CAESP – Filosofia – 2A e B – 20/05/2015 IMMANUEL KANT – AULA 02.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
KANT E A CAPACIDADE DE PENSAR POR SI PRÓPRIO
Advertisements

FILOSOFIA E ÉTICA Prof. Rafael Lima.
Filosofia grega Ethos : morada do homem.
O QUE É ÉTICA?.
Envolvimento das pessoas.... envolvimento das pessoas...
Filosofia moderna Kant (Idealismo)
MORAL E ÉTICA MORAL: mos-mores
Ética - Visão Histórica
A Natureza Humana e o Dever
Adaptador por Professor Marcelo Rocha Contin
NÃO CONSEQÜENCIALISMO
ÉTICA DEONTOLÓGICA ÉTICA DO DEVER
1 - Ética, sociedade e tecnologia CLAUDIO LUIS DE ALVARENGA BARBOSA
A ÉTICA MODERNA.
A Necessidade de Fundamentação da Moral
KANT e SUA CRÍTICA.
Curso Direito à Memória e à Verdade
A ética Kantiana.
A fundamentação da moral em Kant
“Immanuel Kant e a promoção de uma modernidade racional crítica”
Imperativo Categórico           O Imperativo Categórico é uma das idéias centrais para a adequada compreensão da moralidade e da eticidade. Nesta proposta.
ÉMILE DURKHEIM ( ): TEORIA DOS FATOS SOCIAIS
A filosofia está na história e tem uma história!
Profa. MSc. Daniela Ferreira Suarez
ÉTICA NA ANTIGUIDADE Profª Gilvaci.
Qual é o princípio supremo da moralidade?
Profª Karina Oliveira Bezerra
Fases: Pré- Crítica – Inserido na tradição do sistema metafísico;
Ética deontológica de Kant
Immanuel Kant
Emile Durkheim e o fato social
A filosofia moral de Kant
A Ética, suas divisões, Kant e Mill
Profª Karina Oliveira Bezerra
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO (PPGD/UFBA) MESTRADO EM DIREITO PÚBLICO Disciplina: Metodologia da Pesquisa.
Professor Romildo Tavares Filosofia Módulo 22 –
Emfocohistoria.blogspot.com.  Escolha entre possíveis modos de agir Escolha individualbem comum (desejos) Regras e leis.
Immanuel Kant: O Esclarecimento e a Razão Prática
Profª Karina Oliveira Bezerra
¨Non omne quod licet Honestum est¨ (Paulo)
Friedrich Hegel Filosofia contemporânea
Immanuel Kant.
Moral e Direito.
A ética Kantiana.
CAESP – Filosofia – 2A e B – 20/05/2015
UMA ÉTICA DEONTOLÓGICA
Immanuel Kant Critica da razão pura (teoria do conhecimento) e
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL
Immanuel Kant Critica da razão pura (teoria do conhecimento) e
Moral e Ética: uma leitura psicológica
Ética, moral e direito Aula 3 e 4.
Kant O que posso saber? (teoria do conhecimento)
Doutrinas Éticas Conceito de Doutrina: Conjunto de princípios que servem de base a um sistema político, religioso, econômico, filosófico, científico, entre.
Liberdade e Autonomia em Kant
ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE Unidade I Formação da moral ocidental Tema 3 A moral no pensamento moderno.
Immanuel Kant
FAIXA 5 DO CD “QUATERNÁRIO” ROLAGEM AUTOMÁTICA Pode um deputado, ou senador e, até mesmo, um vereador legislar a seu favor? Poder, pode, o poder tudo.
Ética Kantiana.
Tugendhat x Kant “Lições sobre ética”.
A TEORIA ÉTICA DE KANT UMA ÉTICA DEONTOLÓGICA
A ÉTICA KANTIANA EXERCÍCIOS.
A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DOS COSTUMES. O Homem deve também acreditar no Homem Boa ideia…! Assim já posso ir de férias.
O RIGORISMO E O HINO KANTIANO AO DEVER
E A “TIPICIDADE DO JUÍZO”
A NEGAÇÃO DA LIBERDADE E DA RAZÃO PRÁTICA.
UMA ÉTICA DEONTOLÓGICA
ÉTICA, MORAL E DEONTOLOGIA
Immanuel Kant Köenigsberg (Alemanha). ( ).
Os constituintes do campo ético
Transcrição da apresentação:

CAESP – Filosofia – 2A e B – 20/05/2015 IMMANUEL KANT – AULA 02

 Ética em Kant:  Kant vai se opor à “moral do coração” de Rousseau, que propunha a necessidade do primado do sentimento sobre a razão.  Para Kant é necessário trazer a razão com o papel de direção da ação moral e ética.  Kant sustenta, ao contrário de Rousseau e se ligando a Hobbes, que, por natureza, os humanos não são bondosos, mas sim egoístas, ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca são saciados e pelos quais se mente, rouba e mata.

 Ética em Kant:  A exposição kantiana parte de duas distinções importantes:  Razão Pura (especulação teórica) e Razão Prática: são universais em suas formas de atividade mental, mas podem variar quanto ao seu conteúdo no tempo e no espaço. A distinção está no binômio necessidade e finalidade.  Ação por causalidade (necessidade) e Ação por finalidade (liberdade, vontade).

 Razão Pura: atua sobre objetos que são exteriores aos seres humanos, um sistema de objetos que opera sob leis necessárias de causas e efeitos, independentes da intervenção humana.  A Natureza (Physis) é o reino da necessidade: é o mundo estudado pela Física, Astronomia, Química, etc.

 Razão Prática: não foca uma causalidade externa independente da vontade e da ação humana, mas uma que é criada pela mente humana para explicar a mecânica dos fenômenos.  O reino humano é marcado pelas ações guiadas pela razão, apoiadas em finalidade e liberdade, e não por causalidades obrigatórias externas aos seres humanos.  Se a Razão Prática tem o poder de criar normas e fins morais, tem também o poder para impor esses fins e limites a si mesma.

 E por que o dever deve ser imposto?  Porque os seres humanos não são apenas seres morais, mas também seres naturais. Nosso corpo e nossa psique são feitos de apetites, impulsos, desejos e paixões. Nossos sentimentos, nossas emoções e nossos comportamentos são a parte da Natureza em nós, exercendo domínio sobre nós, submetendo- se á causalidade natural inexorável. Quem se submete a eles não pode possuir a autonomia ética.  A autonomia está justamente na capacidade de escolher agir em função da ética na superação dos impulsos naturais. A liberdade é a condição central da superação do natural e atingir o estado de “civilização”.  Visto que apetites, impulsos, desejos, tendências, comportamentos naturais costumam ser muito mais fortes do que a razão, a razão prática e a verdadeira liberdade precisam dobrar nossa parte natural e impor-nos nosso ser moral.

 E por que o dever deve ser imposto?  “O dever não é um catálogo de virtudes nem uma lista de ‘faça isto’ e ‘não faça aquilo’. O dever é uma forma que deve valer para toda e qualquer ação moral.”  Assim, o dever é algo que é imperativo, ou seja, não admite o condicionamento da sua ocorrência, sendo incondicional (sem exceções). É o que Kant chama de imperativo categórico.

 Fórmula geral do imperativo categórico: “Age em conformidade apenas com a máxima que possas querer que se torne uma lei universal.”  As máximas morais:  Universalidade da conduta ética (a lei inquestionável): “Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da Natureza;”  Dignidade dos seres humanos: “Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;”  A superação pela razão: “Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.”

Prof. Heleno Licurgo do Amaral Muito obrigado! TENHAM UM BOM DIA!