Oncologia Aula 9: Notificações de Reação Adversa em Oncologia

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
3º ENCONTRO NACIONAL DE GERENTES DE RISCO SANITÁRIO HOSPITALAR
Advertisements

Farmacovigilância e Medicamentos Antineoplásicos
FARMACOVIGILÂNCIA – Será assim tão importante para o veterinário?
LER/DORT TENDINITE.
Artrite reumatóide É uma doença auto-imune sistémica, caracterizada pela inflamação das articulações (artrite), e que pode levar a incapacitação funcional.
Notificação Voluntária e Reações Adversas
Profilaxia e Tratamento da Doença Tromboembólica.
Atendimento Inicial ao Politraumatizado
Notificação de reacções adversas a medicamentos entre os médicos
Prof. Dionísio José Bochese Andreoni
Ana Cláudia M.R.S Fabiana Souza Marcelo Cavalcante Rafaela Barbosa
Dispositivos Totalmente Implantáveis
CURSO DE TÉCNICO DE CONTABILIDADE
Um problema de saúde pública que você pode evitar.
MÉTODOS DE COLETA DE INFORMAÇÕES
Vias de administração de medicamentos em pediatria
TEMA: A VISÃO DO FARMACÊUTICO
Meningite.
Boas Práticas Clínicas: Glossário de Termos
QUEIMADURAS ACIDENTE PROVOCADO POR AGENTES QUÍMICOS, FÍSICOS E POR ELETRICIDADE LESANDO A PELE EM EXTENSÃO E PROFUNDIDADE.
NOTIFICAÇÕES DE REAÇÕES TRANFUSIONAIS
Estratégias ao Atendimento Farmacêutico e Fluxo de Informações
ALERTAS TERAPÊUTICOS em Farmacovigilância Estratégia para Promoção do Uso Racional de Medicamentos Mirtes Peinado/ Adalton G. Ribeiro/ Silvana Espósito.
Escola Secundária Ferreira Dias Agualva
Entorses, Luxações e Fraturas
PROGRAMA DE ASSESSORIA E TREINAMENTO
QUEIMADURAS Aulas P.S. 3° col. Turismo.
Epidemiologia de Medicamentos – Farmacovigilância
Investigando eventos adversos pós-vacinação
4º Encontro Nacional de Gerentes de Risco Sanitário Hospitalar GGTES/GVISS/ANVISA Apresentador: Dr. Valdir LisboaSantana Apresentador: Dr. Valdir Lisboa.
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS
Vias de Administração de Medicamentos
Feridas e Escoriações Princípios de Actuação
Prof. Erika Meirelles de Castro
As ações de Farmacovigilância nos Hospitais Sentinelas
Luis Henrique Sakamoto, M.D., M.Sc.
Profilaxia da TEV: HNF x HBPM
Saúde pública e farmacoepidemiologia
Tratamento das osteoartrites
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
Aconselhamento em Cardiopatias Congênitas
MONITORAMENTO DOS PROJETOS COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA CEP
Metabolismo do fármaco
CATETER TOTALMENTE IMPLANTADO
Coleta de sangue Venoso – PBL - FBQ
Farmácia Hospitalar – Quimioterapia
Diagnóstico de Enfermagem
A Prática da Imunização e os Eventos Adversos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Dermatite de contato Reações inflamatórias agudas ou crônicas às substâncias que entram em contato com a pele. Pode ser não-alérgica (causada por irritante.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
PROFª MÔNICA I. WINGERT TURMA 301 DISPLASIA PULMONAR.
Taquipnéia Transitória do recém-nascido
ATUALIZAÇÃO FERIDAS E CURATIVOS
CAUSA NECESSIDADES FUNÇÕES/FINALIDADES TRATAMENTO CONSELHOS ÚTEIS
Projeto P.A.I. (Prevenção de Acidentes Infantis)
IMUNIZAÇÃO Juliane Berenguer de Souza Peixoto.
MÓDULO III - OBJETIVOS Determinar se é necessário referir urgentemente ao hospital Determinar os tratamentos necessários Para pacientes que precisam ser.
Fundamentos em Farmacologia
Hipodermóclise e a via subcutânea
Farmácia Hospitalar– Farmacovigilância
Farmacovigilância.
COMPLICAÇÕES COM CATETERES VASCULARES
Fabiano Silva Martins Enfermeiro - Hemodinâmica Curso
INVESTIGAÇÃO DE SURTOS NA VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM SERVIÇOS DE SAÚDE
O que é o Aedes Aegypti? O Aedes aegypti é um mosquito diminuto de apenas 7 milímetros, mas é capaz de transmitir numerosas doenças diferentes. Entre.
FERIDAS E COBERTURAS Profª Adriana Savatim Profª Aline Tadini
DOENÇAS.
ALERGIA E IMUNOLOGIA CLÍNICA HOSPITAL DAS CLÍNICAS - UFPE
Transcrição da apresentação:

Oncologia Aula 9: Notificações de Reação Adversa em Oncologia Profa. Camila Barbosa de Carvalho

Farmacovigilância É ciência que analisa e classifica as suspeitas de reações adversas aos medicamentos, levantando hipóteses, analisando incidência estatística, validando ou descartando a possibilidade dessas reações. Detecção, avaliação, compreensão e prevenção de reações adversas ou quaisquer outros possíveis problemas relacionados a medicamentos.

