Planejamento: Produzindo Valor Estratégico Gestão Internacional.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Factor de Mobilidade e Investimento Directo Estrangeiro
Advertisements

Globalização, integração, Blocos Econômicos e Acordos do Brasil.
Empreendimentos Internacionais – Aula XII
Empreendimentos Internacionais - V
Sistema de Informação Gerencial
APEC E TIGRES ASIÁTICOS
Negócios Internacionais
Estratégia Empresarial Capítulo 7 Internacionalização
A GLOBALIZAÇÃO (DR 4) O espaço em que vivemos está cada vez mais “pequeno”. Hoje, temos acesso a todas as informações em directo, do furacão à guerra,
Administração Estratégica
Administração Estratégica
O GESTOR DE DESPORTO NA ERA DA MUDANÇA.
A TEORIA DO CICLO DO PRODUTO
Bibliografia: texto [11]
Introdução Comércio exterior Economia internacional Conceitos básicos
ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
O Processo do Planejamento Estratégico Módulo 3
ESTRATÉGIA CORPORATIVA
ECONOMIA PARA ADMINISTRADORES
Gestão do Conhecimento na prática
INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS
Projeto Global - Mercado - o Mundo Inteiro
IA_18_ADM. INTERNAC. _ Estratégias para Atuação Global
Aula 2 Ambiente de Marketing.
LOGÍSTICA Grupo 97..
Comércio Exterior, suas Motivações, Importância, Mercadorias e Países.
Estratégias do agronegócio
PERFIL DA PESQUISA DE MARKETING NA TOMADA DE DECISÕES
Dimensões da Globalização
GESTÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Unidade 4 As forças do mercado Alunos: Grupo 19V Carolina Roberta 09/08151 Eriberto Junior 09/23935 Natália Rocha 09/ Lucas Abdala 09/99857.
Mackenzie Gestão de Negócios na Internet Elaborado por: Arnaldo Ono São Paulo –
02/04/2017 Culturas Cultura é um conjunto de regras e códigos que orientam a conduta e o comportamento de um indivíduo e de seu Grupo.
Planejamento e controle da cadeia de Suprimentos
Tanto as empresas que estão tomando a decisão de se tornarem globais pela primeira vez, quanto as que procuram expandir suas participações nos mercados.
Sistemas de Informação para Planejamento Estratégico
Pensar Globalmente – Agir Localmente
O QUE É GLOBALIZAÇÃO? Processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as.
Seminário Avançado - Eletiva A
Seminário Avançado - Eletiva A
FUNDAMENTOS DE MARKETING ELEMENTOS DO MARKETING
Fernanda Aparecida no 6 Stephanie Padilha no 19 Victoria Gomes no 21
Perspectivas futuras da administração
MICROAMBIENTE FATORES INCONTROLÁVEIS EMPRESA FORNECEDORES CONSUMIDORES
A 1ª questão que uma empresa em expansão deve enfrentar é se exporta ou produz localmente. Ex.: mercados emergentes x países ricos. Fatores a serem considerados.
A busca das universalidades culturais Apesar da música ser unanimidade cultural, isso não significa que a música do mundo seja uniforme: Os 5 maiores mercados.
UMA EMPRESA PARA O COMÉRCIO EXTERIOR
AMBIENTES ORGANIZACIONAIS
Mercado Mundial de Álcool e Flex Fuel Roberto Giannetti da Fonseca Fevereiro de 2004.
Logística Integrada Engenharia de Produção
MARKETING GLOBAL Prof. Ms. Luciane Chiodi.
Capítulo 19 O Mercado Global.
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS
Planejamento da Movimentação de Mercadorias: Estratégia Logística
Finalidade: desenvolver o comércio de determinada região.
INTERNACIONALIZAÇÃO. A INTERNACIONALIZAÇÃO A internacionalização implica em expandir as atividades da empresa para além das fronteiras nacionais. É uma.
Administração Mercadológica IV
SEGMENTAÇÃO DE MERCADO
Sistemas de Informação e Pesquisa de Marketing Global
Origens e bases do mundo global.
MARKETING Atividade que ajusta a oferta da empresa à demanda do mercado, objetivando atender às necessidades e desejos do consumidor. Sua administração.
GLOBALIZAÇÃO Transformações revolucionárias em todo o mundo estão mudando o modo como as organizações operam. A tecnologia funcionando como desestabilizador.
Prof. MSc. Cláudio Cabral. Segundo Palácios & Sousa (2004, apud Cateora, 1995), “o marketing internacional é a realização das atividades mercadológicas.
GEOGRAFIA DO BRASIL - O TURISMO EM NUMEROS -. Panorama mundial De acordo com a Organização Mundial de Turismo – OMT (2013), as chegadas de turistas internacionais.
ANÁLISE AMBIENTAL - ANÁLISE EXTERNA
COMÉRCIO INTERNACIONAL
10- INTERAÇÃO VENDAS X DISTRIBUIÇÃO 1- O que é trade marketing? Somando a diversificação das mídias, a especialização dos canais de vendas e a dificuldade.
FATORES DETERMINANTES DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Acordo Mercosul – União Europeia Câmara dos Deputados Carlos Eduardo Abijaodi Diretor de Desenvolvimento Industrial 27 de maio de 2014.
Capítulo 4- Desenvolvimento e Subdesenvolvimento
Transcrição da apresentação:

