SAÚDE E PRÁTICAS TRADICIONAIS EM POVOS INDÍGENAS NO CEARÁ: ESPECIALISTAS, ATUAÇÃO TERAPÊUTICA E CONTEXTO ÉTNICO CULTURAL Autores: Jairla Moita Pedroza;

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Transcrição da apresentação:

SAÚDE E PRÁTICAS TRADICIONAIS EM POVOS INDÍGENAS NO CEARÁ: ESPECIALISTAS, ATUAÇÃO TERAPÊUTICA E CONTEXTO ÉTNICO CULTURAL Autores: Jairla Moita Pedroza; Gabriela Colares Teixeira; Rebeca Meireles Brito Laboratório de Educação e Saúde Coletiva– LESC Centro de Saúde Universidade Estadual do Ceará – UECE Fortaleza – CE RESULTADOS E CONCLUSÕES: A referida investigação está em curso, não dispondo, no momento, de resultados ou conclusões definitivos. Até agora observamos que: as duas comunidades referidas ainda recorrem à medicina tradicional como complemento ao tratamento de enfermidades, acreditando na eficácia de plantas e orientações de pajés; a medicina tradicional constitui acervo terapêutico/cultural destas populações, reforçando a linhagem de autocuidado e atenção à saúde, de base familiar e coletiva; a presença de uma unidade de saúde do SUS gerou impacto nos hábitos sanitários dos Jenipapo-Kanindé, favorecendo o uso de serviços médicos convencionais e o consumo de medicamentos industrializados. No caso dos Pitaguary existe uma unidade de saúde indígena, que será objeto de análise oportunamente. Agência de Fomento: CNPq / Edital N° 02/2010 OBJETIVOS: Temos como objetivo identificar e descrever saberes e práticas tradicionais de saúde nas comunidades indígenas Jenipapo-Kanindé, Tapeba e Pitaguary na região metropolitana de Fortaleza; identificar especialistas e curadores nativos, nas referidas comunidades, examinando seu trabalho terapêutico, enfermidades tratadas e resultados obtidos; examinar estas práticas médico-tradicionais enquanto ritos de etnicidade, nos quais estão presentes cosmologias e crenças mitológicas ancestrais; e, ainda, analisar formas de preservação e/ou transformação desta medicina tradicional por meio da atuação dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, Conselhos locais de saúde e Políticas públicas voltadas para a saúde dos povos indígenas no Ceará. INTRODUÇÃO: Estudo etnográfico sobre os saberes e práticas tradicionais de saúde e seus especialistas, entre os povos indígenas localizados na região metropolitana de Fortaleza. Examina processos de conservação e/ou transformação da medicina tradicional nativa, com ênfase na atuação terapêutica de seus curadores, em presença de organizações locais de saúde e de programas sociais voltados para a saúde dos povos indígenas. Este estudo pretende contribuir para o aperfeiçoamento de políticas públicas nesta área, para o trabalho de órgãos como a Fundação Nacional de Saúde e o Ministério da Saúde, bem como para ampliar o capital teórico da Antropologia sobre a qualidade de vida destas etnias no Ceará e na região Nordeste. METODOLOGIA: A abordagem metodológica é etnográfica, priorizando a adoção de estratégias, métodos e técnicas qualitativas, no âmbito da antropologia da saúde. Foram realizadas 10 visitas à aldeia Jenipapo-Kanindé, incluindo um final de semana acampando no local, quando conduzimos 5 entrevistas e, ainda, 8 idas aos Pitaguary, tendo sido realizados 2 grupos focais, até o momento. Os aspectos ético-legais instituídos pela Resolução 196/96 estão sendo contemplados.