Reações Adversas É qualquer reposta a um fármaco que seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia, diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a modificação de uma função fisiológica.

O que fazer? Avaliar: Identificar precocemente as reações adversas graves e interações não descritas em bula ou na literatura; Identificar o aumento na frequência de reações adversas conhecidas; Identificar fatores de risco e possíveis mecanismos subjacentes às reações adversas; Identificar os sinais de alerta que evidenciam uma relação de causalidade entre fármaco e ração adversa a medicamentos(RAM) Promover a segurança e uso racional de medicamentos.

Reação adversa grave Causam: Ameaça a vida; Hospitalização ou prolongamento desta; Incapacidade funcional significativa permanente ou persistente; Anomalia congênita; Evento clínico significativo; Fatalidade.

Causalidade

Processo A importância de notificar 2. Quem notifica? 3. O que notificar? 4. Não devemos notificar? 5. Como notificar? NOTIVISA, indústria e VISA estadual

Graduação de eventos adversos Toxicidade Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE) – V3.0 e 4.0 National Cancer Institute(NCI) http://evs.nci.nih.gov/ftp1/CTCAE/CTCAE_4.03_2 010-06-14_QuickReference_8.5x11.pdf

Graduação dos eventos de acordo com CTCAE Grau 1: Leve, assistomático ou leve sintoma, apenas observações clínicas ou de diagnósticos; sem indicação de intervenção. Grau 2: Moderado; indicada intervenção mínima, local ou não invasiva; limitações das atividades apropriadas para a idade relacionadas ao cotidiano. Grau 3: Grave ou, ou do ponto de vista médico, algo significante que não representa risco à vida. Indicada hospitalização ou prolongamento desta; incapacitante; limitação do autocuidado nas atividades cotidianas. Grau 4: Consequências que representam risco de morte; indicada intervenção urgente. Grau 5: Morte relacionada ao evento adverso

Extravasamento Saída de líquido intravenoso para espaço perivascular e subcutâneo, causado por fatores próprios do vaso, ou acidentais, derivados do desprendimento da cânula para fora do lugar de venopunção. Lesões graves

Medicamentos com capacidade de agressão tissular Vesicante: Irritação intracelulcar, ulceração e necroses dos tecidos durante o extravasamento; Irritante: dor local no local da injeção, sensação de ardor e/ou sinais de inflamação local e flebites.O excipiente pode aumentar a propriedade irritante(Etanol, Polisorbato 80 ou Cremophor EL) Não agressivo: ainda controversio

Vesicantes Irritantes Irritantes Leves Cisplatina* Bleomicina Asparagina Doxorrubicina * Bortezomib Citarabina Epirrubicina Carboplatina Fludarabina Mitomicina - C Ciclofosfamida Gencitabina Mitoxantrona Melfalano Paclitaxel Metotrexato Vinorelbina Docetaxel Permetrexed Vimblastina Etoposido Vincristina Fluoruracil Ifosfamida

Tratamento Suspender a administração sem retirar a via de perfusão; Extrair 5-10 mL de sangue através da agulha ; Se possível, injetar 5-10 mL de soro fisiológico na área infiltrada; Localizar o kit extravasamento; Avisar o médico reponsável; Retirar a via de administração; Manter a área afetada levantada; Não utilizar atadura; Caso dor, usar analgésico; Registrar e documentar o incidente; Evitar a fotoexposição da área afetada(5FU; Dacarbacina)

Kit extravasamento Protocolo de tratamento do extravasamento do hospital Antídotos específicos: DMSO, tiossulfat 1/6M, hialuronidase 150 UI Bolsas de frio e calor seco Material de administração: seringas de insulina, de 2 e 5 mL, agulhas SC e IV, compressas de gaze estéril, luvas esteréis. Anti-séptico (PVPI ou álcool 70%) Folha de registro

Adriamicina, Mitomicina, Daunorrubicin a, Mitoxantrona Antídotos Citóstatico Antídoto Adriamicina, Mitomicina, Daunorrubicin a, Mitoxantrona DMSO 99% tópico no dobro da área afetada, deixar secar, a cada 6 horas, 14 dias. Frio local durante 60 minutos, a cada 8 horas, durante 3 dias. Cisplatina, Dacarbazina Tiossulfato sódico 1/6M de 2-5 mL SC, em várias punções, ao redor da área afetada. Etoposido, Ifosfamida Hialuronidase 150 UI + 3 mL SF0,9% SC, em 6 punções de 0,5 mL ao redor da área afetada Vimblastina, Vincristina, Hialuronidase 150 Ui + 3 mL SF 0,9% SC, em 6 punções de 0,5 mL ao redor da área afetada. Calor seco moderado, durante 30 minutos depois de aplicar a hialuronidase.