Planejamento: Produzindo Valor Estratégico Gestão Internacional

1. O ambiente global – a economia global está se tornando mais integrada do que nunca.

1.1 A unificação européia – a Europa está integrando-se economicamente para formar o maior mercado do mundo. Na União Européia (UE) o euro foi adotado como moeda oficial desde A UE também trabalha em prol de uma constituição única e permite que a maioria das mercadorias, dos serviços, dos capitais e dos recursos humanos fluam livremente por suas fronteiras. O objetivo da unificação é fortalecer a posição da Europa como uma superpotência econômica. Hoje ela têm 27 membros (e aumentando), uma população de 493 milhões e um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente ao dos EUA.

1.2 A China e o Extremo Oriente – apesar do Japão ainda ser um forte exportador, está claro que o poder econômico em crescimento que deve ser observado é a China, que está no caminho para se tornar o maior produtor e consumidor de muitos dos recursos mundiais. Como um país consumidor, a atração que a China cria nos gestores está na enorme população de 1,3 bilhão de pessoas e em seu crescimento econômico extremamente rápido. O crescimento per capita tem apresentado uma média de 8% por ano desde 1980 e nos últimos anos suas importações cresceram mais de 30% anualmente.

Mas é no papel de uma nação exportadora que a China tem impacto maior. Sua enorme força de trabalho. Combinada com seus custos extremamente baixos, dá a ela imensa vantagem competitiva na manufatura. Na China os custos trabalhistas são de cerca de US$ 0,92 por hora, no México US$ 1,70 e mais de US$ 21 nos EUA. Outros países da região que estão se desenvolvendo rapidamente são a Coréia do Sul, Taiwan e Cingapura. Esses países, juntamente com os EUA, China, Austrália, Rússia e outros países no total de 21, formam o grupo econômico chamado de APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation).

1.3 A América do Norte – o North American Free Trade Agreement – Acordo de Livre Comércio da América uniu as economias do Canadá, EUA e México no maior bloco comercial do mundo com mais de 390 milhões de consumidores e um output total de mais de US$10 trilhões.

1.4 O restante do mundo – áreas enormes e promissoras do mundo – o Oriente Médio, a África e partes da América do Sul e da antiga União Soviética – não participaram da globalização. Essas regiões possuem uma boa parte dos recursos naturais do mundo e ainda não se tem consciência do potencial delas.

