico da Eletrocardiografia Wilson (1934) Central terminal de potencial zero Desenvolvimento das derivações “unipolares”- derivações V American Heart Association - Cardiac Society of Great Britain and Ireland 1938 Padronização das derivações precordiais V1-6 Kossan e Johnson 1935 Derivações Vr, Vl ,Vr Golberger (1942) Derivações aVR, aVL, aVF Centro de telessaúde HC-UFMG
Derivações do Plano Frontal Centro de telessaúde HC-UFMG
Eixos das Derivações do Plano Frontal Centro de telessaúde HC-UFMG
Derivações do Plano Horizontal V1 - Quarto espaço intercostal linha para esternal direita V2 - Quarto espaço intercostal linha para esternal esquerda V3 - Entre V2 e V4 V4 - Quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular V5 - Quinto espaço intercostal linha axilar anterior V6 - Quinto espaço intercostal, linha axilar média Centro de telessaúde HC-UFMG
Derivações do Plano Horizontal Centro de telessaúde HC-UFMG
O Registro Eletrocardiográfico Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Causas de ECG de baixa voltagem (QRS 5 mm nas derivações periféricas ou 10 mm nas precordiais) Enfisema Anasarca Pneumotórax Derrame Pleural Pericárdico Obesidade Hipotireoidismo Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG A Interpretação do Eletrocardiograma Centro de telessaúde HC-UFMG
Interpretação do Eletrocardiograma Informações do paciente Idade Dados clínicos Identificar as derivações Observar a qualidade do traçado Ausência de interferência elétrica Ausência de tremor muscular Identificar a onda P, o complexo QRS e a onda T Centro de telessaúde HC-UFMG
Interpretação do Eletrocardiograma Identificar o ritmo cardíaco Ritmo sinusal ENLACE A/V Uma onda P precedendo cada QRS Cada QRS antecedido por uma onda P Calcular a freqüência cardíaca Freqüência cardíaca normal entre 60 e 100 spm. Centro de telessaúde HC-UFMG
Determinação da Freqüência Cardíaca Centro de telessaúde HC-UFMG 10 mm 150 spm 15 mm 100 spm 20 mm 75 spm 25 mm 60 spm DIVIDIR 1500 PELO NÚMERO DE QUADRADINHOS ( MM) (Cada quadradinho dura 0,04s, o que dá em 1 minuto (60s) 1.500 quadradinhos) Centro de telessaúde HC-UFMG
Interpretação do Eletrocardiograma ONDA P Morfologia Arredondada monofásica Ponteaguda (amplitude normal) Taquicardias, Crianças V1 em 50% é difásica, plus-minus Duração ( D II) Até 0,11 sec (adultos) Amplitude Até 0,25 mv. Eixo Entre +300 e + 700 ( média + 500 ) Onda P sempre deve ser positiva em D I Centro de telessaúde HC-UFMG
Ativação atrial normal Centro de telessaúde HC-UFMG
Onda P normal e nas sobrecargas: Centro de telessaúde HC-UFMG Atrial esquerda Sobrecarga Atrial direita Centro de telessaúde HC-UFMG
Interpretação do Eletrocardiograma INTERVALO P-R Medir do início da onda P ao início do QRS Varia de acordo com a idade e a freqüência cardíaca 0,12s (adultos) Síndrome de Wolff Parkinson White Estímulo não é sinusal 0,20 Bloqueio A/V Bloqueio A/V de primeiro grau Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Intervalo P-R P-Ri Centro de telessaúde HC-UFMG
Intervalo P-R: normal e alterado: Aumentado: BAV Curto: Pré-excitação Centro de telessaúde HC-UFMG
Interpretação do Eletrocardiograma COMPLEXO QRS Morfologia variável A ativação ventricular é representada por 3 vetores O coração pode apresentar rotação sobre os seus eixos Amplitude variável O vetor médio no plano frontal está ao redor de + 600 Varia de – 400 a + 1300 Duração de até 0,11 s duração: bloqueio de ramo (E ou D) Centro de telessaúde HC-UFMG
QRS: Normal e alterado: BRD BRE
Vetores da Despolarização Ventricular Centro de telessaúde HC-UFMG
Interpretação do Eletrocardiograma SEGMENTO ST Vai do fim do QRS (ponto J) ao início da onda T Deve estar no mesmo nível do PR Alterações do ST Supradesnivelamento Lesão miocárdica ( fase inicial do IAM) Pericardite aguda Infradesnivelamento Ação digitálica Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Segmento ST Segmento ST normal Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Segmento ST: Normal Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Segmento ST Infradesnivelamento de ST Centro de telessaúde HC-UFMG
Segmento ST. Infradesnivelamento:
