HIV - ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA EXPOSTA

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Transcrição da apresentação:

HIV - ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA EXPOSTA UNIDADE DE PEDIATRIA – HRA/SES/DFS ENFERMARIA DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS BRUNO VAZ DA COSTA JEFFERSON P. PINHEIRO THEREZA CHRISTINA RIBEIRO 2010 www.paulomargotto.com.br Brasília, 14 de maio de 2010

SITUAÇÃO DA AIDS/HIV NO MUNDO ATÉ DEZEMBRO DE 2007 Nº de pessoas vivendo com HIV Total: 33.4 milhões Adultos: 31.3 milhões Mulheres: 15.7 milhões Crianças < 15 anos: 2.1 milhões Novos infectados com HIV Total: 2.7 milhões Adultos: 2.3 milhões Crianças < 15 anos: 430 mil Mortes por AIDS em 2008 Total: 2.0 milhões Adultos: 1.7 milhões Crianças < 15 anos: 280 mil Fonte: Unaids – Dez/2008

ORFÃOS DEVIDO AO HIV = 14.000.000 ÁFRICA 40% DE TODAS AS GESTANTES SÃO INFECTADAS PELO HIV

BRASIL ATÉ JUNHO DE 2009 : TOTAL: 544.823 HOMENS: 356.427 MULHERES: 188.396 < 13 ANOS: 14.184 TRANSMISSÃO VERTICAL: 12.209 SEXUAL, DROGAS E TRANSFUSÃO: 1.212 IGNORADOS: 763 DIAGNÓSTICO DE HIV – 2 ANOS INCOMPLETOS 1998: 543 2008: 103 ATÉ JUNHO DE 2009: 17 Fonte: Boletim Epidemiológico 2009 Publicado em 26/11/2009

CRIANÇA EXPOSTA TODA CRIANÇA FILHA DE MÃE HIV POSITIVA

A TRANSMISSÃO VERTICAL RESPONDE POR QUASE A TOTALIDADE DE CASOS DE AIDS NA INFÂNCIA AS TAXAS DE TRANSMISSÃO VERTICAL ATÉ 1994 VARIAVAM DE 12% A 42% APÓS INÍCIO DA PROFILAXIA , CAÍRAM PARA 2% A 6%

PACTG 076 AZT PARA GESTANTE A PARTIR DA 14a SEMANA DE GESTAÇÃO AZT ENDOVENOSO DURANTE O PARTO AZT PARA RN DURANTE 4 A 6 SEMANAS NÃO AMAMENTAR CESÁREA ELETIVA

Consenso da Gestante 2006 Quadro 1: Idade Gestacional: 14ª semana Assintomática CD4 > 200 cel/mm³ Recomendação: Profilaxia com TARV (AZT+3TC+LPV/r ou NVP)

Consenso da Gestante 2006 Quadro 2: Idade Gestacional: 14ª semana Assintomática CD4 > 200 cel/mm³ Carga Viral < 1000 cópias/ml Recomendação: Monoterapia com AZT/Cesaria Eletiva

Consenso da Gestante 2006 Quadro 3: Idade Gestacional: Independente Assintomática CD4 ≤ 200 cel/mm³ Recomendação: TARV - tratamento (AZT+3TC+LPV/r ou NVP)

Consenso da Gestante 2006 Quadro 4: Idade Gestacional: Independente Sintomática CD4 - Independente Recomendação: TARV - tratamento (AZT+3TC+LPV/r ou NVP)

Consenso da Gestante 2006 Quadro 5: Idade Gestacional: Independente Clínica: Mulher HIV+ em uso de TARV CD4 – Independente CV – Independente Recomendação: TARV – excluindo drogas tóxicas

Até seis semanas de vida Uso do AZT solução oral Introdução: Preferencial-mente na sala de parto ou nas primeiras 2hs após o nascimento Duração: Até seis semanas de vida (42 dias) Posologia: 2 mg/kg de 6 em 6hs

RECOMENDAÇÕES PARA PROFILAXIA PRIMÁRIA DE P RECOMENDAÇÕES PARA PROFILAXIA PRIMÁRIA DE P. JIROVECI PARA CRIANÇAS NASCIDAS DE MÃES INFECTADAS PELO HIV Idade Recomendação Nascimento até 4 a 6 semanas Não indicar profilaxia 4 a 6 semanas a 4 meses Indicar profilaxia 4 a 12 meses: - Criança infectada pelo HIV ou infecção indeterminada - Iniciar ou manter profilaxia - Criança provavelmente não infectada - Não indicar/suspender SMT-TMP:750mg de SMX/m²/dia em 2 doses, 3x/semana em dias consecutivos ou às 2ª, 4ª e 6ª feiras