2. Conseqüências de uma economia global – (1) Nas últimas décadas a produção e o comércio mundiais cresceram a um ritmo impressionante. Mas o volume dos negócios mundiais cresceu a uma taxa mais veloz do que a da produção mundial. A maioria dos especialistas espera que a concorrência aumente de acordo com a liberação do comércio o que fará com que os participantes mais eficientes sobrevivam; (2) Os investimentos diretos estrangeiros estão desempenhando papel sempre crescente na economia global, à medida que as empresas de todos os tamanhos investem em operações internacionais. O fluxo dos investimentos diretos estrangeiros para países menos desenvolvidos, através de empresas instaladas em países desenvolvidos, tem crescido substancialmente; (3) As importações estão penetrando de forma sempre mais profunda nas maiores economias mundiais. O crescimento das importações é um subproduto natural do crescimento do comércio mundial e da tendência à produção de componentes – ou até mesmo de produtos completos – no exterior antes de trazê-los de volta pra a venda final; e (4) O crescimento do comércio mundial, os investimentos diretos estrangeiros e as importações fazem que as empresas por todo o mundo estejam com seus mercados domésticos sob ataque de concorrentes estrangeiros.

O que tudo isso significa para o gestor? Comparando-se com alguns anos atrás, as oportunidades são maiores, porque o movimento em direção ao livre mercado abriu muitos mercados nacionais anteriormente protegidos. O potencial para exportação e para investimentos diretos no exterior é maior hoje do que em qualquer época. O ambiente está mais complexo, pois os gestores atuais têm de lidar com os desafios de realizar negócios em países com culturas radicalmente diferentes e coordenar operações espalhadas por todo o planeta. O ambiente é mais competitivo porque, além dos concorrentes domésticos, o gestor tem de lidar com os concorrentes estrangeiros eficientes em custos.

2.1 O papel da terceirização

Terceirização – contrato de fornecedor externo para produzir um ou mais de seus produtos ou serviços.

Offshoring – terceirização para fornecedor de outro país. Um estudo prevê que, em 2015, mais de 3 milhões de postos de trabalho nos EUA serão transferidos para fora do país.

3. Estratégia global

3.1 Pressões para a integração global – (1) As necessidades universais criam fortes pressões para uma estratégia global. As necessidades universais existem quando os gostos e as preferências dos consumidores em diferentes países, com relação a um produto, são semelhantes. Os produtos que atendem necessidades universais requerem pequenas adaptações nos mercados nacionais; (2) As pressões competitivas para a redução de custos podem forçar os gestores a integrarem globalmente a manufatura. Isso é particularmente importante se os principais concorrentes internacionais estiverem sediados em países onde a mão-de-obra e outros custos operacionais forem baixos. Nesse caso, os produtos tendem à padronização e a serem fabricados em poucos locais para capturar economias de escala; e (3) A presença de concorrentes engajados em uma coordenação estratégica global é outro fator que cria pressões para a integração global. A competição global cria pressões para centralizar na sede da empresa algumas decisões tomadas por diferentes subsidiárias.

3.2 Pressões por uma capacidade de resposta local – em algumas circunstâncias, os gestores precisam ter certeza de que suas empresas são capazes de se adaptar às diferentes necessidades em diferentes locais. As fortes pressões para uma capacidade de resposta local surgem quando os gostos e as preferências dos consumidores diferem significativamente entre os países.

3.3 Escolhendo uma estratégia global – há 4 abordagens que podem ser usadas pelos gestores para enfrentar a competição internacional, dependendo da posição de suas empresas na matriz integração-capacidade de resposta local: o modelo internacional, o multinacional, o global e o transnacional.

Modelo internacional – um modelo de organização que é o composto de subsidiárias internacionais de uma empresa e caracterizado por um controle centralizado, por parte da empresa-mãe, sobre as funções de pesquisa e estratégias de produto local e mesmo de marketing. Os gestores usam as competências essenciais da empresa para expandir as atividades para mercados externos.

Modelo multinacional – um modelo de organização que consiste em subsidiárias autônomas em cada país no qual a empresa realiza negócios, com o controle das operações exercido, de forma centralizada pela empresa-mãe. É apropriado para casos em que a eficiência global não é requerida, mas a adaptação às condições locais oferece vantagens.

Modelo global – um modelo de organização que consiste em subsidiárias de uma empresa distribuídas no exterior e caracterizado pela tomada de decisões centralizada e pelo controle rígido da empresa-mãe sobre a maioria dos aspectos das operações internacionais. É tipicamente adotado por organizações que apóiam suas estratégias competitivas globais em uma política de custos baixos. Tem sido adotado por empresas que vêem o mundo domo um mercado único e que assumem que não há diferenças concretas entre os países, no tocante a gostos e preferência dos consumidores.

