Aula 5. Diversidade e Agrobiodiveridade

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São organismos vivos com modificações transgênicas. Também chamados de organismos geneticamente modificados, são organismos nos quais foram introduzidos.
Transcrição da apresentação:

Aula 5. Diversidade e Agrobiodiveridade Agroecologia Módulo 1 Profª. Chayane C. de Souza

Diversidade e biodiversidade Biodiversidade é um termo amplo que indica a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo todos os ecossistemas e complexos ecológicos, englobando também a diversidade dentro das espécies e de ecossistemas (CDB, 2006).

A diversidade pode ser medido em escalas: Diversidade alfa: diversidade de espécies em um local especifico; Diversidade beta: entre comunidades e habitats; Diversidade gama: medida como espécies em uma região.

Agrobiodiversidade Sistemas agroecológicos, por sua vez, promovem e relacionam-se com a agrobiodiversidade, dentro de um processo de relações e interações entre aspectos socioculturais, manejo ecológico dos recursos naturais e manejo integrado dos agroecossistemas, que dá origem à noção de sustentabilidade social, econômica e ecológica.

A agrobiodiversidade, entendida como a interação entre ambiente, recursos genéticos e sistemas de gestão e práticas utilizadas pelas populações culturalmente diversas, resultando então em diferentes formas de uso da terra e água para a produção, também conta com avanços consideráveis. Como exemplo, podemos citar a incorporação e utilização de recursos genéticos, insumos básicos para o desenvolvimento de cultivares, raças animais e microrganismos de grande importância para os setores agroalimentar e agroindustrial.

Enquanto que a agrobiodiversidade diz respeito a todas as espécies de plantas, animais e microorganismos interagindo dentro do agroecossistema, com o propósito de produzir alimentos e matérias-primas para a indústria de vestuário, farmacêutica, construção civil, mobiliário e afins (ARMANDO, 2002).

A agrobiodiversidade compreende todos os componentes da diversidade biológica pertinente a alimentação e a agricultura presente no agroecossistema, incluindo microorganismos, insetos polinizadores e a estabilidade do solo que proporcionam a vida selvagem (NEPAL, 2009).

Segundo WOOD e LENNÉ (1997), os componentes que compõem um novo paradigma nas propriedades rurais são: a) A paisagem natural das propriedades entre as culturas e seus parentes silvestres resulta nas características das áreas; b) Toda variedade tradicional são adaptações locais, e, portanto, são de grande importância tanto para pequenas propriedades como variedades modernas.

Com mais diversidade, mais micro habitats; Benefícios: Com mais diversidade, mais micro habitats; Aumenta interferências benéficas (micorrizos); Colonização de espécies uteis e não só de pioneiras invasoras; Com mais diversidade encoraja a vinda de insetos, alguns que se alimentam de pragas; Uma diversidade aumenta uma melhor eficiências e heterogeneidade nos habitats;

Manejo da agricultura De acordo Machado (2007), os primeiros sistemas de manejo da agrobiodiversidade ocorreram nos centros de origem, nos locais onde se iniciaram a domesticação das plantas cultivadas, sendo que muito dos modelos descritos e utilizados foram baseados em culturas milenares. O Brasil possui em torno de 4,8 milhões de famílias, produzindo em 30% das terras cultiváveis produzindo 50% da alimentação da população. (ALTIERI, 2004).

Os quintais são uma das formas mais tradicionais de manejo da terra, indicando sua sustentabilidade com o passar do tempo, tornando-se um sistema de produção o qual é composto de múltiplas espécies sustentando economicamente milhões de pessoas (AMARAL; NETO, 2008).

Métodos para aumentar a diversidade em sistemas agrícolas Existem uma gama de alternativas como inclusão de novas espécies; reorganização das espécies já presentes; adição de insumos.

Cultivo consorciado: Segundo Francis(1986) a intensificação e diversificação das culturas nas dimensões espaço e tempo. Normalmente com 2 ou 3 culturas. Cultivo em faixas: Espécies diferentes em faixas, criando uma policultura de monocultura. Cercas vivas e vegetação tampão: Arvores ou arbustos plantados próximo ao cultivo, usada para demarcar áreas ou cortar o vento, além de gerar um subproduto como a madeira;

Cultura de cobertura: Uma espécie de área plantada para cobrir o solo, favorece matéria orgânica ao solo; retém nutrientes em safras anteriores; reduz erosão; fixa nutrientes e N. Rotações: A rotação é um método para aumentar a diversidade em dimensão de tempo. Cultivos alternados se dá melhor do que uma monocultura. Cada planto estimula ou inibe cada tipo de organismos no solo. Usa se muito soja-milho- leguminosa.

Pousios: área de descanse, logo após a roçada Pousios: área de descanse, logo após a roçada. Alguns permitem a vinda da vegetação nativa. Cultivo mínimo: Quando há um distúrbio no agroecossitema há a necessidade de diminuir a produção, deixando resíduos na superfície, para manter a decomposição.

Dúvidas?? Chayane.souza@ifsc.edu.br