PCR RNA QUANTITATIVO APENAS INDICADO PARA DIAGNÓSTICO EM CRIANÇAS EXPOSTAS ABAIXO DE 1 ANO REALIZAR O PRIMEIRO A PARTIR DE 1 MÊS DE VIDA

MÃE CRIANÇA COM IDADE DE 1 A 24 MESES 1O TESTE DETECTÁVEL ABAIXO DO LIMITE DE DETECÇÃO REPETIR O TESTE IMEDIATAMENTE COM NOVA AMOSTRA – 2ª AMOSTRA REPETIR O TESTE APÓS 2 MESES (2º TESTE) DETECTÁVEL ABAIXO DO LIMITE DE DETECÇÃO DETECTÁVEL ABAIXO DO LIMITE DE DETECÇÃO REPETIR O TESTE IMEDIATAMENTE COM NOVA AMOSTRA 3º TESTE CRIANÇA PROVAVELMENTE NÃO INFECTADA CRIANÇA INFECTADA REPETIR APÓS 2 MESES 3O TESTE DETECTÁVEL ABAIXO DO LIMITE DE DETECÇÃO DETECTÁVEL ABAIXO DO LIMITE DE DETECÇÃO CRIANÇA INFECTADA CRIANÇA PROVAVELMENTE NÃO INFECTADA CRIANÇA INFECTADA CRIANÇA PROVAVELMENTE NÃO INFECTADA

Diagnóstico abaixo de 18 meses Quantificação do RNA viral plasmático – carga viral ou Detecção do DNA pró-viral* e carga viral entre 1 e 6 meses, sendo um destes após o 4° mês de vida Infectadas *Quando disponível, deverá ser solicitado junto com a CV, enquanto for parte do protocolo para registro no Brasil.

Diagnóstico abaixo de 18 meses Quantificação do RNA viral plasmático (carga viral) OU Detecção do DNA pró-viral* e carga viral entre 1 e 6 meses, sendo um destes após o 4° mês de vida E Teste de detecção de anticorpos anti-HIV não reagente após os 12 meses Não Infectadas

ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA EXPOSTA CRIANÇAS EXPOSTAS DEVERÃO SER ATENDIDAS EM UNIDADES ESPECIALIZADAS, ATÉ A DEFINIÇÃO DE SEU DIAGNÓSTICO REALIZAR SOROLOGIA ENTRE 18 E 24 MESES DE IDADE CASO A CRIANÇA TENHA SIDO AMAMENTADA, INICIAR INVESTIGAÇÃO APÓS 2 MESES DA SUSPENSÃO

ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA EXPOSTA AVALIAÇÃO CRITERIOSA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA E PROVAS HEPÁTICAS AVALIAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL DE POSSÍVEIS COINFECÇÕES AVALIAÇÃO CARDILÓGICA E NEUROLÓGICA QUANDO NECESSÁRIO

ROTEIRO PARA ACOMPANHAMENTO LABORATORIAL DE CRIANÇAS EXPOSTAS VERTICALMENTE AO HIV Exames Idade Ao nascer 1-2 meses 4 meses 6-12 meses 12-18 meses Hemograma X Provas de função hepática Glicemia Sorologia HIV X* Carga Viral TORCH Sífilis HBV e HCV CD4/CD8 HTLV1/2

ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA NÃO INFECTADA EXPOSTA AOS ARV Considerando o risco de: Prematuridade Toxicidade mitocondrial Convulsões febris, alterações cardíacas Redução dos níveis séricos de insulina Outros

ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA EXPOSTA PRIMEIRO SEMESTRE: AVALIAÇÃO MENSAL SEGUNDO SEMESTRE: AVALIAÇÃO BIMESTRAL APÓS EXCLUSÃO DA INFECÇÃO: RETORNO ANUAL ATÉ A ADOLESCÊNCIA

VACINAÇÃO ESQUEMA DE CALENDÁRIO ESPECIAL ATÉ 18 MESES PARA CRIANÇA NÃO INFECTADA: ESQUEMA OFICIAL APÓS 18 MESES

IMUNIZAÇÃO EM CRIANÇAS DE 0 A 10 ANOS DE IDADE, EXPOSTAS/INFECTADAS PELO HIV   0 mês 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 12 meses 15 meses 18 meses 24 meses 4 a 6 anos BCG Hep B DTP DPT Hib -  Polio IPV - Rotavírus Rtv Pneumococo Pnm7 Pnm23 Meningococo C MeninC Influenza INF Tríplice viral TV  - Varicela VZ Hepatite A Hep A

Nota do Editor do site www. paulomargotto. com. br, Dr. Paulo R Nota do Editor do site www.paulomargotto.com.br, Dr. Paulo R. Margotto Consultem, Aqui e Agora: Síndrome de imunodeficiência adquirida perinatal Autor(es): Thereza Christina Corrêa Ribeiro, Wílleke Clementino Sleegers, Paulo R. Margotto, Olga Messias Alves de Oliveira