ABDOME AGUDO NA INFÂNCIA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON
Advertisements

Doenças Cirúrgicas Dra. Paula Saab Cukier.
Abdome agudo Milton Steinman III Clinica Cirurgica- HCFMUSP
DOR ABDOMINAL EM PEDIATRIA
Fernanda C. J. S. Gonçalves Juliana H. Silva Lais Missae M. Domingues
DOR ABDOMINAL NA CRIANÇA
Prevenindo Doenças e Promovendo Saúde Câncer de Próstata Junho / 2005.
XXIII CONGRESSO MÉDICO DA PARAÍBA
Obstrução intestinal Sessão clinica Serviço de Cirurgia Geral
Abdome Agudo Inflamatório na Infância
Abdome Agudo Obstrutivo na Infância
Especialização em Emergências e Terapia Intensiva
Doença Diverticular.
HOSPITAL S. JOÃO SU 23 de Outubro de 2005
Vírus Márcia Regina Garcia.
Diverticulite Aguda.
ENFERMAGEM MÉDICA Enf. Kamila Dalfior B4.
Abdome Agudo Alunos: Amanda Jackcelly Fernando Sena Gabriela Noronha
ALARA Reunião Científica II
Obstrução Intestinal Serviço de Cirurgia Geral
Colelitíase e colecistectomia
Dr. Renato Ferreira Estrella R1 _Medicina Esportiva
RETENÇÃO PROLONGADA DE VIDEOCÁPSULA RETENÇÃO PROLONGADA DE VIDEOCÁPSULA A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO XXVIII Reunião Anual NGHD Leitão C., Santos A.,
DOR ABDOMINAL: Quando Chamar o Cirurgião?.
Colecistite Aguda & Íleo Biliar
Caso Clínico ABDOMEN AGUDO
Radiologia Abdominal Obstrução Intestinal
Sessão anátomo-clínica
SISTEMA DIGESTÓRIO 5º PERÍODO MEDICINA UFOP
Abdome Agudo Hospital Central Coronel Pedro Germano
Filipe Lacerda de Vasconcelos Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF
Dor abdominal recorrente
VESÍCULA BILIAR A vesícula biliar é um saco membranoso, em forma de pêra, situado na face inferior do fígado (lado direito). É um órgão muscular no qual.
Caso Clínico INTUSSUSCEPÇÃO
Hérnias da parede anterior
Diagnóstico Diferencial de Vômitos na Pediatria
Dr. Andreas J. M. Koszka XXXVª Turma Pós-Graduando em Cirurgia
Isquemia Intestinal Definição:
Reunião Clínico-Cirúrgica
Caso Clínico: Apendicite
Atelectasia Derrame pleural Área focal com aumento de densidade
Abdome Agudo e Apendicite
Apendicite.
APENDICITE AGUDA Conceito Generalidade Etiopatogenia Quadro Clínico
TRATAMENTO E MANEJO DA CÓLICA PIELO-URETERAL
Doenças de uma má alimentação
Fisiopatologia do Pâncreas
Abdome Agudo Clínica Cirúrgica.
R2 Maíra Fernandes Almeida Dra. Valéria
DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON
Universidade Federal de Santa Catarina Disciplina de Cirurgia Pediátrica – DPT 5106 Prof. Maurício José Lopes Pereima, MD, PhD Apendicite Aguda.
Discussão de caso clínico: Intussuscepção
Karina Nascimento Costa
Carolina Oliveira Priscila Alves Sandra Carriel Taise Swidzikiewicz
GERA Agosto/ 2015 Orientação: Dr. Regis Otaviano
Gastroenterologia Clínica
Identificação Feminino, ACN, casada, 32 anos, procedente e natural de Meruoca deu entrada à emergência. Grupo de Estudos em Medicina.
Abdome Agudo Clínica Cirúrgica.
Semiologia do Sistema Digestivo Estômago e Duodeno
1-INTRODUÇÃO Colelitíase transitória e lama biliar são manifestações não raras em pacientes internados em uso de ceftriaxone. A Ceftriaxona é uma Cefalosporina.
Pancreatite Aguda e Crônica
Seminário de Cirurgia Geral Alunos: Eduardo Assad Paulo Phillipe Moreira.
ABDOME AGUDO NA INFÂNCIA
DOR ABDOMINAL AGUDA Dra. Natália Pereira Lima Pagan.
Transcrição da apresentação:

ABDOME AGUDO NA INFÂNCIA LUCIANO FRANTZ FERREIRA Residente de pediatria do HRAS ORIENTAÇÃO: BRUNO VAZ www.paulomargotto.com.br

CONCEITO Afecções abdominais que exigem urgência terapêutica clínica ou cirúrgica.