Centro de telessaúde HC-UFMG Segmento ST Supradesnivelamento de ST Centro de telessaúde HC-UFMG
Segmento ST. Supradesnivelamento: Centro de telessaúde HC-UFMG
Interpretação do Eletrocardiograma ONDA T É uma onda única, assimétrica Ramo ascendente mais lento que o descendente Ápice arredondado Seu vetor normalmente acompanha o vetor 2e A isquemia miocárdica modifica a onda T Onda T positiva apiculada: Isquemia sub-endocárdica Onda T negativa e apiculada: Isquemia sub-epicárdica A amplitude e a duração não são medidas Mede-se o QT Vai do início do QRS ao fim da onda T Pode estar alterado em distúrbios eletrolíticos e por medicamentos Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Onda T Onda T normal Centro de telessaúde HC-UFMG
Onda T normal e variantes: Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Onda T Isquemia sub-epicárdica Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Onda T Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Onda T Isquemia sub-endocárdica Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Onda T Centro de telessaúde HC-UFMG
O Eletrocardiograma nas Sobrecargas Atriais e Ventriculares Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Onda P normal Morfologia Arredondada monofásica Ponteaguda (amplitude normal) Taquicardias, Crianças V1 em 50% é difásica, plus minus Duração ( D II) Até 0,11 sec (adultos) Amplitude Até 0,25 mv. Eixo Entre +300 e + 700 ( média + 500 ) Onda P sempre deve ser positiva em D I Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga atrial direita Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga atrial direita Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga Atrial Direita Morfologia e Amplitude Ponteaguda e de grande voltagem Duração Normal Eixo Desvio do eixo para a direita onda P pulmonale Em crianças o eixo pode não desviar , onda P congenitale Sinal indireto QRS de baixa voltagem em V1 e maior voltagem em V2 Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga Atrial Esquerda Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga Atrial Esquerda Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga Atrial Esquerda Morfologia Onda P entalhada, bífida ou bimodal ( onda P mitrale ) Duração aumentada, acima de 0,11 sec. Amplitude normal Eixo Geralmente não há desvio do eixo porque o átrio esquerdo e normalmente eletricamente dominante Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Sobrecarga Biatrial Centro de telessaúde HC-UFMG
Vetores da Despolarização Ventricular Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG Nomenclatura do QRS R - Onda positiva do QRS Caso ocorram duas ondas positivas, a primeira será R e a segunda R’ S - Onda negativa que sucede a onda R Q - Onda negativa que precede a onda R QS - QRS com apenas uma onda negativa Geralmente significa infarto do miocárdio Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga Ventricular Esquerda Desvio do eixo do QRS para a esquerda Ocorre em menos de 50% dos pacientes Eixo além de -300 sugere transtornos de condução Indice de Sokolow e Lyon Onda R em V5 ou V6 somada a onda S em V1 ou V2 acima de 35 mm Não pode ser aplicado em crianças ou jovens com torax fino Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga Ventricular Esquerda Centro de telessaúde HC-UFMG Índice de Cornell Onda R de Avl somada a onda S de V3 maior que 28 mm em homens ou 20 mm em mulheres Retificação do ST em V5 e V6 Alterações na onda T Onda T achatada, ou negativa em V5 e V6 sobrecargas de pressão ex. H.A. Onda T positiva e apiculada em V5 e V6 sobrecargas de volume de VE Centro de telessaúde HC-UFMG
Sobrecarga Ventricular Direita Desvio do eixo para a direita É um critério essencial para o diagnóstico. Geralmente está entre +900 e +1800 Derivações precordiais VD com pressão inferior ao VE V1 RS ou rSR’ Precordiais esquerdas normais VD com pressões sistêmicas V1 rsR’ ou R com entalhe inicial Ondas T negativas em V1 Aumento da onda S em V5 e V6 VD com pressões acima das sistêmicas V1 R ou qR Ondas T negativas e siméticas de V1 a V3 Cor pulmonale rS de V1 a V6 Centro de telessaúde HC-UFMG
Centro de telessaúde HC-UFMG ECG prática. Centro de telessaúde HC-UFMG