VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANAS TIPO I E II: HTLV-I E HTLV-II

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Transcrição da apresentação:

VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANAS TIPO I E II: HTLV-I E HTLV-II Profa. Dra. Alessandra Pardini

1) CARACTERÍSTICAS GERAIS - Retrovírus da família Oncovirinae. Partículas esféricas de 100nm de diâmetro, core e envelope glicoproteico. RNA de fita dupla com enzima transcriptase reversa env: proteínas do envelope: gp 61/68 (gp46/gp21)‏ pol: codifica a transcriptase reversa p99, RNAse, endonuclease e protease gag: codifica as proteínas do core viral: p52, p24, p19 e p15 tax: codifica p 41 rex: codifica a p27 - potencial imunogênico: ativação de resposta celular e humoral - homologia genética (HTLV-I/ II): 65% = sororreatividade cruzada = não se estabelece diagnóstico diferencial - tropismo por linfócito T

Paraparesia espástica tropical/Mielopatia associada ao HTLV-I (HAM/TSP)‏ Mielopatia crônica, lentamente progressiva e incapacitante Paresia espástica com liberação piramidal dos membros inferiores Especialmente em mulheres – 40 a 50 anos Distúrbios enfincterianos e sensoriais 3) HTLV-II Mielopatias crônicas semelhantes ao HAM.

EPIDEMIOLOGIA HTLV-I - Elevada no Japão (18% da população possui anticorpos) (ama de leite)‏ - Presente nos Estados Unidos, Ilhas do Caribe, Jamaica, América Central e do Sul HTLV-II - Usuários de drogas endovenosas - Países europeus, Estados Unidos - Populações indígenas

INFECÇÃO POR HTLV-I E II NO BRASIL - Compulsória em bancos de sangue = doadores de sangue = portadores assintomáticos - 0,3% (S.Paulo), 1,1% (Salvador) - Parece que 84% dos casos são HTLV-I 10% dos paciente com AIDS apresentam anticorpos anti-HTLV - de notificação compulsória desde 1993 – com o intuito de impedir a transmissão transfusional - identificação de pacientes assintomáticos - descritos casos de mielopatias

TRANSMISSÃO HTLV-I horizontal: sangue (transfusão de hemocomponentes celulares ou material contaminado)‏ sexual (maiores índices de infectividade)‏ vertical (mãe infectada para filho – no momento do parto), no aleitamento materno HTLV-II mecanismos de transmissão semelhante ao do HTLV-I agulhas e seringas contaminadas – usuários de drogas injetáveis hemocomponentes celulares sexual

DIAGNÓSTICO - paciente com sintomas e/ou sinais sugestivos da doença – confirmação da hipótese clínica - triagem diagnóstica de indivíduos expostos a HTLV-I ou HTLV-II, parceiros sexuais, comunicantes (familiares) - triagem compulsória de doadores assintomáticos de sangue ou órgãos Isolamento: co-cultivo com células mononucleares de indivíduo não-infectado na presença de IL-2. Testes imunológicos para detectar anticorpos circulantes específicos, voltados a constituintes antigênicos das diferentes porções do vírus - core e envelope testes: aglutinação de partículas de látex, imunoenzimático (reações falso-positivas e cruzadas)‏ confirmar no Western blot de imunofluorescência (IF) ou de radioimunoprecipitação (RIPA)‏

1) Usar amostra de soro em duplicata 2) teste imunoenzimático (S, aautomatizada)‏ 3) Western blot – com antígenos de lisados virais totais – varia a sensibilidade 3a) Empregar a técnica de RIPA – difícil na rotina laboratorial 4) Técnicas de imunofluorescência indireta (pesquisa anticorpo) – útil como teste confirmatório, resultados de difícil interpretação Recentemente investigação sorológica por Western blot confirmatória – lisados virais e epítopos imunodominantes recombinantes HTLV I/II – r21 e GD21-I emprego do GD21-I diminui a reações inespecíficas

Critérios para a soropositividade: Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos da América (CDC, 1989 Centers for Disease Control)‏ Soropositivo: detecção de anticorpos contra antígenos do: core (anti-p24), glicoproteínas do envelope (r21-e, gp46 ou gp61/68)‏ realizar testes confirmatórios Inconclusivo: pacientes que apresentam anticorpos séricos que reagem com HTLV I/II com padrão de reatividade Negativos: Pacientes cujos soros não reagem com antígenos de HTLV

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL HTLV I/II Sorologia reatividade pelo Western blot p19 HTLV-I e p24 HTLV-II não confiável ELISA e Western blot com peptídeos sintéticos não compartilhados Diagnóstico molecular - técnicas moleculares em células linfomononucleares - amplificação de segmentos genômicos por reação em cadeia por polimerase (PCR)‏ - amplificação de regiões mais conservadas do genoma proviral isolamento viral: co-cultivo celular pesquisa p24 partículas retrovirais por ultramicroscopia biossegurança/não é rotina

TRATAMENTO, PREVENÇÃO e CONTROLE - combinação de AZT com interferon - eficaz em alguns casos - não há tratamento específico - precauções sexuais, triagem do sangue - difícil o controle de infecção de crianças via infecção materna