PRINCIPAIS ETIOLOGIAS Principais causas são as obstutivas, porém causas inflamatórias também são importantes principalmente em escolares e adolecentes. Hérnia inguinal encarcerada; Invaginação intestinal; Apendicite aguda; Colecistite aguda; Pancreatite aguda; Traumatismo; Obstrução por Ascaris lumbricoides; Corpo estranho; Volvos e bridas;

HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA Incidência: 1 a 5% das crianças; Em sua quase totalidade indiretas; Persistência do conduto peritôneo-vaginal; Órgão que mais encarcera: Intestino delgado; Quadro clínico: Choro contínuo; Massa endurecida, dolorosa palpável na região inguinal ou inguinoescrotal; Vômitos alimentares Biliosos Intestinais; Peristaltismo visível;

HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA Diagnóstico diferencial: Torção de testículo; Torção de apêndice testicular; Tratamento: Essencialmente cirúrgico; Em casos selecionados pode-se tentar redução manual do saco herniário.

INVAGINAÇÃO INTESTINAL Incidência: Entre o fim do 1º semestre de e o fim do 1º ano de vida; Sexos atingidos igualmente; Sazonal: Mais comum no verão  Gastroenterites virais; Nódulos linfóides da submucosa  Cabeça de invaginação; Agentes causais: Rotavírus; Divertículo de Meckel; Leiomimoma; Pólipo; Hemangioma;

INVAGINAÇÃO INTESTINAL Quadro clínico: História de rinofaringite antecedente; Dor forte e súbita, vômitos, palidez e sudorese, por vezes com desfalecimento; Cólica de freqüência e intensidade crescentes; Saída de secreção mucosangüinolenta pelo ânus; Tumoração palpável em epigástrio pode ser encontrada; Toque retal  Presença de secreção mucosanguinolenta no dedo de luva;

INVAGINAÇÃO INTESTINAL Diagnóstico: Essencialmente clínico; Exames subsidiários: USG de abdome; Enema baritado;

INVAGINAÇÃO INTESTINAL Tratamento: Pode ser tentado redução hidrostática ou por enema baritado; Boa parte por via cirúrgica com redução manual ou ressecção do segmento afetado. Prognóstico: Bom na maioria dos casos; Recidiva esta na casa dos 5%, maior naqueles casos onde o tratamento foi clínico.

APENDICITE AGUDA Mais freqüente em maiores de 2 anos; Quadro clínico: Variável; Clássico: Dor difusa ou em FID; Febre; Náuseas e vômitos; Diagnóstico: Clínico; Diagnóstico diferencial: GECA; ITU; Nefrolitíase; Adenite mesentérica; Tratamento: Cirúrgico.

COLECISTITE E PANCREATITE AGUDAS Mulheres; Adolescentes; Obesidade; Quadro clínico: Dor em hipocôndrio direito; Náuseas e vômitos; Sensibilidade à palpação do abdome na topografia da vesícula biliar; Diagnóstico: Clínico + USG; Tratamento: Cirúrgico essencialmente. Pancreatite: Dor abdominal em epigástrio com irradiação lateral (faixa); Diagnóstico: Laboratorial (↑ da amilase sérica) + TC de abdome; Tratamento: Essencialmente clínico.

OBSTRUÇÃO POR ASCARIS Maiores de 2 anos; Infestação maciça por Ascaris lumbricoides; Quadro clínico: Distensão abdominal; Vômitos; Parada de eliminação de fezes; Eliminação de Ascaris pela boca ou nariz; Diagnóstico: Clínico; Tratamento: Clínico. Esporadicamente cirúrgico.

ANALGESIA NO ABDOME AGUDO Estudos provaram eficácia de morfina e derivados na sedação da dor abdominal sem interferência nos resultados do exame clínico, tempo de diagnóstico ou eficácia diagnóstica [1,2]; Recomenda-se uso de analgesia em dores moderadas a intensas em pacientes pediátricos destas drogas [1], para alívio e conforto dos pacientes, até a resolução do quadro de abdome agudo. 1 Kim MK, Strait RT, at al. A Randomized Clinical Trial of Analgesia in Children with Acute Abdominal Pain, Acad Emerg Med. 2002; 9: 281-287. 2 Kokki H, Lintula H at al. Oxicodone vs Placebo in Children With Undifferentiated Abdominal Pain, Arch Pediatr Adolesc Med. 2005; 159: 320-325.

OBRIGADO!