Boa tarde! Aristóteles escreveu: Todos os homens têm, por natureza, o desejo de conhecer.
AVALIAÇÃO Aristóteles escreveu: Todos os homens têm, por natureza, o desejo de conhecer.
Problemas e desafios da avaliação Profª. Neide Pena Cária Prof. Nelson Lambert de Andrade
Objetivos da aula Ampliar a concepção da avaliação. Provocar o movimento de uma cultura de “reprodução para uma cultura de “construção” e de “decisão”.
A cultura da avaliação: rompendo paradigmas A prática avaliativa sempre foi um dos pontos mais polêmicos, problemáticos e obscuros da ação educativa. Apesar de exaustivamente discutida, merece ser aprofundada pelos educadores, alunos e o conjunto de atores da instituição de ensino.
Dilemas para o professor Avaliar ou não avaliar? “Dar” nota ou “não dar” nota? “Dar” prova ou outras atividades? Prova individual ou prova em grupo? Para que avaliar?
Dilemas para o aluno Vai cair na prova professor? Como é a sua prova? A sua prova individual ou prova em grupo? É prova aberta ou é teste? É com pesquisa?
Toda e qualquer prática pedagógica desenvolvida no âmbito escolar se norteia por uma concepção de sociedade, de homem e de educação que, por sua vez, reflete um fundamento filosófico-ideológico. Para pensar:
Para repensar: Case Cláudia! Sendo o processo avaliativo um dos momentos do processo de ensino-aprendizagem, ele também contém embutidos em si, uma concepção de sociedade, de homem e de educação e, por isso, também se presta à conservação ou à transformação social. Case Cláudia!
Avaliação – Prova - Nota O que é avaliar? Para que avaliar? Por que avaliar? Quando avaliar? Avaliar ou dar prova? Avaliar ou mensurar?
Avaliação e poder O universo da avaliação escolar é simbólico e instituído pela cultura da mensuração, da nota, legitimado pela linguagem jurídica dos regimentos escolares, legalmente instituídos. A avaliação ainda é instrumento de poder.
O aluno entre o dizer e o não dizer do professor
Avaliação e ensino O que se entende por processo de avaliação? Aprendizagem é processo Ensino é processo Avaliar é processo O que se entende por processo de avaliação?
Qual é o papel da avaliação no ensino superior? Na prática docente, a avaliação traz consigo a ideia de nota, de poder, de aprovação ou reprovação, de autoridade, de classificação de alunos para os mais diversos fins (Masseto).
Avaliação como estímulo ou desestímulo A primeira e grande característica de um processo de avaliação é estar integrado ao processo de aprendizagem como um elemento de incentivo e motivação para a aprendizagem(Masseto). Ou ao contrário.
Avaliação como estímulo ou desestímulo A quem cabe tornar avaliação um estímulo ou um desestímulo? Como o processo de avaliação poderá incentivar e motivar a aprendizagem? Não existe receita mágica.
Avaliação como estímulo ou desestímulo Pelo acompanhamento da aprendizagem do acadêmico/aprendiz. Pelo diálogo quando o aluno desenvolve bem uma atividade ou quando não cumpriu uma tarefa ou não atingiu o objetivo. Pelo feedback contínuo em todas as atividades e não apenas na prova.
Qual é o papel da avaliação no processo educacional? A prova pode ser um momento privilegiado de estudo e de aprendizagem (Moretto). Avaliação como processo de monitoramento da ensino e da aprendizagem. Avaliação como tomada de atitude. Avaliação é necessária para o aluno e para o professor.
Questão central e determinante Discutir avaliação e aprendizagem envolve muito mais que discutir formas de avaliação ou metodologias. Trabalhar com avaliação implica numa postura política e uma disposição ética no cuidado individual e com o outro.
Ressignificando a avaliação Compreender a avaliação como processo: conceito e princípios norteadores. Romper o paradigma da avaliação como “nota” – “prova” – “punição”. Ressignificar a avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem. Necessária como diagnóstico e tomada de atitudes, replanejamento e diálogo.
