Prof. Dr. Paulo Roberto Moura Lima

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Transcrição da apresentação:

Prof. Dr. Paulo Roberto Moura Lima HEMATOLOGIA CLÍNICA A hematologia compreende o estudo das células do sangue e da coagulação. Abrange também as análises da concentração, estrutura e função das células no sangue; seus precursores na medula óssea; constituintes químicos do plasma ou soro; a função das plaquetas e proteínas envolvidas na coagulação sanguínea. Cada vez mais as técnicas de biologia molecular capacitam a detecção das mutações genéticas subjacentes às alterações da estrutura e função das células e proteínas que resultam em doença hematológica. Prof. Dr. Paulo Roberto Moura Lima

HEMATOLOGIA CLÍNICA HEMÁCIAS Estas são os mais numerosos elementos do sangue. Para cada leucócito existem aproximadamente 500 hemácias e 30 plaquetas. Têm aproximadamente 7µm de diâmetro e exibe a forma de um disco bicôncavo destituído de núcleo. Possui elevado teor de hemoglobina, que perfaz 32% do peso total da hemácia. A quantidade média de hemácias por milímetro cúbico é de 5.000.000 para homens e 4.500.000 para mulheres. Sua vida média atinge cerca de 120 dias.

HEMATOLOGIA CLÍNICA HEMÁCIAS (20x)

HEMATOLOGIA CLÍNICA HEMÁCIAS A penúltima fase de maturação eritrocítica, os reticulócitos, aparece transitoriamente e em pequeno número, no sangue periférico, constituindo menos de 2% do total de hemácias maduras. Refletem a reatividade da medula óssea: portanto o aumento de reticulócitos (reticulocitose) indica hematopoese acelerada. Observa-se uma elevação dos reticulócitos cinco a sete dias após o início do tratamento de anemias megaloblásticas e cinco a dez dias após o início da administração de ferro a pacientes sofrendo de anemia devida à carência deste elemento.

HEMATOLOGIA CLÍNICA HEMÁCIAS Policromatófilos são hemácias cujo citoplasma contém ainda restos de substâncias basófilas (RNA). Existem em ínfima proporção no sangue circulante (menos de 2% do total de hemácias). Corresponderiam às hemácias com substâncias granulofilamentosa (reticulócitos). O aumento dos policromáticos, isto é, a policromatofilia ou policromasia, coexiste com a reticulocitose, sendo ambas observadas principalmente nas anemias graves (hemorrágicas e hemolítica) regenerativas.

HEMATOLOGIA CLÍNICA HEMÁCIAS É frequente nas anemias e em outros estados patológicos o achado de hemácias anômalas, exibindo alterações de tamanho, forma e coloração. Tais anomalias não são típicas e características de tal ou qual doença, mas possuem importância apenas quando surgem associadas a outros aspectos patológicos. Anisocitose: consiste na variação excessiva do diâmetro das hemácias; Poiquilocitose: consiste numa acentuada irregularidade na forma das hemácias. A forma em pêra é frequentemente observada nas anemias que se acompanham de anisocitose;

HEMATOLOGIA CLÍNICA HEMÁCIAS Micrócitos: São hemácias com diâmetro inferior a 6,5 µm, muito freqüentes nos esfregaços de pacientes com anemia ferropriva; Macrócitos: são característicos das anemias devidas à carência de vitamina B12 ou de ácido fólico; Macrócitos hipocrômicos: surgem em grande número na talassemia e assumem especial valor no diagnóstico das formas leves desta doença; Ovalocitose e Eliptocitose: podem ocorrer como anomalia hereditária, de natureza benigna, ou como distúrbio sintomático, em várias forma de anemias.

ELIPTOCITOSE

HEMATOLOGIA CLÍNICA HEMÁCIAS Esferócitos: são hemácias espessas e de forma globular, exibindo diâmetro reduzido, mas geralmente, volume normal. Sofrem facilmente hemólise em soluções hipotônicas de cloreto de sódio. São características da esferocitose hereditária, mas podem ser encontradas também em outras entidades patológicas, com, por exemplo, anemia hemolítica adquirida e doença hemolítica do recém-nascido por incompatibilidade ABO. Células em alvo de tiro: a hemoglobina se concentra na periferia e no centro das hemácias, produzindo zonas concêntricas claras e escuras após receberem o corante.

ESFERÓCITOS

HEMATOLOGIA CLÍNICA HEMÁCIAS Drepanócitos (Células falciformes): embora possam ser vistas nos esfregaços corados de pacientes portadores de formas graves de drepanocitose, mostram-se muito mais numerosas nas películas úmidas seladas, com reduzida tensão de oxigênio (fenômeno do afoiçamento). Tal fenômeno se deve a presença de uma forma anormal de hemoglobina (hemoglobina S), que pode ser distinguida da normal por sua diferente mobilidade eletroforética. Ponteado basófilo: consiste na presença de grânulos arredondados dispersos no citoplasma das hemácias policromatófilas. Representa regeneração ou imaturidade da células, sendo encontrado em anemias crônicas, leucemia, anemia ferropriva, formas leves de talassemia e intoxicação pelo chumbo.

DREPANÓCITOS

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