OUTROS TIPOS DE TERAPIA

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Transcrição da apresentação:

OUTROS TIPOS DE TERAPIA ANA PAULA CARVALHO ORICHIO

Conceito A Eletroconvulsoterapia é a aplicação de corrente elétrica através de eletrodos que são posicionados no couro cabeludo, com a finalidade de induzir a uma crise convulsiva, com o objetivo de tratar os transtornos psiquiátricos.

ELETROCONVULSOTERAPIA - ECT 1934 – convulsões induzidas por cânfora e cardiozol, (acopanhadas de angústia, taquicardia e terror); 1938 – primeira aplicação de eletrochoque para tratamento dos sintomas de catatonia (riscos de fraturas devido as contrações musculares; 1951 – associação da succinilcolina e barbitúricos para prevenir as contraturas musculares;

INDICAÇÕES DA ECT Não deve ser considerado como último recurso terapêutico; Depressão Maior – Principalmente nos casos de gestação. Nas depressões acompanhadas de episódios de catatonia, insônia, risco iminente de suicídio e /ou resistentes a tratamento farmacológico; Mania Psicótica, furor maníaco, episódio misto de difícil tratamento;

INDICAÇÕES DA ECT Esquizofrenia – Principalmente nos casos com sintomas produtivos, nas formas com notável agitação psicomotora e nas formas catatônicas em especial. A combinação da ECT com antipsicóticos atípicos tem sido testada com eficácia e segurança; há estudos com a risperidona e outros neurolépticos (Hirose et al., 2001).

INDICAÇÕES DA ECT Catatonia – que acompanham doenças como lúpus eritematoso, síndrome neuroléptica maligna, esquizofrenia, melancolia e doença bipolar (Fink, 1996); Outras condições psicóticas associadas ao puerpério; Epilepsias refratárias; Doença de Parkinson refratária.

CONDIÇÕES CLÍNICAS QUE REQUEREM CUIDADOS ESPECIAIS DURANTE A ECT Infarto recente do miocárdio, angina instável, doenças coronarianas, insuficiência cardíaca congestiva; Aneurismas ou malformações vasculares que possam se romper com o aumento da pressão arterial; Tumores cerebrais, AVC recente, DPOC, pneumonia, asma não controlada.

CRITÉRIOS PARA UMA ECT EFICAZ As convulsões devem ter uma certa duração para que sejam eficazes, aquelas abaixo de 15 a 20 seg. não são terapêuticas; As convulsões não podem ultrapassar 180 seg. Caso isto ocorra devem ser abortadas com a administração de BZD (midazolan); Convulsões produzidas por cargas muito acima do limiar convulsígeno podem desencadear perda da memória.

PARÂMETROS RECOMENDADOS PARA HOMENS E MULHERES Duração do pulso: 1,0 milissegundo; Freqüência: 60 hertz; Duração total da cadeia de estímulos: 2,0 segundos; Corrente: 800 miliamperes; Carga: 192 milicoulombs; Energia estimada: 33,8 joules;

PARÂMETROS RECOMENDADOS PARA HOMENS E MULHERES Duração do pulso: 1,0 milissegundo; Freqüência: 90 hertz; Duração total da cadeia de estímulos: 2,0 segundos; Corrente: 800 miliamperes; Carga: 288 milicoulombs; Energia estimada: 50,7 joules;

ALTERAÇÕES AUTONÔMICAS DURANTE A ECT Após a aplicação do estímulo elétrico, seguem-se quatro fases: 1. estimulação parassimpática, com queda da pressão arterial, bradicardia; 2. estimulação simpática com aceleração cardíaca e aumento da pressão arterial; 3. o sistema parassimpático é novamente ativado ao final da fase clônica; 4. quando o paciente acorda, ocorre uma segunda fase de atividade simpática.

AVALIAÇÃO PRÉVIA DOS PACIETES Traçar uma linha de base para se avaliar os efeitos terapêuticos do ECT; Avaliar as funções cognitivas, em especial a memória;

EXAMES COMPLEMENTARES Dosagem de hemoglobina e hematócrito; Glicemia de jejum, uréia, creatinina, sódio e potássio; Eletrocardiograma; Avaliação das funções hepáticas; Eletroencefalograma e fundoscopia ocular.

Efeitos adversos Mortalidade e morbidade da ECT são menores do que a administração de antidepressivos; Efeitos cardiovasculares; Efeitos sistêmicos: náuseas, vômitos, cefaléias, fraqueza, sonolência, anorexia podem ocorrer ocasionalmente; Efeitos cognitivos: confusão e perturbação da memória após e durante o tratamento; Não existem evidências de que a ECT cause danos estruturais no cérebro.

Cuidados de enfermagem na ECT Educação e apoio emocional a família e ao paciente que se submeterá a ECT; Registrar e discutir com a equipe as experiências anteriores da família acerca da ECT; Indagar ao paciente e seus familiares todas as crenças, dúvidas e mitos acercar deste tipo de terapia; Oferta de apoio emocional e orientação quanto ao tratamento;

Cuidados de enfermagem pré-procedimento Avaliar o protocolo antes do procedimento; Preparar o espaço para a realização da ECT; Preparar o material adequado: gel, aparelho de ECT, equipamento para monitoramento dos sinais vitais, oxímetro de pulso, aparelho de PA, suprimentos para punção venosa periférica, cânula de guedel, equipamento de ventilação artificial, material de parada cardíaca, medicamentos de emergência solicitados pelo anestesista; O paciente deverá urinar antes do procedimento; Manter o paciente em jejum de 6 a 8 horas antes do procedimento para evitar aspiração de alimentos; Oferecer as medicações com pequenos goles de água; Remover todas as próteses: dentadura, óculos, lentes de contato, etc. Os cabelos devem estar limpos e secos e sem quaisquer ornamentos;

Cuidados de enfermagem durante o procedimento Encaminhar o paciente a sala de procedimento acompanhado da enfermagem, deambulando ou em cadeiras de rodas (SOS); O enfermeiro deve acompanhar todo o procedimento; Puncionar acesso venoso; Prender o oxímetro de pulso; Prender os eletrodos para monitorização cardíaca; Prender o esfignomanômetro para monitoração da pressão arterial; Limpar as áreas no crânio para aposição dos eletrodos; Aplicar gel nos eletrodos que serão posicionados em ambas as têmporas; Monitorar os sinais vitais durante todo o procedimento;

Cuidados de enfermagem após o procedimento Encaminhar o paciente para a sala de recuperação; Monitorar sinais vitais rigorosamente; Manter a segurança para evitar quedas do leito; Oferecer conforto verbal, pois ele pode estar confuso, desorientado ou sonolento; Oferecer um direcionamento breve e distinto pois o paciente pode manter um pensamento concreto no período pós-ictial; Oferecer alimentos tão logo ele esteja desperto e com reflexo de deglutição; Estimular a deambulação para avaliar o tonus muscular; Explicar acerca da perda de memória durante a ECT.