Desafios Conectar avaliação e aprendizagem envolve questões fundamentais de ordem ética: a) Por que sou professor/supervisor/diretor? b) Qual o sentido para o professor, daquilo que ele ensina? c) Qual a utilidade do se está ensinando para a sociedade? d)Que tipo de aluno/cidadão pretende-se ajudar a formar?
AVALIAÇÃO VIA DE MÃO DUPLA Desafios Será que uma boa avaliação não deveria começar por uma auto-avaliação do educador? O que se avalia afinal? O aluno ou trabalho (que é também do aluno)? AVALIAÇÃO VIA DE MÃO DUPLA
O complexo da avaliação Essas questões envolvem: O professor; O critérios de avaliação; As concepções/ideologias Conhecimento Indicadores de desempenho Vontade/decisão Atitude
Texto informativo A avaliação, hoje, ocorre através de pressupostos teóricos, modelos e metodologias da avaliação tradicional vinculada a um determinado contexto educacional. HOFFMANN, (1999) esclarece: “Minhas investigações sobre avaliação sugerem fortemente que a contradição entre o discurso e a prática de alguns educadores e, principalmente, a ação classificatória e autoritária, exercida pela maioria, encontra explicação na concepção de avaliação do educador, reflexo de sua história de vida como a avaliação em nossa trajetória de alunos e professores [...] Temos de desvelar contradições e equívocos teóricos dessa prática, construindo um "ressignificado" para a avaliação e desmistificando-a de fantasmas de um passado ainda muito em voga.”
Há vários tipos de avaliação Há várias técnicas e instrumentos avaliativos
Tipos de avaliação CONCEITUAL: Competências – aquisição de conhecimentos em longo prazo. A aprendizagem por conceitos acontece por aproximações sucessivas, possibilitando maiores níveis de abstração, como por exemplo, em matemática, a compreensão do princípio de igualdade. Informações, fatos, experiências possibilitam generalizações para a obtenção de conceitos.
Tipos de avaliação PROCEDIMENTAL: Habilidades – Muitas vezes esse aprendizado é considerado “espontâneo”, dependente de habilidades, por exemplo: o fato de uma criança resolver uma conta de adição não corresponde necessariamente à compreensão do “conceito de adição”. No aprendizado por procedimentos, o aluno vai desenvolver suas capacidades intelectuais, afetivas, psicomotoras, sociais e políticas – um saber fazer envolvendo tomada de decisão, de forma ordenada, analisando cada etapa para adequá-la objetivando uma meta.
Tipos de avaliação ATITUDINAL: Atitudes – Conhecimentos visando transformações que indicam valoração, importância, postura ética, posicionamento crítico, crença e questões de ordem emocional, reconhecendo valores e posturas próprias a um grupo social.
Tipos de avaliação COMPETÊNCIA: É preciso ressaltar a polissemia desse termo. Com relação às concepções de competências temos desde as mais amplas, como por exemplo a que se refere ao bom desempenho dos papéis sociais, até as mais específicas, relativas a uma habilidade para desempenhar uma atividade, dentro de padrões de qualidade desejados. Percebe-se, também, que dependendo do campo de estudo, existem diferentes interpretações de competências. Os cientistas sociais, por exemplo, empregam o termo para designar conteúdos particulares de cada qualificação em uma organização de trabalho determinado. Os psicólogos utilizam o termo às vezes como aptidões, outras como habilidades, outras vezes como capacidades.
Comissão Própria de Avaliação - CPA Confira: Há várias técnicas e instrumentos avaliativos
CPA
SINAES Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior
Princípios do SINAES/CPA Responsabilidade social; Reconhecimento da diversidade; Respeito à identidade, à missão e à história das instituições; Globalidade da instituição e utilização articulada de um conjunto de indicadores; Avaliação com finalidade construtiva e formativa; Continuidade do processo avaliativo como instrumento de política educacional. Publicidade do processo, instrumentos e resultados
Abrangência do SINAES Avalia a totalidade das IES; Amplia campo de avaliação: temática, universo institucional, agentes; Desenvolve a cultura de avaliação na comunidade; Compromete a comunidade acadêmica para mudanças na qualidade da educação superior, incluindo sua participação como sujeito de avaliação.
