TÉCNICA CIRÚRGICA
Técnica Cirúrgica Constitui-se de uma seqüência de movimentos e atos harmônicos executados manualmente ou através de instrumentos, materiais e aparelhos para a realização de determinado ato cirúrgico, diagnóstico ou terapêutico.
1) Exploração cirúrgica É a observação e o exame minucioso da região a ser abordada. Comprova o diagnóstico, estabelece a técnica e a tática que serão utilizadas e elabora um prognóstico do caso. Os principais procedimentos são: Inspeção, palpação, exploração instrumental, biópsia por congelação, radiografia per-operatória, manometria, punção e injeção de corantes e contrastes.
2) Tática cirúrgica (estratégia cirúrgica) Consiste na aplicação de meios disponíveis ou na exploração de condições favoráveis com vista a consecução de determinado objetivo cirúrgico.
3) Apresentação É a exposição adequada de um órgão ou estrutura em que se deseja intervir, obtendo-se maior visualização do campo operatório e espaço livre suficiente para as manobras cirúrgicas e para maior segurança de ação em qualquer eventualidade.
Tempos fundamentais da Técnica Cirúrgica Tempo cirúrgico principal É o tempo nobre de qualquer ato operatório. Caracteriza-se pela intervenção direta sobre o órgão ou organismo lesado, tendo características próprias, dependentes da patologia e da finalidade cirúrgica.
Técnica de dierese Corte Divulsão Bisturi, faca, costótomo, osteótomo, trepano, rugina, bisturi elétrico, serras manual e elétrica, tesoura Divulsão Tesouras Pinças Afastadores
Linhas de Langer Mostram a direção das fibras elásticas do derma São transversais à direção das fibras musculares
Técnica de dierese A DIERESE PODE SER FEITA EM TODOS OS TECIDOS ORGÂNICOS DIERESE DA PELE E TELA SUBCUTÂNEA instrumentos e técnicas DIERESE DAS FACIAS, BAINHAS E APONEUROSES Instrumentos e técnicas
Técnica de dierese DIERESE DOS MÚSCULOS DIERESE DO TECIDO ÓSSEO Instrumentos e técnicas DIERESE DO TECIDO ÓSSEO
Dierese do tecido ósseo Dissecção óssea Desinserção das fibras musculares com bisturi e rugina Descolamento do perióstio, após secção com bisturi se faz o descolamento com rugina Secção óssea Designa a secção total ou parcial do osso. Na calota do crânio recebe o nome de trapanação. São executadas em cirurgias ortopédicas, neurológicas e torácicas.
Dierese do tecido ósseo Ressecção parcial É a ressecção de segmentos para enxertos e regularização de bordas ósseas Perfuração óssea Brocas e fresas acionadas por trepanos
Hemostasia Temporária Tamponamento com gaze Garrote Torniquete ou manguito pneumático Ligaduras falsas com fio Oclusão vascular com balão Compressão digital ou instrumental Parada circulatória vasoconstrictores
Hemostasia Definitiva Ligaduras e suturas com fios Tamponamento ósseo com cera Cauterização “clips” metálicos Celulose oxigenada ou esponja de fibrina
Síntese É o conjunto de manobras para a unição dos tecidos com a finalidade de restituir o estado anatômico e funcional Total – sempre que possível Parcial – quando não existem condições satisfatórias Imediata – de preferência Tardia – aguarda-se melhores condições
Síntese - materiais Com sutura Sem sutura Com prótese Porta-agulha, agulhas, fios e grampos Sem sutura Colagem, fitas adesivas Com prótese Biológica – pericardio, fascia lata Sintética – aço inox, cromo cobalto, teflon, dacron, silicone
Síntese Cutaneorrafias Com tensão Sem tensão Pontos separados em “U” vertical (Donati) ou simples, fio inabsorvível Sem tensão Sutura contínua intradérmica, ou pontos separados simples ou Donati, fios absorvíveis ou inabsorvíveis
Síntese Síntese da aponeurose Síntese muscular Síntese óssea Fio inabsorvivel com pontos contínuos ou separados, simples ou em “U” horizontal Síntese muscular Pontos separados simples ou contínuo com fio absorvivel Síntese óssea Imobilização gessada ou fixadores externos (incruento) ou osteosíntese (cruento)