Modelo transnacional – um modelo de organização caracterizado pela centralização de certas funções em localidades que melhor obtenham economias de custo, pelo deslocamento de outras funções para as subsidiárias nacionais para facilitar maior capacidade de resposta local, e pelo incentivo da comunicação entre elas para permitir a transferência de experiência tecnológica e habilidades.

4. Estratégias de entrada (ou de internacionalização) – quais são os melhores meios de entrar em um mercado estrangeiro? Cinco formas básicas são: exportação, licenciamento, franchising, joint-venture, subsidiária local.

4.1 Exportação – as vantagens da exportação são: (1) prover economias de escala, evitando os custos de manufatura em outros países; e (2) ser consistente com uma estratégia global pura. Por fabricar o produto em um local centralizado e depois exportá-lo para outros mercados nacionais, a empresa pode ser capaz de obter economias de escala substanciais em função de seu volume de vendas globais.

4.2 Licenciamento – é um arranjo pelo qual o licenciado em outro país compra os direitos de fabricação do produto da empresa em seu próprio país por uma taxa negociada (normalmente, pagamentos de royalties baseados no número de unidades vendidas).

4.3 Franchising – o franchising é o “licenciamento” praticado pelas empresas de serviço. Exemplos: McDonald´s e Hilton (hotel).

4.4 Joint ventures – é um acordo formal de negócios com uma empresa em outro país. Beneficiam a empresa por meio (1) do conhecimento do parceiro sobre as condições competitivas, a cultura, a língua, os sistemas políticos e os sistemas de negócios do país anfitrião e (2) da divisão dos custos e riscos de desenvolvimentos com um parceiro local.

4.5 Subsidiária local – uma empresa independente que pertença à empresa-mãe. VW do Brasil.

5. Administrando além das fronteiras – ao estabelecer as operações no exterior, os executivos da matriz de uma empresa têm de escolher entre enviar expatriados, usar nativos do país anfitrião ou transferir profissionais de países-terceiros.

Expatriados – empregados da empresa-mãe que são enviados para trabalhar em uma subsidiária estrangeira.

Nativos do país anfitrião – nativos do país onde uma subsidiária estrangeira está localizada.

Profissionais de países-terceiros – nativos de um país diferente do país de origem ou do país anfitrião de uma subsidiária estrangeira.

5.1 Habilidades de um administrador global – (1) Sensibilidade às diferenças culturais; (2) Conhecimento do negócio; (3) Coragem para tomar uma posição; (4) Traz à luz o melhor que há nas pessoas; (5) Age com integridade; (6) É visionário; (7) Está comprometido com o sucesso; (8) Assume riscos.

Índice de fracasso – o número de administradores expatriados de uma operação estrangeira que voltam mais cedo para casa.

5.2 Entendendo as questões culturais – o fato de haver pessoas bebendo Coca-Cola em todos os lugares, vestindo jeans e dirigindo Toyotas não significa que estamos todos nos tornando iguais. Cada país é único por razões enraizadas na história, cultura, língua, geografia, em condições sociais, na raça e na religião. Essas diferenças complicam quaisquer atividades internacionais e representam a questão fundamental que informa e guia o modo como a empresa deve conduzir seus negócios através das fronteiras.

Etnocentrismo – a tendência em julgar os outros pelos padrões de seu grupo ou de sua cultura, que são vistos como superiores.

Choque cultural – a desorientação e o estresse associados a estar em um ambiente estranho.

Impatriado – um estrangeiro trazido para trabalhar na empresa-mãe.

5.3 Questões éticas na administração internacional – se os administradores tiverem de desempenhar suas funções de modo eficaz em um ambiente externo, precisarão entender como a cultura influencia tanto a maneira como eles são percebidos quanto o modo como os outros se comportam. Uma das questões mais sensíveis a esse respeito é entender como a cultura funciona em termos de comportamento ético. Questões relativas ao que é certo ou errado se tornam obscuras conforme mudamos de uma cultura para outra, e as ações que podem ser normais e costumeiras em um ambiente podem ser antiéticas, ou até mesmo ilegais, em outros.