10 dimensões do SINAES Missão e PDI. Políticas para o ensino, a pesquisa e a extensão. Responsabilidade social. Comunicação com a sociedade. Políticas de pessoal. Organização e gestão da instituição. Infraestrutura física. Planejamento e avaliação. Políticas de atendimento ao estudante. Sustentabilidade financeira.
Avaliação in loco, realizada por Comissões de Avaliação de Curso ou instituição, designadas pelo INEP.
Sistema da qualidade Um sistema da qualidade é basicamente um sistema de informação. Fornece respostas, propões desafios às principais perguntas que as pessoas fazem para gerir as atividades da IES: o que deve ser feito? Como? Por que? Quando? Quem? Onde e quanto?
Fatores essenciais Comprometimento da alta direção. Planejamento: as medidas devem ser planejadas e sistemáticas, de acordo com a política da companhia. Existência de coordenação entre os vários departamentos: responsabilidade para com a Q. Gestão+professores+funcionários+alunos+ infraestrutura= Q
SGQ Baseado em Processo Melhoria Contínua do Sistema de Gestão da Qualidade Responsabilidade da Direção Gestão de Recursos Medição, Análise e Melhoria ALUNOS R e q u i s i t o s ALUNOS S a t i s f a ç ã o Realização do serviço ENTRADA Serviço SAÍDA
Por que qualidade? Clientes cada vez mais exigentes Concorrência cada vez mais acirrada Mudanças constantes – (desaprender x aprender) Comprometimento com a sociedade
Gráfico de Desempenho Objetivo Apontar parâmetros mínimos de qualidade Indicar metas Propor reflexão O que ele indica Como o nosso trabalho é percebido pela comunidade acadêmica O que ele nos permite Elaborar ações focadas nos principais problemas listados pelo nosso público alvo
Cada conjunto de barras é constituído da seguinte forma: Gráfico de Desempenho Cada conjunto de barras é constituído da seguinte forma: A 1ª barra representa a Universidade. A 2ª representa a Unidade. A 3º barra representa o Curso. A 4ª representa o Período. A 5ª barra representa o Componente Curricular .
Gráfico de Desempenho comparativos “Nunca olhamos para uma coisa apenas; estamos sempre olhando para a relação entre as coisas e nós mesmos” (John Berguer) “Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha” (idem)
Gráfico de Desempenho
Comparativo entre Unidade e Universidade
Comparativo entre Curso e Unidade
Finalmente Ressaltamos que a autoavaliação se impõe como exigência legal à instituição para a manutenção do sistema de ensino superior e é praticada e interpretada, na Univás, como uma oportunidade de MELHORIA CONTÍNUA de toda a comunidade acadêmica.
Em síntese Docentes de educação superior devem estar ocupados sobretudo em ensinar seus estudantes a aprender e a tomar iniciativas ao invés de serem unicamente fontes de conhecimento. Devem ser tomadas providencias adequadas para pesquisar. Atualizar e melhorar as habilidades pedagógicas, por meio de programas apropriados ao desenvolvimento de pessoal. Unesco
“Somos o que repetidamente fazemos. Para encerrar “Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito.” Aristóteles
Referências BERGER, John. Modos de ver. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática 2000. HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à universidade. 15. ed. Porto Alegre: Mediação, 1999. MASSETO, Marcos Tarciso. Competência pedagógica do professor universitário, São Paulo: Summus, 2003. MORETO, Vasco Pedro. Prova um momento privilegiado de estudo. Rio de janeiro: DP&A, 2001.
Nelson Lambert de Andrade Obrigado! Nelson Lambert de Andrade