PRINCÍPIOS ÉTICOS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA Profa. Dra. Simone Meyer Sanches

ORIENTAÇÕES DE CONDUTAS Wechsler, S. M. (2001). Princípios éticos e deontológicos na avaliação psicológica. In L. Pasquali (Org.). Técnicas de Exame Psicológico – TEP (Vol. 1: Fundamentos das técnicas psicológicas, pp. 171-193). São Paulo: Casa do Psicólogo, Conselho Federal de Psicologia. Guia com orientações sobre as condutas éticas a serem assumidas nas diferentes etapas da avaliação psicológica.

Etapa 1 – Seleção de testes e escalas para avaliação psicológica Definir os atributos e características a serem avaliados, investigando na literatura especializada os melhores instrumentos disponíveis para cada objetivo desejado. Avaliar as características psicométricas dos instrumentos a serem utilizados, tais como: sensibilidade, validade, precisão e existência de normas específicas e atualizadas para a população brasileira.

Considerar a idade, sexo, nível de escolaridade, nível socioeconômico, origem (rural ou urbana), condições físicas gerais, presença de deficiências físicas, nacionalidade ; Verificar se os manuais dos testes e/ou escalas possuem informações necessárias para aplicação, correção e interpretação dos resultados dos testes.

Etapa 2 − Administração de testes e escalas psicológicas Prestar informações aos indivíduos envolvidos quanto à natureza e ao objetivo da avaliação e dos instrumentos a serem empregados, obtendo, por escrito o seu consentimento livre e esclarecido para participar no processo de avaliação psicológica. Menores ou pessoas em situação de vulnerabilidade: consentimento de seus responsáveis.

Atentar para os comportamentos dos indivíduos na situação de avaliação, observando a forma de resposta e o envolvimento na situação de avaliação, considerando que estas são variáveis influenciáveis no desempenho nos instrumentos utilizados. Seguir rigorosamente as instruções, os exemplos, o tempo e outras orientações que se encontrem no manual ou no próprio caderno do teste ou escala, evitando quaisquer improvisações;

É vedado ao psicólogo: Reproduzir material de teste em forma de fotocópias ou em outras formas que não sejam as originais do teste. Realizar avaliações psicológicas em situações nas quais não ocorra uma relação interpessoal, por exemplo, correios, telefone ou internet (somente para fins de pesquisa);

Etapa 3 – Correção e interpretação dos resultados psicológicos Corrigir os instrumentos utilizados, seguindo os critérios e as tabelas apropriadas para cada finalidade. Avaliar quanti e qualitativamente os comportamentos e respostas do sujeito (observações) Interpretar os resultados obtidos de forma dinâmica, considerando-os como uma estimativa de desempenho do(s) indivíduo(s) sob um dado conjunto de circunstâncias; Arquivar os dados coletados, de forma confidencial, por um período mínimo de cinco anos;